Autor Tópico: EUA temem migração caótica em massa para Cuba  (Lida 815 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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EUA temem migração caótica em massa para Cuba
« Online: 01 de Agosto de 2006, 16:27:34 »
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Terça, 1 de agosto de 2006, 15h17  Atualizada às 16h07
EUA temem migração caótica em massa para Cuba

O sentimento de euforia transformou-se no nervosismo da expectativa em Miami, nesta terça-feira, enquanto os exilados cubanos esperavam pelo fim do regime de Fidel Castro. Ao mesmo tempo, o governo norte-americano afirmou estar atento para qualquer sinal de uma migração em massa. Os exilados invadiram as ruas de Little Havana, em Miami, durante a noite de segunda-feira, dançando para comemorar a notícia de que Fidel Castro havia, pela primeira vez desde 1959, transferido o poder temporariamente ao irmão devido a uma cirurgia intestinal.

senador republicano pela Flórida Mel Martínez, que fugiu de Cuba quando criança, disse que esperava há muito tempo "pelo dia em que o povo de Cuba veria um dia sem Fidel Castro". "Há a possibilidade de que ele esteja gravemente doente ou morto", disse Martínez em Washington. "Não acho que haveria um anúncio como esse se não estivesse bem claro que ele está incapacitado e não se recuperará no curto prazo". Castro entregou o poder provisoriamente, na segunda-feira, aos seu irmão mais novo e provável sucessor, Raúl Castro, depois de se submeter a uma cirurgia para conter um sangramento gastrointestinal. "Fidel Castro abriu mão de suas funções ditatoriais", disse solenemente um apresentador de Miami.

Miami abriga cerca de 650.000 cubanos e descendentes de cubanos. Não houve tumultos nem prisões nas manifestações de alegria durante a noite, disse o prefeito Carlos Alvarez, que pediu aos moradores, porém, que não interrompam o tráfego na cidade. "Sei que é um momento para comemorar, para ficar feliz com as coisas que estão acontecendo em Cuba", disse Alvarez. "Mas temos de lembrar que não podemos bloquear as ruas".

O deputado republicano por Miami Mario Diaz-Balart, sobrinho da ex-mulher de Fidel Castro, comemorou o fim do que ele chamou de "regime quase terrorista de 50 anos". "Pode levar horas, dias ou meses, mas ele está saindo", disse Diaz-Balart à emissora WSVN, de Miami.

As autoridades norte-americanas e da Flórida sempre tiveram a expectativa de que a morte de Fidel provocaria um êxodo caótico de Miami, com os exilados voltando em massa para a ilha para visitar ou buscar familiares. A Guarda Costeira norte-americana está monitorando cautelosamente a situação, disse a suboficial Dana Warr. "Temos planos de contingência se alguma coisa acontecer", disse ela, sem dar mais detalhes.

O Comando Sul das Forças Armadas dos EUA também está observando a situação na região, "mas não há motivo para nenhum tipo de reação neste momento", disse o porta-voz Steve Lucas. O prefeito Alvarez disse que o governo federal já garantiu, no passado, que terá "recursos suficientes para evitar uma migração em massa". A Calle Ocho, principal rua do bairro cubano de Miami, ficou lotada durante a noite de cubanos com bandeiras do país, gente que esperou anos, ou décadas, para que Fidel Castro deixasse o poder.

http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI1085535-EI294,00.html

o irmão dele, que pelo que imagino, ficaria no lugar (se tiver apoio dos militares, acho...), seria melhor?

Offline Rodion

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Re: EUA temem migração caótica em massa para Cuba
« Resposta #1 Online: 01 de Agosto de 2006, 16:33:03 »
se ele aguentar a pressão popular, sim..
não sei se o regime agüenta sem o fidel..
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Offline Pregador

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Re: EUA temem migração caótica em massa para Cuba
« Resposta #2 Online: 02 de Agosto de 2006, 11:38:20 »
Parem...o irmão tem 75 anos de idade e também não tem herdeiros....
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline uiliníli

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Re: EUA temem migração caótica em massa para Cuba
« Resposta #3 Online: 02 de Agosto de 2006, 13:13:12 »
Que estranho Fidel e o irmão não terem filhos? Será que são ambos estéreis, não gostam de mulher ou simplesmente estão cheios de filhos extra-oficiais por aí?

Offline L. Duran

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Re: EUA temem migração caótica em massa para Cuba
« Resposta #4 Online: 02 de Agosto de 2006, 13:54:46 »
Que estranho Fidel e o irmão não terem filhos? Será que são ambos estéreis, não gostam de mulher ou simplesmente estão cheios de filhos extra-oficiais por aí?

Ou comeram as crianças!
Afinal, são comunistas!
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Offline Buckaroo Banzai

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Re: EUA temem migração caótica em massa para Cuba
« Resposta #5 Online: 02 de Agosto de 2006, 19:58:30 »
Que estranho Fidel e o irmão não terem filhos? Será que são ambos estéreis, não gostam de mulher ou simplesmente estão cheios de filhos extra-oficiais por aí?
imagine o Fidel passando uma cantada numa mulher, e tenha em mente a duração dos seus discursos

Offline n/a

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Re: EUA temem migração caótica em massa para Cuba
« Resposta #6 Online: 05 de Agosto de 2006, 14:43:16 »
Hahaha!

Offline Unknown

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Re: EUA temem migração caótica em massa para Cuba
« Resposta #7 Online: 07 de Agosto de 2006, 14:45:01 »
Notícia relacionada...

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O que será de Cuba

Em vigília por Fidel Castro e cercada por um vizinho que quer transformá-la num paraíso capitalista, a ilha está perto de viver sua grande transição política e econômica

Parecia aproximar-se, no fim da semana passada, aquilo que os cubanos chamam de “el acto biologico”. A poucos dias de completar 80 anos, Fidel Castro, presidente, ditador e herói de Cuba, encontrava-se hospitalizado, depois de submeter-se a uma cirurgia para estancar um sangramento intestinal. Seu estado de saúde era desconhecido. O manto de sigilo estendido pelo governo comunista tornou-se impenetrável. Em Miami, os inimigos de Fidel na comunidade de 600 mil exilados cubanos antegozavam sua morte, com marchas e carreatas. Em Havana, silêncio e expectativa. Fidel, um gigante carismático com barbas de profeta que deixou de fumar há 20 anos, não bebe e fazia ginástica diariamente, domina a vida do país e mesmeriza seus 11 milhões de habitantes há 47 anos. A morte desse dinossauro, que colocou sua pequena ilha no mapa, desafiou dez presidentes americanos, sobreviveu à queda do Muro de Berlim e gaba-se de ter escapado a 600 atentados, seria um evento cataclísmico, como um furacão do Caribe. Depois de Fidel, Cuba não será a mesma. E poucos são capazes de dizer como será.

A palavra-chave nesses dias é transição. O presidente George Bush criou um comitê e deu-lhe U$ 80 milhões para organizar a passagem cubana em direção à democracia e ao capitalismo. O objetivo dos americanos é impedir uma sucessão dinástica que ponha no poder o irmão mais novo de Fidel, Raúl Castro, de 75 anos. Comandante das Forças Armadas, Raúl recebeu todos os poderes de Fidel no momento em que o irmão foi hospitalizado. Para os exilados cubanos, a transição significa um levante interno contra o regime, apoiado a 150 quilômetros de distância pelo dinheiro de Miami. Além de rancor, esse grupo tem recursos e experiência empresarial que poderiam mexer fundo no PIB da ilha, de apenas US$ 15 bilhões. Mas para isso é preciso combinar com os cubanos de Cuba, dois terços dos quais nasceram depois da revolução socialista. Mas Miami tem pressa. Já “prepara os barcos” para uma reentrada triunfal na ilha depois da morte de Fidel. “Serão recebido à bala”, opina o escritor Fernando Morais, amigo de Fidel. “O socialismo não vai derreter de uma hora para outra.” Alguns apostam que terá início agora um período complicado, durante o qual Raúl Castro tentará construir um modelo híbrido, semelhante ao chinês.

Já existe alguma base material para um possível socialismo de mercado em Cuba. Empresas multinacionais como a canadense Sherrit Power, que detém 23% da companhia cubana que ilumina o norte de Havana, são fundamentais no dia-a-dia da economia. Elas operam em regime de joint-venture, sob controle de Raúl Castro, que nomeia militares para presidi-las. As telecomunicações têm como sócia a italiana Stet. A fabricação de charutos Habanos é feita em parceria com a européia Altatis. Mesmo a Petrobras já está prospectando nas águas do Golfo do México, valendo-se de acordos firmados entre Brasil e Cuba. Desde 2003, quando o PT assumiu o governo, o BNDES passou a liberar créditos que são usados na compra de equipamentos e produtos brasileiros. Votorantim e Marcopolo se beneficiaram dessa linha, que liberou US$ 30 milhões em 2004. “O Brasil deve ficar atento às oportunidades com uma abertura de Cuba”, diz Carlos Cavalcanti, diretor da Fiesp.

No país do beisebol, o taco agora está com Raúl Castro. Os exilados em Miami o chamam de sangüinário, pelo controle que exerce sobre Exército e polícia. Foi ele quem pediu os mísseis russos que desencadearam a crise com os Estados Unidos em 1961. Por outro lado, ele defendeu o filme Morango e Chocolate, que censores cubanos queriam proibir por apologia ao homossexualismo. Atribui-se a Raúl o pragmatismo de liberar empreendimentos privados na década de 90, quando o fim do subsídio soviético deixou Cuba à beira da fome. Agora, o país vive momentos de relativa abundância, graças ao petróleo barato de Hugo Chávez e às importações da China. Cuba não exporta mais revoluções. E, se Fidel morrer, deixará de existir seu produto mais conhecido.

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/464/economia/o_que_sera_de_cuba.htm

"That's what you like to do
To treat a man like a pig
And when I'm dead and gone
It's an award I've won"
(Russian Roulette - Accept)

 

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