O Lula e a escravidão africana
Autor: Dalton C. Rocha.Engenheiro agrônomo.
E-mail: daltonagre@uol.com.br
Ao longo de uma de suas ridículas viagens à África, o presidente Lula desandou, de novo, a falar do legado nefasto da escravidão européia naquele continente. Lula, assim, se uniu ao coro do “politicamente correto”. Os africanos foram vítimas da escravidão européia e sofrem até hoje, por causa deste legado. Os brancos cristãos da Europa teriam introduzido a escravidão na África e por conta disto e do colonialismo, os africanos estão na desgraça até hoje. Esta é a pregação de Lula e da esquerda em geral no mundo inteiro e há décadas.
Primeiro, a escravidão é anterior e em milênios ao cristianismo e mesmo às primeiras páginas escritas na Bíblia. Daí, que não tem sentido se dizer que o cristianismo ou judaísmo sejam mais escravistas que o Islã, por exemplo. Tampouco tem sentido a pregação de Lula, na “culpa” européia pela escravidão na África. Ela já era antiga, quando a escrita surgiu na Europa.
Tampouco é verdade que só os “bons selvagens” da África escravizassem. Índios no México tinham religiões vampirescas, que exigiam o sacrifício de milhares de escravos, anualmente, para aquelas divindades. O supostamente “nocivo” colonialismo europeu extinguiu estas religiões indígenas, que eram baseadas no sacrifício de outros índios. Tribos indígenas escravizavam seus semelhantes, em inúmeros lugares do continente americano. Árabes, milênios antes do islamismo, escravizavam negros e o próprio Maomé, era um comerciante de escravos, altamente bem-sucedido neste negócio. Até a ascensão da Europa, há cerca de 500 anos, nada era tão universal quanto a escravidão no mundo.
No caso específico da escravidão de negros na África, apenas a partir do século XV é que de fato, começando com os portugueses, aparece algum branco escravizando africanos na África negra. Já então, as tribos africanas escravizavam e exterminavam, os seus inimigos. Todos tão negros e africanos quanto eles, em tempos antigos demais para serem lembrados. No caso específico dos muçulmanos e árabes, a escravidão de africanos negros por árabes já tinha séculos, quando Maomé nasceu. Maomé já era um comerciante de escravos africanos, anos antes de fundar o Maometanismo, no século VII. O Islã aprova e regulamenta muito a escravidão, na Sharia (a lei sagrada islâmica), que foi falada por Maomé, ainda no século VII. O Islã foi e segue sendo, o maior apoiador da escravidão no mundo de hoje.
Se é verdade que a partir do século XV, os europeus brancos, se meteram no negócio já então no mínimo milenar da escravidão africana, séculos antes disto, os muçulmanos atacavam a Europa, em busca de escravos brancos. Tal prática começou junto com o Islã no Mediterrâneo, já no século VII e continuou até que os “malvados” europeus pusessem fim a esta prática, já no século XIX. Também os americanos foram atacados pelos maomos (abreviatura de maometanos) ainda no século XVIII. Os maomos escravizaram americanos, após os maomos terem invadido e saqueado os navios, nos quais os americanos viajavam. A resposta foi uma guerra, na qual os maomos foram fragorosamente derrotados pelos americanos. Desde então, o hino dos “mariners” americanos tem o verso: “From the shores of Tripoli”. Trata-se de uma recordação dos combates dos “mariners” em Trípoli, na atual Líbia, logo nos primeiros anos do século XIX. O conflito entre América e Islã começou ainda nos primeiros anos da criação dos Estados Unidos. Já tem mais de duzentos anos e, esta guerra não tem tempo para acabar.
Note que o Islã não confunde e nunca confundiu, escravidão com raça. Desde Maomé e até hoje, os maomos escravizaram pessoas de todas as raças e origens. Nos mercados de escravos do Islã, se achavam à venda escravos desde louros de olhos azuis até pretos dos mais escuros. A diferença entre eles era o preço. Escravas (principalmente as brancas) valiam mais que escravos e por sua vez, escravos castrados, para eunucos, tinham ainda mais valor que as mulheres. O fato dos homens castrados serem mais caros, que os não castrados, se devia ao fato de que a castração, feita sem anestesia ou assepsia, matava uma percentagem muito alta dos castrados, basicamente pela infecção que a seguia.
Comparada à escravidão negra islâmica, a escravidão negra européia era mínima. Jamais os europeus tiveram 15% do total de escravos que os maomos tinham no mesmo período de tempo.
Os europeus começaram a combater a escravidão, na própria Europa. Ainda na Idade Média, começaram a aparecer leis na Europa, acabando com a escravidão. A base do trabalho na Europa católica não era baseada na escravidão. Ela se baseava desde o trabalho livre até a servidão. Nunca houve um mercado de negros escravos na Londres católica, embora existisse um em Meca (Arábia Saudita) até os anos 1960.
Embora os europeus tolerassem a escravidão sem suas colônias, o fato é que eles, na Europa, ao contrário dos maomos, não quiseram se cercar de escravos negros. O último reino da Europa a acabar com a escravidão negra foi Portugal. Ainda no século XVIII, o marquês de Pombal libertou todos os poucos escravos negros de Portugal. A escravidão negra continuou a existir nas colônias portuguesas, entre elas o Brasil.
A abolição da escravidão de qualquer tipo, nas colônias européias começou com a independência do Haiti, após uma revolta de escravos negros. Alguns estados do norte dos USA acabaram com a escravidão ainda no século XVIII. Os USA proibiram o tráfico de escravos, ainda no começo do século XIX. A Inglaterra proibiu a escravidão, em todas as suas colônias, ainda em 1834. A França fez o mesmo, em 1848.
Ao contrário do que acontecia no Islã, a cristandade branca americana e européia há séculos tinha um movimento pela abolição da escravatura. Tal movimento já era bastante forte, já no século XVIII. O apoio europeu ao fim da escravidão no mundo unia desde religiosos a ateus. Foi a pressão da opinião pública, não interesses imperialistas imediatos, o que provocou o combate ao tráfico de escravos pela marinha britânica ainda no século XIX. Tal combate levou à eliminação da frota de dúzias de navios negreiros do Brasil. Graças a isto, nosso imperador D. Pedro II e os donos de escravos que o apoiavam, colocaram em vigor uma lei, que eliminava o tráfico de escravos no Brasil.
Foi a pressão econômica, diplomática e mais que todas, militar européia, o que de fato provocou o declínio da escravidão islâmica e africana. Nunca houve um genuíno movimento islâmico ou africano, no sentido da erradicação da escravidão. Se a maioria dos islâmicos e dos africanos, não tem mais escravidão em seus territórios, isto se deve ao colonialismo “satânico”, “cruel”, etc. dos “kafires” (infiéis e não islâmicos) cristãos europeus.
Como escrito antes neste artigo, a Sharia (lei sagrada islâmica) permite a escravidão no Islã. Os europeus exigiram, ainda no século XIX, que os islâmicos acabassem com a escravidão. Diplomatas assim exigiram. Com medo de serem invadidos, os ditadores maomos às vezes aceitaram tal abolição. A Argélia acabou com a escravidão, mas isto se deveu ao fato dela ter se tornado uma colônia da França. Com medo de uma invasão francesa, o sultão da Tunísia acabou com a escravidão, ainda no século XIX.
Os povos islâmicos não raro se mostravam ainda mais atrasados que seus ditadores. No século XIX, quando o sultão do Império Otomano aboliu a escravidão, uma revolta muito séria eclodiu na atual Arábia Saudita. Os maomos se revoltaram contra a abolição da escravidão pelo fato de Alá (no Alcorão) permitir e regular a escravidão. A revolta escravista e islâmica foi esmagada, mas o sultão otomano teve que reconhecer a realidade. A área árabe revoltada teve, por exigências islâmicas, mantida a escravidão. Note que os apoiadores da escravidão eram árabes, não turcos, nem menos ainda europeus brancos. É falsa a idéia de que os turcos eram piores e mais atrasados que os árabes.
Foi o colonialismo europeu, não alguma vontade dos chefes dos “bons selvagens” africanos, o que eliminou com a escravidão negra e as sanguinárias guerras tribais. Embora uma parte bastante significativa da escravidão negra africana fosse islâmica, a outra parte era animista. As duas foram combatidas pelos “malvados” cristãos brancos. Sob esmagador poderio militar, a escravidão negra foi sendo reduzida, conforme os europeus ficavam donos da África.
Os centros asiáticos do Islã da Arábia e do Irã mantiveram a escravidão. As sucessivas derrotas militares e marítimas dos maomos, em suas buscas de escravos na África e a pressão militar britânica acabou com a escravidão no Irã, por volta dos anos 1910. A escravidão na atual Arábia Saudita acabou apenas em 1964, mais de setenta anos depois dela ter acabado no Brasil. Hoje, apenas alguns países islâmicos e africanos seguem permitindo a escravidão. Mesmo os aiatolás atômicos do Irã, ainda não falaram em retornar com a escravidão. Parece que eles gostam é de armas atômicas e que, lá no Irã, as senzalas saíram de moda.
Lula e seus “companheiros” da esquerda mentem e caluniam. Se a escravidão foi quase extinta no mundo, isto não se deveu aos “bons selvagens” africanos ou aos “sábios” islâmicos árabes e sim aos “malvados” cristãos europeus. O que tornou a vasta maioria do mundo livre da praga islâmica (e bíblica) da escravidão foi o desenvolvimento tecnológico e colonialismo europeu, não as revelações de um deus chamado Alá ou as ações de “bons selvagens”. Embora os europeus tenham de fato participado da escravidão na África, mesmo no auge, eles dependiam de maomos e africanos animistas para arrumarem negros a fim de encher os navios negreiros. Por sinal, uma parte significativa dos navios negreiros tinham donos judeus. Quem tem mesmo mais o que se envergonhar da escravização de negros e africanos são principalmente os maomos e os africanos nativos, não os “malvados” cristãos e judeus.
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