João e Maria estão voando em direção à Austrália, para umas férias de quinze dias em comemoração aos seus quarenta anos de casamento. De repente, a voz do Comandante irrompe nos alto-falantes:
- Senhores passageiros, lamento informá-los que temos más notícias. Nossos aparelhos pararam de funcionar, e tentaremos um pouso de emergência.
Entre os passageiros, murmúrios, gritos, lamentações, choros. O Comandante acrescenta:
- Felizmente, vejo abaixo de nós uma pequena ilha que não consta dos mapas geográficos, e creio que conseguiremos aterrissar na praia.
Alívio misturado com apreensão entre os passageiros. E o Comandante prossegue:
- O maior problema, no entanto, é que talvez jamais sejamos resgatados, e que tenhamos que morar nessa ilha pelo resto de nossas vidas!
Os passageiros aos poucos substituem as exclamações por orações ou silêncio.
Graças à destreza da tripulação, o avião pousa com segurança na ilha. Os passageiros desembarcam, atônitos.
Uma hora depois, João, ainda abalado, se vira para sua esposa e pergunta:
- Maria, me diga uma coisa. Nós pagamos nossa contribuição de caridade para a LBV este mês?
- Não, querido - ela responde. - Lamento tanto! Deixei para depois da volta.
João então pergunta:
- Maria, nós pagamos nossa contribuição para a Campanha da Fraternidade da CNBB?
- Ih, não, João! Me descupe. Me esqueci de mandar o cheque!
- Uma última coisa, Maria, você se lembrou de pagar a mensalidade da Canção Nova deste mês?
- Oh, não, perdoe-me outra vez, querido! Me esqueci disso também.
Então, subitamente, João agarra Maria e lhe dá o beijo mais ardente em quarenta anos de vida conjugal.
Maria, muito surpresa, consegue se desvencilhar e pergunta:
- Por que isso agora, João?
João responde, com um brilho nos olhos:
- Eles vão nos encontrar!!!