Confissões obscenasISTOÉ revela o diário de um padre
pedófilo que relata suas experiências
e conta como conquista suas vítimas
Alan Rodrigues
Sofrimento: V.R.D., dez anos, uma das vítimas do padre Edson Alves (à dir. )
Para boa parte das mães beatas, ver um filho se tornar coroinha é como alcançar uma graça. E essa “dádiva” foi conseguida pela goiana Patrícia Teixeira dos Reis, 31 anos, na última Páscoa. Na missa de 27 de março, o garoto V.R.D., dez anos, um de seus três filhos, subiu ao altar da Paróquia do Imaculado Coração de Maria, em Alexânia (GO), para ser consagrado. Mal sabia Patrícia que aquela cerimônia marcaria o início de um calvário. Depois de cinco meses como auxiliar do padre Édson Alves dos Santos, 64 anos, V.R.D. revelou à sua avó, dona Iraci Teixeira, professora de catequese há 20 anos, tudo o que acontecia atrás da sacristia. “O padre faz comigo igual o homem faz com a mulher”, relatou. “Ele tira minha roupa, levanta a batina, me coloca no colo, fala para eu ficar tranqüilo e diz que aquilo é a prática da penetração”, contou o garoto. A avó, estarrecida com o que ouvira, comunicou o relato a Patrícia, que imediatamente o levou ao médico e à polícia. Todos os exames confirmaram: V.R.D. foi vítima de abusos sexuais.
Depois de o menino contar o segredo para sua avó, outros dois coroinhas fizeram, na polícia, relatos semelhantes. Apesar disso, padre Édson continua celebrando missas, só que em capelas na região rural da cidade de Alexânia. “Jamais imaginei que isso pudesse ocorrer. Esse padre proibia até que mulheres entrassem de saia na igreja”, lembra Patrícia. “Ele diz aos garotos que tudo o que fazem é um segredo entre eles e Deus.” Valdivino Clarindo, advogado do padre, nega a versão dos coroinhas. “Padre Édson tem indícios de disfunção sexual, portanto não poderia cometer os crimes que lhe são atribuídos”, afirma. Não é o que afirma a polícia nem os exames médicos realizados nos garotos.
Sem escapatória: Padre Félix flagrado em orgias regadas a bebidas e drogas
Crimes como o descrito pelo menino V.R.D. não são novidade no interior da Igreja. “Nos últimos três anos, cresceram em 70% as denúncias de abusos sexuais praticados por religiosos no Brasil”, diz Regina Soares Jurkwicz, doutoranda na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC) e autora do livro Desvelando a política do silêncio: abuso sexual de mulheres por padres no Brasil. Na semana passada, um outro caso expôs essa ferida. O padre Félix Barbosa Carreiro, 43 anos, de São Luís (MA), foi flagrado num quarto de motel acompanhado de quatro adolescentes recrutados pela internet. “Sei que outros 12 padres fazem o mesmo”, acusou o padre. Diante dessa crise moral, o papa Bento XVI, ex-chefe da Congregação da Doutrina da Fé – órgão do Vaticano encarregado de investigar as denúncias de abuso sexual na Igreja –, despachou para o Brasil, em setembro, uma comissão para investigar o que ocorre longe das vistas dos fiéis. O quadro encontrado pelos representantes da Santa Sé não é nada animador. Há, no Brasil, cerca de dez padres na cadeia, condenados pelos crimes de abuso sexual. Há, ainda, aproximadamente 40 religiosos fugindo de mandados de prisão, muitos deles, segundo as investigações do Vaticano, acobertados pela própria Igreja.
Diários do pecado – Em pelo menos dois casos, religiosos chegaram a redigir diários narrando suas perversidades. Um deles, cuja cópia ISTOÉ teve acesso, contém um verdadeiro “manual do padre pedófilo”, no qual o religioso descreve as fórmulas que ele acredita serem “seguras” para conquistar crianças. O diário faz parte de um processo que transita sob segredo no Tribunal de Justiça de São Paulo. O diário chegou às mãos da polícia por intermédio de uma religiosa, a quem o padre havia entregue seu caderno por engano. Como já havia uma denúncia na delegacia, a religiosa encaminhou o diário ao delegado Paulo Calil, na Delegacia de Agudos (SP). “Era a prova que faltava para podermos prender o padre”, diz o delegado.
Em suas anotações, o padre Tarcísio Tadeu Sprícigo, 48 anos, de Agudos,
hoje preso e condenado a 15 anos por haver violentado sexualmente um garoto
de cinco anos, descreve a forma como persuadir as crianças: “Apresentar-se sempre como dominador. Ser carinhoso e não ser apressado. Nunca fazer perguntas, mas ter certezas. Conseguir garotos seguros e carentes, que não
tenham pai e que sejam pobres. Jamais se envolver com garotos riquinhos”, revela o diário. Antes de ser preso, mas depois de já terem sido feitas as primeiras denúncias contra o padre, a Igreja o transferiu do interior paulista para uma paróquia em Goiás. No novo endereço, o padre é acusado de haver violentado outras duas crianças. Nesses casos ainda não há sentença judicial. “Entreguei meu filho ao padre como se estivesse entregando a Deus”, lamenta Aparecida da Silva, mãe de uma das vítimas.
Outro diário, do padre Alfieri Eduardo Bompani, 45 anos, é ainda mais revoltante. Ele foi preso por abusar sexualmente de crianças com idades entre seis e dez anos, em um sítio que mantinha na região de Sorocaba (SP) e que jurava destinar-se a obras sociais. Além do expediente de manter um diário, o padre gravava em vídeo as cenas de sexo que praticava com os meninos. A polícia ainda encontrou em seu poder os rascunhos de um livro de contos eróticos que ele estava escrevendo, baseado em suas próprias experiências. O padre descrevia, com detalhes sórdidos, no que ele chama de “5º diário”, sua relação com os meninos que viviam no sítio Nazaré: “Há dois dias não encoxo ninguém. Me masturbei duas vezes ontem, sendo uma delas com o V. (seis anos). Ele chupou meu c... Tomei cerveja e uísque e comi o F. (nove anos), mas não ejaculei.” As vítimas desse padre eram crianças de rua, recolhidas por ele, com a desculpa de livrá-las das drogas.
Crueldade: Patrícia com a mãe, Iraci. Fé e referencial católico arrebentados
Números alarmantes – O trabalho realizado pelos enviados do Vaticano é guardado como segredo de confessionário. ISTOÉ, porém, teve acesso aos relatórios que mostram um preocupante perfil dos religiosos no Brasil. Um dos capítulos desse estudo trata especificamente das relações de padres e seminaristas com a questão sexual. O documento registra que cerca de 1,7 mil padres – 10% do total – no País estão envolvidos em casos de má conduta sexual, o que inclui abuso sexual contra crianças e também contra mulheres. A pesquisa revela ainda que cerca de 50% dos padres não mantêm o voto de castidade. Nos últimos três anos, a pedofilia no interior da Igreja Católica no Brasil já remeteu mais de 200 padres para clínicas psicológicas da própria instituição. O problema é que a hierarquia eclesiástica brasileira, ao contrário do que aconteceu nos EUA – que abriu seus arquivos secretos à população para identificar, auxiliar e reparar as vítimas –, prefere manter a política do silêncio. Com isso, abafam as denúncias e protegem os agressores, tudo em nome de uma lei que não é a dos homens de bem.
Condenado, padre descreve detalhes da perversão
MEMÓRIAS DA PERVERSÃOPadre Tarcísio Sprícigo, de Goiás, descreve em seu diário os detalhes sórdidos de aliciamento de meninos e de como colocava em prática seus crimes sexuais
Reincidente: o religioso violentou sexualmente crianças
entre cinco e dez anos. Condenado, ainda aguarda por mais duas sentenças

Quais são as possíveis soluções?
R. 1 – Sentir-me bem em gostar de garotos.
2 – Sentir-me socialmente aceito em expressar meu afeto aos garotos.
3 – Ter equilibrio e sentir-me amado por eles aceitando também o namoro
como algo bonito e não apenas sexo.
4 – Ter os garotinhos seguros de segredo e sem escrúpulos para sexo.

Só agir sexualmente quando tenho certeza absoluta de que o garoto guarde segredo.

... social, tendo assim a visão do todo.
Me preparo para a caça... olho para os lados... com tranqüilidade, porque tenho os garotos que eu quero sem problema de carências, pois sou o jovem mais seguro do mundo

– Sei que chovem garotos, seguros, confiáveis e que são sensuais
e que guardam total segredo e que são carentes de pai e só com a mãe.
– Eles estão em todos os lugares – basta só ter um olho clínico
e agir com leis seguras no campo social.
– Eu por isso sou seguro e tenho calma... não me afobo não, eu sou o galã – e o garotinho, depois de aplicada a lei corretamente, estará caindo direitinho na minha... seremos felizes para sempre...

Depois dos fracassos no campo sexual, aprendi uma lição!!! e esta é minha mais
solene descoberta: “Deus perdoa sempre, mas a sociedade jamais!”
Documento denuncia abusos ao Vaticano
O PAPA SABEDocumento em poder do Vaticano denuncia o envolvimento
de bispos em assédio sexual no Brasil
Sem resposta: Padre Alberto envia relato de assédio a Bento XVI, que em 2003
era chefe do departamento que investiga crimes sexuais na Igreja
Triste constatação: trechos de depoimentos de crianças à polícia expõem os detalhes das sevícias praticadas pelo padre Tarcísio
Os dez mandamentos da impunidade
DECÁLOGO UNIVERSAL DA IMPUNIDADE1 - Averiguação discreta do ocorrido.
2 - Reconhecido o abuso sexual e constatado que a imagem da Igreja será prejudicada, iniciar ações dissuasórias com agressor e vítima. Os bispos dedicam-se ao convencimento das vítimas e de seus familiares, assegurando-lhes que o agressor foi punido e estaria arrependido, persuadindo-os a não perpetrarem a denúncia para não prejudicar a Igreja
nem a si mesmos.
3 - Encobrimento dos fatos e do agressor antes que
venham a público.
4 - Medidas para reforçar o ocultamento. A hierarquia adota um expediente canônico contra o agressor, apenas para defender-se de eventuais acusações de passividade.
5 - Negar o ocorrido. Sob o argumento de que o sacerdote, chamado por Deus, é um homem de virtude, uma figura
sacra. Quando não é mais possível negar o fato, este é
tratado com exceção.
6 - Defesa pública do agressor, ressaltando seus bons serviços prestados à Igreja. Apela-se para o sentimento
cristão do perdão ao pecador arrependido.
7 - Desqualificação pública das vítimas e de suas condições.
8 - Atribuição paranóica de denúncia a campanhas orquestradas por “inimigos da Igreja”.
9 - Possibilidade de negociação com a vítima.
10 - Proteção do sacerdote agressor.
Política do silêncio garante impunidade
PERIGOSO SILÊNCIO“A quantidade de crianças que sofrem abusos sexuais por parte de religiosos poderia ser bem menor se a Igreja não protegesse o agressor”, afirma o advogado Evandro Coutinho, de Anápolis (GO). A tese do advogado que representa duas crianças vítimas do padre Tarcísio é endossada por membros da própria Igreja Católica. “Nesses casos, prevalece a lei do silêncio”, explica o padre Luiz Feracine. A experiência do padre Luiz reflete bem a postura da Igreja quando o assunto é proteger a instituição. Padre há 50 anos, mestre em filosofia pela Universidade de Roma, doutor em direito civil pelo Vaticano entre outros cursos, que lhe renderam a indicação para juiz do Tribunal Eclesiástico do Vaticano em Mato Grosso do Sul – órgão da Igreja responsável pela investigação de crimes e punição interna de seus membros –, Luiz Feracine foi afastado de suas funções por defender um ex-menino de rua que acusa o bispo de Jardim, em Mato Grosso do Sul, Bruno Pedron, de abuso sexual. No decreto de seu afastamento, a Arquidiocese de Campo Grande justifica o ato: “Grave escândalo e dano ao povo de Deus.” Tudo isso porque Feracine não evitou que o crime se tornasse público.
Segundo o Direito Canônico, casos de abuso sexual cometidos por religiosos são considerados apenas pecado e com base nisso a Igreja não denuncia os transgressores. “São recursos para evitar o escândalo”, conta Feracine. O espanhol Pepe Rodríguez, um dos maiores pesquisadores do tema, autor do livro Pederastia na Igreja Católica, afirma que, para encobrir os escândalos, a hierarquia da Igreja Católica utiliza-se de um “decálogo básico universal” que protege esses religiosos.
Padre redige verdadeiro "manual" do pedófilo
"MANUAL DO PEDÓFILO"
1) Idade > 7 >
8 > 9 > 10
2) Sexo > masculino
3) Condições sociais > pobre
4) Condições familiares > de preferência um filho sem pai,
só com a mãe sozinha – ou com 1 irmã.
5) Onde procurar > nas ruas, escolas e famílias.
6) Como fisgar > aulas de violão, coralzinho, coroinha.
7) Importantíssimo > prender a família do garoto.
8) Possibilidades > garoto carinhoso, calmo, sem bloqueios,
carente de pai, sem moralismos.
9) Ver o que o garoto gosta e partir desta premissa para
atendê-lo em cobrança a sua entrega a mim.
10) Como apresentar-se > sempre seguro –sério–
dominador – pai – nunca fazer perguntas, mas ter certeza
Roma tenta amenizar problema
PECADO NA SACRISTIA
Estratégia: política do silêncio e corporativismo prevalecem em Roma e protegem o clero delinqüente
O Vaticano se diz inflexível com padres pedófilos, mas age com demasiada prudência: acredita que eles possam se arrepender e obter o perdão divino. Por isso, é muito difícil imaginar um sacerdote acusado de pedofilia sentado no banco dos réus de um tribunal da Santa Sé. Compete ao episcopado nacional agir, comunicando passo a passo o caso e consultando as autoridades da Santa Sé antes de tomar qualquer decisão de expulsar o padre, bispo ou diácono pedófilo. O Vaticano recomenda que o religioso acusado seja transferido a um instituto religioso ou convento, enquanto aguarda o veredicto final da justiça civil. Caso seja culpado, poderá ser suspenso do ministério.
Apesar de a Igreja habitualmente escolher o silêncio, um padre italiano rema contra a corrente: dom Fortunato Di Noto, 43 anos, da paróquia de Avola, Siracusa, na Sicília. Sua batalha contra os pedófilos começou há 15 anos, quando viu fotos de crianças e bebês violentados e decidiu que tinha que fazer algo para prevenir e combater este crime.
Dom Fortunato já teve que lidar com diversos casos de sacerdotes pedófilos: “É um drama, porque a figura do sacerdote, como a de qualquer outro educador, é um ponto de referência para as crianças. Isso deixa feridas permanentes. É um crime contra a humanidade, porque a criança representa o futuro da humanidade. O criminoso deve ser punido com a prisão, mas também deve ser reeducado para que não volte a cometer o crime”, disse o padre a ISTOÉ. O padre explica que, nos episódios comprovados de pedofilia, na maioria das vezes é o próprio padre quem tem a iniciativa de deixar o sacerdócio: “No fundo, o sacerdote tem uma consciência e sensibilidade maior na leitura dos fatos. Talvez porque se confronta sempre com a palavra de Deus. Muitas vezes eles não agüentam a vergonha e deixam o sacerdócio”, diz. “O silencio é prudente porque muitas vezes o bispo não está preparado para enfrentar um caso destes. É como se um marido telefonasse para a própria esposa para lhe dizer que descobriu que o irmão dela é pedófilo. Como reagiria esta mulher? Portanto, o bispo fica confuso e não sabe como reagir imediatamente. Não é um desejo de encobrir a verdade e sim um silêncio reflexivo para saber como agir”, defende dom Fortunato.
O que é pedofilia
DESEJOS E TRAUMASRita Moraes
Transtorno de conduta sexual também chamado de
parafilia, a pedofilia se caracteriza pelo desejo sexual recorrente por crianças ou pré-púberes. Considera-se
uma relação pedófila quando a diferença de idade entre
os envolvidos é maior que cinco anos, exceção feita no relacionamento entre adolescentes.
Um pedófilo não é só o que consuma o abuso, mas o que
tem fantasias sexuais e excitação freqüentes diante de
corpos infantis. Quase sempre são pessoas afáveis e tímidas sexualmente. “São imaturas no desenvolvimento de sua sexualidade. O sentimento de poder pode estar presente,
mas o comum é que com crianças o pedófilo se sinta
mais tranqüilo, livre de cobranças”, explica o psiquiatra Alexandre Saadeh, do Projeto Sexualidade do Hospital das Clínicas de São Paulo.
As seqüelas para as vítimas serão tão mais graves quanto mais violento for o abuso. A pedofilia expõe a criança a algo que ela não está aparelhada nem física nem psiquicamente para lidar. Na vida adulta, poderá ter transtornos e bloqueios sexuais e até repetir o abuso. Os casos em que o abusador é alguém a quem a criança nutre admiração, respeito e amor são mais perturbadores. “Ela vive uma grande contradição ao passar de uma relação de autoridade e cerimônia para um contato físico absolutamente carnal. Teme falar e até sentir o que sente”, explica a psicanalista Magdalena Ramos, coordenadora do Núcleo de Casal e Família da PUC-SP.
Crime sexual não só contra as crianças
ATÉ TU, BISPO!
Pela honra: Padre Alberto move ação no Vaticano contra seu superior
Vítimas de crimes sexuais do clero não estão restritas somente às crianças. Dezenas de seminaristas e sacerdotes sofrem com as investidas de seus superiores. Há 14 anos um processo de assédio sexual contra o bispo emérito de Barra do Garça (MT) dom Antônio Sarto é movido pelo padre Alberto Mendes Pereira, no Tribunal Eclesiástico de Campo Grande, sem resultados. A falta de solução para o caso fez com que o padre representasse contra seu superior em Roma, em 2003. “Toda vez que ele, o bispo, passava por mim, começava a esfregar suas nádegas em meus órgãos genitais. Eu me afastava e ele tornava a me assediar. Eu ia tomar banho e ele ia atrás”, lembra padre Alberto. “O bispo me ordenou padre em 1988. Na mesma noite ele me levou ao seu quarto, trancou a porta e tentou me agarrar à força. Abaixou suas calças e exibindo-me suas nádegas exigia, como forma de agradecimento, que eu o penetrasse. À força, consegui me desvencilhar”, relatou o padre em carta ao Vaticano. A Santa Sé confirmou o recebimento do relato, mas até hoje não deu nenhuma solução. O padre não quer recorrer à Justiça comum, pois entende que o crime está prescrito, segundo o Código Penal. “Perdi tempo, mas não abro mão de buscar a punição do bispo, mesmo com a proposital demora do Vaticano”, diz. No Direito Canônico não existe a prescrição. Procurado nos últimos 15 dias pela reportagem de ISTOÉ, o bispo dom Antônio Sarto não foi encontrado. Seus auxiliares se limitam a dizer que não têm conhecimento de onde ele se encontra.
Isto É