Tópico: Aluno de escola pública desconhece a USP

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Aluno de escola pública desconhece a USP
 
FÁBIO TAKAHASHI
da Folha de S.Paulo

A nova reitora da USP, Suely Vilela, aponta como uma de suas prioridades o aumento do número de alunos das escolas públicas na universidade. O caminho para isso será longo. Um levantamento inédito feito pela própria instituição mostra que os estudantes da rede estadual atualmente têm pouco interesse pela USP.

Para o coordenador do grupo que realizou a pesquisa, Mauro Bertotti, o desinteresse ocorre porque a mais importante universidade do país é praticamente desconhecida dos alunos de escola pública. E são justamente eles que têm mais dificuldades para pagar uma faculdade particular.

O estudo mostrou que o interesse dos estudantes das escolas estaduais paulistas por assuntos relacionados à USP foi considerado baixo em 45% dos colégios; em apenas 25% foi alto. Em situação oposta, as porcentagens na rede particular foram de 70% e 10%.

A pesquisa foi feita pelo grupo de trabalho da pró-reitoria de graduação que analisa o vestibular da Fuvest. Uma das intenções é justamente aumentar a participação desses estudantes da rede pública na universidade.

A rede estadual de São Paulo possui 85% dos alunos do ensino médio, mas estes representaram apenas 20% dos aprovados no último processo seletivo da USP.

Método

Antes de pensar em mecanismos para promover a inclusão desses estudantes, o grupo de trabalho entendeu que era preciso verificar qual a imagem que a instituição tem na rede pública.

Para isso, em junho deste ano, foram enviados questionários para os cerca de 3.000 colégios estaduais com ensino médio de São Paulo, para que os diretores avaliassem o interesse de professores e alunos sobre os assuntos relacionados à universidade e ao seu vestibular, feito pela Fuvest.

Houve resposta de mais de 20% dos colégios, retorno considerado satisfatório e representativo pelo Naeg (núcleo da USP que faz estudos sobre a graduação), que executou o levantamento, em parceria com a Secretaria da Educação.

Para que houvesse uma comparação, as escolas particulares também foram consultadas --326 colégios responderam.

Um sinal de que a USP é pouco conhecida na escola pública --o que foi confirmado pela pesquisa-- ocorreu no ano passado. A Fuvest ofereceu 60 mil isenções da taxa de inscrição no vestibular, que custava R$ 100, mas quase 20 mil não foram preenchidas.

Neste ano, pela primeira vez, a Fuvest enviou material informativo para todas as escolas estaduais falando sobre o processo de isenção. Com isso, os 65 mil benefícios foram preenchidos, o que ajudou a aumentar a participação dos alunos da rede pública entre os inscritos para o processo seletivo que selecionará calouros para o próximo ano letivo. O percentual passou de 38,6% para 41,8%, o maior da história.

Mas, como 85% dos estudantes estão na rede pública, a universidade ainda busca diminuir a discrepância. Essa é uma das tarefas do grupo de trabalho que estuda o vestibular. O envio do material informativo para os colégios foi o primeiro passo para isso.

Segundo a pró-reitora de graduação da universidade, Sonia Penin, a intenção é "tornar a USP mais próxima, familiar ao aluno da escola pública".

Outra intenção do grupo de trabalho é fazer com que cresça também o índice de aprovação desses alunos no processo seletivo --mas provavelmente sem cotas.

Estão sendo analisadas até mesmo mudanças no vestibular. A instituição, porém, ainda não votou as propostas.

Consenso

Bertotti, coordenador do grupo que estuda o processo seletivo da USP, e representantes de movimentos sociais concordam em um ponto: é de responsabilidade da universidade a aproximação com a rede pública.
"Por meio da pesquisa, sentimos que as escolas públicas estão nos pedindo ajuda", disse Bertotti --os diretores dos colégios também puderam enviar textos dizendo como a universidade poderia auxiliar a rede. "Temos de descer do "Olimpo", completou o professor da universidade.

"A USP é uma ilustre desconhecida dos alunos pobres", afirmou o coordenador do MSU (Movimento dos Sem Universidade), Sérgio Custódio. "Ela nunca havia tentado se aproximar deles."

Segundo o representante do MSU, a instituição começou a mudar de postura apenas após a pressão dos movimentos sociais, com atos públicos e ações no Ministério Público Estadual.

Já o coordenador da Educafro (ONG que oferece cursinho a alunos de baixa renda), frei Davi Santos, considera que a principal medida que a Fuvest deveria tomar é dar isenção da taxa de inscrição a todos os estudantes de colégios públicos --no ano passado, 495 mil estudantes se formaram nesse sistema. "Isso aumentaria a aproximação da USP com os alunos da rede pública", defendeu.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u18098.shtml

[Felius]

Olha eu tenho que admitir que tem alguns alunos alienados (tipo um colega meu que não sabia o que era mensalão), mas se não for casos isolados tem que melhorar as divulgações.

[rizk]

Eu não faço idéia de como explicar isso, mas queria muito chegar na reitora e pergutnar quais eram estes índices quando o campus ainda era aberto pra comunidade.

Cada ano eles tiram mais um pouqinho, outro dia probiram ate os ciclistas de ir andar lá. Pra tu entrar de bicicleta no campus, só com a carteirinha na mão. É uma merda. O processo de inclusão social dos alunos carentes passa por compartilhar nosso espaço com eles.

Eu quando era criança vivia no campus empinando pipa e afins. Lembro até hoje da visão que eu tinha do meu atual prédio enquanto estava lá embaixo andando de bici. E até hoje, se eu falo disso com algum colega, notei que o pessoal que também viveu essa época é gente de escola particular como eu, ou gente de escola pública que vivia na região ali do Jaguaré, ou gente de escola pública parente de ex-aluno. Gente de escola pública e de fora da zona oeste de São Paulo, a maioria está em sua segunda graduação.

Precisa abrir lá de novo pras pessoas, ainda mais que agora eles instalam semáforo e está cheio de policial. Ainda vou propor lá em plenára que ano que em a gente bote os calouros pra ajudar a cuidar do campus no fds pra poder abirr pra população. Vou pensar numa proposta. Quem quer discutir isso aqui?

[n/a]

Não houve problemas com atropelamentos de ciclistas pelos carros e de pedestres pelos ciclistas? Não pude acompanhar 'in loco', mas ouvi várias reclamações sobre isso.

Sei lá até que ponto seria bom se o campus virasse uma espécie de Ibirapuera.  

[Taleb]

Além disso, não acredito que isso resolveria o problema. Deixar o campus de portas abertas à população não trará nenhuma melhora ao ensino médio nas escolas públicas.

[n/a]

E existem reclamações de furtos dentro do campus, talvez partindo da São Remo (favela ao lado da USP), não?

[Rodion]

é, já ouvi falar de assaltos e arrombamento de carros nos campi da usp. talvez estupro, mas aí já não me lembro bem...

[rizk]

Acontece às vezes, sim. Mesmo quando eu era criança e empinava pipa. Lembro mesmo que as janelas viviam quebradas, e o pessoal bebia e se acidentava... Mas porra, tem um monte de medidas pra evitar isso sem necessariamente subir os muros em torno do campus. Aquilo é público, afinal de contas. Reflete uma mentalidade elitista.

A medida atual das bicicltas é porque tinha gente que ia treinar pra competição lá. A usp mesma cede espaço pras corridas do p~çao de açúcar, então nem sei direito onde reside o problema.

Não traz melhora ao ensino médio, sem dúvida, mas saber que existe possibilidade de você poder fazer faculdade sem pagar e mudar a sua situação social não é uma coisa boa?

[Freddy Hazuki]

eu acho baita comédia que no campus da UPF, e imagino q na maioria dos campus, é que a galera não para quando o cara ta na faixa pra pedestres... mesmo a graaaaaaaande maioria q ta lah tendo ensino superior incompleto não sabem ser educados...

(fugi totalmente do assunto, )

[Unsichtbar]

eu acho baita comédia que no campus da UPF, e imagino q na maioria dos campus, é que a galera não para quando o cara ta na faixa pra pedestres... mesmo a graaaaaaaande maioria q ta lah tendo ensino superior incompleto não sabem ser educados...

(fugi totalmente do assunto, )

Não é só isto... Tb é de se indignar qdo se vê um pessoal com nível superior atirando lixo no chão! E dentro de uma Universidade...
Ou ir ao banheiro e puxar dezenas de pedaços de toalha de papel pra secar as mãos, ou pior, saem sem lavá-las.
 

[n/a]

Acontece às vezes, sim. Mesmo quando eu era criança e empinava pipa. Lembro mesmo que as janelas viviam quebradas, e o pessoal bebia e se acidentava... Mas porra, tem um monte de medidas pra evitar isso sem necessariamente subir os muros em torno do campus. Aquilo é público, afinal de contas. Reflete uma mentalidade elitista.

A medida atual das bicicltas é porque tinha gente que ia treinar pra competição lá. A usp mesma cede espaço pras corridas do p~çao de açúcar, então nem sei direito onde reside o problema.

Não traz melhora ao ensino médio, sem dúvida, mas saber que existe possibilidade de você poder fazer faculdade sem pagar e mudar a sua situação social não é uma coisa boa?

Tá, mas em tese o Palácio dos Bandeirantes aqui em São Paulo é "público", e não é por isso que qualquer um pode entrar na sala do Alckmin.

Acho que existe na USP, assim como na UNICAMP, o dia da "universidade de portas abertas", com palestras sobre os cursos, os alunos falando o que acham, todos os institutos abertos para o pessoal conhecer. Basta divulgar esses dias nas escolas e levar a negada pra lá, se o objetivo é fazer o cara conhecer a USP de perto.

E, puxa, tudo nesse mundo é elitista pra vocês.   Acho que se estava trazendo prejuízos para a universidade, tem que fechar mesmo. Infelizmente.  

[Rodion]

eu acho baita comédia que no campus da UPF, e imagino q na maioria dos campus, é que a galera não para quando o cara ta na faixa pra pedestres... mesmo a graaaaaaaande maioria q ta lah tendo ensino superior incompleto não sabem ser educados...

(fugi totalmente do assunto, )

Não é só isto... Tb é de se indignar qdo se vê um pessoal com nível superior atirando lixo no chão! E dentro de uma Universidade...
Ou ir ao banheiro e puxar dezenas de pedaços de toalha de papel pra secar as mãos, ou pior, saem sem lavá-las.
 

universitários não podem ficar sem lavar as mãos? hehe

[Unsichtbar]

universitários não podem ficar sem lavar as mãos? hehe

Até pode ficar... desde que depois não venham querer apertar a sua mão...