Promotoria pede pena de 13 mil anos a ex-militar argentino11/01/2006 - 12h50da
Efe, em Madri
da
Folha OnlineA Promotoria da Audiência Nacional espanhola solicitou uma pena mínima de 13.332 anos de prisão e uma máxima de 17.010 para o ex-militar argentino Ricardo Miguel Cavallo, se for condenado por crimes contra a humanidade ou genocídio, que teriam sido praticados durante a ditadura argentina (1976-1983).
Este pedido figura no escrito de qualificação, divulgado nesta quarta-feira, apresentado pela Promotoria ao tribunal, à espera do julgamento deste ex-militar argentino. Cavallo --atuava na Esma (Escola de Mecânica da Marinha argentina)-- foi extraditado do México em 2003, a pedido do juiz Baltasar Garzón.
Cavallo pediu para que ficasse preso em um presídio militar mas, como na Espanha ele não goza dos benefícios do Exército, terá que permanecer em uma casa de detenção civil.
Segundo o processo iniciado pelo juiz espanhol Baltasar Garzón em novembro de 1999, está comprovado que Cavallo pertenceu ao setor de operações do Grupo de Tarefas número 3.3.2 da Marinha argentina.
O grupo estaria "'envolvido ativamente no seqüestro e tortura de pessoas consideradas esquerdistas pelo Exército'" argentino, segundo a organização Human Rights Watch.
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