Daniel, a questão não é que as normas da língua (Hein???) sejam sagradas ou intocáveis, mas quando o idioma perde sua principal finalidade que é a de comunicar de forma clara e rápida, quando é esta a intenção obviamente, pode ser considerado um erro sim. Se foi desenvolvido uma "linguagem de gueto" na internet pelos jovens, pelo menos são os que me parecem aderir maciçamente a essas práticas, que tornam a leitura difícil e cansativa para os "não adeptos", não se pode exigir que os outros é que mudem para se adaptar a esse novo pseudo-idioma. Algumas práticas realmente tornam a compreensão dos textos difícil, dificultando o aspecto da clareza da comunicação e inviabilizando o aspecto da rapidez dessa comunicação. Acho que essas práticas de "gueto" devem permanecer restritas às panelas que as adotam mas essas pessoas aos se comunicarem com o restante do mundo devem falar na linguagem do mundo e não querer que o mundo mude para falar com elas.
Um aspecto sinistro dessa questão é que tem jovens que já não tem uma boa formação básica no nosso idioma, já não conseguem se comunicar eficientemente pela linguagem escrita e, ao imergirem no mundo da prática dessa forma de comunicação quase-cifrada, acabam criando uma barreira para se comunicarem com as outras pessoas, o que pode prejudicar de forma grave seu desempenho acadêmico e profissional, não é fácil aprender a escrever direito só depois que estiver no curso superior. Poderia ser considerada apenas paranóia se essas jovens soubessesm distinguir a utilização dos dois meios, e tivesse mantivesse a prática e fluência em ambos, mas não é o que está acontecendo em muitos casos. Infelizmente não podemos dimensionar a real extensão do problema sem que uma pesquisa séria seja feita. Como sempre, faltam números.