Tópico: Acúmulo de novas doenças

[HSette]

20/02/2006 - 21h35
Novas doenças 'aparecem a uma velocidade excepcional'
da BBC, em Londres
Cientistas reunidos num congresso em St. Louis, nos Estados Unidos, advertiram que novas doenças infecciosas estão aparecendo a uma velocidade excepcional, com os seres humanos acumulando cerca de um novo elemento patogênico por ano.
Segundo disse um dos cientistas à BBC, isso significa que as agências oficiais e os governos têm que trabalhar mais duro do que nunca para enfrentar as ameaças.
A maioria das novas doenças aparecidas nos últimos anos, como a gripe aviária ou a Aids, está vindo de outros animais.
“Essa acumulação de novos elementos patogênicos tem acontecido há milênios – foi assim que adquirimos a tuberculose, a malária e o sarampo”, disse o epidemiologista Mark Woolhouse, da Universidade de Edimburgo, na Escócia. “Mas, no momento, essa acumulação parece estar indo rápido demais”, disse ele.
“Então parece que há algo de especial sobre os tempos modernos – eles são tempos bons para os elementos patogênicos invadirem a população humana”, completou.
Woolhouse catalogou mais de 1,4 mil agentes diferentes de doenças em humanos. A cada ano, os cientistas estão descobrindo um ou dois novos agentes. Alguns deles podem estar ativos há tempos, mas somente agora foram descobertos. Outros, que apareceram recentemente, são completamente novos, como o HIV, o vírus da Sars e o agente causador da doença da vaca louca.
A diferença hoje, segundo os pesquisadores, é que os seres humanos estão interagindo com animais no seu ambiente. Mudanças no uso da terra por meio do desflorestamento, por exemplo, podem levar os humanos a entrar em contato com novos elementos patogênicos. Outras mudanças na agricultura, como a criação de animais exóticos, têm efeito parecido.
Outros elementos importantes incluem as viagens internacionais, o comércio global e a hospitalização.
A velocidade rápida na qual os elementos patogênicos estão aparecendo significam que os especialistas em saúde pública precisarão trabalhar mais duro do que nunca para controlar a disseminação de novas ameaças.
“O tipo de imagem do qual eu quero me distanciar é a famosa declaração dos anos 1960 quando o Cirurgião Geral dos Estados Unidos (cargo do segundo escalão da secretaria da Saúde) disse que ‘as doenças estão vencidas’”, disse Woolhouse.
“Os elementos patogênicos estão desenvolvendo maneiras de combater nossos métodos de controle. A figura está mudando e parece que vai continuar a mudar”, disse. “Vamos ter que correr o mais rápido possível para ficar no mesmo lugar.”
“Precisamos de vigilância. A vigilância na maior parte do mundo contra doenças infecciosas é bastante deficiente – particularmente a vigilância para doenças infecciosas em animais.”

[Washington]

Lendo este tópico fique pensando.

será que estes virus estão mudando de ospedeiro? adaptando a novas especies, por falta da especie que eles estavam acostumaddos.

Muitas especies estão estintas e outras estão em estinção, isto é, tem pouco individuos para eles sobreviver, entção tem que procurar outras espécies para sobreviver.

[Atheist]

Talvez. O problema é que vírus evolui muito rapidamente. Além do quê, se uma célula está infectada por dois vírus diferentes, por exemplo, nada garante que na hora do empacotamento e liberação de novos vírus cada genoma seja empacotado individualmente, e a mistura pode ser fatal em outro hospedeiro.

[Buckaroo Banzai]

Lendo este tópico fique pensando.

será que estes virus estão mudando de ospedeiro? adaptando a novas especies, por falta da especie que eles estavam acostumaddos.

Muitas especies estão estintas e outras estão em estinção, isto é, tem pouco individuos para eles sobreviver, entção tem que procurar outras espécies para sobreviver.

Bem, isso nào ocorreria "a mais" por hospedeiros antigos estarem em extinção; justamente o contrário...

porque os vírus não fazem esse planejamento estratégico..... eles nào sabem que estão numa espécie em extinção e precisam mudar de hospedeiro.......

numa espécie em extinção, a maior probabilidade é se extinguirem junto, a menos que por muita sorte, sejam compatíeis com um novo hospedeiro que entrasse em contato..... mas a chance disso, por lógica, é muito maior se a espécie não está em extinção. Se ela pode mudar de hospedeiro quando em extinção, ela não deixaria de fazer isso com seu hospedeiro estando fora de ameaça de extinção, como "ah, relaxa, nem precisamos mudar de hospedeiro, tem muitos dessa espécie para contaminar".....

[Washington]

É meu foi muito errado.

[HSette]

Me ocorreu algo.
Os vírus teriam algum mecanismo de ação de modo a evitar a eliminação total de seu hospedeiro?
Afinal, isso seria um péssimo negócio.

[Washington]

Bem os virus procura uma especie em que possa usar suas células para produzir virus iguais a eles, não sei se ele pode se duplicar de modo diferente, não acho que importaria para ele se o ospedeiro morresse ou não.
Se ele tivesse opinião.

[Stéfano]

Bobagem. Não estão surgindo novas doenças mais rápidos. O que está acontecendo é que com a globalização elas estão se espalhando muito mais rápido e, graças ao aumento da tecnologia, estão sendo melhor diagnosticadas.

[Stéfano]

Me ocorreu algo.
Os vírus teriam algum mecanismo de ação de modo a evitar a eliminação total de seu hospedeiro?
Afinal, isso seria um péssimo negócio.

Essa é a evolução natural de um vírus. Depois de passar pela fase em que é vantagem biológica espalhar muito rápido, o próximo passo evolutivo é o de se tornar menos patológico.

[Buckaroo Banzai]

Me ocorreu algo.
Os vírus teriam algum mecanismo de ação de modo a evitar a eliminação total de seu hospedeiro?
Afinal, isso seria um péssimo negócio.

Se uma variedade de um virus é muito virulenta, mata os hospedeiros antes de poder se propagar muito mais... não é um mecanismo dos vírus, e a seleção contrária aos vírus muito letais....

Mas nada impede, teoricamente, dum virus se espalhar "inativo" por toda populaçao de hospedeiros, e só então matar todo mundo (nada impede, mas também não há uma tendência a isso, é improvável que tenham esse "timing" exato, que seria muito lento, a menos que a população de hospedeiros fosse muito pequena). Porque o que conta na evolução por seleção natural tem muito a ver com as vantagens imediatas. Se o vírus em estado inativo tivesse a capacidade de ser transmitido para toda população de hospedeiros, ele simplesmente faria isso..... é uma mera questão de reprodução dele.....  mesmo que acabasse sendo um péssimo negócio mais tarde...