Autor Tópico: Veneno Livre  (Lida 1084 vezes)

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Offline Euzébio

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Veneno Livre
« Online: 30 de Dezembro de 2005, 12:41:41 »


Pede você que os Espíritos desencarnados se manifestem sobre o álcool, sobre os arrasamentos do álcool.

Muito difícil, entretanto, enfileirar palavras e definir-lhe a influência. Basta lembrar que a cobra, nossa velha conhecida, cujo bote comumente não alcança mais que uma só pessoa, é combatida a vara de ferro, porrete, pedra, armadilha, borralho, água fervente e boca de fogo, vigiada de perto pela gritaria dos meninos, pela cautela das donas de casa e pela defesa do serviço municipal, mas o álcool, que destrói milhares de criaturas, é veneno livre, onde quer que vá, e, em muitos casos, quando se fantasia de champanha ou de uísque, chega a ser convidado de honra, consagrando eventos sociais. Escorrega na goela de ministros com a mesma sem-cerimônia com que desliza na garganta dos malandros encarapitados na rua. Endoidece artistas notáveis, desfibra o caráter de abnegados pais de família, favorece doenças e engrossa a estatística dos manicômios; no entanto, diga isso num banquete de luxo e tudo indica que você, a conselho dos amigos mais generosos, será conduzido ao psiquiatra, se não for parar no hospício.

Ninguém precisa escrever sobre a aguardente, tenha ela o nome de vodca ou suco de cana, rum ou conhaque, de vez que as crônicas vivas, escritas por ela mesma, estão nos próprios consumidores, largados à bebedeira, nos crimes que a imprensa recama de sensacionalismo, nos ataques da violência e nos lares destruídos. E se comentaristas de semelhantes demolições devem ser chamados à mesa redonda da opinião pública, é indispensável sejam trazidos à fala as vítimas de espancamento no recinto doméstico, os homens e as mulheres de vida respeitável que viram a loucura aparecer de chofre no ânimo de familiares queridos, as crianças transidas de horror ante o desvario de tutores inconscientes e, sobretudo, os médicos encanecidos no duro oficio de aliviar os sofrimentos humanos.

Qual! Não acredite que nós, pobres inteligências desencarnadas, possamos grafar com mais vigor os efeitos da calamidade terrível que escorre, de copinho a copinho.

É por isso talvez que as tragédias do alcoolismo são, quase sempre, tratadas a estilete de sarcasmo. E creia você que a ironia vem de longe. Consta do folclore israelita, numa história popular, fartamente anotada cm vários países por diversos autores, que Noé, o patriarca, depois do grande dilúvio, rematava aprestos para lançar à terra ainda molhada a primeira vinha, quando lhe apareceu o Espírito das Trevas, perguntando, insolente:

- Que desejas levantar, agora?

- Uma vinha - respondeu o ancião, sereno.

O sinistro visitante indagou quanto aos frutos esperados da plantação.

- Sim - esclareceu o bondoso velho -, serão frutos doces e capitosos. As criaturas poderão deliciar-se com eles, em qualquer tempo, depois de colhidos. Além disso, fornecerão milagroso caldo que se transformará facilmente em vinho, saboroso elixir capaz de adormecê-las em suaves delírios de felicidade e respouso...

- Exijo sociedade nessa lavoura! - gritou Satanás, arrogante.

Noé, submisso, concordou sem restrições e o Gênio do Mal encarregou-se de regar a terra e adubá-la, para o justo cultivo. Logo após, com a intenção de exaltar a crueldade, o parceiro maligno retirou quatro animais da arca enorme e passou a fazer adubagem e a rega com a saliva do bode, com o sangue do leão, com a gordura do porco e com excremento do macaco.

À vista disso, quantos se entregam ao vício da embriaguez apresentam os trejeitos e os berros sádicos do bode ou a agressividade do leão, quando não caem na estupidez do porco ou na momice dos macacos.

Esta é a lenda; entretanto, nós, meu amigo, integrados no conhecimento da reencarnação, estamos cientes de que o álcool, intoxicando temporariamente o corpo espiritual, arroja a mente humana em primitivos estados vibratórios, detendo-a, de maneira anormal, na condição de qualquer bicho.


Irmão X
"A fé é a força da vida. Se o homem vive é porque acredita em alguma coisa."

Offline Zibss

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Re.: Veneno Livre
« Resposta #1 Online: 30 de Dezembro de 2005, 12:51:57 »
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Espíritos desencarnados





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   Irmão X







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o Gênio do Mal



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encarregou-se de regar a terra e adubá-la,




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o corpo espiritual





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pobres inteligências desencarnadas



Offline OldSkull

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Re.: Veneno Livre
« Resposta #2 Online: 30 de Dezembro de 2005, 13:13:18 »
Mas como é exaegrado esse tal de X..

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(...)no entanto, diga isso num banquete de luxo e tudo indica que você, a conselho dos amigos mais generosos, será conduzido ao psiquiatra, se não for parar no hospício.
(...)


No máximo vc será o chato da festa, afinal de contas ngm é obrigado a aguentar pregação de ninguém, e de nenhum tipo.
E é impressionante como anti tabagistas/alcool/carne e etc adoram uma pregação..

"The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death. "

Offline OldSkull

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Re.: Veneno Livre
« Resposta #3 Online: 30 de Dezembro de 2005, 13:13:51 »
hahaha o Aurélio chegou esculhachando primeiro  :P

"The sun is the same in a relative way but you're older,
Shorter of breath and one day closer to death. "

Offline Zibss

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Re.: Veneno Livre
« Resposta #4 Online: 30 de Dezembro de 2005, 14:07:32 »
Nada mais mala do que gente pseudo-moralista com pseudos-argumentos religiosos.

Rhyan

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Re.: Veneno Livre
« Resposta #5 Online: 30 de Dezembro de 2005, 14:26:24 »
Ah Euzébio, por favor vai.

Offline Euzébio

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Re: Re.: Veneno Livre
« Resposta #6 Online: 31 de Dezembro de 2005, 01:18:58 »
Citação de: Mr.Hammond
Nada mais mala do que gente pseudo-moralista com pseudos-argumentos religiosos.


Como assim "pseudo-moralista"? Faz pelo menos onze anos que não bebo uma gota sequer de álcool. Pergunte ao APODman, quando nos conhecemos num encontro de listas que participaram eu, ele, o Edélcio (não lembro o nick que ele usava naquele tempo) e a Pérola (do Fórum Ascensão). Tomei cerveja sem álcool. No encontro do ReV, tomei refrigerante. Eu sou fiel aos meus preceitos, não sou falso moralista...

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