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Variação molecular em um gene pode afetar o crescimento de uma populaçãoPela primeira vez, ecólogos puderam demonstrar que a variação molecular em um gene pode afetar o crescimento de uma população em seu hábitat natural. Pesquisas do Professor Ilkka Hanski, Universidade de Helsinki, e do Dr Ilik Saccheri, Universidade de Liverpool, no Reino Unido, descobriram que o crescimento da população da borboleta Melitaea cinxia é afetado pela composição alélica para a enzima fosfoglucose isomerase (Pgi). O resultado desafia visões prévias de acordo com as quais a variação de alelica em populações, e as consequentes diferenças no desempenho individual, seriam de nenhuma significação para o crescimento da população. Foi observado em estudos prévios de Melitaea cinxia que o genótipo para Pgi dos indivíduos afeta seu vôo, a taxa metabólica e o desempenho reprodutivo. O resultado presente prova que estas diferenças entre indivíduos também têm repercussões ao nível de população. O papel do Pgi é enfatizado pelo fato que a variação nos outros genes estudados não mostrou nenhuma conexão com o crescimento da população. O quão fortemente as diferenças em alelos de Pgi afetam o crescimento da população depende de fatores ecológicos. O tamanho do hábitat e sua connectividade com outras populações existentes afetam a migração e o fluxo do gene entre as populações. O estudo mostra que conjuntamente fatores genéticos e a estrutura do hábitat influenciam a variação do crescimento da população. Os resultados também mostram que a estrutura do habitat e a dinâmica das espécies em um habitat fragmentado mantém a variação do gene que codifica a enzima de Pgi. De acordo com as visões anteriores, a dinâmica de populações em populações naturais é principalmente influenciada por fatores ambientais e demograficos, sua taxa de natalidade, índice de mortalidade e migração. A taxa de variação genética e a seleção natural não teriam nenhuma ( ou apenas uma fraca ) influência no crescimento da população. Cientistas analisaram centenas de populações locais bem-caracterizadas de Melitaea cinxia nas Ilhas Aland na Finlândia onde a borboleta possui uma grande metapopulação que foi estudada durante 15 anos.