Tópico: Sonda Stardust volta a Terra com amostras de Cometa

[APODman]

Neste domingo ( 15/01 as 9:12 horas em Brasilia) a sonda Stardust se tornará o primeiro engenho a trazer amostras de material interestelar a Terra.


Sonda Stardust


A Stardust foi lançada para coletar amostras da cauda de poeira do cometa WILD 2 , estas amostras são importantes não somente por constituirem matéria primitiva do sistema solar mas tb por serem amostras da poeria interestelar que existia antes da formação do sistema solar, originadas de uma explosão Supernova, poeira esta que "agrupou-se" formando o cometa ainda na nuvem proto-planetária.

O cometa Wild 2 teve seu núcleo fotografado mas a maior surpresa adveio da analise espectrocopica dos constituintes quimicos de sua cauda, foram encontradas moléculas de uma co-enzima ( uma vitamina ) a  [link=http://www.brain.riken.go.jp/labs/mdmd/pqq/index-e.html]Pirroloquinolina Quinona[/link]. As co-enzimas são importantes catalizadores de processos metabólicos em nossas células.


Núcleo do cometa Wild 2 fotografado pela Stardust


Para coletar o material da cauda do cometa a sonda está equipada com um dispositivo similar a uma rede de Aerogel as particulas provenientes da cauda do cometa penetraram no aerogel e ficaram armazenadas ali este dispositivo então será destacado da sonda e lançado em direção ao solo sendo freado por um paraquedas ( ao reentrar a atmosfera a Stardust tb será o dispositivo humano mais rápido da história, sua velocidade de reentrada está estimada em  46000km/h ) .


Um bloco de Aerogel


Se tudo der certo os pesquisadores poderão começar a parte mais dificil da pesquisa que será localizar as partículas dentro do aerogel: as estimativas de densidade da poeira na cauda do cometa apontam que ao menos 45 partículas tenham sido capturadas. Mas para se ter uma idéia da tarefa estes microimpactos apenas poderão ser encontrados usando-se uma microscópio de alta magnificação com um campo de visão menor que um grão de sal !

Mas o coletor possui comparativamente uma área enorme entre a relação do número de particulas e o campo de visão do microscópio: cerca de 1000 cm2

Ao todo cerca de 1,6 milhões de imagens serão obtidas na intenção de localizar as particulas, todo o trabalho levaria cerca de 20 anos paar ser realizado coma equepi desponivel ao projeto.

É neste ponto que voluntários podem auxiliar.

A NASA está pedindo ajuda de colaboradores no intuito de analisar as imagens e localizar as partículas, para isto elaboraram o projeto Stardust@home, os voluntários poderão se cadastrar no site oficial do projeto e por volta de abril as analises começariam. Ainda segundo o site a seleção dos voluntário seria feita a partir de testes de conhecimento que serão aplicados online.
 
A recompensa pelo auxilio não será somente ter ajudado a compreeendermos a formação do sistema solar e se os blocos quimicos básicos da vida podem ser encontrados abundamente em cometas mas tb a NASA se propõem a publicar o nome dos voluntários como co-autores em qualquer artigo cientifico originado da pesquisa.

Eu acho que vale muito a pena participar deste projeto histórico, ao somente estaremos auxiliando a desvendar o passado do sistema solar como tb o tendimento do meio interestelar e até mesmo os caminhos do surgimento da vida em nosso planeta !!!


Eu já cadastei meu email como voluntário.


A reentrada da sonda poderá ser acompanhada ao vivo, online, na NASA TV



Mais informações em:
- http://www.planetary.org/programs/projects/innovative_technologies/stardustathome/stardustathome_story.html
- http://stardust.jpl.nasa.gov/home/index.html



[ ]´s

[SnowRaptor]

Desde que eu vi aerogel pela primeira vez eu quero um pra mim.

Legal! Esse será meu quinto projeto @home!

[HSette]

Novidades:

Sistema Solar “virou do avesso”

Descobriu-se, entre os ingredientes, minerais que ocorrem mais perto da Terra do que das lonjuras gélidas que esses bólidos habitam, na fronteira do Sistema Solar.

Os resultados das primeiras análises de fragmentos de poeira que a Stardust coletou do cometa Wild 2 são publicados ontem (15/12/06) na forma de uma série de artigos científicos na revista "Science" (www.sciencemag.org).
Assinados por 183 pesquisadores, eles questionam uma série de suposições dos astrônomos sobre o processo de formação do Sistema Solar, sugerindo que ele tenha sido criado por um processo de mistura gigantesco, do qual a composição dos cometas é testemunha.

"Muita gente imaginava que os cometas se formassem em isolamento total do restante do Sistema Solar. Nós mostramos que isso não é verdade", disse o astrônomo Donald Brownlee, da Universidade de Washington (Estados Unidos), cientista principal da missão. 'Quando o Sistema Solar se formou, há 4,6 bilhões de anos, houve transporte de material do seu interior para o sua região mais externa. Eu imagino isso como o Sistema Solar se virando parcialmente do avesso", continuou.

Os cientistas ainda não sabem se essa mistura foi gradual ou súbita e nem quanto material foi transportado para além da órbita de Plutão, na região gelada conhecida como cinturão de Kuiper. Mas Brownlee estima que até 10% do material que forma os cometas venha da região interna do Sistema Solar, onde se encontra a Terra.