Night,se você der uma olhada lá atrás vai ver que eu e o Apalachian estávamos refutando a opinião do Ricardo, que disse claramente(com outras palavras,mas com a mesma essência):
Eu me refiro a este tipo de discurso:
A burguesia está cada vez mais incomodada... O Brasil está batendo em sua porta.
Veja, eu citei "Tati-Quebra-Barraco" porque é essa merda que está tocando aí, nas rádios, sendo repetida pelas crianças nas creches (Vá a uma creche, um pré-primário, e tente achar uma criança que não saiba cantar essas porcarias).
Raimundos? Essa porcaria não toca mais para ter o dom de me indignar; não ouvi nenhum criança cantando suas músicas neste ano...
Ontem, numa festa, vi uma criança de 12 anos (perguntei sua idade) catando "Sessenta e sete, patinete, abra as pernas e a gente mete". Um moleque de 14 anos ouve aquilo, se excita, cobra a "atitude" da menina - que parece nem saber o que está cantando - e, de duas uma, ou ela cede ou reage e é violentada... E aí, a culpa é de quem? Só dos pais? Ou dessa sociedade medíocre?
Essa porra está na mídia! Fomentada por uma novela, por programnas dominicais!! Vira costume!!! Pais não fazem curso para educarem seus filhos... Culpa dos pais? E se for? Que culpa a criança tem? Que crianças estamos educando?
Os "favelados" querem se expressar? Ótimo! Querem reclamar? Lindo! Façam de forma humana...
Mas não venham dizer que toda essa merda tem algo de consciente, que é reivindicação... É puro lixo! Não deveria ter espaço na sociedade!
Saudades da "inocência" da "Dança da Motinha"...
...
Seria isso funk carioca? Não, Raimundos e Mamonas Assassinas. A burguesia adorava, vendeu mais do que qualquer funk carioca atual, tocava em todas as rádios. Alguém, desses que reclamam hoje do funk carioca, reclamou? Não, muito pelo contrário, a maioria consumiu aos montes. Pois não veio da favela, não veio de "ignorantes pobres". Não há como apontar o dedo quando a baixaria vem de dentro de sua própria estirpe. É a velha luta de classes... A burguesia se mostra incomodada com o deboche vindo dos pobretões. Interessante...
Não existe isso de "é dos nossos é bom" ou "é da favela é ruim"... Não existe essa luta de classes... O ser humano é egoísta, não quer destruir os pobres, quer enriquecer... A "burguesia" não está nem aí com os pobres, mesmo que eles "choquem"... Não há uma música sequer capaz de chamar a atenção da "burguesia" a ponto de fazê-la mudar de comportamento...
A atitude tem que partir de baixo, esquecer o "pobre, mas limpinho"; esquecer o discurso esquerdista; impor-se de maneira inteligente...
"'Mete no meu cuzinho e chupa minha buceta' é um recado de Tati-Quebra-Barraco para incomodar a burguesia e expor a miséria do país?
Francamente...
Incomoda? Claro que sim!
"É a velha luta de classes... A burguesia se mostra incomodada com o deboche vindo dos pobretões".Deboche?
Francamente...
"burrice é coisa mesmo típica destes favelados que não querem estudar", só isso.
Eu, particularmente,odeio funk, odeio pagode paulista, mas também odeio emo, odeio boy-band.Não há nenhuma relaçào de classe aí.Quem relacionou classe social à falta de qualidade artística do funk não fui eu.Não fui eu quem disse que funk e rap são coisas de favelado que não gosta de estudar.
Na verdade eu só entrei neste tópico ( e estou nele até agora) por conta desta frase:Rap, Funk, tudo vem da favela. Ir na biblioteca e ler para adquirir conhecimento eles não gostam muito, pelo que parece.
.Então acho que você está equivocado em sugerir que estejamos eu, pelo menos, e o Apalachian a estabelecer uma guerrinha de classes.Pelo contrário,eu escrevi meu primeiro post exatamente para refutar uma opinião que atribuia, claramente, aos (mais) pobres o fato de estes possuirem menos conhecimento que os (menos) pobres.
Bem, eu não gosto de mudar frases... Mioto disse:
"Rap, Funk, tudo vem da favela. Ir na biblioteca e ler para adquirir conhecimento eles não gostam muito, pelo que parece".
Li seus posts... Você deu o exemplo típico de um empregado sme tempo nem condições (sociais, econômicas, morais, psicológicas) de freqüentar uma biblioteca...
Não sei o que o Ricardo quis dizer, mas vou eu mesmo endossar suas palavras, porém com o sentido que quero demonstrar:
Em que padaria Tati-Quebra-Barraco trabalha?
Não é só isso...
MC Bestão escreve "egüinha pocotó", um "barulho" (como disse Perseus) sem melodia e sem conteúdo algum... Isso faz sucesso (diante da mediocridade do nosso povo), ele aparece no Gugu, isso lhe rende alguns milhares de reais e eloe está todo sábado no Gilberto Barros cantando "Vou chupar o seu grelinho / Vai Serginho!"... Tati-Coisa-Horrenda vê isso e mantém a "fórmula do sucesso", ganhando outros milhares de reais... E uma onda de barbárie intelectual toma conta do país...
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, Artigo: A produção e a programação das emissoras de rádio e televisão atenderão aos seguintes princípios:
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e informativas;
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família.Esses caras não têm nem direito de estarem na Mídia! 90% da programação televisiva é inconstitucional!