Autor Tópico: Não dá mais, troca o motor  (Lida 460 vezes)

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Não dá mais, troca o motor
« Online: 12 de Fevereiro de 2006, 18:08:26 »
Achei por acaso, leiam.

Não dá mais, troca o motor
Por Jorge Bornhausen
Artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo no dia 22 de fevereiro de 2005.

     O modelo econômico de inspiração social-democrata, que teve sucesso no Plano Real e agora é adotado, tardiamente, pelos petistas, esgotou-se e deve ser substituído.
      Lamento o enunciado, mas é esse o teorema que pretendemos demonstrar ao povo brasileiro, junto com uma proposta completa de política econômica e social.
      O que se fez para promover a chamada “estabilidade macroeconômica” (ou seja, ajustar o país aos mais elementares e universais princípios de gestão, que era renegado por teimosia ou ignorância) é tarefa cumprida e superada. Hoje, a manutenção dos mesmos procedimentos significa estagnação e sufoca o crescimento. Por isso devemos buscar outro caminho.
      Estamos diante daquele diagnóstico popular: “o motor já deu o que tinha de dar”. Sofreu todas as adaptações, ajustes e retíficas possíveis; substituíram-se quase todas as peças, mas não dá mais. Tornou-se lento, insatisfatório de velocidade, polui, consome combustível demais e é muito barulhento. (Até de Presidente da República se trocou, entregando o poder ao PT, que ganhou as eleições justamente prometendo mudar e não mudou.)
      Com todo respeito aos que o criaram, implantaram e operaram; com a maior compreensão pelas contingências externas e internas que nos condicionaram e, até reconhecendo a honestidade política dos seus operadores, é preciso dizer claramente que não dá mais. Está na hora de se estabelecer novas práticas na gestão da economia brasileira. Precisamos de “invenção e inovação”, um binômio que o PT não soube conjugar quando chegou ao poder. Despreparado para realizar a prometida “mudança” para o qual foi eleito, requentou o café que encontrou coado, transformando-o no purgante que está nos impondo.
      O PFL, alternativa real, ideológica e política ao PT, trabalha há um ano, ouvindo especialistas, realizando pesquisas, promovendo debates para oferecer aos brasileiros uma nova perspectiva, fugindo da mediocridade, desse eterno estado de apreensão em que vivemos. Os remendos e achegas de cada dia tornaram-se insuportáveis. Hoje, corre-se ali para domar o câmbio (se subir o bicho pega, se descer o bicho come); ontem, foi-se ali conter a inflação; para amanhã, promete-se socorro a uma mega-empresa que ameaça desempregar leva preciosa de mão-de-obra valiosa qualificada... Não. Basta de improvisação, tensão, conformismo.
      Um país com a elite acadêmica extraordinária, com a massa de empreendedores, até com os recursos e com o povo bravo e sábio que tem o Brasil precisa enfrentar a realidade. Estacionar na estabilidade é pouco, é ilusão oportunista, porque mantém ligada a bomba relógio do desemprego crescente. Para sair do impasse, só mudando.
      Encararemos a necessidade de superar, ir além, da fronteira social-democrata que o PT adotou e que asfixia a economia brasileira.
      Primeiro, porque aumentou o tamanho do Estado e é preciso reduzi-lo para frear o crescimento da carga de impostos, (que aumenta na proporção dos gastos do Governo).
      Segundo, porque o processo de abertura da economia estancou e estamos à margem dos ganhos de produtividade do mercado internacional, privados de participar da competição que está empurrando para frente nações semelhantes ao Brasil.
      Estamos acuados, verdadeiramente emparedados – ou seja, condenados à asfixia – pelo confinamento ao medíocre crescimento médio de 3% a 3,5% ao ano (se chegar a tanto) e temos que abrir caminho para alcançar taxas de crescimentos de 6% a 7% ao ano.
      O PFL está na fase final de um repertório completo de propostas e ações para substituir o atual modelo que hoje sobrevive de remédios e dietas amargas – subindo juros - para fingir que se alcançou a estabilidade, quando, na verdade, apenas projeta para curto prazo explosões perigosas como é o desemprego.
      Vale a pena acompanhar os estudos que os técnicos envolvidos na construção da proposta do PFL estão realizando e que prevêem desde o aumento da disponibilidade de crédito à redução da carga tributária; da revisão do pacto federativo, buscando na maior autonomia e competição entre Estados e municípios, benefícios para os cidadãos e redução dos desníveis regionais; fim dos protecionismos e menor vulnerabilidade das contas externas..
      Tenho sobre a minha mesa – e não os esgotei nas leituras a que me dediquei no Carnaval – uma dezena de relatórios e propostas que estão sendo cuidadosamente alinhavadas para que o Brasil tenha, enfim, na prática, um programa de substituição do modelo social democrata vigente, que o PT prometeu mudar e, foi-se ver, era pura bazófia de campanha. O PFL, não, vai mudar, porque tem planos e pode mostrar antecipadamente o que fará.
      Cortar gastos públicos é o caminho para termos menos impostos e mais empregos.

*Jorge Bornhausen é Presidente Nacional do PFL e Senador da República pelo Estado de Santa Catarina

Offline HSette

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Re: Não dá mais, troca o motor
« Resposta #1 Online: 12 de Fevereiro de 2006, 19:01:59 »
Será que o "PEFELÊ" vai lançar candidato próprio à presidência?
Deixar o PSDB na mão?
Se isso ocorrer, o PMDB vai ser disputado a tapa para compor chapa!
"Eu sei que o Homem Invisível está aqui!"
"Por quê?"
"Porque não estou vendo ele!"

Chaves

Offline Alenônimo

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Re: Não dá mais, troca o motor
« Resposta #2 Online: 13 de Fevereiro de 2006, 00:49:34 »
Esse texto é mais um desses discursos políticos que a gente vive ouvindo desde mil novecentos e guaraná com rolha.
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Tarcísio

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Re: Não dá mais, troca o motor
« Resposta #3 Online: 13 de Fevereiro de 2006, 06:41:51 »
Fraco e repetitivo ;P

 

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