A Coordenaria de Recursos Especiais (Core) do Rio de Janeiro prendeu em flagrante nesta sexta-feira, na Tijuca, o professor de natação infantil e salva-vidas Cláudio Pereira Barbosa, 31 anos, acusado de comandar a venda de maconha pelo telefone. Segundo a polícia, o "disque-maconha" abastecia consumidores de classe média da capital fluminense e entregava a encomenda em domicílio.
Os policiais começaram a investigar Cláudio há três semanas, após terem recebido denúncia. Na casa dele, foram encontrados cerca de 750 gramas de maconha prensada e cadernos de anotações com nome de supostos clientes.
À polícia, ele disse que neste sábado iniciaria uma aula para turma de crianças portadoras de deficiência física."Ainda não sabemos se isso é verdade, mas ele alegou que trabalhava como salva-vidas e professor num condomínio residencial no Méier", disse a delegada Izabela Rodrigues.
Serviço de entrega também era feito pelo professor
De acordo com as investigações, Cláudio comprava maconha na favela do Jacarezinho e revendia a pessoas de classe média da Tijuca, Andaraí e Vila Isabel. A entrega era feita de moto ou de bicicleta e em pequenas quantidades, para não chamar a atenção da polícia. "Caso ele fosse pego, poderia alegar que era para consumo próprio e não tráfico", explicou um policial.
Cláudio, preso enquanto dormia com a mulher e o filho de 8 anos, confessou ter comprado a maconha apreendida a R$ 360. "Ele comprava em atacado e depois preparava as trouxinhas, que eram revendidas a R$ 10 cada", disse a delegada.
As trouxinhas eram identificadas com inscrições do Comando Vermelho e a frase "Elvis não morreu". Segundo a polícia, os traficantes do Jacarezinho são os que vendem maconha em atacado mais barato por tererem grande estoque. "Ele não tem antecedentes criminais e vamos continuar a investigação para saber se há mais envolvidos no esquema, inclusive da favela", explicou Izabela.
O Dia -
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