As 100 maiores invençõesLivro mostra pessoas e histórias por trás das descobertas tecnológicas que mudaram os caminhos da HumanidadeThomas Edison já era um inventor reconhecido mundialmente pela criação do fonógrafo quando, durante uma viagem de férias, ouviu falar sobre iluminação elétrica. Aos 31 anos de idade, ele estava longe de ser o pesquisador tímido, de terno amarrotado, capaz de qualquer sacrifício em nome da ciência. Considerado genial, mas também egoísta, cruel e obcecado pelo trabalho, Edison encantou-se com a idéia da criação da lâmpada elétrica – que já tinha sido desenvolvida por um número considerável de cientistas até 30 anos antes. Como nenhuma delas tinha funcionado adequadamente, Edison encontrou ali sua missão pessoal: anunciou ao mundo que, em seis semanas, a iluminação chegaria aos lares americanos. Levou três anos – um tempo fenomenalmente curto para a época – e criou o serviço com 86 assinantes, em Nova York, em 1879. Na virada do século, já tinha mais de um milhão de clientes. E conseguiu remodelar a face da Terra e o modo pelo qual as pessoas encaravam as possibilidades e o mundo, ao transformar o jeito de elas trabalharem, brincarem, viverem e morrerem. Três anos antes, em 1876, Alexandre Graham Bell levou os créditos pela descoberta do telefone, graças a algumas viradas do relógio: Elisha Gray entrou com o pedido de registro de patente do mesmo telefone algumas horas depois de Bell. O detalhe é que Bell só conseguiu montar o aparelho três semanas depois de registrar a patente, seguindo as orientações de... Gray. Mais do que registrar as grandes viradas do conhecimento humano, o livro
As 100 Maiores Invenções da História, de Tom Philbin (Editora Difel, R$ 49), retrata o mundo das invenções com histórias tão interessantes quanto as próprias descobertas. O livro deixa claro que a assepsia do mundo da Ciência está restrita apenas aos laboratórios. E, às vezes, nem a eles.
Autor de mais de 40 livros de ficção e não-ficção, Philbin, de 72 anos, foi durante anos colaborador da revista Reader’s Digest. O livro tem o mesmo estilo da publicação. Atrela as invenções a curiosidades bem-humoradas, com incursões pela teoria científica. É uma fórmula atraente. Afinal, como falar sobre a invenção do telefone sem explicar que a voz é transmitida pela eletricidade? Ou como explicar as turbinas que transformam a queda d’água ou a queima do carvão em energia elétrica sem falar do princípio do eletromagnetismo? (Quem o descobriu, aliás, foi o inventor Michael Faraday, ao enrolar fios ao redor de um ímã e criar um campo magnético.) “Essas são as invenções que tiveram o impacto mais significativo sobre a humanidade no decorrer da História”, escreve Philbin. “Pense como seria a vida sem o telefone, a televisão, o rádio ou o motor a combustão.” Difícil. Imagine, então, sem a invenção número um: a roda. “Olhe a seu redor e tente encontrar algo que não tenha absolutamente qualquer relação com a roda.” O primeiro computador, com 100 toneladas e 150 motores, foi criado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) em 1936 e tinha dezenas de rodas e engrenagens em seu interior. Outra inovação menos glamourosa, mas talvez ainda mais crucial no avanço da existência humana, foi o vaso sanitário. O hábito de esvaziar baldes repletos de excrementos pela janela na Idade Média dizimava populações com maior rapidez do que qualquer guerra. Por incrível que pareça, a versão final da privada só foi desenvolvida em 1890, pouco depois das grandes invenções modernas, como o telefone e a lâmpada. Para quem gosta de rodas, inovação e leitura leve,
As 100 Maiores Invenções é uma boa pedida.
http://www.istoedinheiro.com.br/461/ecommerce/as_100_maiores_invencoes.htm---------------------------
CANETA: Junco, penas e tinteiro foram substituídos pela praticidade do sistema de Lewis Waterman, em que o ar empurra a tinta e evita seu ressecamento. Na esferográfica, a tinta é expelida pela força da gravidade.
BOMBA ATÔMICA: Maior de todas as energias controladas pelo homem, o domínio da tecnologia nuclear – e do poder trazido por ela – propiciou um período inédito de paz e prosperidade mundial.
RODA: Evolução atada ao eixo: do avanço da biga romana às engrenagens da Revolução Industrial, é difícil achar artefatos que não usem rodas.
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Abaixo vai a lista completa (em inglês):
Wheel -- Light bulb -- Printing press -- Telephone -- Television -- Radio -- Gunpowder -- Desktop computer -- Telegraph -- Internal combustion engine -- Pen/pencil -- Paper -- Automobile -- Airplane --Plow -- Eyeglasses -- Atomic reactor -- Atomic bomb -- Colossus computer -- Toilet -- Rifle -- Pistol -- Plumbing -- Iron-to-steel-process -- Wire -- Transistor -- Steam engine -- Sail -- Bow and arrow -- Welding machine -- McCormick reaper -- Jet engine -- Locomotive -- Anesthesia -- Battery -- Nail -- Screw -- X-Ray machine -- Compass -- Wooden ships -- Stethoscope -- Skyscraper -- Elevator -- Clock -- Chronometer -- Microscope -- Braille -- Radar -- Air conditioning -- Suspension bridge -- Thermometer -- Incubator -- CT scan -- MIRI -- Drywall -- Electric motor -- Barbed wire -- Condom -- Telescope -- EKG machine -- Pacemaker -- Kidney dialysis machine -- Camera -- Global positioning system -- Sewing machine -- Film -- Spinning Jenny -- Brick -- Motion picture camera -- Dynamite -- Cannon -- Balloon framing -- Typewriter -- Diesel engine -- Triode vacuum tube -- AC induction motor -- Helicopter -- Calculator -- Flashlight -- Laser -- Steamboat -- Fax machine -- Tank -- Rocket -- Cotton gin -- Windmill -- Submarine -- Paint -- Circuit breaker -- Washing machine -- Threshing machine -- Fire extinguisher -- Refrigerator -- Oven -- Bicycle -- Tape recorder -- Oil derrick -- Phonograph -- Fire sprinklers -- Video recorder