Autor Tópico: Direita, volver!  (Lida 1533 vezes)

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Rhyan

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Direita, volver!
« Online: 15 de Fevereiro de 2006, 15:27:47 »
    Vista como "raivosa" por representantes da esquerda, a nova direita cresce com a crise do PT e age como se chegasse a sua vez

    Direita, volver!


    MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
    EDITOR DA ILUSTRADA

    RAFAEL CARIELLO
    DA REPORTAGEM LOCAL

    De repente passou a ser bacana o sujeito, numa festa ou numa mesa de bar, rodopiar a taça de vinho e desfilar frases do tipo "essa canalha bolchevique do PT não sabe nem falar português", seguidas de elogios à atuação de George W. Bush no Iraque ou de incursões "teóricas" das quais a principal lição a ser retirada é que só é pobre quem quer.
    Cada vez mais à vontade no país que se seguiu à estabilização monetária e, principalmente, ao tombo ético da administração petista, uma nova direita esbalda-se no Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva.
    Foi-se o tempo em que a direita parecia se concentrar sobretudo na economia -cujo "bunker" é a PUC do Rio, hegemônica na área desde o governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.
    Com rosto mais "cultural", na imprensa, articulistas como Diogo Mainardi, da revista "Veja", Reinaldo Azevedo, da revista-site "Primeira Leitura", e Nelson Ascher, desta Folha, encarnam a renovação da tendência. São as versões atualizadas de intelectuais como o "decano" Olavo de Carvalho [leia entrevista na página seguinte] ou de polemistas como José Guilherme Merquior (1941-1991) e Paulo Francis (1930-1997).
    Antes "oprimida" pela hegemonia cultural de esquerda -vigente no país desde pelo menos a década de 60-, a nova direita foi crescendo em desembaraço e afetação à medida que a esquerda, golpeada por crises, enfiava o rabo entre as pernas e se via representada por figuras duvidosas, como as do PT, anacrônicas, como Fidel Castro, ou patéticas, como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez (é preciso reconhecer que o material é estimulante).
    Para o pesquisador do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento) Marcos Nobre, identificado com a esquerda, o fenômeno "está apenas começando". Ele acredita que os novos arautos da direita se unem numa atitude "raivosa" e também num discurso sedutor. Mas é nas suas linhas mais sofisticadas, diz ele, representadas por nomes como o do economista Eduardo Giannetti, que mora o "perigo" maior.
    Já para Reinaldo Azevedo, o perigo são os esquerdistas, que se mostram dispostos a sacrificar a legalidade, mesmo a democrática, em nome de um entendimento peculiar do que seja justiça social. "Eu fico com a legalidade. Nesses termos, eu seria da direita democrática". E acrescenta, provocando: "Se quiserem, no entanto, que eu defenda juros reais de 13% ao ano, podem tirar o cavalo da chuva. Essa direita é o Lula".
    O poeta e tradutor Nelson Ascher, colunista da Folha, diz repelir rótulos ideológicos, mas considera que não é um equívoco ser chamado de "direita", se forem seguidas "as regras que aqueles que se denominam "de esquerda" usam para classificar opiniões diferentes". Para ele, "se a religião já foi apelidada de "o ópio do povo", o esquerdismo é o jeans da intelectualidade".
    Marcos Nobre considera que o tom adotado por essa vertente revela uma espécie de identificação com o agressor. "Acho que eles apanharam tanto da esquerda, que dizem: "Agora é a nossa vez"." Ele vê nesse traço o reflexo de uma crença "revolucionária" da nova direita, que trataria de impor ao Brasil, pela primeira vez na história (segundo seu julgamento), um choque de capitalismo.
    "A lógica é que eles se consideram a vanguarda de uma coisa nova no Brasil, que é o capitalismo. Por isso são tão raivosos", diz. Mas ele considera que há "um lado extremamente positivo, que é a consolidação da democracia. É uma direita que legitimamente pode mostrar sua cara."
    A opinião é compartilhada em parte por João Cezar de Castro Rocha, professor de literatura comparada na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). "Trata-se de fenômeno positivo para o ambiente democrático. Afinal, durante décadas, houve uma hegemonia quase incontestada do pensamento de esquerda. Assim, bastava empregar o tom "adequado" para ser considerado um intelectual "engajado", portanto, na posição "correta'", diz.
    Mas ele vê problemas com os argumentos dos novos direitistas. "Hoje o que vemos predominar são comentários raivosos e ressentidos, como se os casos de corrupção do PT legitimassem a pilhagem do Estado brasileiro realizada por décadas pelos partidos políticos conservadores. E o nível intelectual? Não há nenhuma comparação possível com o alto calibre de [Mario Henrique] Simonsen, Roberto Campos e [José Guilherme] Merquior."
    Luiz Felipe de Alencastro, professor de história do Brasil da Universidade de Paris-Sorbonne, também de esquerda, concorda com Castro Rocha e Nobre ao considerar que o governo Lula foi responsável pelo fortalecimento desse discurso.
    "Razões para criticar não faltam", diz Nobre. "A atuação raivosa vem de antes. Mas no governo Lula é sopa no mel. Mistura tudo, até preconceito de classe."
    Castro Rocha é mais duro com os petistas. "Em medida maior do que talvez desejássemos, a força do discurso da direita é uma conseqüência direta da crise política, que é especialmente uma crise simbólica. Ora, se um partido como o PT pôde fazer o que fez, então como impor uma barreira ética à voragem histórica da direita brasileira?"
    E Giannetti, o "perigoso"? De cara, o economista, professor do Ibmec São Paulo, rejeita toda classificação desse tipo. "Isso é um cacoete intelectual brasileiro -achar que vai desqualificar o pensador atribuindo a ele um rótulo. A minha disposição é discutir problemas e idéias. Não acho que dê para resumir a complexidade de um pensador reduzindo tudo a um rótulo."
    Ele, no entanto, critica a esquerda. "No Brasil, todas as pessoas que eu conhecia se imaginavam de esquerda, revolucionárias, ultraprogressistas, e no entanto a realidade é essa que está aí. Acho que essa história de as pessoas se imaginarem de esquerda no Brasil é que é um tremendo auto-engano. É muito gostoso ficar posando de esquerdista e achando que está com as idéias mais avançadas da sua época. Muitos intelectuais brasileiros nutriram durante muito tempo essa fantasia."
    "A esquerda no Brasil se confundiu muito com o populismo. Com a idéia de que existe um atalho indolor para o crescimento econômico."
    A difusão de um novo discurso contrário à esquerda vai produzir mudanças no meio cultural? Reinaldo Azevedo gostaria, mas acredita que não. "Diretores de teatro e de cinema continuarão a pregar a revolução com o patrocínio da Petrobras, que nos arranca o couro com o seu monopólio, mas patrocina proselitismo ideológico para as classes médias mais ou menos intelectualizadas. No país em que se tem uma esquerda dessas, quem tem um olho logo vira direitista", diz.

    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1502200606.htm
    (Área Restrita)
    [/list]

    Karl Rove

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #1 Online: 16 de Fevereiro de 2006, 22:25:16 »
    Interessante apenas o tom de 'nossa, existe mesmo uma direita no Brasil...'.

    O autor é um cavalo, sem sombras de dúvidas.

    Mas é interessante como uma pausa para reflexão. Enquanto o povo brasileiro vota no referendo maciçamente no 'Não', é francamente contrário ao aborto, considere a tributação brasileira muito alta e a burocracia absurda, ainda existe uma associação de benevolência e 'justiça' à esquerda, e uma reticência com relação a ala direita. Se afirmar de direita, ou defender um discurso de liberalismo econômico é cometer sucídio social, e ainda que muitos achem a tributação alta, por excesso de panfletagem ainda crêem nas privatizações como obras do demônio capitalista.

    Tanto que sequer é possível apontar um partido grande realmente de direita no Brasil. Talvez o Partido da Frente Liberal, mas ainda assim, esse é o mesmo que se alia a um partido da Internacional Socialista, movimento reconhecido como da esquerda com "pé-no-chão".

    Se hoje temos um analfabeto governando o país, não foi por uma guinada brusca para a esquerda, mas resultado de uma mudança constante ao longo de vários anos, desde antes do regime militar.

    Por mais que afirmem que a esquerda foi reprimida (como se matar 'guerrilheiros' traidores e agentes cubanos/soviéticos fosse repressão), a USP continuou a formar as levas de socialistas que hoje ocupam os cargos mais altos do executivo e do legislativo, é claro, sob a batuta de um cidadão que bem provável sequer terminou o segundo grau, e que jamais concluiu uma leitura na vida.

    Não que um diploma da USP signifique muito mais do que o Lula possui, absolutamente.

    Karl Rove

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #2 Online: 16 de Fevereiro de 2006, 22:50:22 »
    A direita se esbaldando
    por Alexandre Soares Silva em 16 de fevereiro de 2006

    Resumo: A matéria da Folha de S. Paulo sobre a "nova direita" demonstra um dos problemas clássicos das esquerdas, daqui e de toda parte: o isolamento completo em que vivem.

    © 2006 MidiaSemMascara.org


    A Folha hoje (15/02) publicou um texto sobre, aparentemente, o súbito e assustador surgimento de pessoas que não são de esquerda. Começa assim:

    De repente passou a ser bacana o sujeito, numa festa ou numa mesa de bar, rodopiar a taça de vinho e desfilar frases do tipo "essa canalha bolchevique do PT não sabe nem falar português", seguidas de elogios à atuação de George W. Bush no Iraque ou de incursões "teóricas" das quais a principal lição a ser retirada é que só é pobre quem quer.

    Pulando a parte de "rodopiar a taça de vinho" (por que não dizer "rebolando languidamente"?), e pulando o mau estilo também ("desfilar frases", etc), esse direitista hipotético não tem muita graça nem estilo, pelo que eu reclamo. Mas a parte que me chama atenção é o "não sabe nem falar português".

    O repórter não tem pai nem mãe? Não tem um tio Jurandir? O tio Jurandir dele nunca mencionou, rindo, o fato de que Lula não sabe nem falar português? Porque o meu vive mencionando. Pela minha experiência, todo mundo normal diz isso. Seus pais, seus irmãos, o taxista, e tal. Todo mundo normal, com a exceção de professores de cursinho, que não são normais, ué, e gente que usa boina.

    Esse é um dos problemas das esquerdas, daqui e de toda parte: o isolamento completo em que vivem. O repórter consegue estranhar que existam pessoas que façam piada do português canhestrinho de Lula, como se nunca tivesse ouvido os próprios pais e tios fazendo a mesma coisa. Será que a família dele é tão diferente da minha? São todos de esquerda? Meu Deus, até os meus amigos de esquerda riem dos erros do Lula. Mas o repórter parece que atribui historicamente a noção de que essas coisas são engraçadas a Diogo Mainardi, circa 2004.

    "Agora é bacana" rir de erros de gramática. C´est le bordel! Se não impedirmos esses direitecas, logo vão estar rindo de gente que tropeça quando anda, de fanhos e de gente gaguinha e coisas assim.

    Adiante. Pulando a parte do "teórico" entre aspas e da redução do pensamento de Hayek, Mises e Friedman a "só é pobre quem quer", que são umas infantilidades um tanto abaixo da minha crítica adultinha e seriona, o que principalmente me chama a atenção no texto todo é como a esquerda fica espantada com a simples existência de pessoas de direita. Sério.

    Eu, por exemplo, sei que existem pessoas de esquerda. Juro, eu sei. Sei disso mais ou menos desde criança - até porque, como todo mundo, fui criado por professores de OSPB que faziam aspas com os dedos quando diziam "democracia", e professores de história que achavam que o Paraguai antes da guerra era, sei lá, Nárnia, com Solano Lopez como Aslan. Não escreveria um texto para dizer que existem pessoas de esquerda. Mas a Folha escreve um pra dizer que existem pessoas de direita. E depois diz isso:

    Cada vez mais à vontade no país que se seguiu à estabilização monetária e, principalmente, ao tombo ético da administração petista, uma nova direita esbalda-se no Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva.

    Esse "mais à vontade" chega a dar raiva desses direitistas, hein? Eles ficam se esbaldando aí. Não pode, não pode. Tipo, eles escrevem textos em jornais e revistas, têm blogs, falam suas opiniões durante festas... Se deixar eles vão acabar achando que são uma corrente legítima de pensamento ou coisa assim.

    Lê mais:

    Antes "oprimida" pela hegemonia cultural de esquerda -vigente no país desde pelo menos a década de 60-, a nova direita foi crescendo em desembaraço e afetação...

    Vamos pular o "oprimida" entre aspas (está citando quem? é paráfrase?) e agradecer o simples fato de que todo esse trecho depois de "pela" não está entre aspas. A "hegemonia cultural de esquerda", diz o repórter, não citando ningém ainda mas, pelo contrário, reconhecendo por si mesmo, é "vigente no país desde pelo menos a década de 60". Thank you! Era só isso que eu queria ouvir desde, sei lá, anos.

    Sério, meu Deus. Existem pessoas de direita. Vão se acostumando com isso. E se vamos falar disso, seria bom tocar pelo menos de leve na existência de Burke, Bastiat, Hayek, Mises, Oakeshott, Kirk, T.S.Eliot, Paul Johnson, Roger Scruton, Rothbard - e talvez até uma menção en passant (rodopiando uma taça de vinho, por assim dizer) a Roger Kimball, hein? E aproveitar para fazer alguma menção às correntes diferentes dentro da direita? Eu sei que é só um texto de jornal, mas não dá para reduzir a existência da direita a uns brasileiros que resolveram ser chatos e não gostar do Lula. É, like, tipo assim, uma tradição intelectual do ocidente - como a esquerda, só que com melhor estilo.

    fonte: http://www.midiasemmascara.com.br/artigo.php?sid=4585

    Rhyan

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #3 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 08:13:49 »
    Boa, Karl!

    Eu ia por esse texto aqui. Mas o trabalho já foi feito.
    Obrigado!


    []'s

    Offline Guinevere

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #4 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 10:14:53 »
    Karl, essa foto no avatar é sua? Não consigo me acostumar, toda hora penso que o Maluf se cadastrou no fórum... :lol:

    Eu tendo a me identificar com a direita mas algumas coisas nesses textos me confundem. Sem falar que estar no mesmo barco que Olavão é meio ... meio...  você sabe!


    PS: e pelamordegod, Lula SABE falar Português!
    « Última modificação: 17 de Fevereiro de 2006, 10:17:06 por Guinevere »

    Offline Roberto

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #5 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 10:43:03 »
    PS: e pelamordegod, Lula SABE falar Português!

    Digamos que a gente entende o que ele diz.
    Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

    Offline Guinevere

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #6 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 10:50:54 »
    PS: e pelamordegod, Lula SABE falar Português!
    Digamos que a gente entende o que ele diz.
    Não, não digamos não.  A gente entende e além disso ele fala Português. Esse é o nome da língua que ele fala. Ponto.

    Offline Roberto

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #7 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 11:08:42 »
    Citação de: Guinevere
    Não, não digamos não. A gente entende e além disso ele fala Português. Esse é o nome da língua que ele fala. Ponto.

    Ora, você sabe que é um modo de dizer.
    Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

    Offline Guinevere

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #8 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 11:17:01 »
    Sim, sei que é um modo de depreciar as outras pessoas por conta de diferenças mínimas de dialetos regionais.

    Não que o Lula não mereça, mas... :lol:

    Mas isso é mau. Mau. Por exemplo: uma amiga minha está estudando espanhol e adicionou um mexicano no msn (ou foi skype?) que está aprendendo Português e ficaram conversando.

    Daí o mexicano foi pegando logo o jeito de falar dela, mas ela ficou com vergonha porque mora no interior de SP e estava ensinando o cara a falar em dialeto Caipira!

    Veja você: a pessoa ter vergonha da própria língua! E diante de alguém de fora, a pessoa ter vergonha de ser brasileira! Isso é horrível! Cada dialeto do Português Brasileiro é tão bonito e válido quanto qualquer outro.

    Falem que o Lula é burro, mas não xinguem a língua dele.

    Offline Roberto

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #9 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 15:29:50 »
    Sim, sei que é um modo de depreciar as outras pessoas por conta de diferenças mínimas de dialetos regionais.

    Não tem nada a ver com dialeto. Tem a ver com maltratar o português mesmo.

    Desculpa, mas uma coisa é a gente conversando no dia a dia, informalmente. Com certeza, maltratamos, e muito, o português. Outra coisa, bem diferente, é uma autoridade -- a maior autoridade do país -- ficar sapecando a última flor do Lácio num discurso pra centenas, às vezes milhares de pessoas (quando não em Rede Nacional).
    Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

    Offline Guinevere

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #10 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 15:43:52 »
    Não existe "maltratar o Português".

    O Lula tomou cedo na carreira a decisão de não se importar de aprender a Norma Padrão/Culta, e falar no seu próprio dialeto, pra soar mais próximo ao eleitor. O problema não é esse, são as besteiras que ele diz, e isso não é língua, é conteúdo.

    Karl Rove

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #11 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 15:56:23 »
    Lula não é burro. Ninguém tão ignorante quanto ele chegaria a presidência através de um processo democrático num país do tamanho do Brasil.

    Mas ser inteligente não implica dispor de ferramentas intelectuais necessárias para governar um país com habilidade. O fato dele não dominar a língüa portuguesa reflete apenas a sua natureza iletrada e ignorante. Qualquer um que leia pelo menos o jornal todo dia, terá uma desenvoltura no linguajar muito melhor do que a do presidente.
    Lula se gaba de jamais ter terminado uma leitura na vida, e de nunca ter cursado universidade. Além de péssimo exemplo e de péssima representação no exterior, sua capacidade de julgar situações econômicas e políticas complexas, e de comparar propostas de leis e de tomar qualquer tipo de decisão que implique reflexão, requisitos para um presidente exercer seu cargo com competência, são seriamente minadas.

    Passar fome não é 'faculdade da vida', isso é arma da máquina de propaganda. Se o sujeito não domina as ferramentas administrativas necessárias para exercer seu cargo, ele será facilmente manipulado pelos encarregados de traduzir as informações para o seu nível, ou de tomar decisões complexas no seu lugar. E, é claro, estando num partido tão torpe quanto o PT, cercado de velhos traidores da nação, como Dirceu e Genoíno, e de diversos agentes cubanos e sendo um fundador do foro de São Paulo, instituição comprometida em estabelecer um domínio socialista na região da América Latina, a desgraça se torna ainda maior.

    « Última modificação: 17 de Fevereiro de 2006, 15:58:11 por Karl Rove »

    Offline Rodion

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #12 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 15:59:55 »
    Sim, sei que é um modo de depreciar as outras pessoas por conta de diferenças mínimas de dialetos regionais.

    Não que o Lula não mereça, mas... :lol:

    Mas isso é mau. Mau. Por exemplo: uma amiga minha está estudando espanhol e adicionou um mexicano no msn (ou foi skype?) que está aprendendo Português e ficaram conversando.

    Daí o mexicano foi pegando logo o jeito de falar dela, mas ela ficou com vergonha porque mora no interior de SP e estava ensinando o cara a falar em dialeto Caipira!

    Veja você: a pessoa ter vergonha da própria língua! E diante de alguém de fora, a pessoa ter vergonha de ser brasileira! Isso é horrível! Cada dialeto do Português Brasileiro é tão bonito e válido quanto qualquer outro.

    Falem que o Lula é burro, mas não xinguem a língua dele.

    não é diferença mínima de dialetos. ele não sabe mesmo.

    ""A mistura de brancos, negros e índios produziu, sem modéstia à parte, uma parcela de seres humanos mais alegres e mais bonitos do planeta Terra".
    Lula

    viu? as frases deles não têm lógica, se olhadas a rigor. ele não se expressa bem porque não conhece o português, e pronto. é diferente de quando eu falo 'nóis vai'.
    « Última modificação: 17 de Fevereiro de 2006, 16:02:07 por Bruno »
    "Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

    Offline Guinevere

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #13 Online: 17 de Fevereiro de 2006, 16:16:00 »
    Essa frase prova que o Lula fala Português e que pensa que ele e o Brasil são a mesma coisa.

    Ou seja, é megalomania.

    ukrainian

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #14 Online: 22 de Fevereiro de 2006, 22:14:41 »
    e de diversos agentes cubanos e sendo um fundador do foro de São Paulo, instituição comprometida em estabelecer um domínio socialista na região da América Latina, a desgraça se torna ainda maior.

     :medo:

    Offline Roberto

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #15 Online: 24 de Fevereiro de 2006, 16:43:55 »
    Não existe "maltratar o Português".

    É mais um modo de dizer. Referia-me à linguagem coloquial.

    Citar
    O Lula tomou cedo na carreira a decisão de não se importar de aprender a Norma Padrão/Culta, e falar no seu próprio dialeto, pra soar mais próximo ao eleitor. O problema não é esse, são as besteiras que ele diz, e isso não é língua, é conteúdo.

    Se assim lhe parece...
    Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

    Offline Guinevere

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #16 Online: 25 de Fevereiro de 2006, 14:25:03 »
    Olha, Inglês eu não sei mesmo, mas inglês eu até entendo um pouco...
    hãn... hãn... hãn...

    Ah! Entendi! Pra você existe diferença entre I maiúsculo e minúsculo. OK

    Nesse caso "Inglês" é o nome próprio da língua inglesa, e "inglês" é o substantivo comum que designa quem um cara que nasceu na inglaterra, o qual você diz conhecer  um pouco. Quem é o cara? Amigo seu?

    ukrainian

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    Re: Direita, volver!
    « Resposta #17 Online: 26 de Fevereiro de 2006, 11:18:29 »
      Vista como "raivosa" por representantes da esquerda, a nova direita cresce com a crise do PT e age como se chegasse a sua vez

      Direita, volver!


      MARCOS AUGUSTO GONÇALVES
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      De repente passou a ser bacana o sujeito, numa festa ou numa mesa de bar, rodopiar a taça de vinho e desfilar frases do tipo "essa canalha bolchevique do PT não sabe nem falar português", seguidas de elogios à atuação de George W. Bush no Iraque ou de incursões "teóricas" das quais a principal lição a ser retirada é que só é pobre quem quer.

      [...]

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      Normal. É difícil mesmo escapar da inércia política, poucos conseguem.

       

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