Oi, Alexandre.
Pelo seu avatar, dá para notar seu estado de humor. Tudo bem mais para frente caso queira ingressar ao debate, fique à vontade.
Luis,
Não sei se niilismo é a melhor palavra aqui. Seja como for, a atitude que essa fábula menciona nesse ponto é claramente ingênua: não é preciso ser espírita para perceber ou entender que mesmo que esse rapaz hipotético morra em dois anos, os excessos que ele comete tem consequências que sobrevivem a ele.
Sou da opinião que certos conceitos mudam em relação ao tempo. E pelo que li da epoca em que Kardec escreveu isto e os dias de hoje, percebo que os ateus são bastante discriminados e tidos como pessoas niilistas. Algo totalmente inválido e impraticável nos dias atuais.
Porém, com este exemplo de Kardec, acredito que possamos "brincar um pouco" de filosofar. Depois retorno a ele.
Se este moço fora espírita, teria dito: A morte só destruirá o corpo, que deixarei como fato usado, mas o meu Espírito viverá.
Troque Espírito por "consequências dos meus atos e escolhas" e eu passo a concordar.
Para nós que acreditamos que a vida continua após a morte, as consequências pelos nossos atos e escolhas permanecem. Podendo esta reação vir a "curto prazo" ou a "longo prazo".
Serei na vida futura aquilo que eu próprio houver feito de mim nesta vida; do que nela puder adquirir em qualidades morais e intelectuais nada perderei, porque será outro tanto de ganho para o meu adiantamento; toda a imperfeição de que me livrar será um passo a mais para a felicidade.
Troque por "Eu morro, mas antes disso terei contribuído para melhor ou pior nas vidas de outros que sobreviverão a mim. Portanto não faz sentido cair na indiferença como se a minha vida fosse tudo o que importa."
Interessante o seu conceito. Preciso meditar um pouco sobre ele ainda. O mesmo vale para sua última citação.
Você é budista, não é Luis. Sinto um pouco de dificuldade para estudar o Budismo, pois me deparo com muitas versões dele.
Euzébio,
Douglas, eu jamais entenderei como alguém pode crer no Nada. Que estranha fé, não?
Confesso que na epoca em que me denominava ateu, era mais por revolta a Igreja Católica, por achar que tudo relacionado a Deus se restringia a ela. Depois que me tornei espirita, eu passei a não entender os ateus e outros religiosos. Mas depois de um tempo fui perdendo um pouco o preconceito que tenho.
Oi. Luz.
Douglas, eu respeito sua religiosidade e suas crenças, mas acredito que qualquer homem pode desenvolver essa ética, sem necessariamente se fixar na eternidade - se fixando na vida e no presente. Sem necessariamente ser religioso ou teísta, podendo ser também cético ou ateu.
Já que é espírita, vou tentar te explicar isso por um texto de Chico Xavier:
Teu destino está constantemente sobre teu controle. Tu escolhes, recolhes, eleges, atrais, buscas, expulsas e modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes... São as fontes de tração e repulsão na tua jornada vivência. Não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos.
Reprograme tua meta, busque o bem e viverás melhor. Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.
Eu acho que essas palavras, tirando a religiosidade implícita, são conselhos que podem ser úteis a qualquer pessoa e na minha opinião traduzem extamante a idéia de que o segredo da vida está no presente. Eu não sou espírita nem tenho qualquer religião, mas posso compreender o que está escrito aí e tirar disso algo que seja útil, sem preconceitos.
Interessante o ponto levantado por você e concordo. Mas será que todos levam este conselho em voga? Tenho um colega de trabalho agnóstico que acha que sem as religiões o mundo estaria pior, pois as Igrejas Evangélicas, apesar de tudo estão ajudando a pais de familia a parar de beber, a controlar gastos.
Penso que sim, mas no caso do Brasil e fazendo uma análise bem simplória. Já no Oriente Médio...
Repondo o restante no próximo post.
Abraços,
Douglas