Autor Tópico: Fraude do Código Da Vinci  (Lida 1542 vezes)

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Fraude do Código Da Vinci
« Online: 31 de Maio de 2006, 21:24:57 »
Aproveitando a frequência do outro tópico sobre a mesma obra, gostaria que esse texto (sei que ele é grande, mas conto com a sua paciência  :P) fosse analisado e respondido para enviá-lo ao amigo Frei que me enviou.  :ok:
Estou longe de afirmar que a obra do D. Brown não seja ficção, mas parece haver obviedades e tendeciosidades no texto.

Como no "1. Jesus não é Deus: nenhum cristão pensava que Jesus fosse Deus até que o imperador Constantino o considerou como Deus no Concílio da Nicéia, em 325."  Claro que os cristãos pensavam que Jesus era Deus, porque p/ ser cristão tem que se admitir Jesus como redentor, messias... já os gnósticos poderiam ter um outro posicionamento. Correto?
E outras como quando ele cita a "quase unanimidade" no Concílio de Nicéia, mas já li que na verdade não foi assim "paz e amor" havendo conflitos sangrentos (bispos inclusos) em torno do Concílio e seus temas.

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Fraude do Código Da Vinci: um best-seller mentiroso - I


Caro visitante, ofereço-lhe este interessante artigo de Pablo J. Ginés Rodríguez, escrito em 08/01/2004 e aparecido em  www.acidigital.com. Dividi-o em 7 partes. Boa leitura e bom proveito. Hoje em dia, é  preciso ler para bem defender a fé católica.







O Código Da Vinci é uma novela de ficção anti-católica que está sendo um êxito de vendas em todo o mundo. Com mais de 30 milhões de exemplares vendidos, traduzida em 30 idiomas e com os direitos para transformá-la em filme vendidos à Columbia Pictures e ao diretor Ron Howard (com Russell Crowe como ator principal), trata-se já de um acontecimento próprio da cultura de massas. Os protagonistas se vêem envoltos em um thriller de aventura, decifrando a simbologia secreta na pintura de Leonardo Da Vinci. E a mensagem que transmite a novela é basicamente a seguinte:



1. Jesus não é Deus: nenhum cristão pensava que Jesus fosse Deus até que o imperador Constantino o considerou como Deus no Concílio da Nicéia, em 325.



2. Jesus teve como companheira sexual Maria Madalena; seus filhos, portadores de seu sangue, representam o Santo Graal (sangue de rei = sangue real = Santo Graal), fundadores da dinastia Merovíngia na França (e antepassados da protagonista da novela).



3. Jesus e Maria Madalena representavam a dualidade masculino-feminina (como Marte e Ateneu, Ísis e Osíris); os primeiros seguidores de Jesus adoravam "o sagrado feminino"; esta adoração ao feminino estaria oculta nas catedrais construídas pelos Templários, na secreta Ordem do Priorado de Sion - à qual pertencia Leonardo Da Vinci - e em mais de mil códigos culturais secretos.



4. A maligna Igreja Católica, inventada por Constantino, que, em 325, perseguiu os tolerantes e pacíficos adoradores do feminino, matando milhões de bruxas na Idade Média e no Renascimento, destruindo todos os evangelhos gnósticos dos quais não gostavam e preservando apenas os quatro evangelhos que melhor lhe convinham. Na novela, o maquiavélico Opus Dei trata de impedir que os heróis revelem o segredo: que o Graal representa os filhos de Jesus e Madalena e que o primeiro deus dos "cristãos" gnósticos era feminino.



Tudo isto não é vendido como uma crônica, novela ou história de ficção em relação a um passado fictício e a uma Europa imaginária. Tenta-se comercializar como erudição, uma falsa pesquisa histórica e um pseudo trabalho sério de documentação.



Em uma nota no princípio do livro, o autor, Dan Brown, declara: "Todas as descrições de arte, arquitetura, documentos e rituais secretos desta novela são fidedignas". Como veremos, isto é falso: os enganos, as invenções, as tergiversações e os simples boatos abundam por toda a novela. A pretensão de erudição cai ao chão ao se revisar a bibliografia que usou: os livros “sérios” de história ou de arte escasseiam na biblioteca do Brown, e brilham em troca as para-ciências, os esoterismos e as pseudo-histórias conspirativas.



Mas isso não impediu à imprensa de elogiar o "trabalho histórico" que permeia o livro. Por exemplo, o Chicago Tribune maravilhou-se por considerar que o livro contém uma "história” fascinante e documentada, que equivale a vários doutorados"; o New York Daily News mencionou uma "pesquisa impecável"; o crítico do Jornal da Catalunha (12/12/03), Ramón Ventura, disse que "entender a novela como um panfleto anticristão é não entender que se trata de um relato de aventuras pouco conhecidas da história, onde se combinam os mistérios da religião com os enigmas da arte; Dan Brown escreve com a paixão e a erudição de Matilde Asensi em seu último livro de verbetes.



A editora do livro na Espanha, Aránzazu Sumalla, que encontrou uma mina de ouro para a sua pequena editoria Umbriel (O Código Da Vinci vende 2.400 livros por dia na Espanha, 125.000 nos primeiros 50 dias), não entende que na página Web do Opus Dei se critique negativamente o livro, que apresenta o Opus como uma seita destrutiva disposta ao assassinato e outras técnicas imaginárias, com o detalhe de que o assassino Silas faz parte da “corporação” e usa o cilício. Segundo a editora "trata-se de uma obra de ficção". Mas Dan Brown, em sua própria página Web, diz bem claro que não escreveu só uma novela cheia de despropósitos para divertir: "Como comentei antes, o segredo que revelo foi sussurrado durante séculos. Não é meu. É certo que pode ser a primeira ocasião em que o segredo se desvela com o formato de um thriller popular, mas a informação não é nova. Minha sincera esperança é que O Código da Vinci, além de entreter as pessoas, sirva como uma porta aberta para que comecem suas pesquisas".



O resultado é que as vendas de livros pseudo-históricos sobre a Igreja, os evangelhos gnósticos, a mulher no cristianismo, as deusas pagãs, etc. dispararam. A livraria eletrônica Amazon.com é a primeira beneficiada, combinando O Código da Vinci com livros de pseudo-história neo-pagã, de feminismo radical e de New Age. A ficção é a melhor forma de educar as massas, sendo que, disfarçada de ciência (história da arte e das religiões neste caso), engana melhor os leitores. Como afirma o ditado: "Calunie, porque algo fica, e se caluniares com dados que soem como científicos – embora inventados – fica mais”.



Escrito por Pe. Henrique às 01h37
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  A Fraude do Código Da Vinci: um best-seller mentiroso - II


Constantino inventou o cristianismo?







Toda a base "histórica" de Brown repousa sobre uma data: o Concílio de Nicéia do ano 325. Segundo suas teses, antes desta data o cristianismo era um movimento muito aberto, que aceitava "o divino feminino", que não via Jesus como Deus, conforme estava escrito em muitos ‘evangelhos’.



Neste ano, de repente, o imperador Constantino, um adorador do culto - masculino - ao Sol, se apoderou do cristianismo, desterrou "a deusa", converteu o profeta Jesus em um herói-deus solar e, ao modo stalinista, fez desaparecer os evangelhos dos quais não gostava. Ora, para qualquer leitor com um pouco de cultura histórica esta hipótese é absurda, ao menos por duas razões:



1. Há textos que demonstram que o cristianismo antes de 325 não era como considera a novela e que os textos gnósticos eram tão alheios aos cristãos como atualmente são as publicações "New Age": obras parasitárias e externas (obseração minha: "parasitárias" porque tomam idéias nossas para ensinar erros grosseiros e "externas" porque nunca foram compartilhadas pelos cristãos, pelas comunidades cristãs. Tudo exatamente como o espiritismo de hoje: parasitário e externo).



2.  Ainda que Constantino almejasse mudar a fé de milhões, como poderia obter êxito em um concílio que contava com a presença de milhões de cristãos e também de centenas de bispos? Muitos dos bispos de Nicéia eram veteranos que sobreviveram às perseguições de Diocleciano, e levavam em seu corpo as marcas da prisão, da tortura ou dos trabalhos forçados por manter sua fé. Iriam deixar que um imperador mudasse sua fé? Acaso não era essa a causa das perseguições desde Nero: a resistência cristã contra serem assimilados como um culto a mais? De fato, se o cristianismo antes de 325 tivesse sido como o descrevem os personagens de Brown e muitos neo-gnósticos atuais, nunca teria sofrido perseguição, já que estaria alinhado perfeitamente com tantas outras opções pagãs. O cristianismo foi sempre perseguido por não aceitar as imposições religiosas do poder político e proclamar que só Cristo é Deus, com o Pai e o Espírito Santo.



Escrito por Pe. Henrique às 01h35
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  A Fraude do Código Da Vinci: um best-seller mentiroso - III


Jesus é Deus?





Bispos reunidos em Concílio



Na novela, o personagem do historiador inglês Teabing afirma que em Nicéia se estabeleceu que Jesus era "o Filho de Deus". Um reexame dos evangelhos canônicos, escritos quase 250 anos antes de Nicéia, apresenta 40 menções de Jesus como Filho de Deus. O que Brown  faz foi copiar de um dos livros pseudo-históricos que mais plagiou para fazer seu best-seller, “Holy Blood, Holy Grial” no qual se afirma que "em Nicéia se decidiu por votação que Jesus era um deus, não um profeta mortal".



A verdade é outra. Os cristãos sempre pensaram que Jesus é Deus e é desse modo que figura nos evangelhos e em escritos cristãos muito anteriores a Nicéia. Por exemplo, - e para desgosto de mórmons, Testemunhas de Jeová ou muçulmanos (três credos atuais que negam que Jesus seja Deus) - podemos ler o que Tomé diz ao ver Jesus ressuscitado: " Ho Kurios mou ho Theos mou" (Meu Senhor e meu Deus) (Jo 20,28); ou em Romanos, carta ditada por São Paulo a Tércio em casa de Gaio, em Corinto, no inverno de 57-58 d.C: "Deles (dos judeus) descende Cristo, segundo a carne, o qual é, sobre todas as coisas, Deus bendito para sempre" (Rm 9,5); ou em Tito: "Na expectativa da nossa esperança feliz, a aparição gloriosa de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" (Tt 2,13); ou em 2Pd1,1: "Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, àqueles que, pela justiça do nosso Deus e do Salvador Jesus Cristo, alcançaram por partilha uma fé tão preciosa como a nossa". E fora dos evangelhos há os textos de Padres da Igreja muito anteriores a Nicéia: "Pois nosso Deus, Jesus Cristo, foi, segundo o desígnio de Deus, concebido no ventre de Maria, da estirpe de Davi, mas pela ação do Espírito Santo" [Carta aos Efésios de Santo Inácio do Antioquia, c.35-C.107 d.C]; "Se tivesse entendido o escrito pelos profetas, não teria negado que Ele [Jesus] era Deus, Filho do único, incriado, insuperável Deus" [Diálogo com o Trifão, São Justino Mártir, c.100-C.165 d.C]; "Ele [Jesus Cristo] é o santo Senhor, o Maravilhoso, o Conselheiro, o Formoso na aparência, e o Poderoso Deus, vindo sobre as nuvens como juiz de todos os homens" [Contra os hereges, livro 3, São Irineu de Lião, C. 130 -200 d.C]; "Só Ele [Jesus] é tanto Deus como Homem, e a fonte de todas as nossas coisas boas" [Exortação aos gregos, de São Clemente de Alexandria, 190 d.C]; "Só Deus está sem pecado. O único homem sem pecado é Cristo, porque Cristo também é Deus" [Sobre a alma 41:3, pelo Tertuliano, ano 210 d.C]; "Embora [o Filho] fosse Deus, tomou carne; e tendo sido feito homem, permaneceu como era: Deus" [As doutrinas fundamentais 1:0:4; por Orígenes, c.185-C.254 D.C.].



Estas citações - e muitas outras - demonstram que os cristãos tinham como clara a divindade de Cristo muito antes de Nicéia. De fato, em Nicéia o debate era sobre os ensinamentos de Ário, um sacerdote herético da Alexandria que, em 319, ensinara que Jesus não era Deus, mas um deus menor. De 250 bispos, só dois votaram a favor da postura de Ário, enquanto que o resto afirmou o que hoje se recita no Credo, que o Filho de Deus foi gerado, não criado e que é da mesma natureza (substância, homoousios) que o Pai. Ou seja, que Deus Filho é Deus, igual a Deus Pai, também Deus; são um mesmo Deus, porém em distintas Pessoas. Em que pese esta unanimidade dos padres conciliares, o historiador Teabing na novela diz que Cristo foi "designado Deus" por uma estreita margem de votos!



Escrito por Pe. Henrique às 01h35
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« Última modificação: 31 de Maio de 2006, 21:46:22 por ReVo »
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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #1 Online: 31 de Maio de 2006, 21:25:39 »
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A Fraude do Código Da Vinci: um best-seller mentiroso - IV


Um historiador que não sabe história

Teabing também diz uma série de coisas sobre como o cristianismo inventado por Constantino não era mais que paganismo. "Nada no Cristianismo é original", diz o personagem. Escrevemos em itálico as afirmações do Código da Vinci e a seguir comentamos cada uma.

    - Os discos solares egípcios se converteram em halos (auréolas) de Santos católicos.  - A arte cristã tem que expressar conceitos bíblicos, como o rosto resplandecente de Moisés (no Sinai) e Jesus (na Transfiguração). Para isso, usa um recurso comum, os halos ou nimbos que já usavam a arte grega e a romana. Os imperadores romanos, por exemplo, apareciamm nas moedas com cabeças radiantes.

     - Os pictogramas de Ísis amamentando o milagroso bebê Horus foram o modelo para as imagens da Virgem Maria com o Menino Jesus. - A imagem de uma mãe amamentando é comum nos egípcios, nos romanos, astecas ou qualquer outra cultura que represente a maternidade. Ísis, nos primeiros séculos de nossa era,  já não era uma deusa popular da agricultura egípcia, e sim um culto enigmático de tipo iniciátório para elites greco-romanas, culto que, por certo, não incluía rituais sexuais que tanto agradam ao autor. Os artistas cristãos, na hora de representar Maria junto a Jesus (uma mãe com um menino), usaram os modelos artísticos da sociedade da qual faziam parte.

    - A mitra, o altar, a doxologia e a comunhão, o ato de comer deus, foram tomados diretamente de religiões enigmáticas pagãs anteriores. - A mitra dos bispos dificilmente pode estar inspirada em religiões enigmáticas antigas: não aparece no Ocidente até meados do século X ,e no Oriente não se usa até a queda de Constantinopla, em 1453. O altar é – como o próprio cristianismo – de origem judaica, não pagã. Há 300 referências a altares no Antigo Testamento. O altar dos sacrifícios do Templo de Jerusalém é o ponto de referência do judaísmo antigo e do simbolismo cristão. Nada a ver com cultos pagãos. A doxologia (doxa=glória; logos=palavra) não é mais do que a oração do Glória: "Glória a Deus nas alturas e na terra paz aos homens; louvamos-Te, bendizemos-Te, adoramos-Te." Usa, pois, linguagem puramente cristã, com conceitos trinitários, e utilizando continuamente passagens do Novo Testamento. Nada a ver com cultos enigmáticos pagãos. A comunhão e "comer Deus": parece que nos níveis superiores do culto a Mitra existia uma ceia sagrada de pão e água ou pão e vinho. Não há dados que indiquem que os mitraístas considerassem que nessa ceia "comiam um deus" nem nada similar. De novo, a origem de abençoar e compartilhar o pão é judaica, como explica com detalhe Jean Danielou em sua obra "A Bíblia e a Liturgia". Parece que Jesus instituiu a Eucaristia cristã durante uma chabourá, uma refeição sagrada judaica. Não há relação com cultos enigmáticos pagãos.

    - O domingo, dia sagrado cristão, foi roubado aos pagãos. - Falso. Desde o começo, os cristãos viram o dia depois do Sabbath, quer dizer, o primeiro dia de cada semana, como o mais importante, dia de sua reunião. Já o faziam em época de São Paulo (cf. At 20,7: "No primeiro dia da semana, estando nós reunidos para partir o pão", ou 1 Cor 16,2, quando Paulo pede para reunirem as coletas e dízimos no primeiro dia da semana). Danielou, em "A Bíblia e a Liturgia", dedica todo o seu capítulo 16 a falar do "Oitavo dia", com citações de Inácio de Antioquia, da Epístola de Barnabé, da Didaqué, todos autores de fins do século I e princípios do séc. II Todos falam do "dies domenica" (dia do Senhor). São Justino, por volta de 150 dC, é o primeiro cristão a usar o nome latino de dia do Sol para referir-se ao primeiro dia da semana.

Já no concílio de bispos hispânicos de Elvira, em 303 dC, se proclamou: "Se alguém na cidade não vem à igreja três domingos seguidos será excomungado por um tempo curto, para que se corrija". Só 20 anos depois, em 321, Constantino declara oficialmente o domingo como dia de descanso e abstenção de trabalho. Ou seja, o domingo é um "invento" cristão, posteriormente adotado pela sociedade civil, e não uma festa pagã roubada por cristãos, justamente o contrário do que diz a novela de Brown.

    -Também ao deus hindu Krishna, recém-nascido, são oferecidos ouro, incenso e mirra. - Extraído, ao que parece, do livro pseudo-histórico The World's Sixteen Crucified Saviours, [Os 16 salvadores do mundo crucificados] escrito por Kersey Graves, em 1875, e rejeitado inclusive por ateus e agnósticos, embora muito popular e copiado na Internet. Graves não fornece nenhuma documentação de suas afirmações. A menção a ouro, incenso e mirra parece simplesmente uma invenção. Na literatura hindu isto não se encontra em nenhum lugar. O Bhagavad-Gita (séc. I d.C.) não menciona a infância de Krishna. Nas histórias sobre  Krishna menino de Harivamsa Purana (c.300 d.C) e de Bhagavata Purana (c.800-900.dC.) tampouco estão presentes.

    - O deus Mitra, nascido em 25 de dezembro como Osíris, Adonis e Dionísio, com os títulos "Filho de Deus" e "Luz do Mundo", enterrado na rocha e ressuscitado 3 dias depois, inspiraram muitos elementos do culto cristão. - Na realidade, a festa pagã de 25 de dezembro em Roma foi criada pelo imperador Aurélio em 274, muitos anos após os cristãos latinos terem celebrado 25 de dezembro como data do nascimento de Cristo. Embora na novela fale-se de Mitra como um deus "morto, enterrado na rocha e ressuscitado três dias depois", esta afirmação não está presente em nenhum texto nem tradição antiga acerca de Mitra. Ao que parece, é outro dos empréstimos tirados do panfleto de Kersey Graves, em concreto do capítulo 19 do The World's Sixteen Crucified Saviours. É obvio que Graves não fornece documentação.



Escrito por Pe. Henrique às 01h33
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  A fraude do Código Da Vinci: um best-seller mentiroso - V


Gnosticismo a serviço do feminismo radical





Por que o mundo vai tão mal, há guerras, violência e contaminação? A resposta do feminismo radical e do Código da Vinci é singela: a culpa é do cristianismo, que é machista: "Constantino e seus sucessores masculinos converteram com êxito o mundo do paganismo matriarcal em Cristandade patriarcal mediante uma campanha de propaganda que demonizou o sagrado feminino, eliminando a deusa da religião moderna”. Como conseqüência, "a Mãe Terra se converteu em um mundo de homens, e os deuses da destruição e da guerra impusera seu ônus. O ego masculino mantém-se há dois milênios sem equilibrar-se com sua balança feminina. Uma instabilidade marcada por guerras, alimentadas com testosterona, numa situação excessivamente indesejável de sociedades misóginas e de uma crescente falta de respeito pela Mãe Terra”.



Isto seria evitado se fosse seguido o "cristianismo" gnóstico, conforme alguns grupos e tendências que consideravam o divino como masculino-feminino, em relações harmônicas, inclusive andróginas. Jesus -segundo os gnósticos do séc. II e os newagers feministas do séc. XX - necessita de um oposto feminino que lhe complete. Sua consorte seria Maria Madalena. Documentos que sustentam essa bobagem: os evangelhos apócrifos, textos gnósticos imaginativos sem base histórica.



Enquanto os evangelhos canônicos são do séc. I, nenhum texto gnóstico é anterior ao séc. II. Muitos são do séc. III, IV ou V. Em meados do séc. II a Igreja já tinha claro que os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e João eram os inspirados pelo Espírito Santo, e só tinha dúvida no cânon de dois ou três textos. É falsa a idéia da novela de que em 325, com Constantino, dentre "mais de 80 evangelhos considerados para o Novo Testamento", só foram escolhidos quatro. Estes quatro já estavam selecionados há mais de 200 anos, como lemos nos textos do Justino Mártir (150 d.C) e de Santo Irineu.



No Código da Vinci há material de muitos tipos: new age, ocultismo, teorias conspiratórias, neo-pagãos, wiccas, astrologia, empréstimos orientais e ameríndios. Uma salada de fruta cuja base é o coquetel gnóstico-feminista. Há pouca pesquisa verdadeira sobre o Santo Graal, mas muito furto. Desse modo, cita um texto que de fato existe, o Evangelho de Maria Madalena, uma obra gnóstica tardia, escrita por autores de uma seita gnóstica, de fora do cristianismo. Nele, Maria beija a boca de Jesus e isso causa a inveja dos apóstolos. Segundo Teabing, o historiador da novela, "Jesus era o primeiro feminista. Pretendia que o futuro de sua Ireja estivesse em mãos de Maria Madalena".



O que ninguém cita é o versículo 114 do famoso texto gnóstico Evangelho de Tomé, onde Jesus diz que Ele fará de Maria Madalena "um espírito vivente que se pareça com vocês, varões. Porque cada mulher que se faça a si mesma varão entrará no Reino dos Céus". O gnosticismo antigo é reciclado por antagonistas da Igreja atual, mas para isso necessitam rechaçar alguns aspectos do gnosticismo antigo, que na realidade era machista, elitista, desprezava o corpo e todo o material e é difícil de vender como "o autêntico cristianismo".



Assim, o entusiasmo do autor pelos "ritos de fertilidade", que tanto admiram - e praticam - os protagonistas, não tem nada a ver com a fertilidade, obviamente, e sim com o prazer sexual. É um sinal dos tempos, mas também uma pura herança gnóstica: gerar, dar vida a novos corpos é mal. Justo o contrário do que prega o cristianismo! Sexo sem concepção. Pode-se supor que a próxima novela trate de clonagem, quer dizer, de concepção sem sexo.



Escrito por Pe. Henrique às 01h28
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  A fraude do Código Da Vinci: um best-seller mentiroso - VI


Outros muitos enganos



O Autor do "Código Da Vinci". - "Sereis julgados por toda palavra inútil que disserdes" (Jesus)



Sandra Miesel, uma jornalista católica especializada em literatura moderna popular, não pôde deixar de fazer uma lista da miscelânea de erros do livro, como, por exemplo, com relação a sua "impecável" documentação.

a. Diz-se que o planeta Vênus se move desenhando um pentagrama, o chamado "pentagrama do Ishtar", simbolizando a deusa (Ishtar é Astarté ou Afrodite). Ao contrário do que diz o livro, a figura não é perfeita e não tem nada a ver com as Olimpíadas. As Olimpíadas são celebradas a cada quatro anos e em honra de Zeus, nada a ver com os ciclos de Vênus nem com a deusa Afrodite.

b. O novelista diz que os cinco anéis das olimpíadas são um símbolo secreto da deusa A realidade é que quando se organizaram as primeiras olimpíadas modernas o plano era começar com um e ir acrescentando um anel em cada edição, mas ficaram em cinco.

c. Na novela apresentam-se a larga nave e o vão central de uma catedral como um tributo secreto ao ventre feminino, com as nervuras como pregas sexuais, etc. Isto foi tirado do livro de pseudo-história “The Templar Revelation”, onde se afirma que os templários criaram as catedrais. É obvio que é falso: as catedrais foram encarregadas pelos bispos e seus cônegos, não aos templários. O modelo das catedrais era a igreja do Santo Sepulcro ou as antigas basílicas romanas, edifícios retangulares de uso civil.

d. O Priorado de Sion realmente existe, é uma associação francesa registrada desde 1956, possivelmente originada depois da II Guerra Mundial, embora clamem ser herdeiros de maçons, templários, egípcios, etc. É incrível a lista de Grandes Mestres fornecida pela novela: Leonardo Da Vinci, Isaac Newton, Victor Hugo!

e. A novela diz que o tetragrama YHWH, o nome de Deus em hebraico, vem de Jehová, uma união física andrógina entre o masculino Jah e o nome pré-hebreu de Eva, Havah. Ao que parece, ninguém explicou a Brown que YHWH (que hoje sabemos que se pronuncia Iahweh) começou a pronunciar-se "Jeová" na Idade Média ao interpolar-se entre as consoantes as vogais de "Adonai".

f. As cartas do tarot não ensinam doutrina da deusa; foram inventadas para jogos de azar no séc. XV e não adquiriram associações esotéricas até finais do séc. XVIII. A idéia de que os diamantes do baralho francês representam pentáculos é uma invenção do ocultista britânico A.E. Waite. O que dirão os esotéricos do baralho espanhol com suas copas -símbolos sexuais femininos- e suas espadas -símbolos fálicos, possivelmente como os paus?

g. O Papa Clemente V não eliminou os templários em um plano maquiavélico nem jogou suas cinzas no Tibre, que está em Roma. Pois Clemente V estava em Avinhão. Toda a iniciativa contra os templários foi do rei francês Felipe, o Belo. Maçons, nazistas e agora os neo-gnósticos querem ser os herdeiros dos templários.

h. A Mona Lisa não representa um ser andrógino, mas a Madonna Lisa, esposa de Francesco de Bartolomeu do Giocondo. Mona Lisa não é um anagrama dos deuses egípcios Amón e ISA (Isis).

i. Na Última Última Ceia de Leonardo, não aparece o cálice e aparece o jovem e elegante São João, o discípulo amado. A novela diz que o jovem bonito na realidade é Maria Madalena, que ela é o Graal. A verdade é que não aparece o cálice porque o quadro está descrevendo a Última Ceia tal como descrita no Evangelho de São João, sem a instituição da Eucaristia, mais concretamente quando Jesus avisa que "um de vós me trairá" (João 13,21).



Escrito por Pe. Henrique às 01h25
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  A Fraude do Código da Vinci: um best-seller mentiroso - VII


j. A novela fala que Leonardo da Vinci recebeu muitos trabalhos da Igreja e "centenas de lucrativas comissões vaticanas". Na realidade Leonardo passou pouco tempo em Roma e lhe deram poucos trabalhos.

k. A novela apresenta  Da Vinci como um homossexual assumido. Na realidade, embora em sua juventude tenha sido acusado de sodomia, sua orientação sexual não está de todo clara.

l. A heroína, Sophie Neveu, usa o quadro de Leonardo “A Madonna das Rochas” como um escudo e o aperta tanto a seu corpo que se dobra: é assombroso, porque se trata de uma pintura sobre madeira, não sobre tecido, e de quase dois metros de altura!

m. Segundo os protagonistas da novela, "durante trezentos anos a Igreja queimou na estaca a assombrosa cifra de cinco milhões de mulheres". Esta é uma cifra repetida na literatura neo-pagã, como a da wiccas, da new age e a do feminismo radical, embora em outras webs e textos de bruxaria atual se fale de 9 milhões. Os neo-pagãos necessitam de uma "shoah" própria.

Quando consultamos historiadores sérios vemos que se calcula que entre 1400 e 1800 foram executadas na Europa cerca de 30.000 a 80.000 pessoas por bruxaria. Nem todas foram queimadas. Nem todas eram mulheres. E a maioria não morreu pelas mãos de oficiais da Igreja, nem sequer de católicos. A maioria das vítimas vincula-se à Alemanha, coincidindo com as guerras camponesas e protestantes dos séc. XVI e XVII. Quando uma região trocava de denominação, abundavam as acusações de bruxaria e a histeria coletiva. Os tribunais civis, locais e municipais eram especialmente entusiastas, sobretudo nas zonas calvinistas e luteranas. De qualquer forma, a bruxaria foi perseguida e castigada com a morte por egípcios, gregos, romanos, vikings, etc... O paganismo sempre matou bruxos e bruxas. A idéia do neo-paganismo feminista de que a bruxaria era uma religião feminista pré-cristã não tem base histórica.

Poder-se-ia continuar dissecando os erros e os simples enganos deste best-seller mentiroso. Para não falar de sua qualidade literária. Mas, vale a pena tanto esforço por uma novela? A resposta é sim: para milhares de jovens e adultos, esta novela será seu primeiro, possivelmente único contato com a história antiga da Igreja, uma história regada pelo sangue dos mártires e a tinta de evangelistas, apologetas, filósofos e Padres. Não seria digno dos cristãos do séc. XXI ceder sem luta nem resposta ao neo-paganismo o espaço que os cristãos dos primeiros séculos ganharam com sua fidelidade comprometida com Jesus Cristo.



Escrito por Pe. Henrique às 01h24
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Offline Spitfire

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #2 Online: 31 de Maio de 2006, 21:46:13 »
Errrr. Pra que perder tanto tempo com uma ficção?
É como chutar cachorro morto.
No final é este tipo de palhaçada que acaba promovendo o filme... Um abobado da punheta de um lado e um montão deles de outro, refutando.

Afff.

Offline ReVo

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #3 Online: 31 de Maio de 2006, 21:54:01 »
A questão que proponho não é a ficção, mas o texto do padre que parece ser tendencioso (não quero dizer com isso que foi intencionalmente), acredito que seja interessante, talvez até iniciando um debate "extra-clube cético".
« Última modificação: 31 de Maio de 2006, 21:57:30 por ReVo »
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Offline Spitfire

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #4 Online: 31 de Maio de 2006, 22:04:05 »
Uma coisa é fato... deve ter tocado em alguma ferida dolorida para a igreja fazer todo este estardalhaço descabido.

Offline Dark Angel

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #5 Online: 31 de Maio de 2006, 22:45:43 »
Vou assistir o filme amanhã. Depois conto pra vcs o que achei... Mas não li o livro ainda para falar sobre ele... Também não me interessa muito, pra ser sincera.
"Eu perdôo a pior verdade, mas não tolero a menor mentira"

Offline Spitfire

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #6 Online: 01 de Junho de 2006, 00:17:16 »
Faz quase 1 semana que ja tenho o filme aqui no PC... agendei para baixar de um torrent.

Assisti o Era do Gelo 2, A fantastica fábrica de chocolates (o remake), Metropolis e StarTrek Nemesis... não tive saco que ver o CdV.

rizk

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #7 Online: 01 de Junho de 2006, 00:54:42 »
Dis D.B: "Como comentei antes, o segredo que revelo foi sussurrado durante séculos. Não é meu. É certo que pode ser a primeira ocasião em que o segredo se desvela com o formato de um thriller popular, mas a informação não é nova. Minha sincera esperança é que O Código da Vinci, além de entreter as pessoas, sirva como uma porta aberta para que comecem suas pesquisas".

Os mitos do Graal sao a coisa mais popular entre a cristandade, bobeando ate mais que os proprios evangelhos. A ultima ficcao publicada nessa linha foi o "brumas de Avalon", eu acho, quando minha mae ainda era moca; tinha um nicho pra esse tipo de publicacao.

A pergunta que devemos fazer, antes de "porque uma merda como o codigo davinci faz tanto sucesso" eh "porque as historias do graal fazem tanto sucesso".

E, repito, antes do brown ha um romance semelhante chamado "o pendulo de foucault", do umberto eco, que eh imensamente superior.

Vou fazer alguns comentarios a seguir.

rizk

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #8 Online: 01 de Junho de 2006, 00:58:11 »
Vou nada. Qualquer pessoa que venha dizer que o cristianismo nao sofre influencia paga eh um imbecil e eu nao GANHO pra explicar isso.

Offline Luis Dantas

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #9 Online: 01 de Junho de 2006, 07:35:57 »
Este artigo é um bom ponto de partida para quem tem curiosidade sobre a base real das idéias do Código Da Vinci:

http://en.wikipedia.org/wiki/Gnosticism_in_popular_culture
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Dark Angel

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #10 Online: 01 de Junho de 2006, 23:16:14 »
Faz quase 1 semana que ja tenho o filme aqui no PC... agendei para baixar de um torrent.

Assisti o Era do Gelo 2, A fantastica fábrica de chocolates (o remake), Metropolis e StarTrek Nemesis... não tive saco que ver o CdV.

passa a manha aí!  :D
"Eu perdôo a pior verdade, mas não tolero a menor mentira"

Offline Dark Angel

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #11 Online: 01 de Junho de 2006, 23:18:18 »
Assisti o filme. Querem que eu conte o final? :hihi:
Até que foi emocionante... Mas acho que vou gostr mais do X-Men

Para falar a verdade, assisti o filme mais pelo Da Vinci do que pelo resto... Ele era espetacular, será que realmente criou o código para revelar o "segredo"? Há evidências reais?? Alguém do fórum sabe?
« Última modificação: 01 de Junho de 2006, 23:21:07 por Dark Angel »
"Eu perdôo a pior verdade, mas não tolero a menor mentira"

rizk

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #12 Online: 02 de Junho de 2006, 10:22:50 »
Assisti o filme. Querem que eu conte o final? :hihi:
Até que foi emocionante... Mas acho que vou gostr mais do X-Men

Para falar a verdade, assisti o filme mais pelo Da Vinci do que pelo resto... Ele era espetacular, será que realmente criou o código para revelar o "segredo"? Há evidências reais?? Alguém do fórum sabe?



 
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01 de junho de 2006 - 17:44
Código Da Vinci engana estudantes ingleses

Professores preocupados tomaram a iniciativa inusitada de, antes das provas, avisar os alunos para que não levassem o livro a sério

AP

LONDRES - O livro é grosso, tem algumas palavras difíceis no meio e fala de história - mas isso não faz de O Código Da Vinci um livro didático. A despeito disso, alguns estudantes do ensino médio na Grã-Bretanha andaram misturando fato e ficção - e usaram o livro e o filme como base para argumentos em suas provas de arte, história, matemática e ciências.

Percebendo a tendência, professores preocupados tomaram a iniciativa inusitada de, antes das provas, avisar os alunos para que não levassem o livro a sério. "A história da arte oferece uma riqueza de fontes factuais", disse Claire Ellis, porta-voz da Aliança para Qualificação e Avaliação, companhia que aplica provas anuais a estudantes. "Código Da Vinci não é uma delas".

A Aliança tem um compromisso de manter os detalhes das provas em segredo, e se recusa a mencionar o número de alunos que citou Dan Brown como a fonte de seus "conhecimentos". Mas fica no ar a sugestão de que o problema foi generalizado. Uma pista aparece logo na página 9 do relatório sobre a prova de 2005, onde se afirma que "infelizmente, certos candidatos acharam que O Código Da Vinci seria relevante".

Alguns estudantes ficaram tão envolvidos na trama de Brown que primeiranistas de história da arte simplesmente citaram o livro quando a prova pedia uma descrição da Renascença.

 :ok:

Offline Nivaldo

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #13 Online: 02 de Junho de 2006, 13:31:56 »
A verdade é que ninguém pode provar nada, nem que ele era homem, deus, filho de homem ou de deusa virgem, marido de Maria Madalena. Coitado do Da Vinci que entrou na história de bobeira para ajudar a explicar o inexpricável, na ficção divertida de outra ficção milenar :grito:

O evangelho para resumir, é uma salada de informações desencontradas escritas no mesmo livro.  Daí pode-se entender porque há tantas contradições.
 São trespersonagens totalmente diferentes para explicar Jesus :


 X-DO Jesus Galileu certamente não concordaria com as regras opressoras do Judaismo feudal que usava o argumento do Templo onde Deus morava para dominar os outros povos da Palestina, Samaritanos e Galileus.

 :sleepy: As idéias judaicas introduzidas de um Jesus Judeu foram influenciadas pelos Judeus expulsos e que se refugiaram na Galiléia durante as guerras entre Judeus e Romanos.

 :nojo: Está tão na cara esse tipo de composição literária fajuta, que mesmo no livro de Mateus colocaram que Jesus é filho de José e que foram para Belém para justificar que o coitado era Judeu, e mais a frente Maria o concebeu Virgem (aos moldes de Mitra e Baco) já transformaram o coitado em um outro Jesus totalmente mistificado.

Offline Pregador

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Re: Fraude do Código Da Vinci
« Resposta #14 Online: 02 de Junho de 2006, 14:41:36 »
Eu vi o filme e gostei bastante... Achei interessante por que causou bastante reviravolta no meio católico.
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

 

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