Capítulo I: 11 de abril de 2006.
Eu achava meu psiquiatra um estúpido que só fazia me entupir de remédio, e a gente acabou brigando e eu fui procurar um médico novo. Chego numa casinha verdinha com cadeiras tailandesas e sinos de vento e mapas dos 5 elementos. Aí eu já fiquei desconfiada.
Aí entro na sala de consulta, que tem umas poltronas amarelas. Eu, já desconfiada do ambiente e com a natural desconfiança de médico, sento ereta na beirinha da poltrona. A primeira coisa que ele diz é:
- "Relaxe".
Aí sentei espalhadona na poltrona e respondi às seguintes questões:
- onde meus pais nasceram, se são casados, se fumam, se bebem.
- qual é afinal a origem do meu nome (grrrrrrr, como de hábito; ao que ele disse que tbm era libanês)
- se eu trabalho e/ou estudo, e onde (ao que descobri que tem duas colegas da fac indo lá também)
- quantos irmãos eu tenho, e quem mora na minha casa.
- se eu me sinto deprimida (respondi que não, já que estava medicada, e contei a saga do Estúpido)
- se eu faço/fiz terapia.
- se eu tenho diabete.
- se eu tenho problema na tireóide.
- se eu namoro e se está tudo bem.
Creio que foi isto e nesta ordem. Acho que não foi um questionário abrangente o suficiente. Os outros médicos costumam perguntar se eu fumo, bebo, como verdura, tomo café, uso drogas, tenho histórico de câncer/hipertensão/diabetes na família, que tratamentos eu faço/fiz, se já passei por cirurgia; nada disso me foi perguntado desta vez.
Ele propôs que eu parasse de tomar leite, comer açúcar e tomar gelado à noite; que eu fosse ao terapeuta e ao endócrino; que passasse a tomar o meu remédio dia-sim-dia-não; e que tomasse um chá contendo: sálvia, melissa, erva-de-são-joão, folha de maracujá, tília, cavalinha e chapéu-de-couro (de acordo com pesquisa feita à noite, nenhuma destas ervas é tóxica). O chá tem um toque de cânfora, que casa de ser um dos meus aromas prediletos.
Eu disse que não me sentia confiante a ponto de parar com a medicação, mas ele disse que voltaremos a falar sobre isso na próxima consulta.
Aí ele colocou quatro agulhinhas na minha orelha direita, das quais só uma doeu. E eu, que estava morrendo de fome, fiquei só ligeiramente com fome, e depois do almoço só fui ter fome hoje de manhã. Também acordei ligeiramente mais disposta que de costume, mas tive dificuldades pra pegar no sono.
Volto lá amanhã, dia 13/04. Vejamos.