Isso que vou colocar aqui ,tb pus lá no RV:
Quanta desinformação nesse tópico.Não existe "probabilidade de eventos" para teorias científicas,muito menos para se calcular eventos singulares e muito menos ainda vários eventos singulares como essa do emmcri sugeriu.Parece complicado esses termos, mas vou por aqui um trecho dum livro que esclarecerá as coisas.A utilização de probabilidades e estatísticas em hipóteses científicas é muito diferente do que as pessoas pensam.
Vou por aqui um trecho do livro A Lógica da Pesquisa Científica de Karl Popper(p.281 a 286)
"Realmente, se tentarmos deduzir a idéia de uma probabilidade de hipóteses a uma frequência-verdade, que usa o conceito de uma sequência de enunciados, ver-nos-emos confrontados, de imediato,com a indagação: com a referência a que sequência de enunciados pode o valor de uma probabilidade a uma hípótese?[...]Um deles seria o de atribuir a hipótese determinada probabilidade-talvez não muito precisa-com base numa estimativa assentada na divisão do número de testes a que a hípótese já foi submetida pelo número de testes não-realizado.
Esse caminho, contudo, também leva a nadaA estimativa a que se faz alusão pode ser calculada de modo preciso e traz como resultado igualar a probabilidade a zero.Caberia, por fim, tentar fundamentar nossa estimativa no quociente do número da divisão do número de testes que levaram a um resultado favorável pelo número de testes que levaram a um número indiferente,isto é a um resultado que não permitiu uma decisão clara[...]Esse último expediente também não leva a nada,ainda que não consideremos o fato de que,recorrendo a essa espécie de estimativa,nos afastamos muito de uma frequência-verdade e de uma probabilidade de eventos.
A razão da falha dessa última tentativa está em que a definição sugerida tornaria a probabilidade de uma hipótese irremissivelmente subjetiva:a probabilidade de uma hipótese dependeria da experiência e da habilidade do experimentador e não de resultados objetivamente reproduzíveis [... ]Os enunciados básicos nunca são deduzíveis de enunciados universais apenas.Não podem estes, portanto, ser vistos como como sequências de enunciados básicos.[...]
Julgo que devemos considerar totalmente fracassada a tentativa de identificar a probabilidade de hipóteses a uma probabilidade de eventos.Com efeito ambos esses tipos correspondem as pressuposições hipotéticas que por sua vez, nuca se tornam "prováveis": só podem ser corroboradas,no sentido que podem "provar sua qualidadade" sob o fogo-sob o figo de novos testes. [...]Além disso, também não sustento que as hipóteses sejam enunciados verdadeiros, mas que são apenas "conjecturas provisórias"(ou algo semelhante) e essa concepção só pode ser expressa por meio de apreciação dessas hipóteses."
Então, se pergunta, onde fica o papel para as probabilidade estatísticas na ciência?
Obviamente se utiliza mensurações de valores na ciência e elas nunca são exatas(como a constante física da carga do elétron ou a massa do próton).Quando mensurações independentes do mesmo valor entram em conflito, mas isso mão é o fim de tudo.Cientificamente a questão relevante é perguntarmos :"Comparando-se duas mensurações, quanto de discrepância seria um problema para uma teoria?" "Quanto de exatidão deve existir para ser uma confirmação forte?".Cientistas respondem estas questões utilizando probabilidades e estatísticas.É para isso que elas servem.
Quer um exemplo de utilização de estatística na evolução?
Está aqui um gráfico com a distribuição de distâncias genéticas entre o ser humano e os genes do rato. O histograma são baseado em dados reais de 2.019 genes humanos e do rato. A curva contínua mostra a distribuição prevista das distâncias genéticas que supõem uma taxa constante de mutações conhecidas(substituições ~10-9 por sítio por ano)
