Autor Tópico: O lado escuro do papel  (Lida 892 vezes)

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ukrainian

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O lado escuro do papel
« Online: 11 de Março de 2006, 12:26:38 »
O papel continua na lista dos produtos de maior impacto ambiental.
Para minimizar os danos, consumidores precisam rever seus
hábitos de consumo e exigir mudanças no modo de produção.

   
          
     É difícil acreditar que uma simples folha de papel em sua trajetória da matéria-prima ao descarte final cause tantos problemas pelo caminho. Mas os impactos da produção já são bem conhecidos, e tão desastrosos que há anos a Europa tratou de "terceirizar" o setor. É claro, para os países em desenvolvimento, onde a fragilidade das leis ambientais, a carência por postos de trabalho e a necessidade de gerar divisas acenaram, e ainda acenam, com boas-vindas para essa que é uma das mais impactantes indústrias do planeta.

Para produzir 1 tonelada de papel são necessárias 2 a 3 toneladas de madeira, uma grande quantidade de água (mais do que qualquer outra atividade industrial), e muita energia (está em quinto lugar na lista das que mais consomem energia). O uso de produtos químicos altamente tóxicos na separação e no branqueamento da celulose também representa um sério risco para a saúde humana e para o meio ambiente - comprometendo a qualidade da água, do solo e dos alimentos.

O alto consumo de papel e seus métodos de produção insustentáveis endossam o rol das atividades humanas mais nocivas ao planeta. O consumo mundial cresceu mais de seis vezes desde a metade do século XX, segundo dados do Worldwatch Institute, podendo chegar a mais de 300 kg per capita ao ano em alguns países. E na esteira do consumo, cresce também o volume de lixo, que é outro sério problema em todos os centros urbanos.

Para contornar a situação, algumas saídas têm sido apontadas, como a utilização de madeira de reflorestamento, para frear a derrubada nas poucas áreas remanescentes de matas nativas, a redução do emprego de cloro nos processos de fabricação e a reciclagem do papel. Porém, mesmo com essas medidas, e ao contrário do que as indústrias procuram estampar nos rótulos de seus produtos, ainda estamos muito longe de alcançar uma produção limpa e sustentável.

Deserto verde

Atualmente 100% da produção de papel e celulose no Brasil emprega matéria-prima de áreas de reflorestamento, principalmente de eucalipto (65%) e pinus (31%). Mas nem por isso podemos ficar tranqüilos. Segundo a consultora de meio ambiente do Idec, Lisa Gunn, utilizar madeira de área reflorestada é sempre melhor do que derrubar matas nativas, mas isso não quer dizer que o meio ambiente está protegido. "Quando o reflorestamento é feito nos moldes de uma monocultura em grande extensão de terras, não é sustentável porque causa impactos sociais e ambientais, como pouca oferta de empregos e perda de biodiversidade."
De acordo com algumas pesquisas científicas, a monocultura do eucalipto, por exemplo, consome tanta água que pode afetar significativamente os recursos hídricos. Segundo Daniela Meirelles Dias de Carvalho, geógrafa e técnica da Fase, uma organização não-governamental que atua na área sócio-ambiental, só no norte do Espírito Santo já secaram mais de 130 córregos depois que o eucalipto foi introduzido no estado.

Ainda segundo Daniela, a indústria de celulose chegou ao Espírito Santo na década de 1960, quando se iniciou um rápido processo de devastação da Mata Atlântica e expulsão de comunidades rurais. "A empresa Aracruz Celulose invadiu áreas indígenas em processo de demarcação e expulsou índios tupiniquins e guaranis de 40 aldeias. No norte do estado, a empresa ocupou terras quilombolas, expulsando cerca de 10 mil famílias", afirma. De acordo com a Fase, atualmente restam apenas seis aldeias indígenas, que reivindicam 10.500 hectares indevidamente apropriados pela empresa, e 1.500 famílias quilombolas. "Junto com pequenos agricultores, essas comunidades, mesmo tendo resistido a pressões e permanecido em suas terras, sofreram perdas enormes e hoje vivem ilhadas entre eucaliptos, sujeitas às freqüentes aplicações de agrotóxicos", diz Daniela.

Depois da Aracruz, vieram outras empresas para a região, como a Suzano e a Bahia Sul, que, segundo a geógrafa, ocupam as terras mais agricultáveis e áreas que deveriam ser de conservação permanente. "Tudo com a conivência dos governos, que atuam como facilitadores liberando plantios, autorizando o desvio de rios (como o Rio Doce) para abastecer a fábrica e liberando recursos via BNDES para os programas de expansão das empresas", critica a geógrafa.

A boa notícia é que a mobilização social na região vem crescendo e já obteve vitórias significativas. Atualmente já são mais de 100 ONGs integrantes do movimento Rede Alerta contra o Deserto Verde, como é denominada a monocultura do eucalipto. Uma importante vitória foi ter conseguido impedir que a Aracruz obtivesse o selo FSC (do Conselho de Manejo Florestal). Para obter a certificação, a empresa precisa do aval das comunidades do entorno. "Mas, se depender de nós, jamais vai conseguir", garante Daniela.

O preço da brancura

Matéria-prima básica da indústria do papel, a celulose é um material fibroso presente na madeira e nos vegetais em geral. No processo de fabricação, primeiro a madeira é descascada e picada em lascas (chamadas cavacos), depois é cozida com produtos químicos, para separar a celulose da lignina e demais componentes vegetais. O líquido resultante do cozimento, chamado licor negro, é armazenado em lagoas de decantação, onde recebe tratamento antes de retornar aos corpos d'água.

A etapa seguinte, e a mais crítica, é o branqueamento da celulose, um processo que envolve várias lavagens para retirar impurezas e clarear a pasta que será usada para fazer o papel. Até pouco tempo, o branqueamento era feito com cloro elementar, que foi substituído pelo dióxido de cloro para minimizar a formação de dioxinas (compostos organoclorados resultantes da associação de matéria orgânica e cloro). Embora essa mudança tenha ajudado a reduzir a contaminação, ela não elimina completamente as dioxinas. Esses compostos, classificados pela EPA, a agência ambiental norte-americana, como o mais potente cancerígeno já testado em laboratórios, também estão associados a várias doenças do sistema endócrino, reprodutivo, nervoso e imunológico.

Mesmo com o tratamento de efluentes na fábrica, as dioxinas permanecem e são lançadas nos rios, contaminando a água, o solo e conseqüentemente a vegetação e os animais (inclusive os que são usados para consumo humano). No organismo dos animais e do homem, as dioxinas têm efeito cumulativo, ou seja, não são eliminadas e vão se armazenando nos tecidos gordurosos do corpo.
A Europa já aboliu completamente o cloro na fabricação do papel. Lá o branqueamento é feito com oxigênio, peróxido de hidrogênio e ozônio, processo conhecido como total chlorine free (TCF). Já nos Estados Unidos e no Brasil, e em favor de interesses da indústria do cloro, o dióxido de cloro continua sendo usado.

Ao negligenciar medidas de segurança, as indústrias de papel também ficam vulneráveis a acidentes ambientais graves, como ocorreu há pouco mais de um ano na Fábrica Cataguazes de Papel, em Cataguazes (MG). O rompimento de uma lagoa de tratamento de efluentes provocou o derramamento de cerca de 1,2 bilhão de litros de resíduos tóxicos no Córrego Cágados, que logo chegaram aos rios Pomba e Paraíba do Sul. A contaminação atingiu oito municípios e deixou cerca de 600 mil habitantes sem água. Com a morte dos peixes, pescadores e populações ribeirinhas ficaram sem seu principal meio de subsistência.

Reciclagem

Reciclar papel e papelão não só ajuda a reduzir o volume de lixo como evita a derrubada de árvores. No Brasil, apenas 37% do papel produzido vai para a reciclagem. De todo o papel reciclado, 80% é destinado à confecção de embalagens, 18% para papéis sanitários e apenas 2% para impressão.

O atual desafio é aumentar a produção e construir um mercado mais competitivo para os reciclados. Porém, o setor esbarra na precariedade do sistema de coleta seletiva ou na completa inexistência dele na maior parte do país.
Faltam também leis, a exemplo do que ocorre em alguns países europeus, que responsabilizem os fabricantes e comerciantes pela coleta e reciclagem de embalagens, jornais, revistas e outros materiais pós-consumo.

Outro ponto a observar é que a reciclagem também é uma indústria que consome energia e polui. Por isso, se o que almejamos é uma produção sustentável, capaz de garantir os recursos naturais necessários para a atual e as futuras gerações, o melhor a fazer é reduzir o consumo e começar a exigir que as empresas adotem medidas mais eficazes de proteção ambiental. Como consumidores, esse é o nosso papel.

Números do setor

De acordo com a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), a produção brasileira de celulose em 2002 foi de 8 milhões de toneladas, sendo que 30,4% desse volume foi exportado (principalmente para a Europa, Ásia e América do Norte. A produção de papel ficou em 7,7 milhões de toneladas, 13,4% para exportação. Na última década, o setor ampliou as exportações de US$ 1 bilhão em 1990 para US$ 2,1 bilhões em 2002, mais de 100%. E para exportar ainda mais, até 2012 pretende investir US$ 4,4 bilhões e dobrar a área reflorestada, de 1,4 milhões para 2,6 milhões de hectares (86% de crescimento).

Sob o argumento de gerar divisas e criar postos de trabalho, a indústria do papel não encontra dificuldades para obter financiamentos do BNDES. Entretanto, o número de empregos não é exatamente um ponto forte do setor, que é altamente mecanizado tanto na indústria como nas áreas de reflorestamento. A expansão do setor, com objetivo de atender ao mercado externo, seria vista com mais cautela se na balança comercial fossem pesados também os custos ambientais.

Dicas de consumo

- Reduza o uso de papel (e de madeira) o máximo possível.
- Evite comprar produtos com excesso de embalagem.
- Ao imprimir ou escrever, utilize os dois lados do papel.
- Revise textos na tela do computador e só imprima se for realmente necessário.
- Dê preferência a produtos reciclados ou aqueles que trazem o selo de certificação do FSC.
- Evite consumir papel cujo branqueamento seja feito com cloro ou hidróxido de cloro. Ligue para o SAC das empresas e exija que elas adotem uma produção mais limpa e com controle de efluentes.
- Use filtros, guardanapos e toalhas de pano em vez dos de papel.
- Recuse folhetos de propaganda que não sejam de seu interesse.
- Separe o lixo doméstico e doe os materiais recicláveis para as cooperativas de catadores. Saiba que 80% do papel que consumimos é na forma de embalagens.
- Organize-se junto a outros consumidores para apoiar ações sócio-ambientais e pressionar o governo a fiscalizar empresas, criar leis de proteção ambiental e programas de incentivo à produção limpa.


Serviço

Para saber mais sobre os impactos da produção de papel, acesse o site da WWF (www.wwf.org.br) e da Fase (www.fase. org.br). Sobre reciclagem, acesse www. cempre.org.br (Compromisso Empresarial para Reciclagem). Sobre certificação, acesse www.fsc.org.br (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal).
   
http://www.idec.org.br/rev_servicosambiente.asp

ukrainian

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Re: O lado escuro do papel
« Resposta #1 Online: 11 de Março de 2006, 12:30:04 »
Um tiro no pé

Ação da Via Campesina na Aracruz quis chamar a atenção da sociedade para impactos negativos das florestas artificiais. A causa é urgente e necessária, mas a ação foi um tiro no pé dos movimentos e de muita gente que luta contra o avanço destas florestas.

Marco Aurélio Weissheimer

PORTO ALEGRE - A ação da Via Campesina na madrugada de quarta-feira, no viveiro da empresa Aracruz, em Barra do Ribeiro (RS) foi um tiro no pé e prestou um desserviço aos movimentos ambientalistas que lutam contra a proliferação das florestas artificiais de eucalipto e também aos organizadores da II Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural. Isso tem de ser dito assim, em alto e bom tom.

Representantes das agricultoras que participaram da ação disseram que o seu principal objetivo foi chamar a atenção da opinião pública sobre os efeitos ambientais e econômicos deste tipo de plantação. Fizeram isso da pior maneira possível. O debate sobre o impacto das florestas artificias não é de conhecimento da maioria da população. Não é preciso aguardar nenhuma pesquisa de opinião pública para saber que o bombardeio midiático que se seguiu à ação na Aracruz transformou a empresa e os defensores das florestas artificiais em vítimas.

A proliferação dessas florestas artificiais no Brasil e os projetos para sua expansão no Rio Grande do Sul e no Uruguai (com o acréscimo de fábricas de celulose) representa um grave problema que deve ser discutido do modo mais amplo possível com a população. A história ensina que muitos desses projetos são assinados entre as grandes empresas do setor e governos sem debate sobre suas implicações com as comunidades envolvidas.

A falta de informação e de debate costuma andar de mãos dadas com a rápida implementação destes projetos. A partir da ação na Aracruz esse silêncio foi rompido, só que a favor da empresa. Os grandes grupos de comunicação, que tem as empresas do setor entre seus patrocinadores, deitaram e rolaram em cima do episódio e vão deitar e rolar muito mais ainda. Neste quadro, parece razoável perguntar: qual é mesmo a capacidade comunicativa dos movimentos sociais para travar esse debate na sociedade?

Mas há uma pergunta que precede esta. O que significa fazer essa disputa na sociedade? Significa, entre outras coisas, informar a população sobre um determinado problema e exercer a dura tarefa do convencimento. Convencimento de quem não está convencido, de preferência. O que se viu nas horas seguintes à ação na Aracruz, entre boa parte de quem está lutando contra a expansão das florestas artificiais, foi um ar de perplexidade e de constrangimento. Um constrangimento acompanhado pela convicção de que alguns passos para trás foram dados nesta disputa. Trata-se agora de fazer o debate necessário sobre os impactos negativos destas florestas em um ambiente político muito desfavorável. Ou não é assim?

Mas os efeitos negativos não param por aí. No momento em que cresce o processo de criminalização dos movimentos sociais, realimentado diariamente pelos setores mais conservadores e reacionários do país, o que uma ação como esta vai causar? Em primeiro lugar, muito trabalho adicional para os advogados dos movimentos, que são poucos e trabalham em condições que não são exatamente ideais. Em segundo, a intensificação do bombardeio na mídia que, de um modo crescente, não hesita em associar os movimentos sociais ao terrorismo. Obviamente que isso deve ser combatido. Mas como é mesmo que se faz esse combate? Como é mesmo que se conversa com amplos setores da população?

Outro problema: a ação foi realizada justamente no momento em que se realiza, em Porto Alegre, a II Conferência Internacional sobre Reforma Agrária e Desenvolvimento Rural, promovida pela FAO com apoio do governo brasileiro. A grande mídia já vinha ignorando solenemente os debates da conferência, de olho apenas no movimento dos movimentos, à espera justamente de uma ação como a que ocorreu na Aracruz, para colocar suas tropas em ação. Ganhou o presente que queria.

Na noite de quarta-feira, o programa “Conversas Cruzadas”, da TV COM de Porto Alegre, do grupo RBS, convidou o governador em exercício do Rio Grande do Sul, Antonio Hohlfeldt, para discutir o episódio. Hohlfeldt e o apresentador Lasier Martins sapatearam e dançaram em cima do significado político da Conferência, do Ministério do Desenvolvimento Agrário e dos próprios movimentos sociais. Sem direito a nenhum contraponto e sem nenhuma sutileza. Aliás, os intervalos do programa traziam anúncios da Aracruz.

Que resposta vai se dar a isto? Os organizadores da ação vão divulgar um manifesto na conferência, explicando os seus motivos e os efeitos negativos das florestas artificiais? Quem terá acesso a ele? Em sua maioria, aqueles que já estão convencidos. Ou os leitores de veículos como a "Carta Maior", a "Caros Amigos", o "Brasil de Fato", entre outros, que, em sua maioria, também já estão convencidos. E o restante da população, que tem pouca informação ou desconhece completamente o tema? Como se dialoga com ela? Ou não se dialoga?

Na manhã de quinta-feira, o clima entre muitos participantes da Conferência de FAO era de constrangimento. Mas ninguém parece muito à vontade para falar publicamente o que está pensando. O silêncio, neste caso, é um péssimo conselheiro.

Os movimentos sociais desempenham um papel fundamental na luta pela Reforma Agrária, por um novo modelo de desenvolvimento e pela democratização do Estado brasileiro. Mas não estão sozinhos nesta luta e nem são o centro do mundo. Há um trabalho educativo de convencimento a ser feito junto à população. Há diferenças e contradições entre quem está na linha de frente das lutas sociais e quem está trabalhando em governos, tentando fazer alguma coisa para melhorar o país. Cada um tem sua dinâmica própria, sua velocidade e seus limites. Tomar decisões isoladas, expondo ainda mais esses limites para a intensificação do ataque de adversários de projeto, não parece ser uma estratégia muito inteligente. Ou é?

Marco Aurélio Weissheimer é jornalista da Agência Carta Maior (correio eletrônico: gamarra@hotmail.com)

http://agenciacartamaior.uol.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=2965&alterarHomeAtual=1

Offline Alenônimo

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Re: O lado escuro do papel
« Resposta #2 Online: 11 de Março de 2006, 17:47:13 »
Não foi um movimento ambientalista que invadiu a Aracruz, mas sim um movimento socialista.
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Offline Kao

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Re: O lado escuro do papel
« Resposta #3 Online: 12 de Março de 2006, 07:53:20 »
Realmente há muito desperdício de papel.  Eu li uma vez um artigo onde se falava que com o avanço da informática, se imaginava que o consumo de papel ia cair, mas na verdade o consumo de papel aumentou com o avanço da informática!!!

No lugar onde eu trabalho, tínhamos e-mais e arquivo no computador e mesmo assim eles eram impressos e arquivados fisicamente!!!!!!

E o pior, raramente, muito raramente os arquivos físicos era consultados.

Agora a situação melhorou muito,lá não se tem mais tanta impressão inútil assim.

É muita questão de educação e conscientização das pessoas.

Outro problema é a falta de coleta seletiva do lixo.  Onde eu moro o lixo orgânico e colhido junto com o lixo que poderia ser reproveitado dificultando muito a reciclagem.

Imagino que a coleta de lixo reciclável seja muito pequena e que a maior parte da reciclagem é mérito dos catadores de papel e de latinhas.

Também não há a necessidade de se blanquear o papel, o papel sem esse tratamento para ficar branquinho pode ser utilizado normalmente.

Offline Barata Tenno

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Re: O lado escuro do papel
« Resposta #4 Online: 12 de Março de 2006, 07:57:05 »
Aqui no Japão 80% do lixo nw reciclavel é transformado em energia e a separação de lixo é obrigatória, se nw fizer da uma multa alta..... tipo, se reincidir paga multa de 2 mil dólares
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Roberto

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Re: O lado escuro do papel
« Resposta #5 Online: 16 de Março de 2006, 09:33:35 »
Aqui no Japão 80% do lixo nw reciclavel é transformado em energia e a separação de lixo é obrigatória, se nw fizer da uma multa alta..... tipo, se reincidir paga multa de 2 mil dólares

Mesmo no Brasil, a reciclagem gera renda, transformando lixo em riqueza. Algo em que, definitivamente, vale a pena investir.
Se eu disser ou escrever hoje algo que venha a contradizer o que eu disse ou escrevi ontem, a razão é simples: mudei de idéia.

Offline Kao

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Re: O lado escuro do papel
« Resposta #6 Online: 17 de Março de 2006, 09:06:44 »

Concordo, e poderia gerar muito mais renda e emprego se a coleta seletiva fosse generalizada, esse lixo reciclável poderia ser entregue pelas companhias de limpeza urbana para cooperativas de catadores que separariam o materiais recicláveis como papel, plásticos, metais, etc.

Essa prática tem também valor ecológico, pois diminui a quantidade de lixo que vai ser jogada nos lixões, e diminui a pressão sobre os recursos naturais.

Aqui no Japão 80% do lixo nw reciclavel é transformado em energia e a separação de lixo é obrigatória, se nw fizer da uma multa alta..... tipo, se reincidir paga multa de 2 mil dólares

Mesmo no Brasil, a reciclagem gera renda, transformando lixo em riqueza. Algo em que, definitivamente, vale a pena investir.

 

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