Autor Tópico: O "não" ganhou. E agora?  (Lida 1340 vezes)

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Offline Agnostic

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O "não" ganhou. E agora?
« Online: 24 de Outubro de 2005, 23:06:10 »
Agora não muda nada do que já tinha sido aprovado pelo Congresso na Lei Nº 10.826/03. Isso quer dizer que o porte continua proibido em todo o território nacional, exceto para os casos previstos no Artigo 6 dessa lei. A comercialização de armas de fogo e munição continuará existindo para as pessoas que se incluem nesse artigo, como aliás iria continuar mesmo se o "sim" tivesse ganho, e também para as pessoas que comprovarem real necessidade de possuir uma arma (exclusivamente)dentro de seu domicílio ou estabelecimento comercial. Neste último caso é que o artigo 35 iria surtir efeito, pois com sua aprovação somente os casos previstos no artigo 6 é que poderiam comprar armas e munições. Como não foi aprovado, a comercialização continua sendo permitida para os que necessitam apenas de registro, mas não de porte.

Algumas considerações:

O registro de arma de fogo continua liberado, e continuaria sendo, independente do resultado do referendo. O interessante é que a comercialização seria proibida para os indivíduos que necessitassem apenas do registro, mas seria liberada para aqueles que necessitassem do porte, e conseqüentemente do registro.

Registro é algo diferente do porte (ver artigos 3, 4 e 5). O registro autoriza "o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa." E nada mais do que isso.

Assim, com a comercialização de armas de fogo sendo ainda "permitida", o cidadão que necessita comprar uma arma(pela atual legislação só "desejar" comprar não basta, é necessário haver necessidade comprovada) precisa cumprir os quesitos legais: ser maior de 25 anos (ver Artigo 28), apresentar comprovantes de residência e ocupação (qualquer atividade lícita, remunerável ou não), requerer ao superintendente da Polícia Federal a autorização de compra, explicando a necessidade da aquisição da arma de fogo, demonstrar comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, passar nos testes de capacidade psíquica e de manuseio e curso de armas de fogo. Após a análise e sendo deferido (pela Polícia Federal), o pedido deverá ser recolhido à taxa de R$ 300,00 para o registro e R$ 1.000,00 para porte (lembrando que o porte só é permitido para os casos previstos no Artigo 6, enquanto o registro é permitido para qualquer um que cumpra os requisitos legais e comprove real necessidade de possuir uma arma para ser usada exclusivamente dentro de sua casa ou estabelecimento comercial.

Não é simples? :roll:
Who cares?

Offline Hrrr

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Re.: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #1 Online: 25 de Outubro de 2005, 00:30:38 »
O "não" ganhou. E agora?

so num te dou outra pq

Offline Carlos Capuchinho

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Re: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #2 Online: 25 de Outubro de 2005, 08:24:08 »
Citação de: Agnostic
Agora não muda nada do que já tinha sido aprovado pelo Congresso na Lei Nº 10.826/03. Isso quer dizer que o porte continua proibido em todo o território nacional, exceto para os casos previstos no Artigo 6 dessa lei. A comercialização de armas de fogo e munição continuará existindo para as pessoas que se incluem nesse artigo, como aliás iria continuar mesmo se o "sim" tivesse ganho, e também para as pessoas que comprovarem real necessidade de possuir uma arma (exclusivamente)dentro de seu domicílio ou estabelecimento comercial. Neste último caso é que o artigo 35 iria surtir efeito, pois com sua aprovação somente os casos previstos no artigo 6 é que poderiam comprar armas e munições. Como não foi aprovado, a comercialização continua sendo permitida para os que necessitam apenas de registro, mas não de porte.

Algumas considerações:

O registro de arma de fogo continua liberado, e continuaria sendo, independente do resultado do referendo. O interessante é que a comercialização seria proibida para os indivíduos que necessitassem apenas do registro, mas seria liberada para aqueles que necessitassem do porte, e conseqüentemente do registro.

Registro é algo diferente do porte (ver artigos 3, 4 e 5). O registro autoriza "o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa." E nada mais do que isso.

Assim, com a comercialização de armas de fogo sendo ainda "permitida", o cidadão que necessita comprar uma arma(pela atual legislação só "desejar" comprar não basta, é necessário haver necessidade comprovada) precisa cumprir os quesitos legais: ser maior de 25 anos (ver Artigo 28), apresentar comprovantes de residência e ocupação (qualquer atividade lícita, remunerável ou não), requerer ao superintendente da Polícia Federal a autorização de compra, explicando a necessidade da aquisição da arma de fogo, demonstrar comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões de antecedentes criminais fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral, passar nos testes de capacidade psíquica e de manuseio e curso de armas de fogo. Após a análise e sendo deferido (pela Polícia Federal), o pedido deverá ser recolhido à taxa de R$ 300,00 para o registro e R$ 1.000,00 para porte (lembrando que o porte só é permitido para os casos previstos no Artigo 6, enquanto o registro é permitido para qualquer um que cumpra os requisitos legais e comprove real necessidade de possuir uma arma para ser usada exclusivamente dentro de sua casa ou estabelecimento comercial.

Não é simples? :roll:



ou seja tanta briga para nada...  :?
“A idéia de que Deus é um gigante barbudo de pele branca sentado no céu é ridícula. Mas se, com esse conceito, você se referir a um conjunto de leis físicas que regem o Universo, então claramente existe um Deus. Só que Ele é emocionalmente frustrante: afinal, não faz muito sentido rezar para a lei da gravidade!”
Carl Sagan

Offline Roberto

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Re: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #3 Online: 25 de Outubro de 2005, 09:11:46 »
Citação de: café-com-leite
ou seja tanta briga para nada...  :?


Como diria Shakespeare, muito barulho por nada.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline Rodion

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Re.: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #4 Online: 25 de Outubro de 2005, 10:06:23 »
ou o pobre contribuinte brasileiro, tanto dinheiro pra nada.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Vexille

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Re.: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #5 Online: 25 de Outubro de 2005, 16:20:16 »
Só serve para mostrar que essa onda todinha de referento vou uma baboseira sem limites, só para foder o brasileiro mais uma vez, e desviar a atenção da corrupção (notem que desde de que começou esse papo de referendo, ninguém fala mais em CPI)

Offline Marcelo Terra

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Re.: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #6 Online: 25 de Outubro de 2005, 16:29:33 »
Citar
Não é simples?


Pra mim desse jeito está bom. Eu não acho que facilitar o porte de arma seja uma medida positiva. Pelo menos aqui no RJ, pode ser que em outros locais a conveniencia de facilitar, ou dificultar, seja diferente.

Não seria melhor se essas leis pudessem ser regionalizadas? Qual seria o efeito da estadualização (tá, sei que é que nem os istêites) ou municipalização desse tipo de leis?

Offline n/a

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Re.: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #7 Online: 25 de Outubro de 2005, 18:45:28 »
Uma melhor adaptação às necessidades locais.

Citação de: Vexille
Só serve para mostrar que essa onda todinha de referento vou uma baboseira sem limites, só para foder o brasileiro mais uma vez, e desviar a atenção da corrupção (notem que desde de que começou esse papo de referendo, ninguém fala mais em CPI)


Mas vale lembrar que o referendo já estava marcado muito antes da "crise".

Offline Roberto

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Re: Re.: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #8 Online: 25 de Outubro de 2005, 21:08:55 »
Citação de: Marcelo Terra
Não seria melhor se essas leis pudessem ser regionalizadas? Qual seria o efeito da estadualização (tá, sei que é que nem os istêites) ou municipalização desse tipo de leis?


Seria o ideal, Marcelo. Assim como você, também sou contrário à liberação do porte irrestrito.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline Vexille

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Re: Re.: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #9 Online: 25 de Outubro de 2005, 23:45:36 »
Citação de: Ricardo M
Citação de: Vexille
Só serve para mostrar que essa onda todinha de referento vou uma baboseira sem limites, só para foder o brasileiro mais uma vez, e desviar a atenção da corrupção (notem que desde de que começou esse papo de referendo, ninguém fala mais em CPI)


Mas vale lembrar que o referendo já estava marcado muito antes da "crise".

Não que essa tenha sido a intenção do referendo. Mas caiu como uma luva.

Offline Agnostic

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Re: Re.: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #10 Online: 26 de Outubro de 2005, 15:44:02 »
Citação de: Marcelo Terra
Citar
Não é simples?


Pra mim desse jeito está bom. Eu não acho que facilitar o porte de arma seja uma medida positiva. Pelo menos aqui no RJ, pode ser que em outros locais a conveniencia de facilitar, ou dificultar, seja diferente.


Para mim desse jeito também está bom. Sou contra a facilitação do porte; muito contra, para ser honesto.

Citação de: Marcelo Terra
Não seria melhor se essas leis pudessem ser regionalizadas? Qual seria o efeito da estadualização (tá, sei que é que nem os istêites) ou municipalização desse tipo de leis?


Eu acho que seria uma boa idéia, desde que houvesse um parâmetro legal mínimo a ser respeitado obrigatoriamente de forma nacional, como o atual Estatuto do Desarmamento, a fim de evitar que determinados estados/municípios pudessem "liberar geral", por exemplo.
Who cares?

Offline Kao

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Re.: O "não" ganhou. E agora?
« Resposta #11 Online: 26 de Outubro de 2005, 20:19:57 »
O que deve mudar???
A questão da segurança está na ordem do dia, não via dar mais para o Governo Federal agir como um pilatos e  lavar as mãos, dizendo que não tem nada a ver com isso.

O povo deu um recado bem claro que quer segurança.

Os políticos serão presionados a fazer alguma coisa.

O próprio Lula, se não tomar algum providência, pode dar adeus à reeleição.

 

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