Como o telefone celular surgiu há apenas dez anos, há uma grande dúvida: se a absorção da radiação pelo corpo humano é um processo cumulativo ou não. “Ainda não temos como oferecer uma resposta, pois um estudo exigiria o acompanhamento do problema por 20 ou 30 anos. Sabemos que corpo é capaz de compensar danos em células, mesmo porque vivemos sob outras radiações, como as do televisor ou do raio-ultravioleta do sol. Mas existe a hipótese de que havendo danos grandes e permanentes às células, tais erros aumentem e se acumulem a outros, caso a incidência de radiação seja contínua”, afirma a professora Juliana Heinrich, bióloga e geneticista responsável pelo Laboratório de Citogenética e Cultivo Celular, do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism).