Fitoterápicos são proto-medicamentos. Sabemos que determinada erva é boa para alguma coisa, isolamos o princípio ativo (PA) e, com ele apenas, podemos definir qual é a dosagem terapêutica e qual a tóxica, além de poder comparar adequadamente tratamentos.
Aí cabe uma diferenciação importante: chás e ervas preparadas em casa tem, além do PA, uma quantidade absurda de outras substâncias que podem ser tóxicas e prejudicar o tratamento. Além disso, a quantidade do PA é muito variável, o que torna o ajuste da dose correta praticamente impossível.
Já fititerápicos industrializados tem uma quantidade mais uniforme de PA, mas mesmo assim ela pode variar até 200% entre duas cápsulas diferentes. Parte dos contaminantes são eliminados, mas o risco de intoxicações por outras substâncias ainda é maior do que no PA isolado.
A acupuntura tem resultados muito questionáveis em diversas patologias, mas aparentemente tem ação superior à do placebo em dores osteomusculares. O grande problema é que o profissional de saúde que vai realizar o procedimento, mesmo que não seja médico, é mais caro do que os medicamentos com o mesmo objetivo. Assim, não faz sentido do ponto de vista econômico. Além disso, a acupuntura no SUS seria utilizada para muitas situações nas quais não tem nenhum efeito além do placebo, a um custo muito mais alto e com a possibilidade de prejudicar pacientes que poderiam receber um tratamento mais eficaz e prevenir complicações.
Já homeopatia é um estelionato institucionalizado.