citando a mim mesmo:
...pelo que me parece as críticas [do livro
The Man Who Would Be Queen: The Science of Gender-Bending and Transsexualism (2003) de J. Michael Bailey, elogiado por Steven Pinker, mas bastante polêmico e não agradou a comunidade <insira a sigla aqui>
[1]) são mais por não ser exatamente politicamente correto do que por ter algo de mal fundamentado, ainda que o artigo cite pessoas dizendo coisas nesse sentido, não diz quais seriam...
...de qualquer forma...
Acho que além daquelas duas explicações serem bem plausíveis, algo como tentei explicar em portunhol em outro tópico, algo como no sentido de associação (ou falta de, ou associação negativa) com grupo social, como góticos, muricinhos&patricinhas, trabalhador, empregado, pai, filho, mãe, filha, namorado, namorada, rappers, brasileiros, americanos, esportistas, modelos, intelectuais, etc.
...Você deve ter procurado mais sobre o assunto, sabe se há alguém "de verdade" que defenda algo mais ou menos assim? Porque não consigo engolir aquilo de "transexualidade neurológica", acho que a coisa mais parecida com isso possível, seria algo muito menos específico (talvez algo mais ou menos parecido (senão a mesma coisa... canalizada diferentemente) com qualquer que seja a base neurológica para anorexia nervosa), que eventualmente seria "canalizado", por algo do tipo disso que eu imaginei.
Porque me parece muito estranho algo como uma área cerebral para "sentir-se mulher" ou "sentir-se homem", e todas as coisas relacionadas a isso, que são muito flexíveis culturalmente.
________________
Por exemplo, esse estudo, apesar de mostrar que há diferenças neurológicas entre transexuais e não transexuais, aparentemente não procurou saber se haviam não transexuais, anorexicos, por exemplo, com essa mesma diferença. Ou fez isso?
Outra coisa, mesmo aceitando essa área igual a de mulheres não-transexuais, levando em conta aquilo que já disse anteriormente, de ser muito duvidoso uma área cerebral para se sentir homem ou mulher - sendo que são coisas que variam muito de acordo com o tempo e local - sabe-se que mulheres sofrem mais freqüentemente de depressão que homens; a depressão pode ser uma tristeza sem motivo, autônoma, e a pessoa tende a procurar razões. Acho que a transexualidade como auto-justificativa do porque de uma depressão parece algo bem razoável, mais do que uma área cerebral que determina a expectativa de se as pessoas vão se dirigir a alguém usando artigos e substantivos femininos ou masculinos, quando existem no idioma em questão; para dizer que a pessoa sentirá vontade de usar batom ou não, etc.
Haveriam estudos neurológicos parecidos com homens que sofrem de depressão?
______________________________
1 - Wikipedia, the free encyclopedia