Autor Tópico: Evolução da "Complexidade Irredutível" Explicada  (Lida 1347 vezes)

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APODman

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Evolução da "Complexidade Irredutível" Explicada
« Online: 07 de Abril de 2006, 00:55:08 »
No fim o que já sabiamos: o ID tenta fundamentar o altar do Deus das Lacunas sobre a areia movediça dos Apelos a Ignorância ( o grifo no texto é meu ) .


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Evolution of "Irreducible Complexity" explained

Oregon researchers prove system reducibility occurs in a Darwinian fashion

EUGENE, Ore.—(April 6, 2006)—Using new techniques for resurrecting ancient genes, scientists have for the first time reconstructed the Darwinian evolution of an apparently "irreducibly complex" molecular system.

The research was led by Joe Thornton, assistant professor of biology at the University of Oregon’s Center for Ecology and Evolutionary Biology, and will be published in the April 7 issue of SCIENCE.

How natural selection can drive the evolution of complex molecular systems—those in which the function of each part depends on its interactions with the other parts—has been an unsolved issue in evolutionary biology. Advocates of Intelligent Design argue that such systems are "irreducibly complex" and thus incompatible with gradual evolution by natural selection.

"Our work demonstrates a fundamental error in the current challenges to Darwinism," said Thornton. "New techniques allowed us to see how ancient genes and their functions evolved hundreds of millions of years ago. We found that complexity evolved piecemeal through a process of Molecular Exploitation—old genes, constrained by selection for entirely different functions, have been recruited by evolution to participate in new interactions and new functions."

The scientists used state-of-the-art statistical and molecular methods to unravel the evolution of an elegant example of molecular complexity—the specific partnership of the hormone aldosterone, which regulates behavior and kidney function, along with the receptor protein that allows the body’s cells to respond to the hormone. They resurrected the ancestral receptor gene—which existed more than 450 million years ago, before the first animals with bones appeared on Earth—and characterized its molecular functions. The experiments showed that the receptor had the capacity to be activated by aldosterone long before the hormone actually evolved.

Thornton’s group then showed that the ancestral receptor also responded to a far more ancient hormone with a similar structure; this made it "preadapated" to be recruited into a new functional partnership when aldosterone later evolved. By recapitulating the evolution of the receptor’s DNA sequence, the scientists showed that only two mutations were required to evolve the receptor’s present-day functions in humans.

"The stepwise process we were able to reconstruct is entirely consistent with Darwinian evolution," Thornton said. "So-called irreducible complexity was just a reflection of a limited ability to see how evolution works. By reaching back to the ancestral forms of genes, we were able to show just how this crucial hormone-receptor pair evolved."

The study’s other researchers include Jamie T. Bridgham, postdoctorate research associate in evolutionary biology and Sean M. Carroll, graduate research fellow in biology. The work was funded by National Science Foundation and National Institutes of Health grants and an Alfred P. Sloan Research Fellowship recently awarded to Thornton.

Contact: Mary Stanik, (541) 346-3873

Source: Joseph Thornton, assistant professor of biology, (541) 346-0328

Link: Thornton’s laboratory


fonte: http://waddle.uoregon.edu/?id=482



Leitura Complementar:  The Blind Locksmith - Carl Zimmer



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« Última modificação: 07 de Abril de 2006, 01:33:27 por APODman »

Atheist

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Re: Evolução da "Complexidade Irredutível" Explicada
« Resposta #1 Online: 07 de Abril de 2006, 09:21:28 »
Me bateu a curiosidade de saber o que o Enézio diria disso... Ok, já passou!

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Evolução da "Complexidade Irredutível" Explicada
« Resposta #2 Online: 07 de Abril de 2006, 11:56:37 »
ele iria falar da nomenklatura e da insuficiência epistêmica do neodarwinismo, Khun, e que já foi ateu de carteirinha até se dar conta de tudo isso.

Offline Oliver

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Re: Evolução da "Complexidade Irredutível" Explicada
« Resposta #3 Online: 09 de Abril de 2006, 23:04:54 »
A questão me parece que é Philogenetica :histeria:

Offline Huxley

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Re: Evolução da "Complexidade Irredutível" Explicada
« Resposta #4 Online: 13 de Abril de 2006, 15:54:13 »
Acho que os cientistas não deviam perder tempo discutindo os rídiculos argumentos de Behe.O próprio sabe que a CI é um mito, mas alguns desinformados acham que é um grandiosa teoria.Ele sequer mostrou um trabalho evidenciando que a coagulação sanguínea humana ou qualquer outra cascata bioquímica necessita de todas as proteínas para funcionar.

Mas Behe respondeu assim (tradução de Enézio:http://pos-darwinista.blogspot.com)

"Os autores (inclusive Christoph Adami, no seu comentário publicado na Science) estão definindo convenientemente a 'complexidade irredutível' em nível abaixo, bem abaixo. Eu certamente não classificaria o sistema deles com nada próximo de complexidade irredutível (CI). Os sistemas CI que eu discuti no livro A Caixa Preta de Darwin contêm múltiplos fatores ativos de proteínas. O 'sistema' deles, por outro lado, consiste apenas de uma proteína e a sua ligação. Embora na natureza o receptor e a ligação façam parte de um sistema maior que não tem uma função biológica, a parte daquele sistema maior que eles escolheram não faz nada sozinho. Em outras palavras, os componentes isolados que eles trabalharam não são irredutivelmente complexos.

"No experimento, apenas resíduos de dois aminoácidos foram modificados, não foram adicionados novos componentes, nem componentes antigos foram removidos", continua Behe. "O fato de que tais resultados muito modestos são trombeteados deve-se mais, eu suspeito, à antipatia que muitos cientistas têm em relação ao DI do que ao valor intrínseco do próprio experimento."

http://www.idthefuture.com/2006/04/the_lamest_attempt_yet_to_answ.html#more

Trocando em miúdos, Behe para que a teoria dele se mostra falsa ele quer que uma CI como a do flagelo ou da coagulação sanguínea seja mostrada em laboratório.Aí me pintou várias dúvidas...Desculpem minha ignorância em bioquímica e na língua inglesa( que não me fez entender muita coisa do artigo).Lá vai:

A CI dos autores da Science mostrada foi feita induzindo-se mutações ou ocorreu naturalmente?O requisito que Behe pede para que sua teoria seja falseada é que se mostre apenas a seleção natural produzindo CI ou pode mostrar utilizando inteferência humana?A engenharia genética poderia algum dia reconstruir artificialmente uma complexa cascata bioquímica que evoluiu? (bem, eu me referi a artificialmente" na última pergunta pq naturalmente uma CI complexa não iria aparecer rapidamente, devido simplesmente as leis da probabilidade)
« Última modificação: 13 de Abril de 2006, 16:15:59 por Huxley »
"A coisa mais importante da vida é saber o que é importante". Otto Milo

Meu blog: http://biologiaevolutiva.blogspot.com

Offline Hold the Door

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Re: Evolução da "Complexidade Irredutível" Explicada
« Resposta #5 Online: 17 de Abril de 2006, 11:51:41 »
O texto que saiu na Folha de S. Paulo sobre o assunto:

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EVOLUÇÃO

Pesquisa mostra como seleção natural reusa peças para criar novas máquinas moleculares

Estudo refuta a "complexidade irredutível"
KENNETH CHANG
DO "NEW YORK TIMES"

Reconstruindo genes de animais extintos, cientistas demonstraram pela primeira vez o processo gradual pelo qual a evolução cria uma nova peça de maquinário molecular ao reusar e modificar partes existentes.
Os pesquisadores dizem que sua descoberta, publicada na última sexta-feira no periódico "Science", dá um contra-argumento aos céticos da evolução, os quais questionam como uma progressão de pequenas mudanças poderia produzir os intricados mecanismos encontrados nas células vivas.
"A evolução da complexidade é uma velha questão da biologia evolutiva", disse Joseph Thornton, professor de biologia na Universidade do Oregon e autor principal do artigo científico. "Não há controvérsia sobre se esse sistema evoluiu. A questão para os cientistas é como ele evoluiu, e foi isso o que o nosso estudo mostrou."
Os experimentos de Thornton miraram em dois receptores de hormônios. Um é um componente de sistemas de resposta a estresse. O outro, apesar de ter uma forma parecida, participa de processos biológicos diferentes, incluindo função renal em animais.
Hormônios e seus receptores funcionam como pares de chave e fechadura. Seu encaixe levou à questão de como novos pares evoluem, já que um sem o outro aparentemente seria inútil.
Os pesquisadores encontraram os equivalentes modernos ao receptor de hormônio de estresse na lampréia, um peixe primitivo, e também em arraias.
Depois de comparar semelhanças e diferenças nos genes, os cientistas concluíram que ele descendia de um gene ancestral comum há 450 milhões de anos -antes de os animais conquistarem terra firme. O grupo, então, recriou o receptor ancestral em laboratório, e descobriu que ele se encaixava no hormônio de estresse, o cortisol, e no de regulação renal, a aldosterona. Assim, o receptor para a aldosterona existia antes da aldosterona aparecer -o hormônio só evoluiu em animais terrestres. "Ele tinha uma função diferente e foi aproveitado para participar de um novo sistema complexo quando o hormônio apareceu", disse Thornton.
Ele afirma que o estudo refuta a tese da "complexidade irredutível" invocada pelos criacionistas, segundo a qual o maquinário celular é complexo demais para ter evoluído gradualmente.
Hold the door! Hold the door! Ho the door! Ho d-door! Ho door! Hodoor! Hodor! Hodor! Hodor... Hodor...

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Evolução da "Complexidade Irredutível" Explicada
« Resposta #6 Online: 18 de Abril de 2006, 14:13:28 »
pelos blogs como pharyngula e panda´s thumb, estão dizendo que a definição de CI muda conforme a conveniencia..... e que coisas muito parecidas mesmo com essa demonstrada, já foram defendidas por Behe e cia como CI....

 

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