Autor Tópico: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina  (Lida 1725 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão vendo este tópico.

Offline Euzébio

  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.311
  • Sexo: Masculino
  • Eu acredito em Saci!
    • A Hipótese AA Revisitada
Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Online: 10 de Março de 2006, 15:30:29 »
Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina

In M.K.Gandhi, My Non-Violence
Editado por Sailesh K. Bandopadhaya
Navajivan Publishing House
Ahmedabad, 1960


Recebi muitas cartas solicitando a minha opinião sobre a questão judaico-palestina e sobre a perseguição aos judeus na Alemanha. Não é sem hesitação que ouso expor o meu ponto-de-vista.

Na Alemanha as minhas simpatias estão todas com os judeus. Eu os conheci intimamente na África do Sul. Alguns deles se tornaram grandes amigos. Através destes amigos aprendi muito sobre as perseguições que sofreram. Eles têm sido os "intocáveis" do cristianismo; há um paralelo entre eles, e os "intocáveis" dos hindus. Sanções religiosas foram invocadas nos dois casos para justificar o tratamento dispensado a eles. Afora as amizades, há a mais universal razão para a minha simpatia pelos judeus. No entanto, a minha simpatia não me cega para a necessidade de Justiça.

O pedido por um lar nacional para os judeus não me convence.

Por quê eles não fazem, como qualquer outro dos povos do planeta, que vivem no país onde nasceram e fizeram dele o seu lar?

A Palestina pertence aos palestinos, da mesma forma que a Inglaterra pertence aos ingleses, ou a França aos franceses.

É errado e desumano impor os judeus aos árabes. O que está acontecendo na Palestina não é justificável por nenhuma moralidade ou código de ética. Os mandatos não têm valor. Certamente, seria um crime contra a humanidade reduzir o orgulho árabe para que a Palestina fosse entregue aos judeus parcialmente ou totalmente como o lar nacional judaico.

O caminho mais nobre seria insistir num tratamento justo para os judeus em qualquer parte do mundo em que eles nascessem ou vivessem. Os judeus nascidos na França são franceses, da mesma forma que os cristãos nascidos na França são franceses.

Se os judeus não têm um lar senão a Palestina, eles apreciariam a idéia de serem forçados a deixar as outras partes do mundo onde estão assentados? Ou eles querem um lar duplo onde possam ficar à vontade?

Este pedido por um lar nacional oferece várias justificativas para a expulsão dos judeus da Alemanha. Mas a perseguição dos alemães aos judeus parece não ter paralelo na História. Os antigos tiranos nunca foram tão loucos quanto Hitler parece ser.

E ele está fazendo isso com zelo religioso. Ele está propondo uma nova religião de exclusivo e militante nacionalismo em nome do qual, qualquer atrocidade se transforma em um ato de humanidade a ser recompensado aqui e no futuro. Os crimes de um homem desorientado e intrépido, estão sendo observados sob o olhar da sua raça, com uma ferocidade inacreditável.

Se houver sempre uma guerra justificável em nome da humanidade, a guerra contra a Alemanha para prevenir a perseguição desumana contra uma raça inteira seria totalmente justificável. Mas eu não acredito em guerra nenhuma. A discussão sobre a conveniência ou inconveniência de uma guerra está, portanto, fora do meu horizonte. Mas se não pode haver guerra contra a Alemanha, mesmo por crimes que estão sendo cometidos contra os judeus, certamente não pode haver aliança com a Alemanha. Como pode haver aliança entre duas nações que clamam por justiça e democracia e uma se declara inimiga da outra? Ou a Inglaterra está se inclinando para uma ditadura armada, e o que isso significa?

A Alemanha está mostrando ao mundo como a violência pode ser eficientemente trabalhada quando não é dissimulada por nenhuma hipocrisia ou fraqueza mascarada de humanitarismo; está mostrando como é hediondo, terrível e assustador quando isso aparece às claras, sem disfarces. Os judeus podem resistir a esta organizada e desavergonhada perseguição? Existe uma maneira de preservar a sua auto-estima e não se sentirem indefesos, abandonados e infelizes? Eu acredito que sim. Ninguém que tenha fé em Deus precisa se sentir indefeso, ou infeliz. O Jeová dos judeus é um Deus mais pessoal que o Deus dos cristãos, muçulmanos ou hindus, embora realmente, em sua essência, Ele seja comum a todos. Mas como os judeus atribuem personalidade a Deus e acreditam que Ele regula cada ação deles, estes não se sentiriam desamparados.

Se eu fosse judeu e tivesse nascido na Alemanha e merecido a minha subsistência lá, eu reivindicaria a Alemanha como o meu lar, do mesmo modo que um "genuíno" alemão o faria, e desafiaria qualquer um a me jogar na masmorra; eu me recusaria a ser expulso ou a sofrer discriminação. E fazendo isso, não deveria esperar por outros judeus me seguindo em uma resistência civil, mas teria confiança que no final estariam compelidos a seguir o meu exemplo.

E agora uma palavra aos judeus na Palestina:

Não tenho dúvidas de que os judeus estão indo pelo caminho errado. A Palestina, na concepção bíblica, não é um tratado geográfico. Ela está em seus corações. Mas se eles devem olhar a Palestina pela geografia como sua pátria mãe, está errado aceitá-la sob a sombra do belicismo britânico. Um ato religioso não pode acontecer com a ajuda da baioneta ou da bomba. Eles poderiam estabelecer-se na Palestina somente pela boa vontade dos palestinos. Eles deveriam procurar convencer o coração palestino. O mesmo Deus que rege o coração árabe, rege o coração judeu. Só assim eles teriam a opinião mundial favorável às suas aspirações religiosas. Há centenas de caminhos para uma solução com os árabes, se descartarem a ajuda da baioneta britânica.

Como está acontecendo, os judeus são responsáveis e cúmplices com outros países, em arruinar um povo que não fez nada de errado com eles.

Eu não estou defendendo as reações dos palestinos. Eu desejaria que tivessem escolhido o caminho da não-violência a resistir ao que eles, corretamente, consideraram como invasão de seu país por estrangeiros. Porém, de acordo com os cânones aceitos de certo e errado, nada pode ser dito contra a resistência árabe face aos esmagadores acontecimentos.

Deixemos os judeus, que clamam serem os Escolhidos por Deus, provar o seu título escolhendo o caminho da não-violência para reclamar a sua posição na Terra. Todos os países são o lar deles, incluindo a Palestina, não por agressão mas por culto ao amor.

Um amigo judeu me mandou um livro chamado A contribuição judaica para a civilização, de Cecil Roth. O livro nos dá uma idéia do que os judeus fizeram para enriquecer a literatura, a arte, a música, o drama, a ciência, a medicina, a agricultura etc., no mundo. Determinada a vontade, os judeus podem se recusar a serem tratados como os párias do Ocidente, de serem desprezados ou tratados com condescendência.

Eles podiam chamar a atenção e o respeito do mundo por serem a criação escolhida de Deus, em vez de se afundarem naquela brutalidade sem limites. Eles podiam somar às suas várias contribuições, a contribuição da ação da não-violência.



MAHATMA GHANDI


Fotos da Palestina ocupada
"A fé é a força da vida. Se o homem vive é porque acredita em alguma coisa."

Offline Hugo

  • Nível 31
  • *
  • Mensagens: 1.917
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #1 Online: 10 de Março de 2006, 16:16:49 »
Gostei muito do texto. Nunca tinha observado esse problema por outro ângulo.

Mas, o perigo de se criticar os judeus é ser tachado de anti-semita...
"O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião". (Thomas Hobbes, Leviatã)

Offline Euzébio

  • Nível 27
  • *
  • Mensagens: 1.311
  • Sexo: Masculino
  • Eu acredito em Saci!
    • A Hipótese AA Revisitada
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #2 Online: 10 de Março de 2006, 16:43:25 »
Eles se fazem de coitadinhos e de vítimas, mas as atrocidades que estão cometendo na Palestina não se pode nem questionar. Estranho...
"A fé é a força da vida. Se o homem vive é porque acredita em alguma coisa."

Pug

  • Visitante
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #3 Online: 11 de Março de 2006, 07:35:36 »
Quando postei esse manifesto, Gandhi foi chamado de porco anti-semita.

Podemos sempre ler o que pensa um judeu, filho de sobreviventes do holocausto.
Nada melhor que ser eterna vitima para poder agir criminosamente sem questionamentos de maior.

O Holocausto nazi foi uma atrocidade contra a humanidade inteira, sim, judeus foram as principais, mas devemos lembrar e refletir como é que Homens poderam cometer tais atrocidades, a compreensão é fulcral para se evitarem a perpetuação dos holocaustos que se seguiram e continuam a fazer vitimas por esse mundo.
Muitos judeus e o estado de Israel reduziram o abominável crime a uma questão financeira, pior, usam-no como cobertura para os seus crimes abomináveis...


Citar
A INDÚSTRIA DO HOLOCAUSTO

Norman G. Finkelstein

"Este é, em poucas palavras, um livro Lúcio e apaixonado. Todas as pessoas de mente aberta e que se interessam pelo assunto devem ler o que Finkelstein tem a dizer".
New Statesman

Parte da Introdução

Meu interesse original no Holocausto nazista foi pessoal. Meu pai e minha mãe foram sobreviventes do Gueto de Varsóvia e dos campos de concentração nazistas. Exceto meus pais, todos os membros de ambas as famílias foram exterminados pelos nazistas. Posso dizer que minha mais remota lembrança do Holocausto nazista é a de ver minha mãe, grudada na tela de televisão, assistindo ao julgamento de Adolf Eichmann (1961), ao voltar da escola. Embora eles tivessem sido libertados dos campos apenas dezesseis anos antes do julgamento, um abismo intransponível sempre separou, na minha cabeça, os pais que eu conhecia daquilo. Fotografias da família de minha mãe ficavam penduradas na parede do living. (Nenhuma foto da família de meu pai sobreviveu à guerra). Nunca estabeleci uma conexão com aqueles parentes, deixaram-me descobrir sozinho o que aconteceu. Eles eram as irmãs, o irmão e os pais de minha mãe, não minhas tias, meus tios ou avós. Lembro-me de ter lido na infância O muro, de John Hersey, e Mila 18, de Leon Uris, ambos relatos romanceados do Gueto de Varsóvia. (Não esqueço minha mãe se queixando de que, mergulhada na leitura de O muro, esqueceu de descer na estação do metrô a caminho do trabalho). Apesar de muito tentar, sequer por um momento consegui transpor na imaginação a ponte que ligava meus pais, em todo seu cotidiano, àquele passado. Francamente, ainda não consigo.

A questão mais importante, no entanto, é esta. Fora este fantasma, não me lembro de o Holocausto nazista alguma vez ter feito parte da minha infância. A razão principal era que ninguém além da família parecia se interessar pelo que aconteceu. Meu círculo de amigos de infância lia muito e debatia com paixão os acontecimentos do dia. Mas, honestamente, não me recordo de algum amigo (ou pai de amigo) ter feito uma única pergunta sobre o que os meus pais sofreram. Não era um silêncio respeitoso. Era apenas indiferença. Deste ponto de vista, só se pode duvidar da explosão de angústias nas últimas décadas, depois que a indústria do Holocausto foi pesadamente estabelecida.

Às vezes penso que a "descoberta" do Holocausto nazista pela colônia judaica americana foi pior que seu esquecimento. Claro, meus pais penaram privadamente; o sofrimento pelo qual passaram não foi validado em público. Mas não era melhor do que a atual e grosseira exploração do martírio judeu? Antes que o Holocausto nazista se tornasse O Holocausto, apenas alguns estudos universitários, como o de Raul Hilbergm The Destruction of the European Jews, e memórias como as de Viktor Frankl, Man's Search for Meaning, e Ella Lingens-Reiner, Prisioners of Fear, foram publicados sobre o assunto. Mas esta pequena coleção de jóias é melhor do que a infinidade de prateleiras de sensacionalismo que hoje ocupam bibliotecas e livrarias.

Meu pai e minha mãe, embora rememorando diariamente aquele passado até o dia da morte, no final de suas vidas perderam o interesse pelo Holocausto como espetáculo público. Um dos mais antigos amigos de meu pai, companheiro de Auschwitz, era um suposto idealista de esquerda incorruptível que, por princípios, recusou uma compensação alemã após a guerra. Por acaso, veio a se tornar diretor do Museu do Holocausto de Israel, Yad Vashem. Com muita relutância e evidente desapontamento, meu pai teve de admitir que mesmo este homem havia sido corrompido pela indústria do Holocausto, desvirtuando suas crenças em favor do poder e do lucro. Como a interpretação do Holocausto assumiu formas cada vez mais absurdas, minha mãe gostava de citar Henry Ford (com uma ironia intencional): "História é bobagem". As narrativas de "sobreviventes do Holocausto" – todos internos de campos de concentração, todos heróis da resistência – serviram de fonte para um humor negro especial em minha casa. Há muito tempo, John Stuart Mill reconheceu que as verdades, quando não submetidas a permanentes questionamentos, podem às vezes "perder o efeito da verdade pelo exagero da falsidade".

Meus pais muitas vezes se perguntaram por que eu teria crescido tão indignado com a falsificação e exploração do genocídio nazista. A resposta mais óbvia é que ele tem sido usado para justificar políticas criminosas do Estado de Israel e o apoio americano a tais políticas. Há também um motivo pessoal. Eu me importo com a memória da perseguição de minha família. A campanha atual da indústria do Holocausto para extorquir dinheiro da Europa, em nome das "necessitadas vítimas do Holocausto", rebaixou a estatura moral de seu martírio para a de um cassino de Monte Carlo. Além dessas preocupações, no entanto, estou convencido de que é importante preservar – lutar – pela integridade do registro histórico. Nas últimas páginas deste livro sugiro que, ao estudar o Holocausto nazista, podemos aprender muito não só sobre "os alemães" ou os "gentios", mas também sobre todos nós. Acredito que ao fazer isso, ao aprender realmente sobre o Holocausto nazista, sua dimensão física será reduzida e sua dimensão moral expandida. Uma infinidade de recursos públicos e privados tem sido investida para manter a memória do genocídio nazista. A maioria do que foi produzido não presta. Não passa de um tributo ao engrandecimento judeu e não ao seu sofrimento. Muito tempo já se passou para que possamos abrir nossos corações a outros sofrimentos da humanidade. Esta foi a grande lição partilhada por minha mãe. Nunca a ouvi dizer: Não compare. Minha mãe sempre comparou. Não há dúvida de que distinções históricas precisam ser feitas. Mas aceitar distinções morais ente o "nosso" sofrimento e o "deles" é uma caricatura de moral. "Você não pode comparar dois povos miseráveis", observou humanamente Platão, "e dizer que um é mais feliz que o outro". Diante dos sofrimentos de afro-americanos, vietnamitas e palestinos, o credo de mim mãe sempre foi: Somos todos vítimas do Holocausto.

Norman G. Finkelstein

Abril de 2000

Nova York




Offline Antônio de Lima

  • Nível 10
  • *
  • Mensagens: 107
  • Sexo: Masculino
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #4 Online: 11 de Março de 2006, 11:42:55 »
Engraçado, eu sempre ví os Judeus como vítimas... de certa forma, é claro que foram vítimas sim, afinal as atrocidades da 2aGG ocorreram... mas os textos me mostraram um outro ângulo.

É tipo aquele lance do "racismo ao contrário", ou seja, quando você vê uma pessoa de pele negra usando uma camisa escrito "100% Negro" todo mundo acha bonito, é o orgulho da cor e tal (não que eu ache errado a pessoa negra sentir orgulho de sua raça), mas se você for branco e usar uma camisa escrito "100% Branco" é capaz de todo mundo te olhar de cara feia e dizer que é racismo seu.

O mundo é cheio dessas contradições.
Antônio de Lima

Offline Messiah

  • Nível 08
  • *
  • Mensagens: 87
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #5 Online: 11 de Março de 2006, 21:24:06 »
Não tive paciência de ler o texto todo agora, mas os pontos citados são muitos interessantes e válidos.
Porém Gandhi soa meio contraditório por vezes.


Offline 3libras

  • Nível 25
  • *
  • Mensagens: 1.119
    • http://sidis.multiply.com
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #6 Online: 12 de Março de 2006, 20:26:16 »
bem coerente e correta a opinião do ghandi.
If you don't live for something you'll die for nothing.

Offline Roberto

  • Nível 24
  • *
  • Mensagens: 1.021
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #7 Online: 24 de Março de 2006, 17:24:36 »
Tá legal. Realmente foi uma idéia não muito feliz (tida num período bastante infeliz) essa de criar um Estado no Oriente Médio pra abrigar uma minoria religiosa predominantemente européia. Mas já foi feito e, hoje, riscar Israel do mapa não é uma alternativa.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline Roberto

  • Nível 24
  • *
  • Mensagens: 1.021
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #8 Online: 24 de Março de 2006, 17:27:04 »
Eles se fazem de coitadinhos e de vítimas, mas as atrocidades que estão cometendo na Palestina não se pode nem questionar. Estranho...

Depende do lado de quem você está. Em alguns círculos, também não se pode questionar o método de resistência palestino: explodir mulheres e crianças em restaurantes e mercados lotados é algo perfeitamente justo e aceitável diante da agressão sionista.
« Última modificação: 24 de Março de 2006, 17:29:48 por Roberto »
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline Roberto

  • Nível 24
  • *
  • Mensagens: 1.021
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #9 Online: 24 de Março de 2006, 17:29:08 »
Citação de: Hugo
Mas, o perigo de se criticar os judeus é ser tachado de anti-semita...

O perigo de defendê-los é ser chamado de imperialista, fascista ou outro adjetivo infamante.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline Rodion

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.872
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #10 Online: 24 de Março de 2006, 17:42:49 »
é o que eu digo. não fossem os palestinos as ovelhinhas oprimidas, seriam os judeus...
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

One

  • Visitante
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #11 Online: 15 de Abril de 2007, 12:57:07 »
é o que eu digo. não fossem os palestinos as ovelhinhas oprimidas, seriam os judeus…

Seriam vítimas voluntárias, os judeus da Palestina são essencialmente povos imigrados de outros continentes. Ocupar o lugar de outro povo e tudo com benção do mundo dito civilizado.

Offline Rodion

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.872
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #12 Online: 15 de Abril de 2007, 12:59:54 »
é o que eu digo. não fossem os palestinos as ovelhinhas oprimidas, seriam os judeus…

Seriam vítimas voluntárias, os judeus da Palestina são essencialmente povos imigrados de outros continentes. Ocupar o lugar de outro povo e tudo com benção do mundo dito civilizado.

de onde você acha que os palestinos vêm, one? da palestina?
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

One

  • Visitante
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #13 Online: 15 de Abril de 2007, 13:02:01 »
O povo da Palestina não existe!

rsrsrs

Offline Rodion

  • Nível Máximo
  • *
  • Mensagens: 9.872
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #14 Online: 15 de Abril de 2007, 13:09:15 »
bom, fazer uma piadinha é um bom jeito de evadir a uma pergunta que não se quer responder. de qualquer forma..

Citar
A maioria da população árabe, uma boa parte da qual integra hoje em dia a massa de refugiados que convencionou-se chamar de "palestinos", já que nunca houve uma Palestina, é formada de imigrantes de países vizinhos que foram para a região atrás das oportunidades oferecidas pelos imigrantes judeus e depois fugiram das guerras. A população árabe da região era de 260,000 habitantes em 1882 e chegou a 840,000 em 1931, um aumento de mais de 220% em menos de 50 anos. A população árabe das maiores cidades cresceu estrondosamente na década de 30: 87% em Haifa, 61% em Jafa, 37% em Jerusalém, fora as comunidades agrícolas fundadas e o aumento de 25% da participação de árabes na indústria. Ainda que tenham sido cometidas injustiças contra a população local nos primeiros anos da imigração judaica, os benefícios à população árabe mais do que compensam essas injustiças: Em 1920, 70% dos árabes muçulmanos da região viviam da agricultura, no regime de locação que citei anteriormente, não possuiam qualquer tipo de instalação sanitária, menos de 2% das crianças frequentavam escolas.
http://dantas.editme.com/files/textos/sionismo.1.htm
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

One

  • Visitante
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #15 Online: 15 de Abril de 2007, 13:37:52 »
Palestina era uma das muitas províncias otomanas.
Os judeus eram menos de 10% da província.

O projecto sionista foi vendido como:
Uma terra sem povo para um povo sem terra.
Milhares de aldeias foram destruídas num processo e limpeza étnica sem procedentes na história humana.

http://www.aomestre.com.br/mnd/perg_resp.htm

A usurpação continua até aos nossos dias, um dia a justiça corrigirá um dos maiores crimes da história humana, apoiado pelo mundo livre. Ponto final.

One

  • Visitante
Re: Manifesto de Gandhi sobre os judeus na Palestina
« Resposta #16 Online: 15 de Abril de 2007, 13:49:06 »
http://www.alfredo-braga.pro.br/discussoes/palestina.html

"As ditas "comunidades não-judias" constituíam então um pouco mais de 90 % da população. De fato, em 1918, a Palestina tinha 700.000 habitantes: 644.000 árabes (574.000 muçulmanos e 70.000 cristãos) e 56.000 judeus."

 

Do NOT follow this link or you will be banned from the site!