Autor Tópico: Resistência ao Exército convém a Lula  (Lida 1183 vezes)

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Offline Oceanos

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Resistência ao Exército convém a Lula
« Online: 09 de Agosto de 2006, 18:00:22 »
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Resistência ao Exército convém a Lula

KENNEDY ALENCAR
da Folha de S.Paulo, em Brasília

A resistência do governo de Cláudio Lembo (PFL) em aceitar a presença do Exército em São Paulo é conveniente ao projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Lula não gostaria de enviar as Forças Armadas ao Estado em plena campanha eleitoral. Só o fará numa situação extrema, na qual não tenha como recuar da oferta feita desde maio, quando começaram os ataques do PCC.

Lula e seus principais auxiliares se preocupam com a eficácia do Exército no combate à facção --cujo método mistura táticas de guerrilha e de terror. O Planalto teme os efeitos imprevisíveis de uma ação assim no auge da campanha eleitoral.

A cúpula das Forças Armadas resiste a esse tipo de operação, apesar de estar disposta a cumprir as ordens de Lula. Por último, o Planalto e os militares não aceitariam que as Forças Armadas ficassem sob comando do secretário da Segurança de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho. Ainda que a lei determine que o comando seja do governo federal, poderia haver espaço para uma disputa política em torno do tema.

Ou seja, há uma série de razões de curto prazo que, na avaliação da cúpula do governo federal, inviabilizariam a utilização do Exército na crise. Lula considera que, terminadas as eleições, haveria, sim, um cenário mais favorável à eventual ação militar.

Além da cúpula das Forças Armadas, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, tem posição cautelosa sobre o uso do Exército --sobretudo em período eleitoral.

Para ele, antes de mandar o Exército, o mais conveniente seria o envio de um contingente da FNS (Força Nacional de Segurança). No caso de decisão de envio das Forças Armadas, a Folha apurou que o governo federal colocaria a entrada da FNS como condição prévia a uma ação militar.

Mais: o comando da segurança pública teria de ser repartido entre as autoridades federais e as estaduais. E caberia às Forças Armadas a palavra final em relação às ações.

Saulo é fortemente criticado pelos auxiliares de Lula, que atribuem parte do fortalecimento do PCC nos últimos anos (governo do tucano Geraldo Alckmin, candidato a presidente) a uma suposta truculência da política de segurança pública. O secretário rebate dizendo que Lula destinou poucos recursos aos Estados para o combate à violência.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u124836.shtml

Offline Spitfire

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #1 Online: 09 de Agosto de 2006, 18:35:40 »
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O comandante militar da região já teria oferecido ajuda militar, pessoalmente, ao governador de SP e este teria recusado sob a alegação de "estar tudo sob controle".

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Offline Rodion

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #2 Online: 09 de Agosto de 2006, 23:34:47 »
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O comandante militar da região já teria oferecido ajuda militar, pessoalmente, ao governador de SP e este teria recusado sob a alegação de "estar tudo sob controle".

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na verdade, como o próprio secretário de segurança pública (saulo abreu) e, se não me engano, até o lembo, já falaram, nunca recusaram a ajuda do exército. só não queriam tanques andando pela cidade; mas a ajuda sempre teria sido bem recebida. como no caso de ajudar a fazer a segurança nos presídios, liberando os policiais pra outras ações.
acontece que, se bem me lembro, de acordo com o saulo, ele passou isso pro marcio t. bastos e este não levou a questão adiante.
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

Nigh†mare

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #3 Online: 09 de Agosto de 2006, 23:56:39 »
Discordo do texto. Uma intervenção do exército seria muito mais conveniente a Lula. O Governo de São Paulo ainda está associado am Alckmin: "Alckmin foi tão descuidado, que fomos obrigados a usar o exéricito".

Offline Hugo

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #4 Online: 10 de Agosto de 2006, 08:38:10 »
Discordo do texto. Uma intervenção do exército seria muito mais conveniente a Lula. O Governo de São Paulo ainda está associado am Alckmin: "Alckmin foi tão descuidado, que fomos obrigados a usar o exéricito".

Exatamente isso...

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Offline Alenônimo

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #5 Online: 10 de Agosto de 2006, 08:54:42 »
E o não uso do Exército faz com que a população ponha a culpa da violência no governo estadual. “Lembo não faz nada para acabar com a violência. Tem o exército ao seu dispôr, não usa por questões políticas e quem se estrepa somos nós.”
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

Offline L. Duran

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #6 Online: 11 de Agosto de 2006, 11:18:00 »
Da Folha de hoje:

Forças Armadas não querem tropa em SP
Corporação aceita a possibilidade de ajudar no combate ao PCC apenas se houver atentado contra autoridade federal ou militar

Militares se sentem "usados" politicamente na crise entre PT e PSDB em relação aos ataques; utilização de tropa foi rejeitada pelo Estado

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

As Forças Armadas se sentem "usadas" na crise política entre o PT e o PSDB e são contrárias ao emprego de tropas contra o PCC (Primeiro Comando da Capital) em São Paulo, aventado pelo governo federal e rejeitado pelo estadual. Mas os militares admitem essa possibilidade numa hipótese: haver um atentado contra autoridades federais ou militares.
Nesse caso, segundo a Folha apurou, o governo federal considera que há brechas na Constituição que permitem o envio de tropas do Exército mesmo sem pedido formal do governo paulista e sem a necessidade de que uma intervenção seja decretada em São Paulo.
A base seria uma decisão tomada pelo então ministro do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim, quando da invasão da fazenda da família do presidente Fernando Henrique Cardoso pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em 2001.
Naquela época, Jobim considerou a "intenção de invasão ilegítima e política" e determinou que a decisão de envio de tropas para proteger a fazenda, que se chama Córrego da Ponte e fica na sede do município de Buritis, em Minas Gerais, "independia de manifestações das autoridades estaduais".
O governador de Minas era o ex-presidente Itamar Franco, que se recusava a admitir tropas militares no Estado para proteger a fazenda, e o Planalto estava amarrado pela Constituição, que exige um pedido do governo estadual ou a aprovação do Congresso, em caso de "estado de defesa".
O mesmo princípio defendido por Jobim, de preservação "dos objetivos de segurança e manutenção de autoridade", poderia ser usado agora, para o caso, improvável, de haver atentados contra autoridades federais em São Paulo.
Os comandantes de Exército, Marinha e Aeronáutica já se reuniram três vezes com os ministros da Defesa, Waldir Pires, e da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para discutir a crise de São Paulo por conta do PCC.
Conforme a Folha antecipou em 14 de julho, o governo federal já tem um plano todo esquematizado para o emprego das Forças Armadas em São Paulo em operações de dissuasão, de patrulhamento e de inteligência, inclusive com soldados e tanques nas ruas.
Os efetivos poderiam ser usados também para o transporte de presos, varredura de presídios e identificação dos líderes principais da facção.
O plano, porém, é considerado "preventivo" e as forças não consideram que o Planalto tenha realmente intenção de aplicá-lo. Analisam que, ao contrário, o objetivo é apenas de ordem política: colocar o governo paulista contra a parede.
A dois meses das eleições, o governo federal não perde nada em oferecer o emprego de tropas, mas o governo estadual perde de qualquer forma: se aceita, admite a incapacidade de controlar a crise; se não aceita, é acusado de decidir politicamente e deixar a população sob perigo.
Se depender dos próprios militares, as chances de emprego de tropas federais ficam reduzidas a de "uma em cem", conforme a Folha apurou.
Eles acham que seria uma operação de alto risco, em um momento de muita tensão política, e que qualquer coisa que desse errado arranharia a imagem das forças.
Além disso, sabem que militares não fariam milagres: numa cidade de quase 11 milhões de habitantes, é possível inibir e reduzir os ataques, mas não impedi-los totalmente.

Pós-eleições
Na avaliação tanto do Planalto quanto dos comandos militares, toda a discussão recomeçará do zero após as eleições, já descontaminada da disputa política. A partir daí, num clima menos emocional e mais racional, haveria condições de discutir seriamente a convocação de tropas federais -caso o PCC mantenha os atentados.
Na reunião que Márcio Thomaz Bastos teve com Cláudio Lembo em São Paulo, em julho, o governador fez muitas perguntas sobre prós e contras de uma operação policial para reprimir o PCC, demonstrando que não estava totalmente fechado à idéia. Desde então, o maior obstáculo é o secretário paulista da Segurança Pública, Saulo de Castro Abreu Filho, que chegou a ironizar a possibilidade dizendo que, no caso de envio das tropas, o comando teria de ser de São Paulo.
Na avaliação de Brasília, porém, são remotas as chances de Saulo ser mantido no governo, mesmo que o tucano José Serra, favorito nas pesquisas, ganhe a eleição. Seria, portanto, um obstáculo a menos.

"O mundo necessita de todos os tipos de mente trabalhando juntas." - Temple Grandin

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Offline Herf

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #7 Online: 12 de Agosto de 2006, 17:43:30 »
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Corporação aceita a possibilidade de ajudar no combate ao PCC apenas se houver atentado contra autoridade federal ou militar

Afffffffffffffffffffffffffffffffffffff..................... ............................

ukrainian

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #8 Online: 12 de Agosto de 2006, 17:50:34 »
A direita e os milicos acabaram politizando a tentativa de apoio do governo federal contra o crime em SP... E, pelo visto, o povo vai continuar sofrendo graças ao joguinho eleitoreiro da direita, que prefere ver o crime tomar conta de SP a "dar o braço a torcer" ao governo federal.

Offline Alenônimo

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #9 Online: 12 de Agosto de 2006, 19:01:27 »
A direita e os milicos acabaram politizando a tentativa de apoio do governo federal contra o crime em SP... E, pelo visto, o povo vai continuar sofrendo graças ao joguinho eleitoreiro da direita, que prefere ver o crime tomar conta de SP a "dar o braço a torcer" ao governo federal.
PT governa igualzinho o PSDB. Duvido que mudasse muita coisa caso fosse o contrário.
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Offline Hugo

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #10 Online: 12 de Agosto de 2006, 21:57:24 »
A direita e os milicos acabaram politizando a tentativa de apoio do governo federal contra o crime em SP... E, pelo visto, o povo vai continuar sofrendo graças ao joguinho eleitoreiro da direita, que prefere ver o crime tomar conta de SP a "dar o braço a torcer" ao governo federal.
PT governa igualzinho o PSDB. Duvido que mudasse muita coisa caso fosse o contrário.

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Offline Diegojaf

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Re: Resistência ao Exército convém a Lula
« Resposta #11 Online: 12 de Agosto de 2006, 22:46:32 »
A direita e os milicos acabaram politizando a tentativa de apoio do governo federal contra o crime em SP... E, pelo visto, o povo vai continuar sofrendo graças ao joguinho eleitoreiro da direita, que prefere ver o crime tomar conta de SP a "dar o braço a torcer" ao governo federal.
PT governa igualzinho o PSDB. Duvido que mudasse muita coisa caso fosse o contrário.

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