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Estudo liga genes "desligados" a câncer de ovário
« Online: 25 de Outubro de 2005, 21:43:42 »
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Estudo liga genes "desligados" a câncer de ovário

Dois genes que aparecem "desligados" em células de câncer do ovário podem resultar em um diagnóstico precoce para a doença, conhecida por ser uma assassina silenciosa, disseram hoje cientistas austríacos.

Os pesquisadores da Universidade Médica de Viena identificaram cinco genes que têm atividade baixíssima no câncer ovariano. Dois deles, o N33 e o NFA6R, não funcionam na maioria dos casos. "Esses dois genes estão desligados", disse o professor Michael Krainer. Embora não se saiba exatamente o que fazem os genes N33 e NFA6R, Krainer e sua equipe suspeitam que eles estejam ligados à progressão do câncer de ovário, que mata 114 mil mulheres por ano no mundo.

Suspeitam que esses genes tenham sido "desligados" por um processo chamado metilação, uma forma de inativação dos genes, o que pode ajudar a identificar pacientes nos estágios preliminares da doença. "Isso talvez será uma ferramenta para o diagnóstico precoce do câncer ovariano no futuro", disse Krainer. O câncer de ovário não apresenta sintomas nos estágios preliminares. A maioria das mulheres só recebe o diagnóstico depois que a doença já se espalhou além dos ovários, quando o tratamento é menos eficaz e a taxa de sobrevivência para cinco anos é de apenas 20%.

Um exame de diagnóstico, especialmente para mulheres sob alto risco, pode ajudar a identificar a doença mais cedo, quando o tratamento é mais eficaz. Um histórico familiar da doença é o fator de risco individual mais importante para o câncer de ovário. Krainer, cujas conclusões serão divulgadas pela revista Cancer, disse que aparentemente os dois genes perderam sua atividade antes de os sintomas da doença aparecerem, de forma que a metilação ocorre nos primeiros estágios da doença.

"Uma metilação como esta é fácil de detectar e pode ser um alerta antecipado para o desenvolvimento do câncer", afirmou Krainer. Se um gene tiver sofrido a metilação no tumor, é possível detectá-lo por meios relativamente simples, como exames de sangue e reações em laboratório. "Isso é provavelmente a base de um exame de sangue para o diagnóstico. Não está aí ainda, mas esta é a implicação clínica desta pesquisa básica."


http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI724681-EI298,00.html

 

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