Autor Tópico: Secretário-geral da ONU diz que Israel violou cessar-fogo no Líbano  (Lida 416 vezes)

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Secretário-geral da ONU diz que Israel violou cessar-fogo no Líbano
« Online: 19 de Agosto de 2006, 23:08:12 »


da Folha Online

O secretário-geral da ONU, Kofi Annan, disse neste sábado que está "profundamente preocupado" com a violação, por parte de Israel, do cessar-fogo no Líbano.

Annan já havia recebido um telefonema do primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, que defendeu a incursão dos comandos israelenses contra um bastião do grupo terrorista libanês Hizbollah.

"O secretário-geral está profundamente preocupado com uma violação pelo israelenses do cessar-fogo tal como estabelecido pela resolução 1.701 do Conselho de Segurança", disse o porta-voz de Annan em um comunicado.

Olmert tentou explicar a Annan que o objetivo era evitar que o Hizbollah fosse reabastecido com armas e munição. Segundo ele, é necessário reforçar a supervisão na fronteira do Líbano com a Síria, de onde supostamente estariam entrando armas para o grupo terrorista.

O líder da ONU não ficou satisfeito com as explicações. "Todas estas violações da resolução 1.701 do Conselho de Segurança ameaçam a frágil calma alcançada depois de muitas negociações e minam a autoridade do governo do Líbano", acrescentou o comunicado.

"O incidente envolveu um ataque israelense no leste do Líbano neste sábado. De acordo com a Unifil [Força Interina das Nações Unidas no Líbano], também houve várias violações aéreas por um avião militar israelense", acrescentou o comunicado.

"Violação flagrante"

A operação no vale do Bekaa foi classificada pelo governo do Líbano como uma "violação flagrante" do cessar-fogo que pôs fim ao conflito de 34 dias no Oriente Médio.

Membros da segurança libanesa informaram que três combatentes do Hizbollah foram mortos no confronto realizado antes do amanhecer contra comandos israelenses. O governo de Israel afirmou que um soldado foi morto e dois ficaram feridos na ofensiva.

"É uma flagrante violação do cessar-fogo declarado pelo Conselho de Segurança", afirmou o primeiro-ministro libanês, Fouad Siniora, em referência à resolução aprovada na ONU no dia 11 de agosto. A trégua entrou em vigor na última segunda-feira (14).

Comandos em dois veículos descarregados de helicópteros foram interceptados quando se dirigiam a um escritório de um líder do Hizbollah, xeque Mohammed Yazbek, na vila de Boudai, segundo fontes libanesas. Os soldados israelenses iniciaram a incursão sob a cobertura de ataques aéreos.

"Forças especiais conduziram uma operação para interromper ações terroristas contra Israel com ênfase na transferência de munição da Síria e do Irã para o Hizbollah", alegou o Exército de Israel.

Boudai localiza-se a cerca de 15 km ao noroeste da cidade de Baalbek e a 26 km da fronteira síria.

A ação coincide com o esforço do Exército do Líbano para ampliar o controle sobre a fronteira com a Síria. Milhares de militares foram enviados para bloquear as rotas de contrabando de armas neste sábado, de acordo com fontes da segurança.

Apesar da medida, o Ministério de Relações Exteriores de Israel afirma que o Hizbollah continua recebendo carregamento de armas e que a falta de tropas internacionais e do Líbano na fronteira tornou a incursão necessária.

"Israel se reserva o direito de agir a fim de se fazer cumprir o espírito da resolução [da ONU]", afirmou o porta-voz da chancelaria israelense, Mark Regev.

A resolução 1.701 determinou que Israel colocasse fim a "todas ações de ofensiva militar" e que o Hizbollah suspendesse todos os ataques. O documento aprovado no Conselho de Segurança também exigiu o embargo no envio de suprimentos de armamentos não autorizados para o Líbano.

Neste sábado, o Exército do Líbano se posicionou na fronteira com Israel pela primeira vez em 30 anos, informou o general Charles Chikhani, comandante da 10ª Brigada de Infantaria.

"Nos posicionamos neste sábado na fronteira em Kfar Kila e no portão de Fátima. É muito emocionante estarmos aqui pela primeira vez desde 1975. Protegeremos a fronteira de nosso país", declarou o oficial.

Tropas da ONU

Uma embarcação com um contingente de 50 soldados franceses, o primeiro grupo militar a se integrar à Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil), chegou neste sábado ao porto de Naqoura, no sul do país.

Fontes da Unifil confirmaram que os 50 militares franceses são os primeiros soldados estrangeiros a chegar ao Líbano como reforço das tropas. Sua missão é garantir o cumprimento do cessar-fogo entre Israel e o Hizbollah, de acordo com a resolução 1.701.

Paris informou nesta sexta-feira que enviará 200 membros do Exército francês como contribuição à força internacional de paz no sul do Líbano, mas pediu mais medidas de segurança para aumentar sua contribuição.

A Unifil, postada no sul do Líbano desde 1978, contava até agora com cerca de 2.000 militares. A resolução 1.701 estabelece, entretanto, que o número deve subir para 15 mil, além de 15 mil soldados libaneses que vão ocupar a mesma região.

Com agências internacionais

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u99210.shtml

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Re: Secretário-geral da ONU diz que Israel violou cessar-fogo no Líbano
« Resposta #1 Online: 22 de Agosto de 2006, 03:16:43 »
Islã e fascismo
por Jeffrey Nyquist em 22 de agosto de 2006

Resumo: A democracia não é um sonho muçulmano, embora possa ser usada para alcançar o poder. O fato de os xiitas usarem a democracia no Iraque para conquistar o poder é apenas um exemplo do mesmo oportunismo demonstrado na ascensão de Hitler e Mussolini.

© 2006 MidiaSemMascara.org

A situação da América no Oriente Médio continua a piorar. O presidente Bush se opõe ao terrorismo contra Israel. Ele crê que Israel tem o direito de contra-atacar os islamofascistas, isto é, os combatentes do Hezbollah que pertencem à seita xiita do Islã (guiada pelo Irã). Na estratégia de Bush, eles devem ser diferenciados do governo xiita do Iraque, pois os agentes iraquianos são eleitos pelo voto popular e apoiados pelas tropas americanas. Isso os santifica aos olhos da administração Bush. Se um islamofascista é eleito em Bagdá, não tem problema. Se ele mora no Líbano e dispara foguetes contra civis israelenses, então ele é devidamente tachado de islamofascista. De acordo com a Wikipedia, "Islamofascismo é um neologismo e epíteto político usado para comparar as características ideológicas e operacionais de certos movimentos muçulmanos modernos com movimentos fascistas do início do século XX...". O Hezbollah e o governo iraniano, bem como a Al-Qaeda, são considerados representantes do islamofascismo. A Wikipedia afirma que nenhum deles "porém, rotula-se de fascistas, e críticos do termo argumentam que associar a religião do Islã com o fascismo é ofensivo e historicamente inexato".

 

O termo "fascista" é freqüentemente usado para rotular os políticos e as políticas de que não gostamos. Muita gente da extrema esquerda acha que Bush é fascista. Outros crêem que a esquerda é fascista por promover mais e mais controles governamentais. Todos nós já ouvimos falar de teóricos da conspiração referindo-se ao 11/9 como o "incêndio do Reichstag" de Bush. Temos de nos perguntar, afinal, se o termo "fascista" tem validade nesses casos. Se os extremistas políticos acham que o presidente Bush é fascista, então eles não sabem o que é fascismo. Diferentemente do comunismo, fascismo é um movimento popular. Ele procura mobilizar as massas vulgares com propaganda vulgar e violência escandalosa. O líder fascista é, com freqüência, um ator exagerado, um narcisista, um novelista ou pintor fracassados. Seus seguidores brutamontes, extraídos da escória da sociedade, fazem ruídos anticapitalistas. Eles se colocam contra o liberalismo clássico e o conservadorismo. Isso porque o fascismo é um credo revolucionário, como o comunismo.

 

E qual a forma que um governo fascista assume? Ela é mais bem descrita por Benedetto Croce, que a chamava de onagrocracia (isto é, governo de asnos). É uma forma de ditadura cercada de sons e fúria. Para ser sincero, os Estados Unidos têm muitos asnos zurrantes, mas eles não são fascistas porque não são revolucionários e não estão cercados por brutamontes. Ainda não. No mundo muçulmano, porém, Osama bin Laden é, sem dúvida, um ator e dramaturgo. Seus associados usam mortes e assassinatos para impor sua vontade sobre a sociedade. O grupo que assassinou o presidente egípcio Anwar Sadat afirmava que ele era muçulmano só da boca para fora. Eles justificaram o assassinado dizendo que ele era um apóstata cuja morte fora comandada pelo Corão. O verdadeiro fascismo versa sobre pompa, ostentação e violência. É a selvageria elevada ao mais alto grau dramatúrgico, assim como o 11/9 foi um grande palco. Seu apoio vem da violência espetacular, da matança dramática, etc.

 

Num livro chamado Anatomy of Fascism, Robert O. Paxton questiona se o Islã pode ser considerado uma forma de fascismo. Notando que o fascismo tende à secularização, ele escreveu que Mussolini e Hitler eram circunstancialmente anticatólicos. Mas o fascismo da Falange espanhola, do Rexismo belga e do Movimento Lapua finlandês eram versões religiosas. De acordo com Paxton, "A religião pode ser uma fonte de identidade tão poderosa quanto a nação; de fato, em algumas culturas, a identidade religiosa pode ser bem mais poderosa do que identidade nacional. No fundamentalismo religioso, a promoção violenta da unidade e do dinamismo de uma fé pode funcionar muito melhor do que a promoção violenta da unidade e do dinamismo de uma nação". Enquanto reação à democracia e à modernização burguesa, o Islã não é exatamente um fascismo. Reconhecidamente, o Islã não se insurge contra a democracia (como era o caso da Itália, da Alemanha e da Espanha). Pode se dizer, porém, que uma revolta indireta contra a América (enquanto símbolo da democracia) é objeto contra o qual os radicais muçulmanos se insurgem. Lembremos as famosas palavras do Aiatolá, segundo o qual a América é o Grande Satã. Mas por quê? Por que o regime ateísta da União Soviética não era o Grande Satã? É uma boa pergunta, e ela sugere que o islamismo radical insurge-se contra a idéia de democracia, mesmo que tal idéia exista numa terra distante, do outro lado do oceano. O fato de os xiitas usarem a democracia no Iraque para conquistar o poder é apenas um exemplo do mesmo oportunismo demonstrado na ascensão de Hitler e Mussolini.

 

O mundo muçulmano clama por um grande líder. A democracia não é um sonho muçulmano, embora possa ser usada para alcançar o poder. O fator essencial é o credo liberal americano (no sentido clássico). O presidente americano observa os foguetes disparados contra os civis israelenses e reconhece a assinatura terrorista neles. Ele quer democracia e paz. Os radicais muçulmanos são contra essas duas coisas. Ele, portanto, se opõe ao Hezbollah e simpatiza com Israel. Ao contrário de seus rivais do Partido Democrata, o presidente Bush não deixa dúvidas quanto à sua identidade ocidental. Ele não se imagina em vestimentas árabes lendo o Corão. Ele é um cristão confesso, e todo esse nonsense sobre "religião da paz" é mera confusão. No fundo, ele sabe o que é abominável aos valores ocidentais e o que é aceitável, em termos gerais. E, apesar disso, sua incoerência o torna apoiador dos palhaços iranianos no Iraque. Ele precisa perceber que os raciocínios muçulmanos não são raciocínios americanos. Como Bush pode querer construir a democracia no Iraque enquanto apóia Israel contra seus inimigos xiitas? Não dá para fazer isso, nem agora nem nunca. O sentimento nacional iraquiano não consegue aceitar um americano simpatizando com o inimigo judeu. Há uma bifurcação evidente aqui. "Vocês não são nossos amigos", dizem os muçulmanos aos americanos. Os americanos ficam estupefatos. Como assim? É claro que somos seus amigos! É claro que podemos trabalhar juntos! Por que não? Estamos implantando a democracia para vocês.

 

Mas o que essa democracia traz, em compensação?

 

A mentalidade de um político árabe é semelhante à perspectiva fascista, segundo a qual os interesses ocidentais são de um chauvinismo monstruoso, imperialista e arrogante. Irã e Estados Unidos estão envolvidos numa guerra por procuração. E agora até os sunitas começam a torcer pelo Hezbollah. O dividido mundo muçulmano começa a se unir. Conforme notou Arnaud de Borchgrave, no Washington Times de 7 de agosto, o Mustafá Bakri anunciou ao parlamento egípcio que "Condoleezza Rice é uma assassina, assim como Olmert e Bush. Ela veio para arruinar e destruir. Precisamos parar de depositar nossa confiança nessa gente. Eles são nossos verdadeiros inimigos. A América é a cabeça da serpente, é o grande inimigo que temos de confrontar... Nasrallah [do Hezbollah] está revivendo a história de Saladim e Gamal Abdel Nasser... Venham ver as fotos de Nasrallah em nossas casas... e nossas ruas... Temos esperança que Nasrallah seja o líder desta nação, que nos unirá, se Alá assim desejar".

 

O cabeça dos terroristas xiitas, o sheik Nasrallah, conquistou a imaginação sunita. Ele fez o que ninguém esperava. Os xiitas ganharam a simpatia sunita, mesmo que eles tenham massacrado sunitas no Iraque. O cálculo rasteiro de poder, do imperativo fascista de responder ao orgulho ferido de um povo humilhado, está funcionando a pleno vapor. Ninguém no Ocidente consegue dizer ou fazer nada que possa impedir esse processo de bola de neve. Estamos à beira da calamidade. O Irã tomou a iniciativa na batalha, e está ganhando momentum. O líder do Hezbollah, o clérigo Nasrallah, está encorajando os árabes a deixarem Haifa. "Tenho uma mensagem especial aos árabes de Haifa", disse ele. "Pelos seus mártires e pelos seus feridos, peço-lhes que deixem a cidade. Espero que façam isso... Por favor, vão embora, para que não derramemos seu sangue, que é nosso sangue".

O pânico inicial que a liderança iraniana demonstrou diante da ofensiva israelense agora é passado. Os xiitas estão progredindo – não militarmente, mas psicologicamente. A possibilidade de grandes danos torna-se real, uma vez que a Europa titubeia, pronta para o apaziguamento. A economia mundial pode se tornar refém, à medida que o grande teatro e seus atores bufões estão enchendo os corações árabes de fortes emoções. O verdadeiro fascismo tem a ver com pompa e violência. A lei é substituída pela força bruta, a razão pela emoção. O fascismo surge em tempos de grande stress, quando a fórmula democrática moderna falha. Aqueles que desejam promover o sectarismo e o tribalismo formam o sustentáculo fascista. Eles tentam unificar um povo. (Neste caso, a Nação Muçulmana). Eles difamam o inimigo – os americanos e os judeus. É um caso de narcisismo grupal, um distúrbio de identidade em massa, no qual a auto-imagem de um povo é falsificada e suas esperanças são depositadas num salvador mitológico (parte escritor, parte ator, parte soldado). Tudo isso, depois, é insuflado com o sadomasoquismo de um final sangrento.


© 2006 Jeffrey R. Nyquist

Publicado por Financialsense.com

Tradução: MSM
A Irlanda é uma porca gorda que come toda a sua cria - James Joyce em O Retrato do Artista Quando Jovem

 

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