Autor Tópico: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia  (Lida 2580 vezes)

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Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Online: 19 de Setembro de 2006, 21:20:36 »
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O Exército tailandês anunciou nesta terça-feira um golpe de Estado contra o premiê Thaksin Shinawatra, cercando seu escritório com tanques, tomando o controle de redes de TV e declarando a instituição de uma autoridade provisória leal ao rei tailandês.

O golpe ocorreu enquanto Thaksin está nos Estados Unidos, participando da 61ª Assembléia da ONU. Após ser informado da ação, ele declarou estado de emergência em Bancoc à rede de TV Channel 9, de Nova York.
Sakchai Lalit/AP

Soldado tailandês protege palácio do governo após golpe de Estado

Um anúncio divulgado na TV e na rádio tailandesa declara que um "Conselho de Reforma Administrativa" leal ao rei Bhumibol Adulyadej, que passa a ser o chefe de Estado, tomou o poder em Bancoc e nas Províncias da região "sem encontrar resistência".

"O comandante das Forças Armadas e da Polícia Nacional conseguiram tomar Bancoc e a região da capital, com o objetivo de manter a paz e a ordem. Não houve resistência", diz o anúncio. "Pedimos a cooperação da população e pedimos desculpas pelo inconveniente".

O golpe foi a primeira intervenção militar na Tailândia desde 1992, quando uma tentativa lançada pelo então primeiro-ministro Suchinda Kraprayoon, um general, de tomar o poder foi detida por meio de demonstrações populares.

Ao menos 14 tanques de guerra cercaram o escritório de governo nesta terça-feira. Centenas de soldados foram destacados para se colocarem em locais estratégicos de Bancoc, incluindo instalações de governo e avenidas importantes.

O porta-voz do Exército, Akara Chitroj, disse à imprensa que o vice-premiê Chitchai Wannasathit foi deposto do cargo. "O governo já não administra o país", afirmou. "Acredito que Shinawatra não retornará à Tailândia", acrescentou.

Segundo o porta-voz, militares prenderam Wannasathit e o ministro da Defesa, Thammarak Isaragura na Ayuthaya, e o vice-premiê concordou em renunciar.

O golpe acontece um dia depois de uma grande manifestação ocorrida em Bancoc para protestar contra o governo de Thaksin, acusado de corrupção e abuso de poder.

Os protestos em massa pela renúncia de Thaksin tiveram início no ano passado, como resultado de uma crise política que durou vários meses. Nos últimos dias, Thaksin admitiu a possibilidade de abandonar o governo tailandês.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u100214.shtml

Offline Diego

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #1 Online: 19 de Setembro de 2006, 21:50:41 »
não ia ser nada mal de aprontassem uma dessa aqui no brasil!

pelo menos não precisariamos esperar 4 anos pra ver o lula sair do poder! :P

Offline Unknown

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #2 Online: 13 de Abril de 2009, 21:55:47 »
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Tiros são dados na passagem do veículo do primeiro-ministro da Tailândia

Vários policiais e manifestantes ficaram feridos por arma de fogo durante o tiroteio que aconteceu quando o carro oficial do primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, deixava o Ministério do Interior, em Bangcoc, informou a rádio estatal.

De acordo com o canal de televisão "PBS", durante o tiroteio Vejjajiva estava com o vice-primeiro-ministro Suthep Thaugsuban dentro do Ministério, onde no começo da manhã se concentraram várias dezenas de manifestantes antigovernamentais para protestar contra a detenção de um de seus líderes.

Ainda se desconhece o número de pessoas feridas.

Segundo testemunhas, soldados das forças de segurança realizaram depois disparos para o ar para tentar dissolver um grupo de manifestantes que avançou sobre o veículo do primeiro-ministro.

Por outro lado, cerca de meio centena de opositores do Governo entraram nas dependências do Ministério do Interior sem quase encontrar resistência por parte dos soldados que estão desdobrados perante as portas do prédio.

O incidente teve lugar pouco depois que o Governo de Vejjajiva declarou o estado de exceção em Bangcoc e em outras cinco províncias vizinhas com a finalidade de restaurar a ordem e pôr fim aos protestos antigovernamentais.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/12/tiros+sao+dados+na+passagem+do+veiculo+do+primeiro+ministro+da+tailandia+5480052.html
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Governo decreta estado de emergência em Bangcoc

O governo tailandês decretou estado de emergência na capital Bangcoc e arredores, depois que centenas de manifestantes invadiram o Ministério do Interior e atacaram um carro que eles acreditavam estar levando o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva. Soldados dispararam tiros de advertência, mas não entraram em confronto direto com os manifestantes. O premiê havia saído em segurança mais cedo.

Grupos que apoiam o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que fugiu do país depois de ser acusado de corrupção, vêm bloqueando o acesso a prédios do governo na última semana e prometeram manter a pressão até que Abhisit renuncie.

No sábado, o governo tailandês foi obrigado a cancelar a Cúpula de Países Asiáticos, que aconteceria no balneário de Pattaya, por causa dos protestos. O fracasso do encontro deixou o premiê em uma posição delicada e ele prometeu medidas duras para restaurar a ordem.


Manifestantes forçaram o cancelamento da cúpula da Asean

A primeira delas foi a declaração do estado de emergência acompanhada de um anúncio televisionado em rede nacional.

"O governo vem tentando evitar a violência, mas os protestos cresceram e (os manifestantes) estão usando métodos incompatíveis com a constituição", declarou o premiê Abhisit.

Com o estado de emergência, podem ser proibidos encontros de mais de cinco pessoas, a imprensa pode ser censurada e o exército pode ser mobilizado para ajudar a polícia a manter a ordem, como já está acontecendo com a utilização de tanques para patrulhar as ruas de Bangcoc.

No ano passado, o governo instaurou estado de emergência em diversas ocasiões, mas os militares se recusaram a apoiar as medidas.

Segundo especialistas, o problema para Abhisit é que ele chegou ao poder depois de protestos parecidos com estes, só que liderados por manifestantes contrários ao governo anterior, formado por aliados do ex-premiê exilado Thaksin Shinawatra.

A violência nas ruas tailandesas já causou ao país um prejuízo de US$ 6 bilhões com a queda no turismo, exatamente no momento em que a economia sofre por causa da redução nas exportações.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/04/12/governo+decreta+estado+de+emergencia+em+bangcoc+5480112.html
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Manifestação termina em confronto na Tailândia; ao menos 68 pessoas ficam feridas

Pelo menos 68 pessoas ficaram feridas em Bangcoc, na Tailândia, durante um confronto entre o Exército e centenas de manifestantes que bloqueavam um cruzamento do centro da cidade, que está sob estado de emergência.


Soldado tailandês passa por fogo ateado por manifestantes

O confronto aconteceu na noite deste domingo (horário de Brasília, madrugada de segunda-feira na Tailândia), quando o Exército usou bombas de gás lacrimogênio e deram tiros para o alto na tentativa de dispersar o protesto.

"Mais de 400 soldados estão envolvidos na operação", declarou o porta-voz militar, coronel Sunsern Kaewkumnerd. "Começamos com medidas leves e, depois, passaremos para as mais duras. Evitaremos sacrificar vidas humanas, tal como o governo ordenou."

No embate, pelo menos 68 pessoas ficaram feridas, e duas delas se encontravam "em estado crítico", de acordo com os serviços de socorro. Um médico que pediu para não ser identificado disse que dois manifestantes tinham ferimentos a bala.

"Confirmo que, até o momento presente, não houve mortos", declarou à AFP o responsável pelos serviços médicos nacionais de Urgências, Chatree Charoencheewakul.

Crise política

No sábado, milhares de manifestantes provocaram o cancelamento de uma cúpula asiática ao invadir o hotel do balneário de Pattaya, onde acontecia a reunião, obrigando os convidados a fugir de helicóptero.

A tensão aumentou neste domingo com a detenção do líder dos manifestantes de Patttaya, o ex-cantor de pop Arisman Pongreungrong.

Assim que a notícia da detenção de Pongreungrong foi revelada, as ruas de Bangcoc foram tomadas por milhares de seus simpatizantes, que exigiram sua libertação imediata.

O primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, decretou, então, o estado de emergência na capital e em sua região. A medida dá mais poderes às forças da ordem, e proíbe as reuniões de mais de cinco pessoas. Abhisit ameaçou em seguida recorrer à força contra os manifestantes.

Esta é a terceira vez em menos de oito meses que as autoridades decretam o estado de emergência na região de Bangcoc, devido à interminável crise política que assola o país.

O ex-primeiro-ministro, Thaksin Shinawatra, 59 anos, foi derrubado por generais fiéis ao rei em 2006 e fugiu do país para evitar uma condenação e diversas investigações por atos de corrupção. O polêmico empresário continua muito popular em seu país.

Abhisit Vejjajiva, 44 anos, se tornou primeiro-ministro no dia 15 de dezembro por meio de uma derrubada de aliança parlamentar consecutiva a gigantescas manifestações de partidários do rei, que incluíram uma ocupação de oito dias dos dois aeroportos de Bangcoc.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/12/manifestacao+termina+em+confronto+na+tailandia+5487912.html
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Exército tailandês afirma que restabelecerá a ordem por todos os meios

O Exército da Tailândia utilizará "todos os meios possíveis" para restabelecer a ordem em Bangcoc, onde prosseguiam nesta segunda-feira os confrontos violentos com manifestantes da oposição, advertiu o comandante das Forças Armadas, Songkitti Jaggabatara.

"Os soldados usarão todos os meios para restabelecer a ordem rapidamente", declarou o general Songkitti em um discurso exibido pela televisão.

"Não usaremos a força para reprimir nosso povo, pois somos plenamente conscientes de que são tailandeses. Mas nos reservamos o direito de fazer uso das armas em legítima defesa", completou o comandante militar.

Enfrentamentos violentos prosseguiam nesta segunda-feira em um bairro de Bangcoc onde as tropas abriram fogo como forma de advertência, com o objetivo de dispersar os manifestantes que atiravam coqueteis molotov e pedras.

Os confrontos deixaram pelo menos 74 feridos, segundo um balanço provisório divulgado por fontes médicas.

O governo tailandês decretou no domingo estado de emergência em Bangcoc e seus arredores.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/13/exercito+tailandes+afirma+que+restabelecera+a+ordem+por+todos+os+meios+5491953.html
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Sobe para dois o número de mortos na Tailândia

Subiu para dois o número de mortos e 103 o de feridos nos choques entre o Exército da Tailândia e manifestantes que protestam contra o governo na capital Bangcoc, que está desde ontem sob estado de exceção, assim como cinco províncias nas fronteiras do país.

As mortes de dois civis, um de 50 e outro de 19 anos, ocorreram no bairro de Nang Lergn, próximo à sede de governo, onde manifestantes atiraram com pistolas em moradores que criticavam os protestos, disse o ministro-adjunto na chefia do governo, Sathit Wongnongtoey, ao "Canal 11" de televisão.

O chefe do Centro Médico de Emergências de Bangcoc, Phetpong Kamchornkijkarn, explicou que outras nove pessoas foram internadas no hospital feridas a bala, entre eles seis em estado grave.


Manifestante corre de soldado durante protesto

Ao longo do dia, os soldados dispararam suas metralhadoras em repetidas ocasiões para dispersar os grupos de manifestantes que reapareciam em várias zonas da capital.

Os opositores saíram às ruas sob o incentivo da recente declaração do ex-primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra, que na noite anterior, falando de seu exílio, convocou seus defensores a fazerem uma revolução.

Garantia de controle

O governo da Tailândia anunciou ter adotado medidas destinadas a garantir seu controle sobre portos e aeroportos para impedir a repetição do que aconteceu no final do ano passado, quando milhares de opositores a Shinawatra ocuparam os dois terminais aeroportuários de Bangcoc durante uma semana.

"O Comando de Operações de Emergência utilizará todos os meios disponíveis para restabelecer rapidamente a ordem e reabrir o tráfego para que a população possa retomar suas vidas", disse o chefe das Forças Armadas tailandesas, Songkitti Jaggabatara, após reunião urgente com altos comandantes militares e policiais.


Manifestantes incendiaram ônibus e criaram barricadas / AP

Ao anoitecer (pelo horário local), cerca de 10 mil seguidores de Shinawatra, deposto em um golpe de Estado militar em 2006, seguiam entrincheirados atrás de pneus e cercas metálicas em ruas próximas à sede do governo e atacavam com bombas o quartel-general do Exército, onde causaram danos de pouca gravidade.

Os confrontos começaram antes do amanhecer, a certa distância do epicentro do protesto situado ao lado do Palácio do Governo, quando as tropas enfrentaram milhares de ativistas que bloqueavam desde a sexta-feira uma das principais ruas de Bangcoc.

Perto do meio-dia (horário local), em um breve discurso transmitido pelos canais estatais de televisão, o primeiro-ministro tailandês, Abhisit Vejjajiva, pediu aos manifestantes para que deixassem as ruas de Bangcoc e pediu a cooperação da população para restabelecer a ordem na capital.

Temor de mais confrontos

Vários países recomendaram a seus cidadãos que evitem as viagens a Bangcoc, que celebraria nesta segunda-feira a festa de Songkran, durante a qual as pessoas atiram com pistolas de água. Mas a cidade está em clima de tensão, com várias lojas fechadas e medidas de segurança extremas.

No sábado, milhares de manifestantes forçaram o cancelamento de uma reunião asiática ao invadir um hotel da cidade balneária de Pattaya. Os dirigentes dos países participantes foram obrigados a fugir em helicópteros

A tensão aumentou no domingo com a prisão do líder dos manifestantes de Pattaya, o ex-cantor pop Arisman Pongreungrong.

Milhares de "camisas vermelhas" atacaram veículos oficiais diante da passividade de muitos soldados.

Premiê polêmico

Thaksin Shinawatra, 59 anos, polêmico empresário bilionário que foi premiê de 2001 a 2006, quando foi derrubado por generais monárquicos, fugiu para o exterior para evitar uma condenação de diversas investigações por corrupção, mas continua sendo popular, sobretudo entre as pessoas mais pobres.

Abhisit Vejjajiva, 44 anos, é primeiro-ministro desde 15 de dezembro, depois da mudança na maioria parlamentar em consequência de manifestações pró-monarquia que acabaram com a ocupação dos dois aeroportos de Bangcoc.

Os "camisas vermelhas" acusam Abhisit de ser um "fantoche" nas mãos do Exército e de alguns conselheiros do rei Bhumibol Adulayadej.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2009/04/13/sobe+para+2+o+numero+de+mortos+na+tailandia+5500918.html (vídeo no site)
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Entenda os protestos e a crise política na Tailândia

A Tailândia enfrenta uma grave crise política desde que o premiê Thaksin Shinawatra foi retirado do poder por um golpe militar, em setembro de 2006. Desde então, partidários e opositores do ex-premiê vêm travando uma batalha política sobre quem deve liderar o país.

Em dezembro de 2008, o líder do Partido Democrata, Abhisit Vejjajiva, foi eleito primeiro-ministro, mas sua eleição não pôs fim à crise, como muitos esperavam.

Confira abaixo algumas perguntas e respostas sobre a crise na Tailândia.

Quem são os manifestantes pró-Thaksin?
Thaksin continua sendo apoiado por tailandeses mais pobres das zonas rurais, que se beneficiaram com políticas populistas implementadas durante os cinco anos do seu governo.

O principal movimento pró-Thaksin é a Frente Unida por Democracia contra Ditadura (UDD, na sigla em ingês). Seus manifestantes costumam usar camisetas vermelhas.

A UDD afirma que o premiê Abhisit Vejjajiva chegou ao poder de forma ilegal, e o acusa de ser comandado pelos militares tailandeses. A frente pede a renúncia de Abhisit e a convocação de novas eleições.

Desde março, manifestantes pró-Thaksin têm feito protestos em frente a prédios do governo, inclusive impedindo algumas reuniões de ministros.

No dia 11 de abril, eles forçaram o cancelamento de uma reunião da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), invadindo um centro de conferências no resort de Pattaya, no litoral tailandês. No dia seguinte, invadiram o prédio do Ministério do Interior e bloquearam estradas em Bangcoc. Abhisit declarou estado de emergência.

As táticas do grupo pró-Thaksin são semelhantes às usadas por manifestantes anti-Thaksin no ano passado, que acabaram provocando a saída do primeiro-ministro na época.

Quem são os manifestantes anti-Thaksin?
Os opositores a Thaksin formam a Aliança do Povo pela Democracia (PAD, na sigla em inglês) e usam camisetas amarelas, em homenagem à monarquia tailandesa.

Uma das acusações dos manifestantes é a de que Thaksin não é leal ao rei tailandês.

O PAD é formado por partidários da monarquia, empresários e pessoas da classe média urbana. O movimento é liderado pelo empresário do setor de comunicação Sondhi Limthongkul e pelo ex-general Chamlong Srimuang, que é aliado próximo do general Prem Tinsulanonda, assessor especial do rei tailandês.

O PAD acusa Thaksin de ter incorrido em corrupção e nepotismo durante seu governo. As manifestações do movimento foram centrais à época do golpe militar que retirou Thaksin do poder em 2006.

Em 2008, os manifestantes do PAD protestaram contra o Partido do Poder do Povo (PPP), visto como uma continuação do partido de Thaksin, que havia sido banido.

Durante os protestos, o palácio do governo foi tomado por três meses. O principal aeroporto de Bangcoc ficou paralisado por uma semana, afetando fortemente a indústria do turismo.

Os manifestantes anti-Thaksin lideraram movimentos considerados centrais na derrubada de dois primeiros-ministros: Samak Sundaravej e Somchai Wongsawat, que é cunhado de Thaksin.

Como Abhisit chegou ao poder?
Em meio aos protestos de dezembro de 2008, a Corte Constitucional da Tailândia condenou o partido PPP, dos aliados de Thaksin, por fraude eleitoral. Os líderes do partido foram banidos da vida política do país por cinco anos.

A condenação levou a um novo impasse entre as forças políticas tailandesas. No entanto, um pequeno grupo de parlamentares pró-Thaksin mudou de lado e passou a apoiar o Partido Democrata.

Isso fez com que o líder do Partido Democrata, Abhisit Vejjajiva, formasse um novo governo e se tornasse primeiro-ministro, sem a convocação de eleições gerais.

O Partido Democrata não é aliado oficialmente a qualquer dos grupos de manifestantes, mas, no passado, alguns integrantes do movimento anti-Thaksin PAD fizeram parte do partido.

Onde está Thaksin agora?
Thaksin se diz "um cidadão do mundo", e viaja bastante para Dubai, China, Grã-Bretanha e Hong Kong.

Se voltar à Tailândia, ele será preso. Ele foi condenado a dois anos de prisão por corrupção.

Seu projeto de longo prazo não está claro. Ele já disse que não pretende voltar à política, mas também afirmou que tem um papel em liderar a Tailândia durante a crise econômica mundial. Thaksin tem conversado com seus partidários na Tailândia através de vídeo-conferências.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/04/13/entenda+os+protestos+e+a+crise+politica+na+tailandia+5492088.html

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #3 Online: 14 de Abril de 2009, 16:49:11 »
Sai um governo ruim e entra outro (pior ainda)...

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #4 Online: 14 de Abril de 2009, 18:50:22 »
Protestos em Bangcoc estão 'sob controle', diz premiê

O primeiro-ministro da Tailândia, Abhisit Vejjajiva, disse nesta segunda-feira à BBC que soldados controlaram a situação na capital do país, Bangcoc, depois de um dia de confrontos contra manifestantes de oposição ao governo.

"Acreditamos que agora temos a situação sob controle. As pessoas que ainda estão (nas ruas) estão, em sua maioria, ao redor da sede de governo, e vamos tentar encontrar a melhor solução nos próximos dias", disse o premiê.

Dezenas de pessoas ficaram feridas nos confrontos entre soldados armados e opositores do governo que protestavam no centro de Bangcoc. O governo confirmou pelo menos uma morte.

Na sua entrevista por telefone à BBC, Vejjajiva afirmou que as pessoas têm o direito de fazer manifestações pacíficas, mas não têm permissão para perturbar a ordem ou incitar outras pessoas a "desrespeitarem a lei, não podem intimidar e usar a violência contra outras pessoas".

"Creio que foram vistas no noticiário duas tentativas de me matar na semana passada, e o que estamos tentando fazer agora é restaurar a ordem."

"Queremos uma reforma política inclusiva, convidamos a oposição, mas não vamos permitir que a violência, intimidação e o desrespeito às leis se transformem na regra na Tailândia", afirmou.

Centenas de manifestantes, partidários do ex-premiê Thaksin Shinawatra, fazem protestos há quase uma semana pedindo a renúncia de Vejjajiva, eleito pelo Parlamento em dezembro do ano passado.

Os opositores dizem que Vejjajiva não tem legitimidade para governar o país.

Ônibus incendiados

Segundo o correspondente da BBC em Bangcoc Alastair Leithead, tropas fiéis ao governo atiraram contra uma multidão nesta manhã em um dos principais cruzamentos da cidade. Os manifestantes teriam retaliado ateando fogo em um ônibus e lançando bombas inflamáveis e de gás lacrimogêneo na direção dos soldados.

O porta-voz do Exército, coronel Sansern Kaewkamnerd, afirmou que os soldados não dispararam balas de verdade contra os manifestantes.

"Se os manifestantes demonstrarem que querem machucar os soldados, vamos usar rifles de treinamento militar contra eles, com balas falsas, de papel, que não vão machucar os manifestantes", afirmou.

Vejjajiva rejeitou as acusações dos manifestantes de que alguns deles foram mortos e acrescentou que não houve confirmação dos hospitais.

"Realizamos as operações da forma mais contida possível. Toda a imprensa está lá e eu chequei com todos os hospitais, onde quer que tenham ocorrido confrontos, e não há confirmação de uma única morte", disse.

O primeiro-ministro afirmou antes que 70 pessoas ficaram feridas, incluindo 23 soldados.

Ano Novo

Esta segunda é o começo do feriado de três dias do Ano Novo tailandês e alguns manifestantes entregaram rosas para os soldados, como sinal de paz.

Em entrevista à BBC, Thaksin Shinawatra negou qualquer envolvimento na organização dos protestos, mas disse que está oferecendo seu "apoio moral" aos opositores de Vejjajiva.

Falando de Dubai, o ex-premiê disse que as tropas do governo estão "oprimindo as manifestações de forma brutal e escondendo evidências de várias mortes". O governo nega.

No domingo, o governo tailandês decretou estado de emergência na capital Bangcoc e arredores, enquanto centenas de manifestantes, conhecidos como "camisas vermelhas", invadiam o Ministério do Interior e atacavam um carro que eles acreditavam estar levando o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva.

Estradas e pelo menos uma estação de trem foram bloqueadas pelos protestos e manifestantes tomaram ônibus e tanques que patrulhavam as ruas.

Grupos que apoiam Shinawatra, que fugiu do país depois de ser acusado de corrupção, estão acampados em frente à sede do governo e vêm bloqueando o acesso aos prédios governamentais. Eles prometem manter a pressão até que Abhisit renuncie.

Com o estado de emergência, podem ser proibidos encontros de mais de cinco pessoas, a imprensa pode ser censurada e o exército pode ser mobilizado para ajudar a polícia a manter a ordem, como já está acontecendo.

No sábado, o governo tailandês foi obrigado a cancelar a Cúpula de Países Asiáticos, que aconteceria no balneário de Pattaya, por causa dos protestos. O fracasso do encontro deixou o premiê em uma posição delicada e ele prometeu medidas duras para restaurar a ordem.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/04/090413_tailandiaatualiza.shtml (vídeo no site)

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #5 Online: 14 de Março de 2010, 16:17:05 »
Milhares exigem renúncia do governo da Tailândia

Milhares de pessoas vestindo camisetas vermelhas foram às ruas da capital da Tailândia, Bangcoc, neste domingo para pedir novas eleições no país e manifestar apoio ao primeiro-ministro deposto em 2006, Thaksin Shinawatra.

Os "camisas-vermelhas" também determinaram que o prazo para o atual governo, que acusam de ser "ilegítimo" e apoiado pelos militares, renunciar é meio-dia (horário local) de segunda-feira e dizem estar dispostos a espalhar os protestos por todo o país.


Partidários do premiê deposto participam de protesto em Bangcoc

O primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva já avisou, no entanto, que não pretende renunciar.

Apesar do tom de ameaça dos manifestantes, de acordo com a correspondente da BBC na capital tailandesa, Rachel Harvey, a passeata que reúne cerca de 100 mil pessoas transcorre de forma pacífica.

As tropas de choque do governo, que contam com cerca de 40 mil homens, acompanham a multidão, mas estão mantendo a distância, sem tentar intervir nos protestos.

Reduto de Thaksin

Muitos dos manifestantes em Bangcoc saíram do norte do país, o principal reduto político de Thaksin na Tailândia.

Um dos líderes da oposição, Veera Musikapong, discursou em um palanque no centro da capital.


Soldados garantem segurança de área durante protesto

"Camisas-vermelhas de todo o país apelam para o governo devolver o poder ao povo e dissolver a casa imediatamente. Vamos nos manter aqui e esperar por uma resposta durante 24 horas", afirmou.

As manifestações foram convocadas pelo grupo Frente Unida pela Democracia contra a Ditadura (UDD, na sigla em tailandês).

Para eles, o governo de Abhisit chegou ao poder de forma ilegítima e com o apoio dos militares e da elite de Bangcoc.

Instabilidade política

O ambiente político na Tailândia é instável desde 2006, quando manifestantes de camisas amarelas, contrários a Thaksin, começaram a exigir a denúncia do primeiro-ministro, acusado de corrupção.

Um golpe de Estado acabou depondo Thaksin, mas aliados dele voltaram ao poder em 2008 e ocuparam o gabinete do primeiro-ministro por três meses e os dois principais aeroportos de Bangcoc por uma semana.


Manifestante com cartaz em que se lê "Ditadores, vão para o inferno"

Atualmente, Thaksin vive em autoexílio em Dubai, depois de ter sido condenado à revelia a dois anos de prisão por abuso de poder. Os seus simpatizantes afirmam que o julgamento foi político.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2010/03/14/tailandia+milhares+exigem+renuncia+do+governo+9427265.html

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #6 Online: 15 de Março de 2010, 10:35:32 »
Premiê tailandês rejeita ultimato de manifestantes

O premiê tailandês, Abhisit Vejjajiva, apareceu em cadeia nacional de TV para rejeitar os pedidos para que renuncie e convoque novas eleições, as principais reivindicação dos manifestantes que tomaram as ruas de Bangcoc no fim-de-semana.

Enquanto o premiê falava na TV, dezenas de milhares de manifestantes estavam reunidos em frente ao quartel militar onde Abhisit está abrigado, por precaução, desde o início dos protestos.

Os protestos transcorreram sem incidentes, mas dois soldados ficaram feridos quando granadas explodiram dentro de uma outra base militar. Segundo um porta-voz do Exército, não se sabe quem teria jogado as granadas.

Os manifestantes prometeram manter os protestos até Abhisit deixar o poder. Os protestos estão sendo realizados por simpatizantes do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, afastado do cargo por um golpe militar em 2006 e condenado por abuso de poder, foram os maiores dos últimos anos.

Calma

O governo mobilizou cerca de 50 mil policiais e militares para reforçar a segurança nos quartéis da capital, Bangcoc.

No fim-de-semana, os manifestantes, conhecidos como "camisas vermelha", haviam dado prazo até esta segunda-feira para que Abhisit renunciasse ao cargo.

"Os manifestantes exigiram que eu dissolvesse o Parlamento hoje, antes do meio-dia (02h00, hora de Brasília), mas os partidos da coalizão concordaram que a exigência não pode ser cumprida", disse o premiê.

"As eleições precisam ser realizadas sob regras comuns e genuína calma. Precisamos ouvir as vozes das outras pessoas, não apenas as dos manifestantes."

Segundo a correspondente da BBC em Bangcoc, Rachel Harvey, não há sinais de que nenhum dos lados esteja disposto a fazer concessões.

Cerca de cem mil pessoas participaram dos protestos na capital, no domingo, que culminaram com um discurso, em vídeo, em que o ex-premiê Thaksin Shinawatra disse que estava trazendo a democracia para a Tailândia.

Thaksin se auto-exilou depois de ter sido condenado a dois anos de prisão por abuso de poder, em um julgamento ao qual não compareceu.

Seus simpatizantes afirmam que o caso teve motivações políticas e que o atual governo foi instalado ilegalmente.

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=23643301

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #7 Online: 16 de Março de 2010, 09:45:33 »
Manifestantes derramam sangue em protesto na Tailândia

Milhares de manifestantes oposicionistas derramaram nesta terça-feira na frente da sede do governo tailandês, em Bangcoc, centenas de litros de sangue humano como forma de protesto contra o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva.


Manifestantes derrubam sangue em frente à sede do governo

Os partidários da Frente Unida pela Democracia contra a Ditadura (UDD, na sigla em tailandês), também conhecidos como "camisas-vermelhas", passaram o dia coletando sangue para poder fazer esse derramamento às 17h do horário local (7h em São Paulo).

O grupo já estava acampado no centro da capital tailandesa há mais de três dias, exigindo que Vejjajiva dissolva o Parlamento e convoque eleições diretas imediatamente. Eles apoiam o ex-primeiro ministro e bilionário exilado Thaksin Shinawatra, deposto em 2006 depois de um golpe de Estado.

A meta do protesto organizado pela UDD era reunir pelo menos 100 mil manifestantes para coletar mil litros de sangue para "encharcar o escritório do premiê", afirmou um dos líderes do movimento, Weng Tojirakarn. ao jornal local The Nation.


Manifestantes carregam sangue humano em protesto

"É uma forma pacífica de lutar. Queremos ver se o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva tem coragem de caminhar sobre o nosso sangue para ir trabalhar no Congresso" disse Weng.

O manifestante afirmou que se Vejjajiva não renunciar, mais sangue será derramado no escritório do Partido Democrático e na residência do premiê.

Ultimato

Cerca de 500 enfermeiros e médicos coletaram as doações em três barracas improvisadas montadas no centro da capital.

A iniciativa não teve adesão total entre os manifestantes, pois alguns temiam pelas condições de higiene na doação de sangue.


Homem doa sangue para protesto
 
Além disso, aos poucos, os manifestantes foram abandonando o protesto por estarem esgotados por causa do calor e da longa duração do evento. A manifestação nos arredores do quartel aonde o premiê estaria abrigado teve início na última sexta-feira.

O "banho de sangue" ocorre após a rejeição de Vejjajiva ao ultimato feito pela UDD exigindo sua renúncia e a dissolução do Parlamento até o meio-dia de segunda-feira. Mas o primeiro-ministro disse em anúncio transmitido pela TV que permaneceria no cargo, pois "precisa ouvir a voz de toda a nação, não apenas dos manifestantes".

Incerteza

A situação política na Tailândia é incerta desde 2006, quando manifestantes contrários a Thaksin, os "camisas-amarelas", foram às ruas exigir a renúncia do primeiro-ministro, acusado de corrupção.

Thaksin acabou deposto em golpe de Estado naquele ano, mas mostrou força política em 2008, quando aliados dele voltaram ao poder e ocuparam o gabinete do primeiro-ministro por três meses.

Na ocasião, confrontos entre apoiadores e opositores de Thaksin resultaram na ocupação e fechamento dos dois principais aeroportos de Bangcoc por uma semana.

Atualmente, Thaksin vive exilado, viajando pelo exterior, mas passando a maior parte do tempo em Dubai. Ele foi condenado à revelia a dois anos de prisão por abuso de poder.

Há pouco mais de uma semana ele perdeu US$ 1,4 bilhão da sua fortuna pessoal estimada em US$ 2,3 bilhões após a Justiça tailandesa concluir que esse dinheiro teve origem ilegal. Os seus simpatizantes afirmam que o julgamento foi político.

Antes de tornar-se primeiro-ministro, Thaksin já era bastante rico e possuía, entre outros negócios, a companhia de telecomunicações Shin Corp. A empresa foi vendida ao fundo soberano Tamasek, de Cingapura, em janeiro de 2006, numa operação controversa que acabou desencadeando os protestos que resultaram em sua queda.

http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2010/03/16/manifestantes+realizam+derramamento+de+sangue+na+tailandia+9429508.html

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #8 Online: 20 de Março de 2010, 19:29:29 »
Carreata com 25 mil "camisas vermelhas" para capital tailandesa

Cerca de 25 mil seguidores do ex-primeiro-ministro tailandês Thaksin Shinawatra, conhecidos como "camisas vermelhas", marcharam hoje por Bangcoc exigindo, de forma pacífica, a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições antecipadas.

Em carros, caminhonetes e motocicletas, os manifestantes da Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura, a plataforma política dos eleitores de Shinawatra, percorreram cerca de 70 quilômetros das ruas da capital sem causar incidentes, apenas tumultuando ainda mais o já caótico trânsito na capital.


De laranja, monge budista participa de protesto na Tailândia

Com bandeiras vermelhas em punho, a multidão gritou palavras de ordem contra o atual chefe do Executivo, Abhisit Vejjajiva, líder do Partido Democrata.

"Viajamos para chegar ao coração dos habitantes de Bangcoc e pedir a eles que se unam a nós, pobres camponeses, para derrubar o Governo apoiado pela elite", afirmou Veera Musikhapong, um dos líderes da Frente Unida, organizadora dos protestos.

Misikhapong pediu aos tailandeses que juntassem à marcha dos "camisas vermelhas" pelo resgate da "democracia", que, segundo o opositor, foi sequestrada pela classe endinheirada e pela aristocracia ligada à monarquia e ao Exército.

O protesto começou e terminou perto do antigo Palácio Real, onde os seguidores de Shinawatra estão acampados desde que, há uma semana, retomaram as manifestações.

Durante a marcha deste sábado, os manifestantes foram saudados por pessoas que paravam nas calçadas, ignorados por quem preferia seguir com suas obrigações e criticados por motoristas presos no engarrafamento.

Alguns seguidores de Shinawatra disseram à Agência Efe que se sentiam contentes com o clima de tranquilidade da carreata. Porém, não deixaram de fazer críticas ao primeiro-ministro e ao presidente do Conselho Real, Prem Tisunalonda, general da reserva e chefe de Governo durante os anos 1980.

"Prem é o causador de todos os problemas. Foi quem organizou o golpe de Estado contra Shinawatra e é quem sustenta o Governo ilegítimo de Abhisit", denunciou um "camisa vermelha".

A caravana de veículos, que teve o caminho aberto pela Polícia, foi acompanhada de perto pelas forças de segurança, que se diviram em grupos posicionados a uma distância de 500 metros um do outro.

A normalidade deu a tônica do protesto. Ainda assim, por precaução, alguns estabelecimentos comerciais, como as várias joalherias do movimentado bairro chinês de Bangcoc, fecharam suas portas ao público.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/03/20/carreata+com+25+mil+camisas+vermelhas+para+capital+tailandesa+9434391.html

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #9 Online: 14 de Abril de 2010, 10:54:47 »
"Camisas vermelhas" prometem "última batalha" contra Governo da Tailândia

Os seguidores do ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, conhecidos como os "camisas vermelhas", anunciaram nesta quarta-feira que concentrarão os protestos no distrito comercial de Bangcoc para "a última batalha" contra o Governo da Tailândia.

Centenas de manifestantes começaram a abandonar o outro ponto dos protestos perto do centro histórico da capital, onde, no último fim de semana, aconteceram violentos confrontos com os soldados.

O número de pessoas mortas chegou nesta quarta a 23 após o falecimento de um soldado e um civil em decorrência de ferimentos durante tiroteios e explosões de granadas.

Segundo o centro de emergência estatal, as vítimas incluem 19 civis, entre eles um repórter gráfico japonês que trabalhava para a agência de notícias "Reuters", e quatro militares.


Manifestantes prometem "última batalha" contra Governo da Tailândia

Dos 863 feridos durante os choques, 274 permanecem internados em mais de uma dezena de hospitais, 17 deles em unidades de terapia intensiva.

Veículos militares continuam no centro histórico da capital, onde na segunda-feira começaram as celebrações do ano novo tailandês, apesar de o Governo ter cancelado os eventos oficiais.

Alheios à violência dos últimos dias, tailandeses e turistas brincavam com pistolas de água para celebrar o ano novo budista, também conhecido como Songkran.

A Frente Unida para a Democracia e contra a Ditadura, plataforma de apoio a Shinawatra, está distribuindo DVDs com imagens que supostamente mostram soldados disparando contra os manifestantes.

Por sua parte, o Governo iniciou a busca e a captura dos pistoleiros, acusados de se misturarem com os "camisas vermelhas" para começar os tiroteios com as tropas, no sábado pela noite.

"Não podemos deixar os terroristas andarem livremente pelo país, temos suficientes provas fotográficas e vídeos que identificam aqueles que levavam fuzis M16 e AK-47", afirmou o vice-primeiro-ministro, Suthep Thuagsuban.

Os manifestantes, que iniciaram os protestos há um mês, exigem eleições antecipadas por considerarem que o Governo não é legítimo por não ter sido eleito nas urnas mas mediante pactos parlamentares.

Shinawatra, deposto por conta de um golpe de Estado em 2006 e foragido da justiça de seu país, acompanha os protestos desde o exílio.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/04/14/camisas+vermelhas+prometem+ultima+batalha+contra+governo+da+tailandia+9457602.html

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #10 Online: 16 de Abril de 2010, 17:48:50 »
Governo da Tailândia convoca Exército para restabelecer ordem em Bangcoc

O primeiro-ministro tailandês encarregou nesta sexta-feira o Exército do país de restabelecer a ordem em Bangcoc, onde os manifestantes antigovernistas intensificaram os protestos no bairro que ocupam há semanas.


O líder do governo, Abhisit Vejjajiva, endureceu suas decisões depois de um novo fracasso das forças de segurança. Eles tentaram, em vão, argumentar com os líderes dos "camisas vermelhas", que protestam há mais de um mês para conseguir antecipar as eleições.

Os dirigentes conseguiram escapar dos policiais que foram até o hotel onde eles estavam pela manhã. Um deles conseguiu fugir de maneira espetacular, saltando da varanda e descendo pela fachada do prédio com a ajuda de uma corda.


Arisman Pongruanrong escapa pela janela do hotel / AP

Essa operação "não foi bem sucedida, mas o governo continuará tentando", declarou Abhisit em um discurso transmitido pela televisão, sua primeira intervenção pública depois de quatro dias.

Ele anunciou que o chefe do Exército, Anupong Paojinda, irá, a partir de agora, "se encarregar da atual situação" em Bangcoc, no lugar do vice-primeiro-ministro, Suthep Thaugsuban.

Thaugsuban havia supervisionado uma tentativa, no dia 10 de abril, quando as forças de segurança foram recuperar o bairro ocupado pelos "camisas vermelhas" na antiga cidade. Eles tiveram que recuar após confrontos violentos com os manifestantes, que deixaram 23 mortos e mais de 850 feridos.

Um porta-voz do exército informou nesta sexta-feira que uma nova operação estava "planejada" para evacuar o único bairro ocupado pelos "vermelhas" no centro comercial e turístico. "Não sabemos quando e como", disse Sunsern Kaewkumnerd. Enquanto isso, Abhisit reafirmou que as autoridades estão atuando para "retomar a normalidade" em Bangcoc.


Tailandeses fazem manifestação com caixões das vítimas de confrontos

"Quando se deixa os militantes tomarem o controle, a situação nunca termina pacificamente", comentou Pavin Chachavalpongpun, pesquisador do Instituto dos Estudos sobre a Ásia, em Cingapura.

O Exército desempenha tradicionalmente um papel imprescindível na vida política do reino e alguns observadores não descartam a possibilidade de um golpe de Estado na atual e incontrolável situação.

Sob a perspectiva de uma invasão, os líderes dos "camisas vermelhas" continuaram, nos últimos dias, a reforçar os bloqueios do bairro de Ratchaprasong, que já tem os acessos fechados por caminhões e veículos posicionados estrategicamente.

Na perspectiva política, o impasse é total. Os "camisas vermelhas", considerados aliados próximos do ex-primeiro-ministro exilado Thaksin Shinawatra, "recusam" todas as negociações com o governo.

Eles afirmam que não deixarão Bangcoc enquanto não for anunciada a dissolução imediata da câmara baixa do Parlamento, bem como a saída de Abhisit, que chegou ao poder "ilegitimamente", segundo eles.

O primeiro-ministro, que não cogita renunciar, prevê novas eleições só para o fim do ano.

Silenciosos, os partidários do governo lançaram nesta sexta-feira um novo movimento: os "camisas rosas". Reunindo cinco mil pessoas, eles exigem uma ação concreta para "restabelecer a ordem".

Os "rosas" tomam o lugar dos "camisas amarelas", que foram às ruas em 2006 contra Thaksin e, dois anos mais depois, contra os partidários dele no poder.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/04/16/governo+da+tailandia+convoca+exercito+para+restabelecer+ordem+em+bangcoc+9460636.html

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #11 Online: 23 de Abril de 2010, 09:16:13 »
Polícia da Tailândia volta a entrar em confronto com "camisas vermelhas"

Centenas de policiais tailandeses voltaram a entrar em confronto com manifestantes contrários ao governo no distrito financeiro de Bangcoc, nesta sexta-feira, mas depois retrocederam, sem violência.

Na última quinta-feira, três pessoas morreram e ao menos 88 ficaram feridas na explosão de granadas na região das barricadas dos "camisas vermelhas", 12 dias depois de confrontos terem deixado 25 mortos.


Manifestantes desafiam policiais no centro de Bangcoc / AP

Pelo menos cinco granadas foram detonadas próximo ao local onde soldados armados se concentram para conter os manifestantes oposicionistas da UDD (Frente Unida pela Democracia contra a Ditadura, na sigla em tailandês), apelidados de "camisas vermelhas".

O governo afirma que os oposicionistas lançaram as granadas, mas os "camisas vermelhas" negaram a acusação. Outro grupo de manifestantes rivais esteve na área pouco antes.

Cerca de dez mil soldados estão de prontidão no centro da cidade para evitar que os manifestantes invadam prédios e escritórios no distrito financeiro.

Os "camisas vermelhas" (UDD), manifestantes da oposição, estão acampados há seis semanas na capital e exigem que o governo dissolva o Parlamento e convoque eleições diretas, pois afirmam que a eleição do primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva, por voto parlamentar, não foi legal.

Negociação

Apesar da crescente tensão, o governo diz que ainda tenta negociar uma saída pacífica para a situação. Mas após o fracasso de duas rodadas de negociações, os líderes da UDD argumentam que não há clima para sentar à mesa.

O grupo contrário aos "camisas vermelhas", a Aliança Popular pela Democracia (PAD, na sigla em inglês), também conhecido como "camisas amarelas", deu um ultimato ao governo exigindo que os manifestantes da UDD sejam retirados da capital até o próximo domingo. Caso contrário, os militantes do PAD prometeram sair às ruas para protestar também.

Queda de braço

A queda de braço entre "vermelhos" e "amarelos" se prolonga desde 2006, quando o ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra foi deposto por um golpe de estado.

Thaksin Shinawatra era apoiado pela UDD, mas caiu sob a acusação de corrupção e conflito de interesses. m 2008, quando aliados dele retornaram ao poder, manifestantes "amarelos" foram às ruas.

O embate ocorrido na época resultou no fechamento do aeroporto internacional de Bangcoc e muito prejuízo para a indústria do turismo na Tailândia.

Em março, Thaksin Shinawatra foi condenado à revelia por corrupção e conflito de interesses. O governo apreendeu US$ 1,4 bilhão de sua fortuna, estimada em US$ 2,3 bilhões. Atualmente, Thaksin Shinawatra vive exilado em Dubai.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2010/04/23/policia+da+tailandia+entra+em+confronto+com+camisas+vermelhas+9466405.html

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Offline Gordon Nerd

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #12 Online: 30 de Abril de 2010, 11:01:38 »
não ia ser nada mal de aprontassem uma dessa aqui no brasil!

pelo menos não precisariamos esperar 4 anos pra ver o lula sair do poder! :P

boa
Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada.

Os homens inteligentes não podem ser bons maridos, pela simples razão de que não se casam.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #13 Online: 30 de Abril de 2010, 11:45:38 »
não ia ser nada mal de aprontassem uma dessa aqui no brasil!

pelo menos não precisariamos esperar 4 anos pra ver o lula sair do poder! :P

Tirando o problema de ser ilegal, além disso "justificaria" os atentados terroristas por parte daqueles que apóiam o atual governo, e, mais grave ainda, daqueles que veriam chance para justificar, na base da força, a implementação de algo ainda pior.

Offline Esteban

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #14 Online: 30 de Abril de 2010, 12:10:05 »
Quero ver a imprensa, que tanto malha  o governo chinês, falar o mesmo da Tailândia


Offline Geotecton

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #16 Online: 01 de Maio de 2010, 22:56:56 »
Putz.

É o terceiro golpe de estado na Tailândia desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Fora os putschs.
Foto USGS

Offline Esteban

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #17 Online: 02 de Maio de 2010, 00:19:52 »
Os responsáveis pelo golpe na Tailândia!


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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #18 Online: 13 de Maio de 2010, 16:09:55 »
Exército ameaça usar tanques contra barricada da oposição na Tailândia

Tensão no centro financeiro de Bangcoc pode gerar mais enfrentamentos violêntos na capital do país

As Forças Armadas da Tailândia ameaçaram isolar e reprimir com tanques e blindados um acampamento de barricadas do movimento de oposição, os chamados camisas vermelhas, na capital, Bangcoc.

Um porta-voz do governo afirmou que a partir das 18h locais (8h em Brasília), a área será cercada e os indivíduos poderão deixar o local, mas não entrar.


Soldados tailandeses organizam barricadas ao redor do centro financeiro de Bangcoc

Quatro estações de metrô na região fecharão mais cedo e o Exército pediu que lojas e escritórios dentro do perímetro de isolamento também baixem suas portas até esse horário. O acampamento se localiza no centro de compras e negócios de Bangcoc.

Os manifestantes, uma aliança frouxa de ativistas de esquerda, defensores da democracia e seguidores do premiê deposto Thaksin Shinawatra, levantaram barricadas usando pneus e bambus e estão estocando alimentos e geradores.

Eles acusam o atual governo de ilegítimo por ter chegado ao poder através de uma negociação parlamentar e não através do voto.

Temores

A repórter da BBC em Bangcoc Rachel Harvey diz que há temores de que as tensões possam gerar mais enfrentamentos violentos, representando um giro de 180º graus na situação, que parecia estar chegando a uma solução.

O governo anunciou e depois cancelou uma interrupção no fornecimento de água e energia para a região onde os manifestantes se concentram. Eles ocupam partes da capital desde o dia 14 de março.

O premiê tailandês, Abhisit Vejjajiva, propôs a data de 14 de novembro para o processo eleitoral, mas um acordo foi impossibilitado pelo impasse sobre quem são os responsáveis pela repressão que deixou 19 manifestantes, cinco soldados e um jornalista mortos em abril.

A oposição quer que o vice-premiê, Suthep Thaugsuban, responda pelas consequências da violência do mês passado. O governo rejeita.

Em uma entrevista coletiva, o primeiro-ministro disse que decidiu voltar atrás em relação às eleições de novembro "porque os manifestantes se recusaram a se dispersar". "Ordenei às autoridades de segurança que restaurem a normalidade o mais rápido possível", disse Vejjajiva.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/exercito+ameaca+usar+tanques+contra+barricada+da+oposicao+na+tailandia/n1237618321952.html

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Offline André Luiz

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #19 Online: 13 de Maio de 2010, 16:13:29 »
O que houve com o rei?

Offline Esteban

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #20 Online: 13 de Maio de 2010, 20:50:46 »
O que houve com o rei?

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #21 Online: 14 de Maio de 2010, 18:10:11 »
Confrontos deixam ao menos 7 mortos em Bangcoc

Confrontos entre manifestantes de oposição e forças de segurança da Tailândia ficam mais violentos nesta sexta-feira

Sete pessoas morreram e mais de cem ficaram feridas em consequência de enfrentamentos registrados nesta sexta-feira, em Bangcoc, entre militares e manifestantes de oposição ao governo, os chamados "camisas vermelhas". Desde que os protestos começaram, em meados de março, ao menos 37 pessoas morreram e mais de mil ficaram feridas.

A violência desta sexta-feira na capital da Tailândia foi provocada por uma operação militar durante a manhã, quando militares avançaram por uma avenida de Bangcoc ocupada por 2 mil "camisas vermelhas". As Forças Armadas já haviam anunciado a intenção de recuperar pela força o controle da avenida.

Os militares usaram bombas de gás lacrimogêneo contra os manifestantes e um ônibus do Exército foi incendiado. Tiros também foram ouvidos no parque Lumpini.

A eletricidade foi cortada na zona ocupada pelos manifestantes no centro de Bangcoc, que está isolada pela polícia, informou o Exército. O bloqueio é total na zona ocupada pelos "camisas vermelhas", disse o porta-voz do Exército, coronel Sunsern Kaewkumnerd.

Durante a madrugada desta sexta, o estado de emergência, decretado em Bangcoc no inicio de abril, se estendeu para outras 15 províncias do norte e nordeste, reduto dos "vermelhos".

Violência aumenta

A crise se aprofundou na Tailândia na quinta-feira, com a decisão do primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, de cancelar as eleições antecipadas e de enviar blindados para isolar o bairro de Bangcoc onde permanecem entrincheirados os "camisas vermelhas".

Um manifestante morreu e outros oito ficaram feridos em confrontos com as forças de ordem na quinta-feira em Bangcoc.

Um alto oficial tailandês que passou para o lado dos manifestantes, Khattiya Sawasdipol, também foi alvo de disparos e está hospitalizado em estado grave.

O militar, muito popular entre os manifestantes e encarregado de fato de suas operações de segurança no bairro que ocupam há dois meses, recebeu um disparo de um atirador não identificado. O governo acusa o general Khattiya, de 58 anos, de ser um dos principais adversário da reconciliação.

Eleições

Os manifestantes da oposição, conhecidos como "camisas vermelhas", querem a renúncia do primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva. Os camisas vermelhas, em sua maioria moradores pobres das áreas rurais do país, apoiam o ex-premiê Thaksin Shinawatra, derrubado por um golpe de Estado, em 2006.

Os manifestantes, que vêm ocupando partes de Bangcoc por mais de dois meses, querem que o primeiro-ministro dissolva o Parlamento e convoque novas eleições. Os acampamentos dos opositores se espalham do centro comercial da cidade até o centro financeiro, mais ao sul.

A pior crise política no país em quase duas décadas já deixou cerca de 30 mortos e mais de 1,4 mil feridos. O premiê Abhisit Vejjajiva está sob intensa pressão para controlar os protestos, que paralisam Bangcoc desde o meio de março.

Ele já ofereceu a realização de eleições em 14 de novembro, mas os dois lados não chegaram a um acordo por causa das disputas sobre quem deve ser responsabilizado pela repressão aos protestos das últimas semanas.

http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/confrontos+deixam+ao+menos+7+mortos+em+bangcoc/n1237619583471.html

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #22 Online: 17 de Maio de 2010, 14:09:34 »
Tropas apertam cerco a manifestantes na Tailândia

Manifestantes tailandeses ignoraram na segunda-feira as ordens do governo para desocupar o seu acampamento no centro de Bangcoc, enquanto soldados reforçavam o cordão de isolamento em torno da área, após cinco dias de violência que deixaram 37 mortos.

O governo exige o fim dos protestos e distúrbios antes de negociar com os "camisas vermelhas", seguidores do ex-premiê Thaksin Shinawatra que exigem eleições imediatas.

Os cerca de 5.000 manifestantes concentrados em uma área de 300 hectares num elegante bairro comercial da capital tinham até 15h (8h em Brasília) para deixarem o acampamento, sob pena de processo judicial.

O prazo transcorreu sem incidentes graves no acampamento principal, mas os confrontos continuavam a norte e leste.

"Vamos continuar passando esses alertas aos manifestantes e vamos lentamente ampliar a pressão se eles não saírem", disse Thawil Pliensee, secretário-geral do Conselho Nacional de Segurança, acrescentando que não há planos de invadir o acampamento principal.

No domingo, líderes dos "camisas vermelhas" propuseram um cessar-fogo e negociações sob mediação da ONU, o que o governo rejeitou. Na segunda-feira, os manifestantes disseram que aceitariam o diálogo desde que as tropas se retirassem e um árbitro neutro fosse chamado.

"O governo está pronto para levar adiante as negociações quando eles pararem os distúrbios", respondeu o porta-voz governamental Panitan Wattanayagorn, acrescentando que os soldados reforçaram sua presença nas ruas vizinhas, onde há grande concentração de shopping centers, hotéis e prédios de luxo.

Uma fonte do governo afirmou que há negociações nos bastidores, mas disse duvidar de que os líderes dos "camisas vermelhas" tenham controle pleno sobre os manifestantes, especialmente os mais inflamados.

Em toda a cidade, moradores estocam comida, enquanto hotéis pedem aos hóspedes que se retirem. O início do período letivo foi adiado, e foi decretado feriado na segunda e na terça-feira, embora os mercados financeiros e os bancos estejam funcionando.

Em algumas áreas, os confrontos perderam intensidade, e no bairro comercial era possível ver moradores e turistas deixando a área com bagagens e crianças. O hospital Chulalongkorn, vizinho ao acampamento, transferiu todos os seus pacientes.

http://noticias.br.msn.com/artigo.aspx?cp-documentid=24263398

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #23 Online: 19 de Maio de 2010, 16:18:57 »
Governo impõe toque de recolher em Bangcoc

Autoridades da Tailândia impuseram nesta quarta-feira um toque de recolher noturno na capital, Bangcoc, após uma ofensiva do Exército ter retirado os manifestantes de oposição de um acampamento no centro da cidade, onde se encontravam há meses.

Pelo menos cinco pessoas morreram e dezenove ficaram feridas na ofensiva do Exército tailandês, elevando para 65 o número de mortos desde março.

Alguns dos principais líderes dos opositores, chamados de camisas vermelhas, se entregaram às autoridades por volta das 13h45 de Bangcoc (3h45 de Brasília), alegando querer evitar mais mortes.

O toque de recolher, o primeiro imposto na cidade em 15 anos, deve vigorar entre 20h e 6h no horário local (10h e 19h, no horário de Brasília).

O governo também proibiu as emissoras de televisão de transmitir qualquer programa que não tenha sido sancionado oficialmente.

Forças de segurança disseram que vão garantir que todos os moradores da cidade, incluindo os estrangeiros, estejam protegidos durante a noite.

As autoridades também impuseram toques de recolher em pelo menos 21 das 75 províncias do país.

Incêndios

Após a remoção dos rebeldes do acampamento, foram iniciados incêndios em diversos prédios da cidade, incluindo a bolsa de valores, bancos, shopping centers e uma emissora de televisão.

No nordeste do país, manifestantes rebeldes invadiram os prédios do governo local em resposta à ofensiva em Bangcoc.

Pela manhã, tanques removeram barricadas de bambu e pneus da área central do acampamento, dispersando centenas de rebeldes que se recusavam a deixar a área.

Os camisas vermelhas atearam fogo no andar térreo de uma estação de TV. Na mesma avenida, queimaram pneus, gerando uma coluna de fumaça negra.

Eles também jogaram bombas incendiárias nos shoppings de luxo Central World e Siam Paragon. O World Plaza, um dos maiores shoppings do sudeste asiático, também foi consumido pelas chamas.

Operação

A operação que resultou nas mortes começou na madrugada desta quarta-feira no horário local e, no final da manhã o governo já havia conseguido assumir o controle sobre a parte central do acampamento dos rebeldes.

A ação teve início um dia e meio após o vencimento do prazo para a saída voluntária dos manifestantes.

Até o início da tarde, a ofensiva só não havia sido mais sangrenta que os confrontos do dia 10 de abril, que resultaram em 25 mortos. Na ocasião, o governo tentou pela primeira vez remover os manifestantes, sem sucesso.

Os rebeldes, fiéis ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, deposto em 2006, estavam acampados no principal distrito comercial de Bangcoc há cerca de dois meses, para pressionar o governo a dissolver o Parlamento e convocar eleições diretas imediatamente.

Eles acreditam que o atual primeiro-ministro, Abhisit Vejjajiva, não é legítimo, pois chegou ao poder através de um voto parlamentar e não pela escolha popular.

Centro

A área invadida pelo Exército fica bem no centro moderno de Bangcoc e é uma região nobre, com diversos shopping centers de luxo, bancos, prédios de escritórios e condomínios residenciais de alto padrão.

Há cerca de seis dias o governo cortou o acesso a água, energia elétrica e comunicações para isolar essa região e forçar os manifestantes a se render.

O isolamento resultou em confrontos na periferia do acampamento, que deixaram mais de 40 mortos.

Milhares de moradores afetados pelas medidas tiveram de deixar suas casas e ir morar com familiares ou conhecidos em outras partes da cidade.

A expectativa de um confronto era latente desde a última sexta-feira, quando o prazo de retirada voluntária foi estabelecido.

O sistema de transporte público está suspenso, bancos e órgãos do governo estão fechados.

As escolas seguem em recesso até a próxima semana e é feriado público até sexta-feira.

Os moradores da capital estão refugiados em suas casas aguardando o desfecho dos confrontos.

Pelo menos três rodadas de negociações anteriores falharam, e o governo alega agora que só voltará à mesa de negociações depois que os rebeldes abandonarem a capital.

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24290587

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Re: Exército anuncia golpe de Estado na Tailândia
« Resposta #24 Online: 20 de Maio de 2010, 09:11:14 »
Governo estende toque de recolher por três noites na Tailândia

As autoridades da Tailândia estenderam o toque de recolher em Bangcoc por mais três noites, depois da ofensiva militar de quarta-feira contra os manifestantes que se opõem ao governo.

Segundo as autoridades, o toque de recolher também foi estendido em 23 das 75 províncias.

A capital, Bangcoc, permanece tensa depois do toque de recolher imposto na quarta-feira à noite, o primeiro em 15 anos.

Na quinta-feira pela manhã, a polícia e soldados foram recebidos a tiros quando tentaram entrar em um templo onde os manifestantes - conhecidos como camisas vermelhas - procuraram abrigo.

Cerca de 35 edifícios foram incendiados na quarta-feira, depois que os líderes dos protestos se renderam às autoridades. Ainda há bolsões de resistência na cidade.

Os camisas vermelhas - um agrupamento de ativistas de esquerdas, intelectuais e camponeses fieis ao primeiro-ministro deposto Thaksin Shinawatra - ocupavam pacificamente o distrito comercial de Bangcoc desde março passado, obrigando o fechamento de lojas e hotéis.

A crise política no país começou após o golpe militar em 2006 que depôs o então presidente Thaksin Shinawatra, acusado de corrupção, depois de cinco anos no governo.

Desde então, o país teve uma sucessão de governos. Os camisas vermelhas consideram o atual governo ilegítimo e querem novas eleições.

Cerca de 40 pessoas morreram nos confrontos desde que as tropas do Exército cercaram os manifestantes na semana passada. Só na quarta-feira, mais de 14 pessoas teriam morrido.

'Evitando a violência'

O toque de recolher decretado nesta quinta-feira deve durar das 21h00 (11h00 em Brasília) até as 5h00 de sexta-feira (15h00 em Brasília), informou o porta-voz do Exército Dittaporn Sasasmith. O horário será mantido nas próximas duas noites.

"Isso vai ajudar às forças de segurança a garantir a segurança do público e evitar mais violência", disse o porta-voz.

"A polícia e os soldados disseram ao primeiro-ministro (Abhisit Vejjajiva) que o toque de recolher da noite passada correu bem", acrescentou ele.

Mas ainda havia prédios em chamas em Bangcoc na quinta-feira pela manhã e teme-se que o shopping center Central World, um dos maiores do sudeste asiático, possa ruir depois de ter sido incendiado pelos manifestantes, segundo autoridades tailandesas citadas pela agência de notícias AFP.

A Bolsa de Valores de Bangcoc também foi incendiada e permanecerá fechada nesta quinta e sexta-feira. Vários bancos em outras partes do país também permanecerão fechados.

Ônibus voltaram a circular na capital nesta quinta-feira pela manhã e os canais de TV continuaram exibindo apenas programas pré-aprovados pelo governo.

Pelo menos seis pessoas morreram na ofensiva militar contra o acampamento dos manifestantes na quarta-feira, na área de Lumpini Park, centro de Bangcoc.

Mas testemunhas e a polícia disseram que pelo menos outras oito pessoas foram mortas em um templo dentro da área ocupada pelos manifestantes, depois da ação militar.

Também houve explosões de violência em outros redutos dos camisas-vermelhas no nordeste da Tailândia.

Em um discurso transmitido pela TV na quarta-feira à noite, o primeiro-ministro Abhisit Vejjajiva afirmou que estava "confiante e determinado a por um fim aos problemas e devolver a paz e ordem ao país mais uma vez".

O ex-premiê Thaksin Shinawatra, que vive em exílio voluntário, advertiu que a ofensiva militar poderia aumentar o descontentamento entre a população e levar a uma guerra de guerrilha.

'Fora de controle'

Segundo a correspondente da BBC em Bangcoc Rachel Harvey, as profundas divisões da Tailândia foram brutalmente expostas durante os recentes confrontos.

Há informações de tensão no norte do país e de que houve uma facção dos camisas vermelhas teria se separado do grupo, afirmando que vai continuar a luta.

No nordeste da Tailândia, a prefeitura de Udon Thani foi incendiada e a de Khon Kaen foi depredada. Também houve violência na cidade de Chiang Mai, norte do país.

Em Bangcoc, a principal área ocupada pelos manifestantes estava vazia depois que os líderes do protesto se renderam. Um deles, Nattawut Saikua, pediu aos seus simpatizantes que "por favor, voltem para casa".

O Departamento de Estado americano lamentou a violência e pediu calma aos dois lados.

O presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, afirmou que a reconciliação nacional "não é mais apenas uma opção, mas é absolutamente obrigatória".

Entre os mortos desta quarta-feira estava um fotojornalista italiano. Outros três repórteres estrangeiros - um holandês, um americano e um canadense - estão entre os feridos.

Os camisas vermelhas vinham ocupando o distrito comercial da capital - uma área nobre de Bangcoc - desde 14 de março, mas a tensão aumentou na semana passada, quando tropas do governo cercaram a área e um general rebelde - que apoiava os protestos - foi morto a tiros.

Os manifestantes exigem novas eleições alegando que o governo - que chegou ao poder depois de um acordo parlamentar, e não de uma eleição -é ilegítimo.

http://noticias.br.msn.com/mundo/artigo-bbc.aspx?cp-documentid=24299850

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