Tópico: As Típicas Justificativas Crentes
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Crentations Pentelhations Refutations ExpressFiz o trabalho formatar o texto com código BB o sistema de fórum. Para facilitar leituras.
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As Típicas Justificativas CrentesPRIMEIRO: EXTRAPOLAÇÕESApenas apontando isso que uma forma em geral dos crentes buscarem justificar suas crenças apesar de todas as provas em contrário está em extrapolar o que está escrito na bíblia buscando criar justificações que a própria bíblia nunca alegou em momento algum.Como por exemplo:
- Justificar Adão não ter morrido ao comer a maçã como ‘morte espiritual’. Nada no texto indica isso;
- Justificar as contradições sobre relatos da morte de Judas como ‘primeiro ele se enforcou depois deus o matou’. Nada na bíblia indica essa ordem;
- Deus criou o mundo em 7 dias explicado como ‘cada dia vale por mil anos’. Nada no texto justifica isso sobre a criação entre outras coisas do gênero.
SEGUNDO: ARGUMENTOS DE CONVENIÊNCIAEssa entra em ‘quando um argumento o justifica é usado, quando não o justifica é esquecido’. Por exemplo:
- Um dia para Deus é mil anos para o homem é utilizado para descrever a criação do mundo em 7 dias, a vinda do Apocalipse, contudo esse ‘dia longo dia de Deus’ nunca é citado para justificar profecias divinas que foram cumpridas imediatamente como a destruição de Sodoma e Gomorra, o dilúvio de Moisés ou quaisquer outras profecias em que deus haveria afirmado aconteceria em breve é segundo a bíblia, aconteceram;
’Não julgueis para não ser julgado’ é uma linha que aparece e desaparece da bíblia de forma extremamente conveniente e muito estranha vinda da pessoa que ‘estaria vindo julgar toda a terra no Apocalipse’ ou de um Deus que constantemente rogava pragas, caos e destruição quando contrariado no antigo testamento;
TERCEIRO: TENTATIVA DE ALEGAR UM CONHECIMENTO SUPERIOR SOBRA A BÍBLIA SEM DEMONSTRAR NADA QUE JUSTIFIQUE ISSOEstá basicamente na linha ‘vocês não compreendem a bíblia’ quando o crente se encontra derrotado em termos de argumento racional. É uma forma de evitar engolir o próprio orgulho, se admitir errado e tentar sair por cima. É parte do orgulho crente de ‘se eu vou à igreja logo devo ser superior não importa prova em contrário eu sei mais sobre o assunto que esses ateus / agnósticos e estou certo’. Contudo esse comportamento de negação em geral vem após:
- O crente não ter demonstrado um conhecimento realmente aprofundado sobre a bíblia ou capacidade de refutar os argumentos sem utilizar as duas técnicas descritas acima;
- Incapacidade de contra-argumentar com bases puramente lógicas os erros e contradições apontados.
QUARTO: DESESPEROEsse entra no crente que apenas começa a citar orações e linhas da bíblia sem parar, e busca jogar táticas de amedrontar quem contesta falando sobre inferno.
Claro que esses argumentos não refutam em nenhum momento o que foi alegado contra a bíblia, mas crentes parecem acreditar que sim.
QUINTO: TÁTICA DE DISTRAÇÃO - INVÉS DE DEFENDER O QUE ACREDITA ELE ATACA O CONTRAARGUMENTOIsso é como crentes inventando histórias sobre as várias falhas do evolucionismo como isso de alguma forma tornasse o criacionismo uma teoria menos furada.
Querem-se defender o criacionismo deveriam buscar provas válidas que o justificassem, mas não poucas vezes eles insistem num constante ataque que não valida a crença deles como melhor de forma alguma.
Entra nas linhas, de fontes vagas e duvidosas, como ‘definir a idade de fósseis por radiação não é confiável’. Em que isso torna o criacionismo algo mais válido? Fossem tentar provar criacionismo estariam utilizando as mesmas técnicas.
Não raramente essa técnica de distração se compõe de pegar um detalhe mínimo da discussão que o ateu / agnóstico alegou e buscar aumentá-lo fora de proporção para evitar retornar à discussão maior que realmente não tem como refutar
SEXTO: CRIAR EXPLICAÇÕES ABSURDASIsso vêm junto com o fato que para alguém acreditar no que está escrito na bíblia como fatos históricos exige uma mente que aceita acreditar em fatos sem sentido.
Numa discussão sobre a arca de Noé, quando fiz essas duas perguntas: como Noé conseguiria o número de árvores suficientes para construir uma arca de madeira gigante no meio do deserto? E Como Noé e sua família limpariam a merda de todos os animais da face da terra na arca diariamente? As respostas foram:
- Deus criou árvores no deserto (extrapolação, nada na bíblia diz isso)
- A merda dos animais não fedia porque eles comiam capim (alguém já viu merda de um boi ou vaca não feder?).
SÉTIMO: FUGIR DA DISCUSSÃO ALEGANDO SER PARTE DO ANTIGO TESTAMENTOAparentemente crentes acreditam que, embora a bíblia seja um livro perfeito sem erros ou contradições, ela não tem necessidade de manter coerência entre o Antigo e o Novo Testamento.
A desculpa clássica está em ‘após Jesus tudo mudou’. Mas se é assim então de que valem os dez mandamentos, por exemplo? Ou alegar que o homem paga pelo pecado original se Jesus nos salvou?
Mais uma vez a conveniência, pois em outras partes o antigo testamento seria usado para comprovar algo, mas negado para contrariar alguma afirmação.
OITAVO: ASSOCIAR LONGEVIDADE COM VERDADEIsso entre no argumento característico de ‘se a bíblia está por aí a tanto tempo como ela não seria verdade’.
É um argumento falso obviamente, pois quantos livros estão por aí a tantos mil anos? Todos os livros religiosos estão em Confúcio, Mahabata, Ramayana, Avesta, Corão, isso sem nem entrar em crenças africanas, sincretismo religioso, e alegar um seria verdadeiro por sua idade defenderia todos os outros como verdade ao mesmo tempo.
A falha principal nesse argumento é a seguinte:
- Isso é um ponto de vista ocidental, para começo de conversa, a bíblia não teve tanta relevância no oriente;
- Segundo: se você alega que um livro se torna real por causa de sua longevidade você pode usar esse argumento para qualquer religião indiferente dos valores que ela defenda. Quantas religiões defendem valores sexistas, homofônicos e racistas? Alguém deveria segui-los sem questionar? É o argumento do namoro abusivo: sabe que faz mal, mas não conseguiria imaginar a vida sem a pessoa;
- Terceiro: a bíblia FOI comprovada errada inúmeras vezes por diferentes pensadores nas mais diferentes situações possíveis. A questão nunca foi prová-la errada, mas conseguir que essa informação atingisse a maioria da população.
Não raramente os meios de comunicação evitam difundir informações ateístas por medo de perder uma audiência que prefere ouvir verdades simplistas que não conduzam ao raciocínio. Enfim, para meios de comunicação religiões significam mais dinheiro que ateísmo de uma forma geral.Contudo isso não altera a veracidade dos argumentos contra a bíblia.
NONO: FALEI UMA COISA TÃO IDIOTA QUE NINGUÉM SE DEU AO TRABALHO DE REFUTAR ENTÃO GANHEI O DEBATE.Esse é o mais divertido. Também conhecido por ARGUMENTO DO CANSAÇO, porque enche tanto o saco que o debatedor desiste do debate.
DÉCIMO: FRASES PRONTASEsse costuma ser repetidamente usado por ser o mais mentalmente preguiçoso, Consiste no crente ter frases que ele vai apresentar para qualquer situação indiferente a fazerem sentido com o que está sendo dito ou não.
Os exemplos mais notórios costumam ser:
- “texto sem contexto é pretexto”: ironicamente essa frase sempre é utilizada fora do contexto da discussão. O crente também assume que após ter dito essa frase ela terminaria a discussão por si própria e ele não precisaria explicar qual o contexto ele acreditaria adequado à referência;
- “Vocês não possuem a compreensão espiritual”: o interessante é que esse contexto que eles alegam possuir não os fornece com argumentos convincentes. De uma forma geral essa frase não significa coisa alguma na verdade porque o crente após tê-la dito no máximo vai apelar para alguma forma de parágrafo sobre a grandiosidade de deus e quão minúsculo é o ser humano ou coisa do gênero que, de novo, não teria relação alguma com a discussão;
- “O texto da bíblia é loucura para os que não crêem”: e é tão difícil assim de imaginar o porquê? Isso é referência a uma linha da bíblia, agora não vou lembrar qual a passagem especificamente, que toca no característico mau gosto e que é incorporado como fosse um trecho de canção sertaneja sobre os extremos de uma paixão louca ou coisa do gênero. Também nunca auxilia um debate de forma alguma nem contra nem a favor de nada, serve exclusivamente para lembrar que você está lidando com uma pessoa brega.
A lista de frases prontas deve beirar os milhares, contudo todas acabam nessa definição final:
Uma pessoa que realmente raciocinasse sobre o que está falando não as utilizaria. Teria raciocinado com suas próprias idéias e as formularia a partir de seu próprio vocabulário coloquial.DÉCIMO PRIMEIRO: SOBRE DEUS NÃO SOBRE A BÎBLIAConfusão extremamente comum. O fato é que alguém não acreditar na bíblia não significa de forma alguma a pessoa não acreditar em Deus. Ela não consegue ver como um Deus utilizaria um livro com contradições tão gritantes com distância de poucas linhas, erros óbvios erros óbvios e cópias decalcadas de outras mitologias.
Ou como um Deus não enviaria um livro com uma mensagem coerente e coesa em que alguém visse um sentido que unisse todas as histórias invés uma colcha de retalhos de contos que pregam morais completamente opostas, quando não demonstra pura crueldade gratuita, homofobia, sexismo e absurdos.
Como livro divino a bíblia simplesmente não seria o portfólio que demonstrasse o melhor lado dele como ‘deus do amor e da misericórdia’.
Normalmente a forma como crente vai responder quanto e aponta isso caem na
justificativa típica número 3ºDÉCIMO SEGUNDO: REFERÊNCIAS ALEATÓRIAS DA BÍBLIAEu ainda não consigo compreender 100% a motivação, mas às vezes no meio de uma discussão invés do crente responder ao que você está falando ele apresenta uma linha qualquer da bíblia
sem relação nenhuma com o assunto.
Aparentemente eles acreditam que a pessoa irá
‘se deslumbrar com a beleza da escrita e cessar os argumentos’ ou alguma bobagem desse gênero. Claro que talvez isso funcionasse se a bíblia tivesse algum trecho realmente bem escrito, mas ainda que tivesse, não teria refutado o argumento apresentado.
No termo em inglês isso demonstraria “Attention Deficit Disorder”, incapaz de seguir argumentos mais longos ele se perde no assunto e busca reagir por reflexo através de uma linha qualquer da bíblia.
DÉCIMO TERCEIRO: SE FIZER DE VÍTIMA CRISTÃQuando não conseguem vencer os argumentos então caem no ‘estou sendo perseguido como cristo e os primeiros cristãos foram’.
É a tentativa do apelo e chantagem emocional estilo ‘se vocês continuarem falando isso eu vou chorar’.
Normalmente isso vêm quando a pessoa tem de encarar as falhas de seus argumentos e / ou como o que acredita não possuem uma base tão elaborada assim. Dependendo do nível de argumentação a pessoa vai apelar para isso no começo, meio ou fim da discussão dizendo para si própria ‘estou sofrendo como cristo sofreu pelo que acredito’. Complexo de martírio cristão.
Mas, como todas as outras justificativas anteriores:
Também não invalida as falhas que existem no próprio texto da bíblia.A verdade é que nada vai invalidar essas falhas porque elas simplesmente existem e estão lá.
Choradeira
com certeza não vai fazê-las deixar de existir
DÉCIMO QUARTO: SE TEM DEFEITO ENTÃO É VERDADEComo descrito por Cristiano ‘a hipótese ridícula de que se a bíblia se contradiz, então ela não foi forjada’.
Na verdade é mais uma tentativa de criar explicações quando o erro no texto é inegável.
No caso seria uma tentativa de tentar incorporar um fato que faz sentido ‘a bíblia possuem contradições muitas vezes por ter tido histórias inseridas de várias mitologias locais’ com um que não faz sentido ‘por causa disso o que ela está escrito é real’.
Entra com muitas outras tentativas de alterar o significado literal de palavras ou juntar pensamentos que se opões apenas para
forçar uma conclusão favorável à bíblia de alguma forma. Questão é que só se chega a conclusões reais quando você segue a ordem:
pergunta, pesquisa e conclusão.
Nesse caso a ordem seria pervertida para
‘a conclusão tem de ser que a bíblia é perfeita’, ‘não pergunte sobre a hipótese dela não ser’ e ‘pesquise e aceite apenas as fontes favoráveis a essa conclusão’.Esse tipo de pensamento odeia citar George Orwell por causa do clichê, mas aqui cabe, caem na definição de ‘novilíngua’ descrita em 1984 de conciliar idéia opostas como ‘guerra é paz’, ‘liberdade é escravidão’ e ‘amor é ódio’. Em termos mais recentes foi desenvolvido como base nos anos 70 para desenvolver a idéia de Intelligent Design através do que a mídia americana denominou ‘conhecimento seletivo’, conhecimento que ignora quaisquer provas ao contrário conseqüentemente contrárias aos princípios básicos da pesquisa científica.
DÉCIMO QUARTO: SE TEM DEFEITO ENTÃO É VERDADE – AdendoApenas complementando, essa justificativa não é usada necessariamente apenas em contradições evidentes, mas também para personagens, e para eventos bíblicos.
Por exemplo, é comum se ouvir que, pelo fato da bíblia relatar as
derrotas do exército de Israel, diferente de outros povos que relatavam apenas as vitórias, então ela é verdadeira.
Esse argumento é falho desde a concepção, pois é claro que existem outros povos fora à bíblia que também fazem os registros de suas derrotas. Apenas os números muitas vezes não são confiáveis.
Porém não há nada na bíblia que garanta que os
números dela são mais confiáveis que os de outros povos. Às vezes o que se vê historicamente é exatamente o contrário.
Os números das derrotas podem até ser exagerados
para cima, até mesmo para amedrontar os hebreus, e assustá-los com a idéia das conseqüências de se abandonar o Deus Jeová.
DÉCIMO QUINTO: É QUESTÃO DE ÉPOCAArgumento usado principalmente quando é mencionada a crueldade de Jeová no Antigo Testamento.
Aí entra em cena a carta do: É porque naquela época eles eram isso ou aquilo, faziam isso ou aquilo.
A pessoa que diz isso não se toca que só porque uma atitude era comum naquela época, não significa que era correta.
Ou seja, era comum terem escravos, então Jeová permitia a escravidão. Era comum matar bebês de colo, então Jeová mandava matar bebês. Era comum vender mulheres como se fossem objetos, então Jeová permitia vender mulheres. E por aí vai.
Quem defende tal argumento não percebe o absurdo que está dizendo. Deus nesse caso não tem voz ativa. Quem escolhe o que é certo e o que é errado são os homens, através do seu “costume de época”.
Se Deus simplesmente permite tais absurdos, ele jamais pode ser um Deus de amor, que se importa com os seres humanos.
Deus está permitindo, colaborando, aprovando e ordenando atitudes repugnantes, que jamais deveriam ser aceitas por um “Deus de amor”.
DÉCIMO SEXTO: PREGAR O AMOR DE DEUS E APÓS DERROTA AFIRMAR QUE O CONTESTADOR IRÁ AO INFERNOUm híbrido do QUARTO (DESESPERO) com o DÉCIMO PRIMEIRO (SOBRE DEUS NÃO SOBRE A BÎBLIA).
Após tentar convencer que Deus nos ama e sentir-se frustrado com o fracasso o crente começa a lançar maldições e a tentar convencer que o mesmo Deus de amor é capaz de condená-lo ao inferno.
DÉCIMO SÉTIMO: ERRO DE COPISTAEsse argumento é muito pouco usado, e somente por cristãos mais sensatos, que admitem que a contradição é irrefutável, mas que não passa de “um mero erro de copista”.
Com isso, eles dão a entender que um errinho de cópia não é nada grave, que não interfere em nada na sua fé, e que não interessa se Acazias tinha 22 ou 42 anos quando começou a reinar, ou se ele começou a reinar no ano 12º ou 11º de Jorão.
Bem, esse é um raciocínio que vale tanto quanto os outros, ou seja, nada.
Primeiro, porque
não existem mais os originais para se comparar se realmente foi apenas um erro de copista. Eles dizem isso para si mesmos, apenas para se convencerem de que não foi Deus quem errou, e sim o homem. Porém não há evidências disso. Quem me garante que no original também não estava o erro?
Segundo esse tipo de contradição foi evidenciada somente porque ela aparece em passagens diferentes que deveriam contar a mesma história. Porém quantas passagens da bíblia não podem ser comparadas? Se for permitido o copista errar, então quem me garante que ele não errou em vários outros lugares, e sequer podemos descobrir?
Terceiro quem garante que os copistas erraram apenas em números e datas? Por que não em fatos importantes do cristianismo? Está claro que Deus não impediu que eles errassem para pequenas coisas, por que não para grandes?
Quarto erros de copista são ainda mais evidentes se analisados os manuscritos que ainda existem. Manuscritos esses que sequer concordam entre si. Que dependendo da região que eles provêm, por exemplo, Alexandria, ou Esparta difere muito entre si. Ou então, da data em que foram escritos.
Repare nas notas de rodapé da bíblia modernas, e veja que há muitos erros de copistas, bem mais do que imaginam. Qual é o certo? Por exemplo, um manuscrito antigo, porém rasurado, ou um sem tantas rasuras, porém mais novo?
Erros de cópia abalam sim, e muito, a credibilidade da bíblia.
DÉCIMO OITAVO: PIEGUICEEssa é uma das táticas que me causa mais piedade sobre quem a utiliza. Quando a pessoa não consegue te convencer intelectualmente eles buscam te convencer emocionalmente, utilizando o que eles consideram
‘frases bonitas e conceitos que apenas quem crente compreenderia’.
Tudo fajuto: a frase não é nada bonita, mas uma extensão ou derivado de alguma música sertaneja ou novela sobre amor e a idéia que só crentes compreenderiam no máximo alguma referência a algo que o pastor falou durante a missa que nem era tão profundo e muito menos impressionante. Se eles apresentam uma idéia que tenha mais um layer de compreensão para eles é um feito deiluminação divina e a coisa mais bonita que existe.
A piedade que eu sinto é que, de certa forma, eles estão buscando descrever algo profundo utilizando a cultura que quem, e como acabam demonstrando sem saber a cultura e refinamento que possuem não é muita. Ir a missa, ler bíblia todo dia e consumir culturalmente novelas e música que só falam sobre amor de corno nunca fez ninguém capaz de escrever algo como:
Eu ansioso pelo Sol, buscava
Sacar daqueles livros que estudava
Repouso (em vão!) à dor esmagadora
Destas saudades imortais
Pela que ora nos céus anjos chamam Lenora,
E que ninguém chamará mais.
E o rumor triste, vago, brando
Das cortinas ia acordando
Dentro em meu coração um rumor não sabido,
Nunca por ele padecido. (O Corvo -Edgar Allan Poe - tradução: Machado de Assis)DÉCIMO NONO: NÃO RESPONDEREssa deve ser com certeza absoluta o mais irritante. Quando invés de contra argumentar de alguma forma sobre o erro apontado ele apenas alega ‘Jesus te ama’, ‘porque você não aceita Deus’ ou variações do gênero.
Basicamente é algo tão sem sentido que mal compensa se direcionar muitas vezes e difícil compreender se você e o crente estão falando sobre a mesma coisa. É o equivalente a alguém estar perguntando churrasco e uma pessoa responde sobre óleo de oliva.
O fato de alguém ‘acreditar ou não em deus’, ‘aceitar ou não a cristo’ não significa em nenhuma forma que a pessoa não deveria ler a bíblia sob um ponto de vista crítico inclusive para compreender melhor o texto. Conseqüentemente se alguém observa uma contradição e a traz para discussão, por diferentes motivos, deveria muito mais reafirmar seu interesse sobre o livro que ela apenas aceitasse qualquer coisa escrita sem questionamento.
Ao menos em princípio a pessoa estaria questionando e estudando para aprofundar sua compreensão do texto.
Crentes, contudo aparentam considerar que qualquer interpretação que não termine dizendo ‘a bíblia é um livro maravilhoso e sem erros nenhum’ significa que a pessoa deve odiar a deus, Jesus, Espírito Santo, todas as igrejas e que vai queimar no inferno por toda a eternidade junto com os gays e os drogados.
VIGÉSIMO: SE FIZER DE SURDOTambém conhecido como
Tautologia, insistência em argumentos provados errados e acredito, seja uma tentativa do crente de enlouquecer a pessoa com quem elas conversa. Configura quando você já provou de todas as formas possíveis que tais argumentos são furados, sem sentido, contraditórios, pouco inteligentes e sem sentido nenhum, contudo o crente insiste em repetir as mesmas linhas do começo do diálogo.
É o equivalente ao comportamento Homer Simpson de não importa o que você argumente de todas as formas ele vai insistir nos mesmos pontos já amplamente demonstrados errôneos.
Caem num conflito básico com a mentalidade de fé cega que aparenta não precisar de uma base inteligente para suas afirmações e refuta ouvir ou debater num nível realmente embasado.
No caso de se perder durante a discussão ou não conseguir refutar ele apenas retorna ao argumento inicial achando que isso daria
Reset e invalidaria tudo que foi dito.
Um exemplo característico desse comportamento vemos através de Wagner Kaba no debate
Jesus: história ou ficçãoVIGÉSIMO PRIMEIRO: PRECISA DE FÉ PARA ENTENDER A BÍBLIAEsse é um caso particular do terceiro: TENTATIVA DE ALEGAR UM CONHECIMENTO SUPERIOR SOBRE A BÍBLIA SEM DEMONSTRAR NADA QUE JUSTIFIQUE ISSO.
Na minha opinião é o mais irritante de todos, pois eles se julgam dotados de um “conhecimento divino”, e que Deus lhes deu iluminação, para conseguir entender coisas que nós, descrentes, achamos absurdas.
Para eles, se somos incapazes de entender é porque não temos fé. Isso não faz nenhum sentido, pois Deus supostamente não deveria fazer acepção de pessoas, e todos deveriam ser capazes de entender a Bíblia completamente, e aí sim serem capazes de tomar a melhor decisão para a vida delas.
Se só o que têm fé podem entender a bíblia, então ela se torna inútil para a salvação das pessoas, pois ela não é capaz de “dar” a fé a ninguém. Os crentes muitas vezes recaem em uma lógica circular: Você precisa entendê-la para ter fé, mas precisa de fé para entendê-la.
Além do mais, é fácil ver porque os que têm fé, dizem que entendem a bíblia. É fácil ver que se Deus mandou matar bebês de colo, um crente vai simplesmente dizer: “Eu tenho fé que Deus tomou a melhor decisão”. Pronto, a questão está respondida, na opinião do crente, e quem não tem fé é incapaz de ver dessa forma.
VIGÉSIMO SEGUNDO: O FIM ESTÁ PRÓXIMOEsse também faz parte da
justificativa 4º do desespero, contudo nem sempre utilizada de forma afobada, vez por outra inclusive acreditando de forma arrogante como ‘vocês vão se foder por causa disso e eu vou me dar bem’.
Como todas as outras justificativas evita se dirigir diretamente ao problema apresentado com uma resposta objetiva e busca desviar para uma tática de medo. Inclui-se nessa justificativa alegar fatos aleatórios de desastres que estariam descritos nas escrituras.
Como nunca houve consenso algum sobre quais desastres específicos seriam esses usando o mesmo argumento um crente vai alegar que a bomba de Hiroshima e / ou a invenção do telefone e / ou a guerra do Iraque e / ou o Tsunami e / ou o Lula ter sido eleito e / ou o divórcio da Britney Spears e / ou cartões de crédito estarem inserindo o número da besta nas testas das pessoas como provas definitivas de que o fim está próximo e quem insistir em apontar erros evidentes e óbvios no texto bíblico vai pagar o preço por não aceitar mentir como todo o resto dos crentes que a bíblia é inerrante.
VIGÉSIMO TERCEIRO: VOCÊ DEVE TER PROBLEMASMais um no estilo: ‘invés de responder diretamente ao que você demonstrou vou tentar usar de apelo / chantagem emocional’
Isso vêm de quando o crente simplesmente refuta completamente se dirigir à questão apresentada e passa a buscar ‘suas motivações emocionais’. Asneirice sem sobre de dúvidas, uma pessoa poderia ter acabado de ganhar o prêmio Nobel da literatura ou internado num asilo, mas indiferente a qual das opções se encontrasse, ela dissesse ‘não caberia todos os animais do mundo na arca de Noé’ os animais simplesmente não caberiam, pois é fato.
Em geral o crente vai tentar usar frases do gênero ‘pode nos falar qual é o seu problema’, ‘porque você não aceita a deus’ ou algo do gênero enquanto busca fazer suas melhores expressões de sobrancelhas caídas para os cantos e olhares de ‘pode falar’.
Claro que a pessoa lúcida e inteligente apenas sentirá vontade de falar ‘estou conversando com um asno’.
Isso entra na mitologia crente que ‘as pessoas apenas se sentem felizes se estiverem indo à igreja como eu’. A necessidade crente de auto-afirmação se convencendo estar fazendo a única coisa que poderia fazer uma pessoa feliz: não se aprofundar intelectualmente sobre nada e fugir de responder intelectualmente quando alguma falha é apontada. Claro que essa necessidade de auto-afirmação também traz outras coisas como a semiconsciência que não estar se aprofundando racionalmente em lidar com problemas não costuma levar as pessoas muito longe, a infantilidade intelectual de buscar compreender todas as diferenças de idéias em outras pessoas como conseqüência de crises emocionais, evitar lidar com a questão ‘mas eu sou realmente tão mais feliz assim?’.
A realidade é que felicidade de verdade tem mais a ver com suprir necessidades emocionais através de autoconhecimento NÃO de evitar confrontá-las as jogando para algum ponto do fundo de seu inconsciente.
Acredite o que quiser sobre a vida pessoal da pessoa, mas as contradições estarão na bíblia de qualquer forma.
VIGÉSIMO QUARTO: SÓ A BÍBLIA INTEIRAÉ comum escutarmos essa asneira, ao criticarmos qualquer coisa na bíblia. A resposta típica é: “Por acaso você já leu a bíblia inteira para saber do que se trata?”.
Essa desculpa é no mínimo irônica, pois a maioria das pessoas que a proferem jamais leram a bíblia inteira. Ou seja, parte do pressuposto que para elogiar a bíblia, basta ler um versículo só que seja, mas para criticá-la, tem que lê-la toda.
Além do mais, qualquer um que realmente leu a bíblia toda, nunca vai dizer tal coisa, pois sabe que
não é necessário ler a bíblia toda para comentar alguma passagem, basta usar uma simples bíblia com referências e pronto.
VIGÉSIMO QUINTO: PORQUE CRISTO TE INCOMODA?E lá vamos nós de novo. Mais uma justificativa que não se dirige às contradições apontadas buscando desviar para alguma pieguice emocional, essa ainda mais pobremente miserável: A idéia que a pessoa não está apresentando as falhas da bíblia por elas simplesmente existirem mas por ‘estar resistindo à presença de cristo’
Esse argumento, assim como o 23º, tende a tirar proveito se a pessoa realmente possuir algum problema emocional que não consiga resolver por si própria.
É baseado em ‘nós sabemos que as contradições existem, mas vamos negar, você vai estar aí sozinho falando essa verdade, mas você vai estar sozinho. Mas se você passar a mentir e negar como nós estamos fazendo você terá um grupo de suporte ao seu problema’.Isso acaba gerando a famosa conversão de
‘perdidos para fanáticos religiosos’. Em linhas gerais é uma forma de comprar a colaboração da pessoa baseada em suas fragilidades emocionais, uma vez dentro e apegada a esse grupo de suporte a pessoa vai defender qualquer fanatismo possível relacionado. As igrejas se baseiam excessivamente em explorar esse tipo de fiel como ‘exemplar’.
Contudo isso gera duas coisas:
- Primeira que os erros e as contradições da bíblia continuam lá, não mudou nada nesse sentido;
- Segundo que os problemas emocionais com que a pessoa lidava também continuam lá.
Ela apenas partiu para uma forma radical de fugir deles se escondendo no meio de um grupo de suporte e o mais que esses problemas o incomodarem o mais fanática a pessoa se torna.
Nisso entra os crentes com tendência gay que se tornam homofóbicos, temor da sexualidade feminina levando a buscar reduzir direitos da mulher e qualquer busca por extensão de exercer o controle em outras pessoas para nunca precisar ver o que sente medo em si mesmo incluindo o fato de que algumas pessoas não apenas não se ‘incomodam com cristo’ como não sentem necessidade nenhuma dele.
Exemplo clássico da justificativa 25º e sua característica exploração de problemas emocionais alheios para proveito próprio está na ‘conversão de Shaylon’, criador da extinta comunidade Contradições da Bíblia, comentada pelo
pastor Alexandre.