Autor Tópico: Teorias Euzebianicas  (Lida 875 vezes)

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O ENCOSTO

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Teorias Euzebianicas
« Online: 07 de Março de 2006, 07:11:01 »
O mundo é uma conspiração?
MARCELO FLEURY
http://zh.clicrbs.com.br

 
 
 
O homem chegou à Lua em 1969, a princesa Diana foi vítima de um acidente, terroristas atacaram os Estados Unidos em 2001, Paul McCartney está vivo, o tsunami que atingiu o sul da Ásia em 2004 foi causado por um terremoto no fundo do mar e o Acre existe.

É o que dizem.

Céticos, os adeptos das chamadas teorias da conspiração têm versões diferentes para esses e outros fatos. Além de negar a história oficial, eles costumam achar que tudo não passa de uma manipulação da verdade por forças governamentais, capitalistas ou até extraterrestres.

Podem parecer paranóicos, mas não são raros. Multiplicam-se em debates acalorados na Internet, à mesma velocidade dos acontecimentos que se propõem a contestar.

São convincentes, por vezes. No caso da ameaça atual das gripe das aves, por exemplo, chamam a atenção para a correria mundial atrás do único remédio que pode salvar os humanos de uma pandemia, e que - arrá!, dizem - foi inventado por uma empresa que já teve como presidente o atual secretário da Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld. É o argumento para tentar mostrar que o alarde ou mesmo a própria doença são invenções dos americanos.

Outras vezes são apenas debochados, como ao contestarem a existência do Acre. Indignados, acreanos multiplicam-se nas 11 comunidades do Orkut sobre o tema para dizer que seu Estado existe, sim. Mas são rejeitados por internautas irônicos, que respondem:

- Ah, é, existe. Tanto quanto o Suriname.

Nestas duas páginas, veja algumas versões para os fatos que provocam mais polêmica no mundo, a ponto de, às vezes, merecerem um registro de rodapé na versão oficial da história.

 






A arma eletromagnética

 
 
 
Passados quatro ou cinco dias da tragédia, em 26 de dezembro de 2004, uma teoria da conspiração envolvendo o tsunami no Sul e no Sudeste da Ásia ganhou dimensão mundial na Internet. Hoje, o site de buscas Google lista mais de 2,8 milhões de páginas na rede com as palavras tsunami e conspiracy (conspiração, em inglês).

As versões variam, mas todas consideram a explicação oficial - de que um terremoto de 9 graus na escala Richter provocou as ondas gigantes - uma tentativa de encobrir a história verdadeira. E culpam os Estados Unidos pelo desastre.

A explicação mais maluca não ganhou muito crédito: com uma explosão nuclear, os americanos teriam alterado o eixo da Terra para evitar a colisão com um asteróide. Houve quem acreditasse, mas a maioria preferiu mesmo uma teoria originada no mundo árabe.

Segundo ela, americanos, com a ajuda de israelenses e indianos, testaram no Oceano Índico uma revolucionária arma de guerra, geradora de ondas eletromagnéticas com alto poder de destruição - vide os mais de 200 mil mortos em 11 países.

A hipótese foi levantada por uma "reportagem investigativa" do semanário egípcio Al-Usbu, que acusou o trio de países de testar "como se liquida a humanidade". A rede de TV árabe Al-Jazeera encarregou-se de espalhar a notícia pelo Oriente Médio.

Consultado, o geologista Harvey Blatt, da Universidade Hebraica de Jerusalém, achou tudo isso um absurdo, e reclamou:

- Sempre acham um jeito de culpar os Estados Unidos e Israel por tudo de ruim que acontece. Os humanos não tiveram nada a ver com o que aconteceu. Tudo o que puderam fazer foi sair da frente.

E, claro, há os que acreditam que o tsunami, na verdade, foi uma amostra do poder dos extraterrestres.


 


O plano americano

 
 
 
Tantas versões refutam a história oficial sobre o ataque terrorista aos Estados Unidos em 2001 que é difícil optar por uma.

A mais aceita, talvez, seja a de que o governo americano sabia com antecedência dos atentados contra o Pentágono e o World Trade Center e não tomou nenhuma medida para evitá-los. Como evidência, quem a defende aponta uma declaração do procurador de Justiça David Schippers, reconhecido por ter atuado na tentativa de impeachment do presidente anterior, Bill Clinton. Ele disse ter sido informado, antes dos atentados, sobre um plano do governo para encobrir a ação. Três agentes do FBI (polícia federal americana) teriam lhe dito que foram proibidos por seus superiores de investigar o assunto e ameaçados com uma punição.

Informações nunca confirmadas dão conta de que pelo menos quatro dos terroristas que participaram dos ataques, incluindo seu líder, Mohammed Atta, eram listados como membros da Al-Qaeda em um relatório secreto da CIA (agência de inteligência dos EUA). Nem por isso foram detidos.

Mais ousada, outra hipótese culpa o próprio governo americano pela série de ataques. Tanto uma quanto outra listam os mesmos motivos por trás da conspiração: expandir o poder do governo americano, justificar elevados gastos militares em uma guerra sem prazo contra o terrorismo, invadir o Iraque e beneficiar empresas que participam da reconstrução do país e manter o poder na mão dos republicanos por um longo período.

E, claro, há os que culpam os extraterrestres pelos ataques, para criar mais uma guerra mundial.


 

A morte do beatle

 
 
 
Você pode acreditar que Paul McCartney é um dos dois únicos beatles vivos, mas os seguidores das teorias da conspiração acham que ele foi o primeiro a morrer. Teria sido em 1966, em um acidente de carro.

Para que a banda não acabasse, um sósia de talento duvidoso - que alguns dizem se chamar Billy Shears, e outros, William Campbell - tomou seu lugar. John Lennon, George Harrison e Ringo Starr teriam concordado com a conspiração.

Segundo a hipótese, alguns álbuns do grupo dão pistas sutis sobre a morte de Paul. Tão sutis que é necessária alguma imaginação para entendê-las. É o caso da capa do disco Abbey Road, de 1969, que mostra a famosa foto dos quatro músicos atravessando a rua. Uma das pistas seria a placa de um carro estacionado, na qual se lê 28IF. Em português, "if" equivale a "se". Aí vem a interpretação: Paul teria 28 anos "se" estivesse vivo.

Não importa que o I da placa fosse na verdade o número 1, nem que Paul tivesse 27 anos quando o disco foi lançado.

- Ele teria 28 um dia - dizem os que duvidam de sua existência.

Paul também é o único descalço na foto, seja lá o que isso signifique, e leva o cigarro na mão direita, quando se sabe que ele é canhoto. Arrá.

E, claro, há quem acredite que o substituto de Paul é um extraterrestre.


 

O remédio milagroso

 
 
 
Mais disseminadas que o vírus H5N1, que avança na Ásia, na África e na Europa, só as teorias da conspiração envolvendo a histeria mundial em torno da doença. A principal delas se baseia em um fato verdadeiro para criar uma hipótese difícil de ser comprovada, mas nada original: os Estados Unidos são os culpados.

Acompanhe o raciocínio: a gripe das aves pode gerar uma pandemia. Já se fala em até 150 milhões de mortes no mundo. O cenário alarmista levou o presidente dos EUA, George W. Bush, a criar um fundo de US$ 3,8 bilhões para combater a doença.

Boa parte do dinheiro está sendo usado para estocar o único medicamento mais ou menos eficaz no tratamento em seres humanos: o Tamiflu, fabricado pela suíça Roche. O Brasil mesmo anda comprando toneladas do remédio - só para o Rio Grande do Sul estão sendo enviadas mais de 9 milhões de doses.

Acontece que a Roche apenas fabrica o medicamento. Quem o inventou foi uma empresa americana chamada Gilead Sciences - atenção para o "arrá" -, que tem como um de seus acionistas o secretário de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld. Arrá.

Isto é fato. Daí em diante, as versões variam. Algumas dizem que o risco da doença é fictício, já que matou poucas pessoas (94) se comparada com outros surtos, como o da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave), em 2003.

Outras admitem o perigo, mas questionam a eficácia do remédio: acham que os EUA estão por trás apenas da propaganda do Tamiflu. E os mais radicais crêem que a própria doença foi criada pelos americanos.

Ou, claro, por extraterrestres.


 


O estúdio no deserto

 
 
 
É como se ela fosse a mãe das conspirações, a fraude das fraudes, a maior mentira de todos os tempos. Para muitos, a ida do homem à Lua, em 1969 e depois, nunca aconteceu. Tudo não passou de um truque - barato, até - montado, filmado e fotografado em um estúdio aqui na Terra mesmo, provavelmente no oeste dos Estados Unidos, quem sabe em Nevada.

Desvendar o motivo para a farsa é o mais fácil: em plena Guerra Fria, os americanos tinham de vencer a corrida espacial, disputada com a União Soviética. Sem a tecnologia necessária, teriam simulado os seis pousos tripulados no satélite e declarado vitória antes de acabarem com esse tipo de viagem.

O problema é provar a farsa. Quase todas as, ditas, evidências são baseadas nas fotografias tiradas na primeira missão, aquela dos astronautas Neil Armstrong e Buzz Aldrin descendo a escada do módulo Eagle, saltitando em uma paisagem cinzenta e fincando a bandeira dos EUA em solo lunar.

A bandeira, aliás, já seria um indício da fraude: por que aparece tremulando nas imagens, se não venta na Lua? Ela não aparece tremulando, responde quem garante que o homem foi até lá. É impressão. Literalmente, impressão das mãos dos astronautas no pano, deixando-o em formato ondulado. Além disso, uma haste na parte superior dela encarregou-se de manter a bandeira desfraldada.

E como, em algumas imagens, as sombras aparecem em diferentes direções, se a única fonte de luz é o sol? Não seriam refletores de estúdio? Não, insistem os defensores da versão oficial. O sol gera a luz, mas ela é refletida pela roupa branca dos astronautas, pelo módulo Eagle, pela Lua mesmo e pela própria Terra, lá de longe.

Então como havia poeira acumulada ao lado do módulo depois de ele descer verticalmente sobre a superfície lunar? Como a potência daqueles motores invertidos, freando a queda da nave, não espalhou o pó? Porque não existe ar na Lua, e é o ar que, empurrado pela força do motor, espalha a poeira em volta.

Nessa tese, claro, os extraterrestres ficaram de fora.

 


O acidente planejado

 
 
 
Os teóricos da conspiração já nem discutem mais se a princesa Diana foi mesmo assassinada. Querem saber é quem a matou. Para eles, a família real britânica é a principal suspeita. Tudo porque as evidências sugeriam que Diana se casaria com o namorado, Dodi al-Fayed, morto com ela no acidente de carro em Paris, em 1997.

Isso significava que Dodi, um muçulmano, seria o padrasto do herdeiro do trono britânico, o príncipe William (filho de Diana com o príncipe Charles). Os possíveis novos filhos da princesa receberiam títulos oficiais e provavelmente seriam muçulmanos também, a exemplo do pai. Em circunstâncias excepcionais, poderiam reclamar o trono britânico e, em conseqüência, o cargo de chefe da Igreja da Inglaterra.

Outros nem vão tão longe: dizem que a princesa sabia demais e era uma pedra no sapato da família real. Só isso já era motivo para matá-la. Quanto ao assassinato, teria sido planejado e executado pelo serviço secreto britânico, com o possível auxílio de algum outro serviço secreto. O motorista do carro em que estava o casal, Henri Paul, era um espião francês, isso se soube na semana que passou (as investigações continuam). Ele entrou com velocidade em um túnel da capital francesa e bateu o carro contra um pilar. Seria um suicida.

A teoria perde credibilidade quando se juntam a ela os que defendem os extraterrestres. Verdade, há teses de conspiração interplanetária envolvendo a morte da princesa.

 





Offline Zibss

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Re: Teorias Euzebianicas
« Resposta #1 Online: 07 de Março de 2006, 09:36:13 »
Bom texto. Vou publicar no fórum comunista e no meu site.

Offline Südenbauer

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Re: Teorias Euzebianicas
« Resposta #2 Online: 07 de Março de 2006, 12:14:10 »
Tudo que é bom de outros fóruns acaba indo para o fórum comunista (alcunha: Fórum Quântico).

 

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