Autor Tópico: De volta à Lua... e além  (Lida 534 vezes)

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Offline HSette

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De volta à Lua... e além
« Online: 05 de Abril de 2006, 19:17:36 »
O Washington Post de domingo (26/03/2006) publicou uma interessante matéria sobre os planos dos EUA para a Lua e Marte. Abaixo, alguns trechos:

Pela primeira vez desde 1972, os Estados Unidos planejam viajar à Lua, porém em lugar de fazer uma fugaz visita tipo Apolo, os astronautas tratarão de construir uma base permanente e viver ali enquanto preparam o mais ambicioso feito da história – levar seres humanos até Marte.
Abaixo, proposta de módulos de habitação prontos que seriam deixados na superfície por cada uma das missões e depois acoplados uns nos outros para formar um conjunto.

Outra proposta "econômica" é o uso de um "foguete-cadeira" para a movimentação e trânsito entre a superfície e o módulo orbital.


Em 2004 os EUA anunciaram os planos para a construção de uma nova nave espacial, regressar à Lua no máximo até 2020 e viajar a Marte imediatamente depois. Os planejadores Lunares da NASA estão seguindo estritamente a elaboração do projeto da nave espacial, e dentro de seis meses, realizarão um esboço do que requererá o novo veículo.
Os cientistas e engenheiros trabalham tentando responder perguntas do tipo: como manejar o stress psicológico em uma base lunar? Como construir maquinário adaptado ao ambiente lunar?
A Lua é um lugar letal, sem atmosfera, bombardeado constantemente por raios cósmicos e por micrometeoritos, assolado por enormes variações de temperaturas, e envolta em uma capa de pó que pode estropiar os trajes espaciais, contaminar o suprimento de ar e causar estragos na maquinaria.
E isso sem mencionar os imponderáveis. Causará problemas de atrofia muscular o fato de se trabalhar durante, por exemplo, um ano a um sexto da gravidade terrestre? Que ocorre se alguém sofre um traumatismo severo que não pode ser tratado por seus companheiros? Como reagirão as pessoas ao viver em um espaço diminuto e sob condições perigosas durante seis meses? Há uma serie de patologias que podem aparecer, e na maioria dos casos não há a quem recorrer.
De certo modo, a Lua será mais difícil que Marte. O pó é lunar muito mais abrasivo que o de Marte; o planeta vermelho tem atmosfera e mais gravidade (um terço da terrestre); Marte tem abundância de gelo para um abastecimento potencial de água, enquanto que na Lua talvez haja algo, porém provavelmente não demasiada e de difícil acesso. Ainda assim, a Lua é mais indulgente por causa de sua proximidade; está a 402.336 Km de distância, enquanto que Marte, que se encontra a 54,7 milhões de kilômetros em seu ponto mais próximo. Se alguém necessitar de ajuda na Lua, demoraria três dias em chegar. Por outro lado, Marte está a vários meses de distância, ainda contando com a ajuda de sistemas de propulsão avançados (todavia ainda inexistentes).
Uma das razões chave porque a Lua seja parte integral da iniciativa é que, como eles mesmos reconhecem, se os Estados Unidos não regressarem à Lua, outros o farão. “A China já anunciou que irá à Lua. Os europeus querem ir; os russos querem ir”, disse o presidente do Mars Institute, Pascal Lee, em uma entrevista. “Poderíamos prescindir da Lua e ir diretamente a Marte enquanto que Índia e China estabelecem bases na Lua? Eu penso que não”.
O administrador da NASA Michael D. Griffin tem centrado a atenção e recursos no projeto e construção de um novo “veículo de exploração para tripulantes” e seu correspondente lançador. Abaixo, concepção artística do Crew Exploration Vehicle (CEV).


Prevê-se que as primeiras incursões se parecerão com a missão Apolo de 1972. “Contaremos com quatro tripulantes de 7 a 10 dias. Então, se encontramos um lugar particularmente interessante, poderíamos decidir estabelecer ali um posto de avançada permanente”.
O pólo sul é na atualidade o objetivo mais importante. É um área escarpada e difícil, porém provavelmente o único ponto em que teremos luz solar permanente (para o abastecimento elétrico) e gelo, ainda que muitos cientistas se questionam a sobre quantidade existente.
Os modelos, citados freqüentemente pelos experts, são as bases norte-americanas na Antártica, por seu isolamento, meio ambiente extremo, acesso limitado, ausência de população e impossibilidade de sobrevivência sem um amplo apoio logístico. É bom frisar que a base Lunar não será uma ‘colônia. A ‘colonização’ implica o estabelecimento de população no local, e isto não está incluído no o menu”.
O suprimento energético é um dos grandes desafios. Os painéis solares são uma resposta óbvia, porém longe dos polos 14 dias de luz solar vêm seguidos de 14 dias de escuridão, de modo que seria problemático a gestão dos períodos de inatividade”.
O seguinte é o traje espacial. Os trajes da missão Apolo pesavam 122 kilos na Terra, com o qual os astronautas se sentiam relativamente confortáveis com sua equivalência de de 18 a 22 Kilos na Lua, porém em Marte ele se converteria em inaceitáveis 46 kilos.
E o novo traje, ao contrário que os da Apolo, ou o atual de 136 kilos do ônibus espacial, deve ser relativamente fácil de se por e tirar, além de ser capaz de suportar o temível pó lunar. Depois de três dias, os astronautas do Apolo começaram a informar das dificuldades que tinham com as jantas de seus trajes por causa do pó, e não estamos falando de uma estadia de poucas dias, mas de sair em explorações uma vez por semana durante 500 dias; entre 70 e 100 caminhadas espaciais”.
Tratar com o pó é uma das maiores preocupações na hora de construir os refúgios na superfície Lunar. Toups comentou que poderia ser possível endurecer o solo aplicando sobre ele microondas, o qual criaria uma camada protetora. De outro modo, o pó impregna tudo, e a exposição prolongada a ele poderia acabar provocando silicose.
Do mesmo modo, o pó torna virtualmente impossível utilizar maquinaria que use rolamentos. O engenheiro civil Darro J. Calkins, membro do Corpo de Engenheiros e do Laboratório de Engenharia do Exército, avisou que a combinação de pó, baixa gravidade, variações na temperatura, e o alto custo de enviar coisas à Lua vão definir ase ferramentas lunares de um modo imprevisível.
“Não poderemos usar um motor diesel, não poderemos levar uma escavadora de 20.000 libras (9 toneladas) nenhum de nossos combustíveis ou fluidos hidráulicos irá suportar essas condições”, comentou Calkins. “Provavelmente, teremos que regressar ao século XIX para encontrar ferramentas apropriadas; usar cabos, polias, roldanas”.
« Última modificação: 05 de Abril de 2006, 19:20:54 por HSette »
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Chaves

Offline Quasar

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Re: De volta à Lua... e além
« Resposta #1 Online: 05 de Abril de 2006, 21:04:31 »
É, não vai ser nada fácil, mas de qualquer forma só a pesquisa para tentar desenvolver as tecnologias vai trazer enormes avanços.
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Offline Barata Tenno

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Re: De volta à Lua... e além
« Resposta #2 Online: 06 de Abril de 2006, 06:20:40 »
É tudo mentira, da pra ver pelas fotos ai encima que são todas feitas em estudio, ou num deserto americano, logo vi que a cadeira figuete nw tem combustível suficiente para levantar voo
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