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Carta aberta à população
Greve do ensino é a resposta às políticas do prefeito José Serra
Os profissionais de educação do ensino municipal de São Paulo (professores, diretores, supervisores, auxiliares e assistentes de direção, inspetores, auxiliares técnicos, secretários de escolas, agentes escolares, vigias e merendeiras) estão em greve desde o dia 28 de março. A decisão de paralisar as atividades, tomada em assembléia geral na manifestação realizada no último dia 17, visa pressionar a Prefeitura a atender às reivindicações da categoria, que luta por melhores salários e condições dignas de trabalho, que possam garantir ensino gratuito de qualidade para os nossos alunos.
A educação municipal passa por um momento delicado. Os trabalhadores, sem aumento real há mais de dez anos, além de amargar perdas salariais, no ano passado viram seu poder aquisitivo ser reduzido significativamente, com a elevação da contribuição previdenciária de 5% para 11%.
Hoje, um professor da rede municipal, com nível médio, em início de carreira, ganha R$ 509,00 por 20 horas semanais. Para quem possui nível superior, o salário inicial é de R$ 615,00, com a mesma carga horária, enquanto o profissional do quadro de apoio recebe apenas R$ 457,00 por 40 horas semanais.
Em praticamente 15 meses de governo, o prefeito José Serra, apesar de reconhecer os baixos salários, diz que a Prefeitura não tem condições de nos conceder aumento. Entretanto, seu governo vem promovendo o desmonte da educação, prejudicando educadores e alunos.
Um bom exemplo é a terceirização de serviços. O governo está firmando contrato com empresas particulares, no valor de R$ 3,8 milhões mensais, para a execução de serviços de limpeza e conservação das escolas, em vez de realizar concurso para o provimento dos cargos. O valor pago pela Prefeitura a essas empresas, que contratarão 2.800 funcionários, daria para contratar emergencialmente, por tempo determinado, 7.437 agentes escolares, com o salário atual de agente escolar, de R$ 457,00, até a realização de concurso público. Se este salário fosse de R$ 700,00, seria possível contratar 5.312 agentes.
Outro exemplo do descaso com a educação municipal é a implantação desordenada do programa “São Paulo é uma Escola”, que vem provocando o desmonte de projetos pedagógicos que já existiam, como as salas de leitura e os laboratórios de informática, com resultados negativos para os educadores e também para os alunos.
Não podemos mais permitir que as escolas sejam usadas para fins que não dizem respeito à sua atribuição e competência, como vem ocorrendo com a transferência da gestão e aplicação de programas assistenciais que deveriam estar sob a responsabilidade das Secretarias Municipais de Assistência Social, Esportes, Transporte e Saúde.
Contamos com a compreensão e colaboração da população no nosso movimento
a favor da educação pública de qualidade para todos.
A carta explicando à população os motivos da greve está disponível no site do sindicato.
Cópias impressas também estão disponíveis nos seguintes endereços:
sede do SINPEEM – avenida Santos Dumont, 596, Metrô Armênia
subsede Leste I – rua Carolina Fonseca, 82, Itaquera – fone 6152-5919
subsede Leste II – avenida Sapopemba, 3.341, Vila Prudente – fone 6211-3786
subsede Sul – rua Álvares Lobo, 189, Santo Amaro – fone 5541-0174