Autor Tópico: Greve dos ônibus em São Paulo acaba, mas crise não  (Lida 628 vezes)

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ukrainian

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Greve dos ônibus em São Paulo acaba, mas crise não
« Online: 09 de Março de 2006, 06:38:08 »
Greve dos ônibus em São Paulo acaba, mas crise não
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ALENCAR IZIDORO
FABIO SCHIVARTCHE
LUÍSA BRITO
da Folha de S.Paulo

Motoristas de ônibus de São Paulo fizeram uma paralisação em mais de metade das garagens na madrugada de ontem, ameaçaram radicalizar com greve total, mas voltaram atrás depois que as viações prometeram pagar os salários atrasados até amanhã.

Os serviços devem ser mantidos hoje sem interrupção, embora a situação do transporte seguisse sob impasse. Até a meia-noite, empresários continuavam reunidos com integrantes da prefeitura para discutir reajustes ao setor.

A mobilização dos condutores prejudicou 727 mil passageiros até as 6h --de um total superior a 5 milhões por dia. Por conta da determinação do sindicato dos condutores de liberar a partida dos veículos nesse horário, houve superlotação. Os serviços voltaram ao normal só após as 8h.

A paralisação teve impacto no comércio --lojas abriram mais tarde em vários pontos.

Segundo a Secretaria dos Transportes, das 29 garagens do sistema, 16 atrasaram a saída dos ônibus. Elas são ligadas a dois empresários que dominam há décadas os ônibus em São Paulo: José Ruas Vaz e Belarmino Marta.

Os trabalhadores reivindicavam os depósitos dos salários, que deveriam ter sido feitos na última sexta-feira, e ameaçavam ontem à tarde iniciar greve por tempo indeterminado a partir de hoje.

Mas Isao Hosogi, presidente do sindicato da categoria, disse que recebeu a promessa das empresas de pagar os salários até amanhã --colocando fim ao movimento.

A oferta dos patrões ocorreu às 19h30, quando eles já estavam reunidos com a gestão José Serra (PSDB), que obteve liminar na Justiça contra uma nova greve.

A mobilização dos condutores se deu em meio à pressão das viações por reajuste da remuneração e pagamento de dívidas antigas, incluindo R$ 17 milhões de 2004.

Anteontem, numa ação inédita, seis dos oito consórcios protocolaram um pedido para a rescisão dos contratos firmados em 2003, que foi negada pela prefeitura.

As viações alegavam não ter mais condições financeiras. A decisão colocou Serra em situação delicada às vésperas da definição sobre a sua candidatura à Presidência. Ontem ele cancelou viagem a Goiás devido ao impasse.

A ação articulada --reivindicação das viações seguida por greve-- reabriu as acusações sobre a existência de locaute. Muitos motoristas nem sabiam que deveriam parar ontem. "Isso não tem nada a ver com a gente. É problema político", afirmou Oswaldo Ferreira Borges, que trabalha em uma viação do Consórcio Plus.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u119159.shtml
« Última modificação: 09 de Março de 2006, 06:39:48 por Ukrainian »

Offline Gabarito

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Re:Greve dos ônibus em São Paulo acaba, mas crise não
« Resposta #1 Online: 22 de Maio de 2014, 09:35:18 »
Aproveitei um tópico já aberto para continuar o assunto de greves de ônibus em São Paulo.

Alguém fez um comentário sobre transporte público, fazendo associações não muito construtivas, inclusive usando um termo agressivo e pejorativo (babaquice):

<a href="https://www.youtube.com/v/VWgikYufhf8" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/VWgikYufhf8</a>

Parece que os paulistanos seguiram à risca a advertência de Lula: sem ônibus e talvez depois sem metrô, vão todos a pé para casa, por não terem bicicleta nem jumento.
A população mais vulnerável, que não dispõe de dinheiro para táxi ou carro, está enfrentando muito chão a pé.

Offline Jurubeba

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Re:Greve dos ônibus em São Paulo acaba, mas crise não
« Resposta #2 Online: 22 de Maio de 2014, 10:32:46 »
Não dá cara! Como qualificar um partido que possui em seus quadros bandidos confirmados (e nem tô falando de mensalão)? Logo o PT, o partido da ética, da lisura e da justiça!

Deplorável.

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22/05/2014 às 4:49
É o fim da picada! Deputado estadual do PT, um ex-presidiário e aliado do secretário de transportes de Haddad, participou em março de reunião com membros do PCC que, segundo a Polícia, planejavam ataques a ônibus

Atenção, leitores! A história que vem agora é do balacobaco! No primeiro dia da greve dos motoristas de ônibus em São Paulo, na terça, eu tinha recebido uma informação certa, mas não consegui a prova, de que, no dia 17 de março, no auge dos incêndios a ônibus em São Paulo, a 6ª Delegacia de Polícia de Investigações sobre Facções Criminosas e Lavagem de Dinheiro havia estourado uma reunião na sede da Cooperativa Transcooper, em Itaquera, na Zona Leste, em que membros do PCC planejavam as ações criminosas. Sabem quem estava presente ao encontro? Ninguém menos do que o deputado estadual petista Luiz Moura (PT-SP), que estaria lá na condição de “convidado”. É este senhor aqui.


Luiz Moura, deputado estadual do PT: presente a uma estranha reunião
Muito bem! Ontem, critiquei duramente no blog o secretário de Transportes da cidade, Jilmar Tatto. Em vez de tentar articular uma resposta para o caos da cidade, ele concedeu uma entrevista atacando a PM, acusando-a de fazer corpo mole, como se policiais militares pudessem sair por aí conduzindo ônibus. Eu tinha, sim, a informação certa sobre a participação do tal deputado naquela reunião da bandidagem, mas não a prova. Mesmo assim, não os deixei na mão. Publiquei, então, o que segue em azul:

“ (…) Terei eu de lembrar que Jilmar Tatto tem dois aliados importantes que são, digamos assim, ligados à área de transporte? Um é o deputado estadual Luiz Moura, um ex-presidiário que não cumpriu os 12 anos a que estava condenado porque se tornou um fugitivo. Hoje, é deputado petista. Outro é Senival Moura, vereador, também do partido, irmão de Luiz.
O agora deputado estadual se fez líder dos perueiros, uma área que a família Tatto conhece muito bem.”


E lembrei, então, trecho de uma reportagem da VEJA publicada em 2006, a saber (em azul):
Há três semanas, a polícia prendeu Luiz Carlos Efigênio Pacheco, presidente da Cooper Pam, uma das principais cooperativas de perueiros da capital paulista, suspeita de ligação com a organização criminosa. Conhecido como “Pandora”, o perueiro é acusado de ter financiado, com dinheiro de lotações, uma tentativa frustrada de resgate de preso de uma cadeia de Santo André (região do ABC paulista), em março passado. Detido, ele negou pertencer ao crime organizado, mas admitiu a infiltração do PCC no setor perueiro e disse que foi por ordem de Jilmar Tatto, ex-secretário de Transportes da prefeita Marta Suplicy, que sua cooperativa incorporou integrantes da organização criminosa.

Rasgando o verbo
A informação que eu tinha estava certa. Em entrevista ao programa do apresentador José Luiz Datena, da Band, Márcio Airth, secretário de comunicação do governo de São Paulo, rasgou o verbo. A operação aconteceu mesmo! A reunião da bandidagem, de fato, estava em curso, e o objetivo era planejar novas ações contra ônibus na cidade. Um dos “convidados” para o evento era o deputado estadual petista Luiz Moura, ex-presidiário (condenado a 12 anos) e ex-fugitivo, que se reinventou como líder dos perueiros, que foi como conheceu Jilmar Tatto, ligado ao setor.

Aith foi adiante e afirmou que, em março, no curso da investigação dos ataques, a polícia solicitou diretamente a Tatto a relação de empresas que atuam no setor de transportes público. “Ele [Tatto] é o primeiro a dizer que a polícia é truculenta e se excede, mas, quando interessa a ele barrar uma investigação, como de fato ele barrou, ao não responder o delegado, ele fica quieto. A polícia poderia investigar muito mais se o deputado Jilmar Tatto tivesse feito o trabalho dele, respondido ao ofício e chamado a atenção do colega deputado dele para que não comparecesse a locais que não são recomendáveis a qualquer pessoa pública”.

Nas moscas, né?

Tatto falou no mesmo programa e disse que nunca soube da reunião. Pois é… Soube, sim, né, secretário? O senhor sabe que sim! A informação lhe foi passada pela própria polícia. O secretário não revelou por que não passou a lista que a Polícia lhe pediu. Limitou-se a dizer: “Eu falo por mim”. E desconversou: “Não me parece adequado, num momento desses, tentar imputar a mim qualquer atitude, ação de atrapalhar investigação. Ao contrário, estou inteiramente à disposição”.

Então tá. Entre os convocados para aquela reunião a que compareceu o deputado estadual petista estava, ora vejam, Carlos Roberto Maia, vulgo Carlinhos Alfaiate, ladrão de bancos então foragido. Ontem, a imprensa não conseguiu achar Luiz Moura.

Tudo gente fina!

Por Reinaldo Azevedo

fonte: http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/e-o-fim-da-picada-deputado-estadual-do-pt-e-ex-presidiario-aliado-do-secretario-de-transportes-de-haddad-participou-em-marco-de-reuniao-do-pcc-que-segundo-a-policia-planejava-ataques-a-onibus/

Offline NandoR

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Re:Greve dos ônibus em São Paulo acaba, mas crise não
« Resposta #3 Online: 25 de Junho de 2014, 08:58:51 »
Temos que continuar a lutar pelos nossos direitos, temos que aproveitar este momento em que o Brasil está nas bocas do mundo para nos fazermos ouvir... Isto não pode continuar assim! 
Sou jovem! Sou cetico! E adoro jogar nas slots!

 

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