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Descoberta anomalia genética que reduz contágio da Sars Pequim - Uma anomalia genética pode ser a chave para reduzir o contágio da Síndrome Respiratória Aguda Severa (Sars), que em 2003 matou 775 pessoas no mundo todo, segundo uma pesquisa científica publicada hoje.Uma equipe da Universidade de Hong Kong descobriu que as pessoas que têm seções repetidas do código de um gene chamado CLEC4M têm 30% menos de possibilidades de serem contagiadas pelo vírus da Sars.Mas esta proteção só é efetiva quandp estas pessoas registram esta repetição do gene em ambos os cromossomos, segundo a pesquisa publicada hoje pelo jornal South China Morning Post.O gene CLEC4M codifica uma proteína conhecida como L-SIGN, que é um receptor celular situado na superfície das células onde, segundo os pesquisadores, nos casos de pessoas que contam com um código repetido do CLEC4M o vírus da Sars adere e no final é eliminado.A proteína L-SIGN se encontra no fígado e no nódulo linfático e foi estudada também em pesquisas prévias sobre doenças como a hepatite C e o Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), que causa a Aids.O estudo sobre o gene CLEC4M foi realizado pelo pesquisador Lin Chen-Lung entre uma população de 285 pessoas infectadas pelo vírus da Sars (houve 8.069 infectados no mundo todo em 2003), cujos perfis genéticos foram comparados com outros três grupos de não infectados, no total 842 pessoas.No início do mês, outra equipe da Universidade da China chegou a conclusões similares e revelou que, durante a primeira semana da infecção, os doentes de Sars que depois desenvolvem sintomas graves mostram um nível superior de uma proteína que canaliza as células imunes para eliminar as infectadas.Níveis excessivos de Proteína 10 (IP-10) podem produzir um excesso de reação e, em conseqüência, a eliminação tanto de células sãs como infectadas.O estudo desta outra universidade mostrou que os portadores de Sars tinham 1,5 mais chance de degenerar em uma infecção grave quando os níveis de IP-10 eram o dobro do normal registrado na primeira fase da doença.Este estudo foi realizado durante seis meses com mostras de 255 pacientes de Sars recolhidas durante sua hospitalização e com tecido de 13 vítimas mortais do vírus.