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08/11/2005 - 09h09China condena 3 à prisão por imprimir Bíblias[/size]Por Benjamin Kang Lim e Chris BuckleyPEQUIM (Reuters) - Um tribunal chinês sentenciou nesta terça-feira um pastor protestante, sua mulher e o irmão dela a penas de até três anos de cadeia por terem impresso ilegalmente Bíblias e outras publicações cristãs, disse um de seus advogados.A condenação de Cai Zhuohua, 34, e de sua família acontece dias antes da chegada do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, para uma visita ao país.Na China ateísta, a impressão de Bíblias e de outras publicações religiosas precisa de aprovação do Gabinete Estatal de Assuntos Religiosos. Bíblias não podem ser compradas abertamente em livrarias.Cai, preso em setembro do ano passado, foi condenado a três anos de detenção sob acusações de "práticas comerciais ilegais". Ele se declarou inocente, disse por telefone o advogado Zhang Xingshui.Sua mulher de 33 anos, Xiao Yunfei, foi condenada a dois anos de prisão e o irmão dela, Xiao Gaowen, 37, a 18 meses. Eles também sofreram as mesmas acusações.Os três deverão apelar dentro do período regulamentar de 10 dias. Autoridades da corte recusaram-se a comentar o caso.A mãe de Cai defendeu o filho, mas afirmou que não ficou triste nem irritada."A promotoria não encontrou nenhuma testemunha para dizer que meu filho recebeu dinheiro", disse à Reuters Cai Laiyi, 61, depois da declaração da sentença."Mas não estou triste nem brava, porque essa é a programação de Deus", disse a mãe de Cai, que está tomando conta do filho dele.A corte multou Cai em 25 mil dólares, a mulher dele em 19 mil dólares e o irmão em cerca de 12.500 dólares.Oito advogados e especialistas em Direito haviam oferecido serviços gratuitos aos acusados.Ativistas de defesa dos direitos dizem que a liberdade religiosa é garantida pela Constituição chinesa e que os fiéis podem participar de atos nas igrejas oficiais, mas que o governo está usando cada vez mais artifícios para combater igrejas caseiras ou pequenos grupos de religiosos.Um site do governo chinês afirma que vivem no país quatro milhões de católicos e 10 milhões de protestantes, mas acredita-se que os números devem ser muito maiores.A China rejeita que o Vaticano nomeie bispos no país e não permite que católicos reconheçam a autoridade do papa. Os católicos chineses são obrigados a participar da Igreja oficial, chamada Associação dos Católicos Patriotas.