Autor Tópico: Preço do álcool já passa de R$ 2 em BH  (Lida 546 vezes)

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Offline Diegojaf

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Preço do álcool já passa de R$ 2 em BH
« Online: 02 de Março de 2006, 10:21:00 »
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Preço do álcool já passa de R$ 2 em BH
Belo Horizonte, MG, Brasil, Quinta-Feira 02/03/2006


Roberta Moreira
Repórter

Remédio amargo. A “solução" que o Governo buscou para punir os usineiros que descumpriram o acordo de manter os preços do álcool limitados a R$ 1,05 resultou em mais prejuízo para o consumidor. Ontem, primeiro dia de vigência da redução de 25% para 20% da mistura de álcool anidro na gasolina, os preços dos combustíveis nas bombas subiram e sinalizam novas altas. O belo-horizontino que voltou do Carnaval com o bolso vazio já está pagando, em alguns estabelecimentos, até R$ 2,099 pelo litro do álcool, aponta a última pesquisa semanal da Agência Nacional de Petróleo (ANP), publicada no site da entidade, que coletou dados até o dia 25. Ontem, segundo o sindicato dos proprietários de postos combustíveis (Minaspetro) houve novos repasses nas bombas. O aumento da gasolina nos postos variou de 2% a 5%, e o álcool subiu 10%, aponta o Minaspetro.
Nos postos Ale, por exemplo, a gasolina subiu ontem cerca de R$ 0,04, e o álcool hidratado R$ 0,13. E a tendência é de novos aumentos, já que há posto que ainda não repassou aumentos já constatados nas distribuidoras, porque não chegou a receber o produto remarcado ou fazer pedido ontem. “Nós estamos vendendo o álcool a R$ 1,99 o litro, porque não fizemos encomenda depois do aumento, mas vamos ter que subir o preço no próximo descarregamento. Já tem distribuidora vendendo acima de R$ 2", disse o gerente Pedro Paulo, do Posto Barão Homem de Melo, no Bairro Nova Suíça.
Depois do feriado prolongado, o consumidor está abastecendo o mínimo, afugentado pela carestia, constatam os postos. A alta média de R$ 0,13 no litro de gasolina nas bombas superou o teto esperado, que era de R$ 0,09. “Até ontem (terça-feira) comercializávamos a R$ 2,26 o litro da gasolina; passamos para R$ 2,39", conta o gerente do Posto Barão Homem de Melo. “O susto foi tão grande, que o consumidor vem abastecendo com três a quatro litros, até R$ 10", completou.
No Posto Villa Rizza, na Avenida do Contorno, no Bairro Serra, a gasolina, que esteve duas semanas na promoção por R$ 2,279 o litro, subiu para R$ 2,449, um aumento de 7,45%. O gerente do posto, Artur Carvalho, disse que o distribuidor reajustou o produto de R$ 2,16 para R$ 2,21.
Nem mesmo a previsão de uma oferta maior de álcool com a redução do combustível na mistura da gasolina sensibiliza os usineiros, que não sinalizam disposição para estabilizar os preços antes de maio. Ontem, no Noroeste do Paraná, na cerimônia de antecipação da safra da região Centro-Sul, o presidente do Sindicato da Indústria do Álcool em Minas Gerais (Siamig) Luiz Custódio Cotta Martins, disse que os usineiros deverão moer, até o final de abril, mais cana-de-açúcar, para obter 850 milhões de litros, 250 milhões a mais do que no ano passado.
Mas nem mesmo esse aumento da oferta significa garantia de redução do preço. Martins lembra que os usineiros alertaram o Governo de que faltaria álcool com o aumento das exportações e que o mercado do produto é livre. O aumento da moagem será possível com a entrada em operação das usinas de Santa Juliana e Itapagipe, no Triângulo Mineiro. A região Centro-Sul responde por 90% da produção nacional de álcool.

Cotação média bate recorde histórico nas usinas em fevereiro

Ribeirão Preto - O preço médio do litro do álcool hidratado nas usinas ficou em R$ 1,0642 em fevereiro, recorde histórico, de acordo com levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada de Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Cepea/Esalq). De acordo com a entidade, que monitora os preços desde 1998, o recorde anterior para o hidratado pertencia ao mês de fevereiro de 2003, com R$ 1,045 por litro, valor já corrigido pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M).
O preço do álcool hidratado também bateu outras duas marcas históricas no mês passado: tanto o valor médio quanto o valor absoluto na última semana do mês, de R$ 1,153, superaram, pela primeira vez, o preço cobrado pelo litro do anidro. Esse tipo de álcool, sem água, que é misturado à gasolina, custou, em média R$ 1,0639 por litro e encerrou o mês a R$ 1,149. O recorde histórico do preço do anidro, já corrigido pelo IGP-M, é de R$ 1,222, também em fevereiro de 2003, de acordo com o Cepea/Esalq.
Segundo Mirian Bacchi, professora e pesquisadora da instituição, a forte demanda pelo álcool hidratado foi a principal causadora do recorde de preço do combustível. 'Muitas usinas estão hidratando o anidro, o que encarece ainda mais o hidratado', disse.
Já o fato de o preço do hidratado ter superado o do anidro pela primeira vez também é fruto do consumo, mas já demonstra que as medidas contra fraudes tomadas pelo governo tiveram efeito. Desde o início do ano, é adicionado um corante laranja ao álcool anidro vendido pelas usinas para ser misturado
à gasolina. O corante evita a fraude chamada 'álcool molhado', na qual distribuidoras compravam anidro, sobre o qual não incidem impostos, e adicionavam água para ser vendido como hidratado, que paga, no mínimo, 12% de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).

Petrobras
A Petrobras reduzirá as exportações de gasolina pura e as importações de nafta para se adaptar à queda de 25% para 20% no teor de álcool anidro na gasolina. O diretor de abastecimento da empresa, Paulo Roberto Costa, disse que haverá queda de 147 milhões de litros por mês nas vendas externas de gasolina da empresa e que as refinarias tiveram que ser adaptadas para a nova composição do produto, sem necessidade de novos investimentos. As mudanças, no entanto, não devem alterar a previsão de superávit comercial de US$ 3 bilhões na conta de petróleo e derivados da estatal para este ano.
Segundo Costa, a Petrobras exporta 245 milhões de litros de gasolina pura a cada mês e reduzirá essas vendas externas para 98 milhões de litros, já a partir deste mês e enquanto perdurar a decisão de queda do teor do álcool na gasolina. Ele explicou que não há mudança na estimativa de superávit comercial porque, para manter a octanagem (número de octonas que evita o empobrecimento do produto) da gasolina, mesmo com a redução do percentual do álcool, a companhia deixará de adicionar nafta ao produto.
Assim, haverá redução da importação de nafta em 43 milhões de litros por mês. Com a queda das importações da nafta, será mantida a previsão de saldo.


Imagina se a gente privatiza a Petrobrás?
O que vai ter de gente andando de bike... :lol:
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Offline Luis Dantas

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Re: Preço do álcool já passa de R$ 2 em BH
« Resposta #1 Online: 02 de Março de 2006, 23:21:21 »
Não é só BH... Brasília também.

Fonte: Correio Braziliense, 28 fev 2006

URL original: http://noticias.correioweb.com.br/materias.php?id=2664856&sub=Distrito

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Litro do álcool já custa R$ 2,18 em postos do DF


Mariana Mazza e Luciano Pires
Do Correio Braziliense

28/02/2006
09h58-Os motoristas do Distrito Federal tiveram uma desagradável surpresa neste feriado de carnaval. Ontem, o álcool ultrapassou pela primeira vez a barreira dos R$ 2. No posto da 315 Sul, o combustível já está sendo vendido a R$ 2,18. O aumento, de 9,54%, segundo os empresários do setor, deve-se à alta do combustível nas distribuidoras. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sinpetro-DF), José Carlos Ulhôa, afirmou que o álcool é comercializado a R$ 1,99 pelas distribuidoras desde domingo.

Os aumentos não devem parar por aí. Donos de postos acreditam que o álcool inaugure março a R$ 2,35, um aumento de 34,67% em comparação com o preço médio de R$ 1,745 registrado em dezembro de 2005. A gasolina também terá nova alta. De acordo com Ulhôa, as distribuidoras já calculam um reajuste de 4,6% a partir de 1º de março no preço do derivado de petróleo. “Virou um descalabro. A coisa está sem controle”, afirmou o presidente do Sinpetro. “Subir 4,6% a gasolina é crime de lesa-pátria. O pior é que as coisas sempre sobram para nós, como se o aumento fosse idéia da gente”, reclama.

Até o fim desta semana, a maioria dos postos do Plano Piloto terá reajustado o preços do álcool. Os valores cobrados nas bombas nas Asas Sul e Norte variavam, até ontem à noite, de R$ 1,89 a R$ 2,02. Um posto do Valparaíso começou a vender o combustível a R$ 2,12. O posto da Torre de TV e o Jarjour — no eixinho Norte — cobram os preços mais baixos.

Se o aumento da gasolina se confirmar, vendida hoje a R$ 2,67 no máximo, passará de R$ 2,80. Isso supondo que o reajuste nos preços fique apenas no aumento feito pelas distribuidoras, o que não costuma acontecer. Por causa dos custos de transporte do combustível, a alta na bomba é sempre maior do que na revenda.

Fracasso
Desde janeiro, encher o tanque com álcool tem custado cada vez mais caro. No fim do ano passado, o governo tentou conter a escalada do álcool, fixando um teto de R$ 1,05 para a venda nas usinas, mas fracassou. Neste mês, decidiu reduzir o percentual de mistura do produto na gasolina comercializada nos postos de 25% para 20%, resultando em uma “sobra” de 100 milhões de litros por mês que poderá garantir o abastecimento até o fim da entressafra, em 1º de maio.

Com a medida, o governo esperava que as usinas dessem uma trégua nos preços, mas até agora não foi isso que aconteceu. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea-USP), o preço do álcool nas usinas paulistas subiu mais de 7% na última semana, chegando a R$ 1,15. O estado de São Paulo é responsável por 75% da produção nacional de álcool.

Controlar o preço do derivado de cana é uma missão difícil para o governo, já que o mercado é livre. Ainda há margem para manobra no custo da gasolina para os consumidores. O governo estuda reduzir a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), cobrada a cada litro de derivado de petróleo comprado nas bombas. Atualmente, a Cide está em R$ 0,28 para cada litro de gasolina e a proposta é baixar para R$ 0,26. Análises preliminares mostram que essa pequena queda seria capaz de anular o impacto da redução do álcool na mistura.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Marcelo Terra

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Re: Preço do álcool já passa de R$ 2 em BH
« Resposta #2 Online: 03 de Março de 2006, 09:07:16 »
Quando vão aumentar a produtividade no setor canavieiro? Quando vão mecanizar a coleta de cana? Tem que investir pra aumentar a produção, só assim não teremos preços altos na entressafra.

Offline Diegojaf

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Re: Preço do álcool já passa de R$ 2 em BH
« Resposta #3 Online: 03 de Março de 2006, 09:22:44 »
Aumentar a produção e diminuir o custo de extração...

Além do que, mesmo com o governo baixando a tarifação deles, eles subiram os preços...
Mercado livre para serviços do setor energético é mto arriscado...

Já olhei uma Bike por R$250... 21 marchas!
Talvez se a gente comprar um lote, a gente tenha um desconto... alguém topa? :lol:
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Offline Diego

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Re: Preço do álcool já passa de R$ 2 em BH
« Resposta #4 Online: 03 de Março de 2006, 10:57:49 »
Aqui em Ctba o alcool varia de 1,90 até 2,09

Pelo menos meu Millezinho fire é a gasosa mesmo e faz de 13~15 na cidade!!

 

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