Me envolvi em um debate num Fórum Ufológico abordando o tema Abduções.
A coisa enveredou para uma questão estatística, e eu confesso que não estou conseguindo elaborar um raciocínio satisfatório.
Reproduzo trechos abaixo, aguardando considerações de todos.
hsette:
Há algo que sempre me intriga nos relatos de abdução.
Normalmente, em tais relatos, abduzidos e abdutores estão no mesmo ambiente, ambos sem vestimentas especiais. Logo, sujeitos às mesmas condições de atmosfera, temperatura e pressão.
É de se supor que tais condições sejam próximas daquela que é natural do local de origem dos eventuais abdutores (analogamente, é o que nós humanos procuramos fazer em nossas naves tripuladas).
Como os abduzidos não reportam maiores desconfortos em relação a isto, então tais condições seriam semelhantes às da Terra.
Não seria uma coincidência astronômica demais???
Starkhyel:
(...) por menos provável que nos pareça, temos necessariamente de não colocar de lado a hipótese de que as condições do meio existente no espaço onde a interacção entre o abduzido e o abductor ocorre, sejam razoáveis para ambos.
hsette:
Quanto a determinadas condições serem adequadas para ambos, humanos e extra-terrestres, concordo que a hipótese não pode ser totalmente afastada, mas temos de convir que a possibilidade é baixíssima.
Além do mais, relatos de abdução envolvem mais de um tipo de seres extra-terrestres, o que leva a possibilidade, estatisticamente, praticamente a zero.
Starkhyel:
A hipótese pode ter baixa probabilidade de corresponder à Verdade, mas não deixa ser ser hipótese.
Quanto à existência de relatos que descrevem aquilo que parecem ser espécies diferentes de alienígenas: de facto existem - os relatos. A diversidade real permanece um mistério.
Mas decerto irás concordar com o seguinte: se, à semelhança da imensa diversidade que ocorre na Terra, a mesma exuberância de biodiversidade ocorrer noutros locais do Universo, então quanto maior essa diversidade, maiores as probabilidades de que existam quer espécies que necessitam de condições muito diferentes das nossas, quer também espécies que se dêem bem exactamente com as nossas.
Ora, perante o cenário de existência dos dois tipos, podemos considerar que a Terra seria um local preferencial de visita e estudo por parte das espécies que tendo a capacidade de tomar conhecimento do nosso planeta, evoluíram e habitam condições semelhantes.
Aliás, nós mesmos como espécie se nos tornarmos exploradores de outros planetas, pelo Universo fora, com certeza iremos dar prioridade de estudo àqueles planetas nos quais será mais fácil e menos tecnologicamente complicado, subsistir e visitar. Entre estudar um planeta que nos exige fatos especiais, sistemas de respiração artificiais, etc, e estudar um no qual podemos respirar uma atmosfera rica em O2 e com uma gravidade semelhante à do nosso planeta, iremos nem que seja por motivos meramente econômicos ou de conforto, dar prioridade ao segundo.
Surpreendidos e intrigados ficarão os habitantes desse planeta, que ao ler os estranhos relatos dos seus companheiros, irão interrogar-se como é possível uma espécie de outro planeta que não o deles, não necessitar de sistemas artificiais? Alheios como nós, á existência de uma escolha prévia por parte de quem visita.
hsette:
É uma bela argumentação!
Porém, em termos estatísticos, quanto maior o número de espécies envolvidas no fenômeno, menor a possibilidade de estas espécies, de forma comum, se adaptarem a condições similares.
Não nego a hipótese a priori, mas penso que ela deve ser submetida a critérios que temos em mãos.
Starkhyel:
A mim parece-me que quanto maior o número de espécies num Planeta ou no conjunto deles, maior a probabilidade de que haja(m) alguma(s) que coincidam nas condições que nos são favoráveis.