Autor Tópico: Israel deixa no Líbano carcaças de 130 tanques "invencíveis"  (Lida 828 vezes)

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Israel deixa no Líbano carcaças de 130 tanques "invencíveis"
« Online: 20 de Agosto de 2006, 20:24:12 »
Por Bernardo Joffily

A agressão israelense no Líbano criou e destruiu mitos. Entre as vítimas, está o tanque israelense Merkava (Carruagem, em hebraico), tido como invulnerável e invencível: segundo o Hezbolá, 130 deles foram destruídos nos 33 dias de combate. O exército israelense culpa um misterioso foguete russo. Os libaneses enaltecem os guerrilheiros do Hezbolá, que "brotavam do chão" para detonar os blindados dos invasores.


O tanque Merkava sempre teve uma reputação invejável. Tel Aviv enaltece seu desempenho e em especial a blkindagem qualificada como a melhor do mundo. Mas a Guerra do Líbano vibrou um golpe mortal nessa imagem, assim como em toda a fama de invencibilidade das forças armadas  de Israel.


Perfil de uma máquina de matar


O engenho de guerra é dotado de uma blindagem reativa espacejada, de um sofisticado sistema anti-incêndio, de um perfil especialmente baixo e elegante. Ao contrário de outros blindados de sua geração, o motor fica na dianteira, o que oferece uma proteção suplementar, além de permitir que a equipagem o abandone por trás.
O exército israelense emprega o Merkava há anos no plano tático, para neutralizar a resistência armada palestina na faixa de Gaza e na Cisjordânia. Ali, os tanque ex-invencíveis penetravam mesmo em bairros populosos, com apoio de helicópteros com os quais se comunicavam direta e permanentemente.


Calcanhar-de-aquiles


No Líbano, porém, parece que não havia helicópteros para dar apoio a todos os Merkava em ação. E revelou-se que a engenhoca possui um calcanhar-de-aquiles: a visibilidade limitada não permite que a tripulação veja o que acontece nos seus flancos, nem na retaguarda.


Os guerreiros do Hezbolá aproveitaram ao máximo esse ponto fraco. Quando o último tanque de um comboio invasor passava, um guerrilheiro "brotava do chão", de um porão, uma rocha, um escombro, e disparava o seu lança-foguetes individual.
Desde a trégua da segunda-feira passada, os libaneses exibem orgulhosamente para quem os visita os resultados dos disparos: carcaças retorcidas de Merkavas, que pontilham a paisagem em ruínas da parte sul do país.


Há controvérsias sobre o armamento usado pelo Hezbolá. Israel, apanhado no contrapé, passou a dizer que seu tanque foi vítima de um foguete possante, o RPG-29, fabricado na Rússia, e fornecido ao Hezbolá pelo Irã, ou pela Síria. Os  três países negam ter abastecido a guerrilha libanesa.


Ficha técnica mortífera


O Merkava começou a ser produzido em 1979 e o fabrico prossegue desde então, sempre em Israel. Ele estreou em combate na primeira invasão do Líbano, em 1983. Hoje, a quarta geração do tanque, o Merkava 4. ou Mk4, custa US$ 5,1 milhões cada unidade.


O motor diesel do modelo 4 é novo e tem 1.500 hp de potência. Seu canhão de 120 mm, bem recuado, o que dá ao veículo um perfil inconfundível, pode disparar munição pesada como o APFSDS-FS e o novo míssil Lahat. O carregador automático tem capacidade para dez projéteis. Uma cobertura isolante impede que o aquecimento excessivo prejudique a pontaria. O sistema de tiro é aperfeiçoado ainda por um calculador balístico, um sistema de visão noturna e um dispositivo de estabilização rápida do canhão, que permite apontar para veículos, helicópteros e até soldados individualmente.


Plano de exportação em perigo


Todas essas especificações levaram Israel a montar uma campanha para promover a exportação do Merkava em 2007-2010. E os resultados do desastre libanês para os negócios podem ser aquilatados por um texto no site oficial da Câmara de Comércio França-Israel (clique em www.israelvalley.com para ver).


O autor, Daniel Rouach, admite já no título que "as falhas atuais do tanque israelense Merkava estão sendo analizadas pela indústria militar israelense". E que "muitos acidentes mortíferos e debilidades se produziram".


Nas entrelinhas, o autor deixa entrever que os foguetes do Hezbolá não vitimaram apenas os superblindadois e suas tripulações, mas também um ambicioso plano de exportação (Israel ocupa o segundo lugar, depois da China, entre os novos exportadores mundiais de armamentos). Informa que o "Programa Merkava" ocupa diretamente 5 mil israelenses no fabrico do tanque, com previsão de outros 2 mil até o ano que vem, e outros 5 mil indiretamente, envolve 220 empresas e US$ 200 milhões de investimento.


O tom defensivo de Rouach chega a ser patético. "Os tanquistas do Tsahal (exército de Israel) têm com frequência fraquezas humanas que 'os melhores tanques high tech do mundo' não chegam a compensar. Aconteceu dos tanquistas terem sido surpreendidos em seu blindado, por ataques de surpresa, no exato momento de sua... sesta!", explica o articulista. Quem quizer que compre a explicação.


Com agências


Offline Rodion

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Re: Israel deixa no Líbano carcaças de 130 tanques "invencíveis"
« Resposta #1 Online: 20 de Agosto de 2006, 20:25:15 »
e a guerra foi um péssimo negócio pra israel. oh well.....
"Notai, vós homens de ação orgulhosos, não sois senão os instrumentos inconscientes dos homens de pensamento, que na quietude humilde traçaram freqüentemente vossos planos de ação mais definidos." heinrich heine

ukrainian

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Re: Israel deixa no Líbano carcaças de 130 tanques "invencíveis"
« Resposta #2 Online: 20 de Agosto de 2006, 20:29:45 »
Como o artigo diz, mais um mito destruído. Vamos ver se Israel aprende com essa...

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Israel deixa no Líbano carcaças de 130 tanques "invencíveis"
« Resposta #3 Online: 20 de Agosto de 2006, 20:49:35 »
é receita do fracasso dizer que tal coisa é indestrutível ou coisa do tipo, não dá outra, Titanic, inafundável, Hindenburg, nunca iria cair, Brasil, não desiste nunca...

 

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