Autor Tópico: Conhecimento inútil  (Lida 862 vezes)

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Offline Rodion

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Conhecimento inútil
« Online: 04 de Maio de 2006, 04:07:58 »
Resenha
O conhecimento inútil

André Azevedo da Fonseca

Hoje, assim como antigamente, o inimigo do homem está no fundo dele próprio. Mas não é mais o mesmo: antes, era a ignorância; hoje, é a mentira. (REVEL, 1991, p.24).

O filósofo francês Jean-François Revel, autor de O conhecimento inútil (Bertrand Brasil, 1991), trouxe uma questão inquietante para a propalada "sociedade do conhecimento". Vale a pena tirar o livro da estante e reler, mais de dez anos depois, algumas de suas análises.

Jean-François Revel critica o uso ideológico da informação

Para introduzir o tema, Revel observa que a civilização do século XX, mais do que qualquer outra, propagou com entusiasmo o discurso da disseminação de informação, do ensino, da ciência e da cultura. No geral, o tempo de permanência na escola aumentou, os meios de comunicação multiplicaram-se e passaram a veicular uma quantidade de informação inconcebível há duas ou três gerações. Assim, ainda que a circulação de conhecimento no planeta seja desigual, é inegável que governantes e administradores têm melhores condições de saber sobre em que dados apoiar suas decisões, e os cidadãos estão mais bem informados sobre o que fazem aqueles que decidem. Mas o autor propõe que investiguemos se essa ampla difusão de informação ocasionou, "como seria natural esperar", uma gestão mais acertada e justa da humanidade.

Lamentavelmente, não é isso que mostra a história. O século XX, um dos mais sangrentos de todos os tempos, lembra o filósofo, "singulariza-se pela aplicação de suas opressões, de suas perseguições, de seus extermínios". Foi o período no qual, ao lado de grandes conquistas na área da tecnologia, da saúde e das artes, sistematizou-se o genocídio, o campo de concentração, a extinção de nações inteiras pela guerra ou pela fome organizada, o terrorismo, a escravidão e as formas mais sofisticadas de escavidão. Foi também, de acordo com relatório da ONU de 2002, o século que terminou com 1 bilhão e 100 milhões de pessoas vivendo em extrema pobreza, ou seja, com menos de 1U$ por dia.

Essa dinâmica, para Revel, inviabiliza os prognósticos de que a "era da comunicação" teria tudo para comemorar o triunfo da democracia. O que explica, então, que com tanta informação, com tanta circulação de conhecimento, ainda erramos tanto?

Talvez seja consequência de um cálculo, em todo caso racional, que nos abstemos de utilizar o que sabemos, pois existem circunstâncias frequentes na vida das sociedades, assim como na dos indivíduos, em que se evita considerar uma verdade que se conhece muito bem, porque, caso as consequências fossem avaliadas, perceber-se-ia que a ação seria contra seu próprio interesse. (REVEL, 1991, pp. 9-10).

Seria possível que a própria abundância de informação excitasse o desejo de ocultá-las, em vez de utilizá-las? Será que a abordagem da verdade desencadeia mais ressentimento que satisfação, mais sensação de perigo do que de poder?, questiona. Para Revel, essas interrogações apenas se aproximam das margens do verdadeiro mistério.

Tem-se em conta que as sociedades abertas são, ao mesmo tempo, causa e efeito da liberdade de produzir, difundir e receber informação. A democracia, regime baseado na livre-determinação das grandes escolhas pela maioria, caminharia inevitavelmente ao fracasso caso os cidadãos que fazem essas escolhas se pronunciassem na "ignorância das realidades, na cegueira de uma paixão ou na ilusão de uma impressão passageira".

Mas Revel observa que viver em um mundo moldado pela prática da ciência não significa imaginar que os seres humanos como um todo pensam de forma científica. Isso quer dizer que, na prática, a quase totalidade dos indivíduos utiliza os instrumentos criados pela ciência sem participar intelectualmente do grupo de disciplinas do pensamento que geram as invenções e organizam as descobertas. Por outro lado, e essa é uma chave para se esboçar a compreensão do processo, mesmo os cientistas mais brilhantes estão sujeitos a "forjar suas opiniões políticas e morais de maneira tão arbitrária e sob influência de considerações tão insensatas quanto os homens que não possuem qualquer experiência de raciocínio científico."

Revel observa que as opiniões são estruturadas através de diversas influências, e que o discernimento intelectual frequentemente "ocupa o último lugar, antecedido por crenças, meio cultural, acaso, aparências, paixões, idéias preconcebidas e preguiça de espírito". E afirma ainda que "cada um de nós deve saber que possui, em si, essa perigosa capacidade de construir um sistema explicativo do mundo e, ao mesmo tempo, uma máquina de rejeitar todos os fatos contrários a este sistema".

Quando o que está por trás da opinião é uma base ideológica, a comunicação se torna ainda mais contaminada. Revel acredita que a ideologia é a principal fonte de desorganização da informação — pois, para sustentar-se, necessita de mentiras sistemáticas, e não simplesmente ocasionais. Portanto, para permanecer intacta, precisa defender-se incessantemente contra o testemunho dos sentidos e da inteligência, e é obrigada a modificar constantemente a imagem do mundo em função da visão que se deseja manter.

O problema é complexo. Um princípio fundamental da democracia é que todas as opiniões têm o direito de serem expressas. Mas é também inequívoco que a democracia é também um sistema que só pode funcionar se os cidadãos dispuserem de um mínimo de informações corretas. Para Revel, não há contradição entre os dois princípios. "A imprensa, repete-se incessantemente, deve ser pluralista. Ora, é a opinião que pode ser pluralista, não a informação. Conforme a sua própria natureza, a informação pode ser falsa ou verdadeira, não pluralista", escreve. Para ele, o problema da imprensa moderna vem precisamente de que o direito amplamente reconhecido de expressar as opiniões, "incluindo as mais extravagantes e rancorosas, o direito de errar, mentir e ser estúpido" influenciou a missão da informação. Em outras palavras, o axioma 'o comentário é livre, a informação é sagrada', acredita o autor, foi pervertida para 'o comentário é sagrado, a informação é livre'. E para ele, o mal mais prejudicial, e infelizmente comum, é a "opinião disfarçada de informação".

Portanto, em plena era da comunicação de massa, Revel defende que as convicções da humanidade não decorrem, de modo algum, de um maior acesso ao raciocínio científico ou de uma compreensão aprofundada dos elementos do debate.

O público só tem acesso às conclusões grosseiramente simplificadas e não aos raciocínios que as fixaram, mesmo quando se trata de problemas (o da Aids, por exemplo) relativamente simples de se expor. O público moderno continua a viver, como o seu predecessor da Idade Média, sob o argumento da autoridade: "É verdade porque um tal prêmio Nobel o disse." (REVEL, 1991, p.232)


revel morreu no início do mês.
http://www.revelacaoonline.uniube.br/portfolio/inutil.html
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

rizk

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #1 Online: 04 de Maio de 2006, 10:50:10 »
Muito interessante Bruno, eu só conhecia o homem de nome e fico contente.

O fato é que a gente achava que a ciência só ia trazer progresso. A gente se lembra dos iluministas e do compromisso com a verdade, e que a ciência como nós a conhecemos só foi acontecer pós-Reforma: desvelar os mistérios da criação e taltal. Eu penso que o projeto da modernidade falhou neste sentido: a gente achava que seríamos mais humanos, teríamos mais tempo para os estudos e as artes e pá, uma vez que aprimorássemos nossa maneira de ganhar nosso sustento; e o que aconteceu foi o maior tiro pela culatra, porque esse aprimoramento, pelo contrário, nos "maquinizou" ainda mais. A gente achava que a verdade ia trazer a vida... mas que nada!

Talvez seja isso que apareça no "na prática, a quase totalidade dos indivíduos utiliza os instrumentos criados pela ciência sem participar intelectualmente do grupo de disciplinas do pensamento que geram as invenções e organizam as descobertas". Achávamos que tirar a ciência de dentro dos mosteiros significaria colocá-la ao alcance de todos, proporcionar conhecimento pras pessoas tomarem suas próprias decisões, mas o fato é que criamos uma nova casta de sábios. É como aquele último texto que vc Bruno colocou, todo mundo quer seu DVD mas nem pára pra pensar como ele funciona.

Não digo nem que é falta de curiosidade; mas é como minha mãe diz, que é uma mulher-fogão-de-lenha, que não vê sentido em se matar pra ganhar 6 pila por mês pra pagar tv a cabo e academia e microondas e carro para todos, quando pode ganhar menos e economizar mais e viver de modo mais tranqüilo e saudável. A gente se mata pra ganhar dinheiro suficiente pra pagar pelas coisas que são vendidas para e por nós como fundamentais, "use desinfectante X e tenha mais tempo pra sua família", quando o que a gente precisa pagar pelo desinfectante faz com que a gente precise trabalhar ainda mais e passe menos tempo com a nossa família e daí em diante. Não dá tempo de sentar com a família e conversar sobre o desinfectante: funciona assim por x e y motivos, olha só filhinhos que coisa interessantíssima, por que você não presta o vestibular pra Química? É isso que mamãe diz, pelo menos, e acho que é uma coisa muito boa e um paralelo que todo mundo entende, sem precisar falar de sociologia e tal. A gente acaba precisando comprar mais e tem menos tempo de se "humanizar".


Qual dos nossos queridos sábios diria que isso seria um pensamento freqüente entre as pessoas mais sabidas na aurora do XXI?!?



Acho que essa é a Questão da nossa época, espero tê-la resolvida antes de morrer. 

Offline Rodion

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #2 Online: 04 de Maio de 2006, 17:12:07 »
Citar
Muito interessante Bruno, eu só conhecia o homem de nome e fico contente.
ehe e você sabe que revel era um dos sujeitos mais conservadores e pro-americanistas da frança, né?
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

rizk

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #3 Online: 05 de Maio de 2006, 02:12:48 »
pois eh, a fama chegou aqui hehe. mas serio, nem vi nada de direita fascista estadunidense bla-bla-bla como esperava. se for contar so pelo que li aqui, ate gostei do moco.

e isso foi um argumento aa autoridade ao contrario, Bruno, olha o rigor. :D

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #4 Online: 06 de Maio de 2006, 19:01:34 »
A descrição perfeita do marxismo:

Citar
Revel acredita que a ideologia é a principal fonte de desorganização da informação — pois, para sustentar-se, necessita de mentiras sistemáticas, e não simplesmente ocasionais. Portanto, para permanecer intacta, precisa defender-se incessantemente contra o testemunho dos sentidos e da inteligência, e é obrigada a modificar constantemente a imagem do mundo em função da visão que se deseja manter.

Offline Hugo

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #5 Online: 06 de Maio de 2006, 19:40:06 »
A descrição perfeita do marxismo:

Citar
Revel acredita que a ideologia é a principal fonte de desorganização da informação — pois, para sustentar-se, necessita de mentiras sistemáticas, e não simplesmente ocasionais. Portanto, para permanecer intacta, precisa defender-se incessantemente contra o testemunho dos sentidos e da inteligência, e é obrigada a modificar constantemente a imagem do mundo em função da visão que se deseja manter.

Ué... quando li pensei: A descrição perfeita do capitalismo.  :wink:
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Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #6 Online: 06 de Maio de 2006, 20:20:59 »
O marxismo é apenas uma ideologia que insiste a resistir aos fatos. Tudo ocorreu exatamente ao contrário do que Marx previu: conflitos entre países comunistas, estabelecimento do sistema em sociedades pouco industrializadas, o aumento dos salários dos trabalhadores em países capitalistas. Ao invés de aceitar que o marxismo foi refutado definitivamente, os marxistas interpretam todos estes fatos sob a ótica marxista.

Marxistas podem ser levados tão a sérios quanto um casal que depois do décimo filho insiste em considerar que fazer sexo em pé consiste num método anticoncepcional infalível.

Offline Hugo

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #7 Online: 06 de Maio de 2006, 21:39:58 »
O marxismo é apenas uma ideologia que insiste a resistir aos fatos. Tudo ocorreu exatamente ao contrário do que Marx previu: conflitos entre países comunistas, estabelecimento do sistema em sociedades pouco industrializadas, o aumento dos salários dos trabalhadores em países capitalistas. Ao invés de aceitar que o marxismo foi refutado definitivamente, os marxistas interpretam todos estes fatos sob a ótica marxista.

Marxistas podem ser levados tão a sérios quanto um casal que depois do décimo filho insiste em considerar que fazer sexo em pé consiste num método anticoncepcional infalível.

Cara, voce acaba de revolucionar o ensino da Economia e Filosofia nas Universidades. Sim, por que até hoje o Marx é um dos mais estudados e suas teorias, sejam na Economia como na Filosofia, estão aí, acontecendo.

A refutação do Marxismo é um grande desejo, apenas desejo...
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Rhyan

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #8 Online: 06 de Maio de 2006, 23:14:33 »
E desde quando o Capitalismo é (ou foi) uma ideologia?

Capitalismo é uma realidade econômica.

[]'s

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #9 Online: 06 de Maio de 2006, 23:30:00 »
O marxismo é apenas uma ideologia que insiste a resistir aos fatos. Tudo ocorreu exatamente ao contrário do que Marx previu: conflitos entre países comunistas, estabelecimento do sistema em sociedades pouco industrializadas, o aumento dos salários dos trabalhadores em países capitalistas. Ao invés de aceitar que o marxismo foi refutado definitivamente, os marxistas interpretam todos estes fatos sob a ótica marxista.

Marxistas podem ser levados tão a sérios quanto um casal que depois do décimo filho insiste em considerar que fazer sexo em pé consiste num método anticoncepcional infalível.

Cara, voce acaba de revolucionar o ensino da Economia e Filosofia nas Universidades. Sim, por que até hoje o Marx é um dos mais estudados e suas teorias, sejam na Economia como na Filosofia, estão aí, acontecendo.

A refutação do Marxismo é um grande desejo, apenas desejo...

Talvez lá na USP da Marilena Chauí falem muito de Marx. Aqui na Unicamp Marx não é tão cotado assim. Eu mesmo nunca peguei uma matéria que tratasse diretamente de Marx.
Mas e daí que ele é estudado? Aristóteles também é muito estudado. O que não muda o fato da sua física e cosmogonia estarem erradas, sua epistemologia ser ingênua, sua teoria política ser chauvinista e sua lógica ser apenas um fragmento de um sistema muito mais abrangente.
« Última modificação: 06 de Maio de 2006, 23:34:19 por Dante, the Wicked »

Offline Hugo

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #10 Online: 07 de Maio de 2006, 19:53:55 »
O marxismo é apenas uma ideologia que insiste a resistir aos fatos. Tudo ocorreu exatamente ao contrário do que Marx previu: conflitos entre países comunistas, estabelecimento do sistema em sociedades pouco industrializadas, o aumento dos salários dos trabalhadores em países capitalistas. Ao invés de aceitar que o marxismo foi refutado definitivamente, os marxistas interpretam todos estes fatos sob a ótica marxista.

Marxistas podem ser levados tão a sérios quanto um casal que depois do décimo filho insiste em considerar que fazer sexo em pé consiste num método anticoncepcional infalível.

Cara, voce acaba de revolucionar o ensino da Economia e Filosofia nas Universidades. Sim, por que até hoje o Marx é um dos mais estudados e suas teorias, sejam na Economia como na Filosofia, estão aí, acontecendo.

A refutação do Marxismo é um grande desejo, apenas desejo...

Talvez lá na USP da Marilena Chauí falem muito de Marx. Aqui na Unicamp Marx não é tão cotado assim. Eu mesmo nunca peguei uma matéria que tratasse diretamente de Marx.
Mas e daí que ele é estudado? Aristóteles também é muito estudado. O que não muda o fato da sua física e cosmogonia estarem erradas, sua epistemologia ser ingênua, sua teoria política ser chauvinista e sua lógica ser apenas um fragmento de um sistema muito mais abrangente.

Leia Hegel é o que ele diz sobre a história e a verdade. Com certeza voce irá me compreender e verás a importância de Marx ( e outros também).
"O medo de coisas invisíveis é a semente natural daquilo que todo mundo, em seu íntimo, chama de religião". (Thomas Hobbes, Leviatã)

Offline Rodion

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #11 Online: 07 de Maio de 2006, 22:20:58 »
hegel... bem cotado na usp, também. já kant, coitado, banido, ao que parece...
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #12 Online: 08 de Maio de 2006, 22:57:47 »
hegel... bem cotado na usp, também. já kant, coitado, banido, ao que parece...

Na Unicamp estudam bastante Kant.

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Conhecimento inútil
« Resposta #13 Online: 08 de Maio de 2006, 23:03:40 »

Leia Hegel é o que ele diz sobre a história e a verdade. Com certeza voce irá me compreender e verás a importância de Marx ( e outros também).

Não disse que ele não é importante. Apenas disse que todos prognósticos feitos por Marx estavam errados.
Leia Karl Popper e Lakatos. Com certeza voce irá me compreender e verás a relevância dos fatos apresentados pela realidade.

 

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