Sobre a questão dos reflorestamentos, minha região depende economicamente do plantio de árvores e posso falar mais precisamente sobre o caso.
Madeira de crescimento rápido absorve realmente bastante água e acaba sendo uma monocultura, onde nenhuma outra espécie se desenvolve, aliás, nem é desejável.
O que não se conta é que a legislação ambiental sobre o reflorestamento no Brasil é bastante rigoroso e simplesmente não se permite nenhum tipo de plantio ao lado de córregos, rios ou olhos d'água. O manejo ambiental é seguido e planos de manejo são aprovados inclusive pelo ministério público. Sem contar que a área de reserva legal é bastante grande nestes casos.
Fazendas com reflorestamento deixam áreas muito grande intocadas, até mesmo pelo tamanho das propriedades, sendo importantes hoje na preservação da fauna, criando corredores ecológicos.
Sem contar na questão econômica. Não só do papel vive-se do reflorestamento de espécies exóticas, mas também na fabricação de MDF para móveis e até mesmo na utilização das tábuas in natura. A cadeia produtiva no punus e do eucalipto emprega uma quantidade imensa de trabalhadores, desde aqueles sem qualificação alguma quanto a engenheiros altamente qualificados. Na minha cidade mesmo, possuímos uma indústria mecânica com criação de máquinas específicas para a indústria madeireira que é grande exportadora.
Enfim, é uma visão ingênua achar que a propriedade rural deva servir só para a produção de alimentos e não pra a produção de celulose, porque o valor agregado é bastante grande e a cadeia produtiva bastante complexa, permitindo uma diversidade e quantidade de empregos muito grande, alimentando milhões de pessoas e permitindo papel e móveis baratos para a população de baixa renda brasileira.
Livros pro nossos estudantes só são possível a todos por causa disso. Será que só de feijão que precisamos?