Troque seu Deus usado por outro novinho em folha
* Talvez o deus que você esteja usando no momento seja surdo, mudo e nunca o socorra em momentos de real necessidade (“Oh, Poderoso Kahuma, permita que esse seu indigno servo passe o rodo na gostosa do marketing!”).
* Mas antes de sair por aí cultuando bezerros de ouro, certifique-se de orar à divindade certa. Pedir abundância a um deus da destruição ou chuva a um deus do submundo só vai complicar a sua vida. E tenha sempre em mente que muitas deusas do amor também são deusas da fertilidade. Você até vai passar a vara na gostosa do marketing, mas pode ganhar uma ninhada de mini-marqueteiros de fraldas sujas.
* Deuses omissos acabam com a fé de qualquer um, mas deuses hiperativos são uma fonte interminável de problemas. Sim, eles atendem às suas preces, mas enchem o saco com arbustos flamejantes, chuvas de fogo, estátuas de sal e anjos batendo na sua porta às três da manhã.
* Escolha um deus que você sabe pronunciar o nome. Se você não consegue dizer “Quetzalcoalt”, arrume outra divindade ou seus rituais vão ficar ridículos. “Seu indigno lacaio o saúda, oh grande Qeatlz... Quoatlz... Qwertyuoip...ah, foda-se!”
* Deuses são caprichosos e exclusivistas. Tenha muito cuidado com deidades ególatras que se acreditam únicas, permitem apenas o monoteísmo e punem os faltosos com enchentes de rãs e terremotos de gafanhotos. Se puder optar, prefira o politeísmo. Se não puder, experimente pelo menos o catolicismo.
* Deuses onipresentes são como parentes chatos que nunca vão embora. Deuses oniscientes são como vizinhos bisbilhoteiros que não tem o que fazer. Deuses onipotentes são como argentinos: pensam que são grande coisa, mas é só pretensão e água benta.
* Deuses nórdicos são ok, mas você terá de enfrentar e matar de dois a seis gigantes por dia para manter o panteão feliz. Além disso, os nórdicos são obcecados por martelo