Entre os outros fósseis desse tempo primordial, os maiores são de 9 a 10 centímetros. E a paradoxide não só era maior, como era também das mais perfeitas na sua forma, tendo 20 segmentos no seu tórax, ao passo que as espécies de tempos mais modernos tinham no tórax só de 5 a 9 segmentos.
De qualquer ponto de vista que consideremos a fauna primordial, vemos que a espécie mais perfeita foi a primeira, e que as mais ínfimas existiram por último.
Os fatos são por conseguinte, justamente o inverno da teoria.
De modo geral, o que estava se argumentando até aí é que o registro fóssil não é compatível com uma evolução gradual. Nesse ponto ele faz uma outra confusão com o que se esperaria de uma evolução não teleológica, guiada pela seleção natural.
A evolução gradual não significa que vá se encontrar um registro fóssil que nos permita filmar as seqüências de fósseis em técnica "stop and go", e ao tocar, vermos uma suave transição entre as formas, como se assistíssemos o crescimento acelerado de algum organismo.
Em primeiro lugar, porque o próprio registro fóssil não trabalha conscientemente a nosso favor, e nem as modificações nas espécies se dão em taxas constantes, ou em tendências constantes.
As raças de cães são um exemplo das duas coisas. Não se tem os intermediários entre elas, e evoluíram gradualmente também. Um poodle não nasceu de repente de um dinamarquês. Coisas "menos graduais", podem ter ocorrido, como por exemplo, talvez os primeiros basset hounds fossem blood hounds (sabujos) com um defeito genético que encurtou a suas pernas de uma vez, e não uma transição gradual de pernas cada vez menores.
Transformações "menos graduais" ainda mais drásticas são possíveis com outros organismos. Por exemplo, há espécies de salamandras, como proteus, que vivem a sua vida toda no estágio larval, mesmo adultas. Não é necessário haver uma transição, que a evolução delas tenha se dado através de salamandras que foram conservando cada vez mais a forma larval no estágio adulto. Uma mutação em um único gene pode ter esse efeito (quando digo "pode ter", quero dizer que é verificado, é o caso com várias dessas espécies)
Levando em consideração esse tipo de evolução, e coisas como as transformações do desenvolvimento de animais artrópodes, percebe-se que é possível que transformações muito mais súbitas, envolvendo número de patas, de segmentos corporais, etc, tenham ocorrido num tempo muito rápido. (São animais como esses, os que tem maiores possibilidades de se modiifcar rapidamente, justamente os mais problemáticos no registro fóssil, tanto quanto sei)
Por último, a confusão feita com o que se espera da evolução: ele considera espécies "mais perfeitas" por razões totalmente arbitrárias, as maiores, mais complexas ou sei lá o que. Ele acha que elas precederem espécies que não obedecem a esses critérios sucederem no registro fóssil essas espécies "perfeitas", é algo contraditório com a evolução, que ele deve supor, que seja algo que vá do pior para o melhor, o maior, o mais desenvolvido.
Não é nada disso.
Lobos, por exemplo, são os ancestrais de todas as raças de cães. Suponhamos, que por algum motivo qualquer, todas as raças de cães com mais de 10kg sejam mundialmente proibidas, e levadas assim a extinção. Sobrariam apenas poodles e chiwawas, que seriam, suponho, por esses critérios, menos "perfeitas" que os lobos.
Eventos de extinção em massa, também tem como tendência permitir apenas aos menores e mais "imperfeitos" sobreviverem. Onde estão os terríveis, enormes dinossauros? Se a evolução fosse verdade, eles não deveriam nunca ter sido derrotados na luta pela sobrevivência e estarem aí até hoje? Quem sabe. Mas se por uma razão ou por outra é cortada sua fonte de alimento, como ocorreria com alguma catástrofe global, os maiores organismos são os que tem menores chances de sobreviver. Vão ser sucedidos por seus parentes menores, que não precisam de tanto alimento para dar continuidade à linhagem.
Quando um dos naturalistas de hoje assim exprime, compreende-se quanto o sr. Darwin tinha de motivos para dizer que para ele estes fatos eram inexplicáveis, e podiam ser trazidos como um argumento válido contra a sua teoria. Compreende-se também porque, para mostrar que no futuro poderão talvez ter uma explicação, ele inventou uma hipótese inverificável, dizendo que talvez os fósseis dos progenitores dessas espécies estejam nas camadas do fundo do mar!/ – suposição absolutamente inadmissível, visto que as camadas inferiores do período cambriano, bem como todas as do huriano e do laurenciano (as quais antedataram às do siluriano) estão aí e têm sido examinadas cuidadosamente sem se descobrirem os fósseis desejados.
Ele diz que é inverificável, mas em seguida diz que estava sendo verificada

Bem, não sei a data do texto, mas tem se achado mais coisas de lá para cá, unindo "filos" inclusive, classificação que pode até acabar sendo inutilizada.