A idéia é começar uma série de tópicos dos comentários que costumamos fazer aos textos de criacionistas, mas organizar em um tópico para cada autor, em vez de deixá-los espalhados, um tópico por texto. Só coloquei esse primeiro porque fo o último que comentei e único que me lembrava exatamente onde estava.
Talvez possamso colocar também um breve dossiê de cada autor no início do tópico, por enquanto o que tenho desse é o que vem como nota de rodapé no texto que ele publicou no OI
Eu pretendo também editar esse texto, e embasar mais as minhas colocações, nem que apenas com links, acho que isso é o principal, senão seria tão efetivo como apenas dar copy/paste e dizer "é um monte de besteiras"[/b]
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Enézio E. de Almeida Filho Pesquisador em Educação em Ciências.
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"TEORIA DA EVOLUÇÃO
Desnudando Darwin: ciência ou ideologia?
ou
A relação incestuosa da mídia
brasileira com a Nomenklatura científica"
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/ofjor/ofc201298.htm
"Se se pudesse demonstrar a existência de algum órgão complexo que não pudesse de maneira alguma ser formado através de modificações ligeiras, sucessivas e numerosas, minha teoria ruiria inteiramente por terra".
Charles Darwin, in A origem das espécies, p. 161
(Leia mais em A caixa preta de Darwin, de Michael J. Behe, que aceitou o desafio darwinista)
Behe aceita a ancestralidade comum universal, só lembrando.
Há mais de 30 anos (isso mesmo - mais de 30 anos!) o paradigma neodarwinista (ou teoria sintética - combinação do Darwinismo clássico com a genética mendeliana) vem apresentando dificuldades teórico-empíricas discutidas intramuros, publicamente em alguns jornais e revistas especializados bem como em livros. O interessante é que os autores são todos cientistas evolucionistas de renome internacional.
Não vem enfrentando dificuldades que afetem a conclusão da ancestralidade comum universal. Mais questões vão sendo sempre levantadas, porque é sempre o que ocorre com teorias científicas de verdade.
Da mesma forma, vem sempre se postulando e testando hipóteses de novas partículas, de novos planetas, e etc, mas isso não significa que, existindo ou não esses planetas ou partículas, que as bases sobre as quais se está trabalhando não fosem sólidas.
Isso é obvio, mas o objetivo desse texto é só confundir e enganar, ou é o texto de alguém que já foi enganado e está confuso, e agora apenas propaga sua desinformação.
Mas o mais interessante mesmo é a postura da mídia brasileira em relação a tão importante fato: silêncio total!
A mídia volta e meia lança manchetes como "nova espécie de sapo desafia a teoria da evolução", "desafiar a teoria da evolução" ou de qualquer outra coisa é o cliché favorito dos jornalistas que trabalham em divulgação científica, e ele vem com essa de que há uma conspiração para não divulgar as falhas.
O que está ocorrendo com o neodarwinismo é o que Thomas S. Khun brilhantemente apontou no seu A estrutura das revoluções científicas (1998, São Paulo, Perspectiva): quando existem anomalias que a teoria não previu e às quais não consegue mais responder, o paradigma entra em crise, teorias ad hoc são criadas pelos cientistas na tentativa da manutenção/salvação do modelo científico.
Só que ele não deve saber dar exemplos de anomalias quanto a teoria da ancestralidade comum universal.
Seleção natural, pura e simplesmente, se fosse o único mecanismo possível, enfrentaria anomalias como no caso de evolução neutra. Não sei se o neutralismo é considerável como uma hipótese "ad hoc", mas ambos são testáveis e fazem sentido com a genética. Não é o mesmo tipo de ad hoc que se faz para tentar salvar a astrologia ou criacionismos, ad hocs que eximem da necessidade de explicação, ou que explicam as anomalias com coisas não testáveis ou inexplicáveis.
Ao longo desses mais de 30 anos, o que se questiona pelo rigor do método científico é: qual mecanismo teria ocasionado, ao longo do tempo (bilhões de anos), o processo evolutivo da origem da vida - Elementos químicos adequados + forças naturais + tempo (bilhões de anos) + acaso (seleção natural + mutações genéticas).
Define acaso como seleção natural mais mutações. É como se eu definisse "acaso" como "coleta de materiais diversos e separação seletiva dos metais dos demais materiais".
A abiogênese [teoria da geração espontânea], sem nenhum respaldo do método científico (Redi e Pasteur há muito inviabilizaram esta hipótese), é aceita como tendo produzido o primeiro ser vivo simples de uma base não-viva que se transformou num ser vivo mais complexo.
Mais exemplos de ignorância no assunto.
Em primeiro luar, abiogênese é necessária sempre que se assume que a vida não existiu eternamente. Tenha ela surgido por milagre do barro, ou por reações químicas naturais que originaram processualmente uma forma de vida simples, é abiogênese.
Pasteur e Redi não inviabilizaram a hipótese da abiogênese defendida atualmente pela ciência, mas de abiogêneses mais parecidas com as que os criacionismos defendem, de origem abrupta de espécies a partir de matéria não-viva. Ou seja, que da água pura não surgem bactérias, não que uma forma mais simples de vida - sem ser uma bactéria complexa existente dos dias de hoje - não possa vir a se formar de alguma forma ainda não totalmente conhecida.
É engraçado e até irônico: um sapo ser beijado por uma princesa e transformado em príncipe é história da carochinha. Agora, um suposto ser unicelular (inobservado) ao longo de bilhões de anos se transformar em Australopithecus e depois em Charles Darwin (inobservado), isso sim, é considerado ciência!
De quem mesmo que ele plagiou esse espantalho? Wells?
Não são 30 dias de debates. São 38 anos. Jornalistas científicos deveriam considerar o questionamento levantado por G. A. Kerkut (evolucionista) em relação à evidência inadequada de sete importantes inferências evolucionistas [Teoria Geral da Evolução]:
1. Coisas não-vivas deram origem a organismos vivos;
2. A abiogênese ocorreu uma vez;
3. Os vírus, bactérias, plantas e animais são todos inter-relacionados;
4. Os protozoários deram origem aos metazoários;
5. Vários filos de invertebrados são inter-relacionados;
6. Os invertebrados deram origem aos vertebrados; e
7. Peixes, répteis, aves e mamíferos tiveram origem ancestral comum. in Implications of Evolution, New York, Pergamon, 1960, pp. 150-157.
O que eu grifei não faz parte necessária de uma "teoria geral da evolução", embora seja o geralmente assumido, porque, como já expliquei, a vida precisa ter surgido abióticamente a menos que se suponha que tenha sempre existido; e é mais parcimonioso assumir que ela surgiu número mínimo de vezes do que múltiplas vezes.
Onde é que fica a visão kuhniana em toda esta história? As anomalias existem, o modelo teórico não consegue mais respondê-las, a teoria entrou em crise, há debates intramuros, foram criadas teorias ad hoc (será que diferem do Deus das lacunas? - parece que não) para salvar/manter o paradigma. Estamos vivendo a transitoriedade crítica do neodarwinismo. Há outras propostas, como o Planejamento Inteligente (Michael J. Behe - A caixa preta de Darwin, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997), mas a Nomenklatura acadêmica nem sequer deseja ouvir o pleito dos inovadores.
Ele não fala quais seriam as tais "dificuldades", e nem que o Behe não ataca a ancestralidade comum universal.
A diferença de eventuais "ad-hocs" científicos quanto aos deus das lacunas é que devem ser hipóteses também testáveis e que só fazem uso de explicações naturais, sem mágica, sem evocar algo misterioso e desconhecido como "explicação".
Nas reportagens científicas, não há uma distinção no termo teoria da evolução: Teoria Especial da Evolução (Dobzhansky) - microevoluções ocorrem intra-espécies e são observadas e empiricamente comprovadas; Teoria Geral da Evolução (Goldschmidt) - macro-evoluções ocorrendo inter-espécies, eventos inusitados, inobservados, ocorridos uma vez em passado mui distante, não têm como ser comprovados empiricamente. Por que essa distinção precípua não é feita? A Teoria Geral da Evolução é apresentada como se fosse fato inconteste.
Eu acho que nunca vejo não-criacionistas usando essa terminologia de "teoria geral da evolução", que nem é de Goldschimidt. Goldschimidt apenas propôs o saltacionismo, que é majoritariamente descartado hoje como forma modal de especiação. E não é a única forma de especiação.
Ele também parece ignorar como se comprova indiretamente uma hipótese
Toda idéia ou teoria científica deve ser debatida para o bem da ciência.
Indispensavelmente por alguém que a conheça, não adianta gente que não sabe do que está falando se meter a debater o que não sabe e ficar propagando ignorância. Isso é só irresponsabilidade, vandalismo cultural e científico.
Esta é a máxima propalada pelos cientistas, mas pouco seguida por eles mesmos. Especialmente a Teoria da Evolução. Por quê? Porque ela permeia toda a nossa Weltanschauung cultural atual. Por que o neodarwinismo não pode ser submetido ao rigor do método científico?
Mentira
Por que não o debate público de suas teorias? O modelo neodarwinista deve ser trazido para este debate racional, porque como teoria não pode arrogar o status de "fato" acima de quaisquer suspeitas em contrário. Se não, temos aqui o exemplo ímpar de theoria perennis. Não fazer isso é condenar o mundo a um poço profundo de ignorância intelectual. Se o paradigma científico estiver errado, quais foram/são/serão as conseqüências para as pesquisas biológicas???
Por que os que acham que o neodarwinismo está refutado, escrevem para o OI em vez de para periódicos científicos, e ficam falando de conspirações em vez de apontar as tais falhas?
Por que nunca propõem outras "teorias" alternativas além das que vão de acordo com sua fé religiosa?
O método científico (Gewandsznajder, Fernando. O que é o método científico? São Paulo, Pioneira, 1989) ainda é o parâmetro aceito pela Academia para a aceitação de quaisquer teorias científicas. O neodarwinismo passaria pelo rigor do método científico? Parece que não.
Mas ele não demonstra isso, apenas passa sua "conclusão" e esconde o seu "raciocínio".
Por que este modelo teórico não é considerado pelos jornalistas científicos por este critério aceito pela própria ciência? É o medo de Darwin ser encontrado nu? De o neodarwinismo ser encontrado em falta como teoria científica? O que há por trás das reações emotivas de cientistas fundamentalistas/ultra-darwinistas como Richard Dawkins, Daniel Dennett e outros? Os limites da seleção natural não seriam uma razão muito forte para se considerar novas teorias (Stephen C. Meyer, filósofo em ciências, Cambridge University)? Qual a razão desse silêncio tumular da mídia sobre tão importante assunto?
Que limites da seleção natural? Não estou dizendo que é "ilimitada", mas ela se propõe por acaso a explicar algo que não dê conta?
Que teorias alternativas? Há alguma com um mecanismo não mágico?
Stephen C. Meyer é defensor do ID e da ancestralidade comum universal ao mesmo tempo.
Quando Karl Popper concluiu em 1976 que "o darwinismo não é uma teoria científica testável, mas um programa de pesquisa metafísica" [Unended quest: an intellectual autobiography, La Salle, IL, Open Court, p. 168], qual foi a reação da Nomenklatura científica? Lidar com a proposição popperiana, demonstrar o contrário ou negar-lhe cidadania no reino científico por não "rezar" pelo cânon vigente? Não lidaram com a proposição popperiana e quase lhe cassaram a cidadania no reino científico - este, por razões pragmáticas de sobrevivência na Academia, abjurou de muitas de suas teses céticas em relação à ciência biológica. Patrulhamento ideológico. Verdadeira Inquisição. Sem fogueiras... Tratamento diferente do dispensado a Galileu? Não!
Por que ele não demonstra que o raciocínio original de Popper estava correto, em vez de só dizer que a força da conspiração o silenciou?
Talvez porque seja preciso saber do que se está falando.
Logo em seguida, Collin Patterson, paleontólogo, evolucionista, do Museu de História Natural de Londres, no dia 5 de novembro de 1981, no Museu Americano de História Natural, diante de uma platéia formada por cientistas americanos, todos evolucionistas, perguntou:
"Vocês podem me dizer alguma coisa sobre evolução, qualquer coisa que seja verdade?"
A platéia ficou muda. São passados 17 anos e a pergunta de Patterson continua sem resposta. Nem Nobel em Biologia, até hoje, respondeu à sua pergunta... Collin Patterson, pressionado pela Nomenklatura científica, também cedeu um pouco nas suas críticas ao neodarwinismo e tentou, mais tarde, explicar o inexplicável de sua famosa pergunta. Por quê? Medo de perder a reputação acadêmica e o cargo no Museu de História Natural em Londres. Diferente de Galileu, que ousou ir contra a Academia do seu tempo...
Clássico das citações fora de contexto para enganar os trouxas. O paleontólogo estava se referindo à algo como a utilidade de se levar em consideração a evolução para a taxonomia, não pondo a evolução em questão enquanto paradoxalemente continua a defendendo...
mas dá sempre para enganar alguns com isso...
Em 1985, Michael Denton, Senior Research Fellow, especialista em Genética Humana, da Universidade Otago, Nova Zelândia, escreveu o livro Evolution: a theory in crisis [inédito em português] apresentando suas objeções ao neodarwinismo: há muitos órgãos altamente complexos, bem como sistemas e estruturas que não podem ser concebidos como tendo surgido em termos de acumulação gradual de mutações ao acaso, ao longo dos anos. Como era de se esperar, a Nomenklatura reagiu e continua reagindo às objeções do Dr. Denton. Este, contudo, vem resistindo aos ataques pessoais desfechados. Escreveu outro livro: Nature’s destiny - how the laws of biology reveal purpose in the Universe [também inédito em português].[
No sengundo livro ele aceita a ancestralidade comum universal, não sei se a suficiência da seleção natural para a adaptação.
Mas eis que surgiu Michael J. Behe, bioquímico, professor-assistente na Lehigh University, Pensilvânia, com a tese do Planejamento Inteligente e da Complexidade Irredutível bem delineados no seu livro - A caixa preta de Darwin [Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1997]. Como era de se esperar, a Nomenklatura foi visceralmente contra. No neodarwinismo todos têm que ser como soldadinhos de chumbo: idênticos e uniformes. Qualquer "diversidade" é heresia. Mas entre os evolucionistas houve quem destacasse a proposição de Behe como uma que não pode deixar de ser examinada. Cum granum salis. Foram poucos os da Academia. Assim como com Galileu...
E nada de alguém se propor a testar a criação inteligente.
Vêem falhas onde não tem, falam que a evolução é impossível de ser testada quando não é, mas não tem rigor nenhum de julgamento com qualquer coisa a favor de sua fé. "Nomenklatura fundamentalista criacionista"?
Há outros nesse crescente movimento do planejamento inteligente. Todos cientistas, biólogos, bioquímicos e filósofos de ciência de peso como Charles Thaxton, David Berlinski, Walter Bradley, William A. Dembski, Stephen C. Meyer, Jonatham Wells. Todos questionando a validade científica do paradigma neodarwinista em muitos aspectos.
Questionando sem fundamentos que realmente ponham em questão, e sem defender nada sólido como alternativa, só o que vai de acordo com a fé religiosa.
É preciso levantar o porquê de os cientistas evolucionistas não quererem o debate público dessas anomalias.
Ele está escrevendo esse texto enorme e não aborda as tais "anomalias".
Um novo paradigma científico em Biologia está sofrendo as dores de parto, mas a KGB científica através de seus agentes deseja abortá-lo.
Nem precisa, é um feto mal-formado e anencefálico, mas que cuja mãe insiste em levar adiante a gravidez e o parto, e até criar um bebê morto, totalmente esquizofrênica, sem nem desconfiar que é um defunto sem cérebro.
Apesar de posar como "ortodoxia científica", o neodarwinismo já morreu. Que venha o novo paradigma - Planejamento inteligente!
É tão irrealisticamente otimista que se esquece, vendo só o que lhe é agradável, que o planejamento inteligente de Behe e outros não nega ancestralidade comum universal.
Há, pelo menos, cinco crises dentro do atual modelo. Mesmo as teorias ad hoc criadas não conseguiram salvar a teoria, antes, trouxeram mais problemas:
1.Não-substanciação de um mecanismo darwinista de evolução;
Até que enfim os "problemas"...
bem, acho que nem tem o que comentar do primeiro, a seleção natural é bem substanciada e aceita até por alguns criacionismos, qualquer um suficientemente informado sabe disso.
2. Falha total dos estudos sobre a origem da vida em produzir um modelo teórico que funcione;
Não tem a ver com neodarwinismo, nem com ancestralidade comum universal, sao coisas totalmente independentes.
Da mesma forma, nenhum modelo de criacionismo propõe um mecanismo para origem da vida.
3. Inabilidade do mecanismo evolucionista em explicar a origem das adaptações complexas;
Ignorância dele novamente.
E como se o "mecanismo" alternativo realmente explicasse alguma coisa. "Foi inventado, por alguém, sabe-se lá quem, sabe-se lá por que, e colocado aí, sabe-se lá como... e por algum motivo com todos os indícios de ter sido causado por seleção natural e não como poderia ser se fosse criado livremente"
4. Falência da hipótese do ‘relojoeiro cego’ (Dawkins);
Apelas para a redundância pela falta de conteúdo. Relojoeiro cego é a mesma coisa que seleção natural. E o que faliu foi a analogia do relógio de Paley.
5. A evidência biológica de que a regra na Natureza é a estabilidade morfológica ao longo do tempo, e não mudança constante.
Não é incompatível com qualquer coisa da evolução, que não defende mudança mais constante do que ocorre.
Se alguém percorrer as páginas de nossas revistas e jornais, apesar da ressalva feita por alguns jornalistas científicos de que as teorias científicas são construtos próximos da verdade, a evolução das espécies - em nível macro - é mencionada como se tivesse ocorrido. Empiricamente a verdade é outra... O registro fóssil diz não desde o tempo de Darwin. A biologia molecular também. A bioquímica idem. Alguns jornalistas tiveram acesso ao questionamento de abalizados cientistas evolucionistas. Outros não. Dos que sabiam, por que não lidaram com aquelas dificuldades teórico-empíricas? Desonestidade jornalística ou a presença de "camisa de força" nas redações imposta pelo Zeitgeist e pela Nomenklatura científica?
Um monte de dados incorretos, novamente.
Esses dados todos apontam muito mais para uma única genealogia da vida do que para múltiplas origens de linhagesn independentes, sem ancestral comum.