Autor Tópico: Opiate of the Masses ou Gerin Oil, Por Richard Dawkins  (Lida 1222 vezes)

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Opiate of the Masses ou Gerin Oil, Por Richard Dawkins
« Online: 31 de Julho de 2006, 03:06:46 »
"Opiate of the Masses" ou "Gerin Oil"

Por Richard Dawkins.

Professor de popularização da Ciência em Oxford, e um ateísta engajado. Este artigo foi anteriormente publicado pela revista “Free Inquiry”.

O óleo de Géria (ou Gerinoil/Geriniol para dar o seu nome científico) é uma droga poderosa que age diretamente no sistema nervoso central e produz uma variedade de sintomas, frequentemente do tipo anti-social ou auto-destrutivo. Se administrada por longos períodos na infância, o óleo de Géria pode, permanentemente, afetar o cérebro e produzir enfermidades no adulto, incluindo arriscadas ilusões, que se provaram muito difíceis de tratar. Os quatros aviões condenados do dia 11 de setembro foram, em realidade, êxtases produzidos pelo óleo de Géria: todos os 19 seqüestradores estavam sob a ação deste estupefaciente. Historicamente, a intoxicação deste agente foi responsável por atrocidades como a caça às bruxas de Salém e os massacres de índios sul-americanos pelos conquistadores. O óleo de Géria estimulou a maioria das guerras na Idade Média européia e, em tempos mais recentes, a carnificina que se seguiu com a divisão do subcontinente indiano e , em menor escala, do território irlandês.

A dependência ao Gerinoil pode levar, anteriormente, indivíduos sãos a escapar da normalidade da vida humana e se recolher em comunidades fechadas em que todos as outras pessoas, que não comungam a droga, estão excluídas. Estas comunidades são quase que limitadas a apenas um gênero sexual, com freqüência obsessiva, proíbem a atividade sexual. De fato, a tendência ao sexo torturantemente proibitivo emerge tristemente como um tema recorrente da sintomatologia variegada do Gerinoil. Ele não parece reduzir a libido “per se”, mas, frequentemente leva a um lascivo desejo de interferir, e preferencialmente reduzir, no desejo sexual dos outros. Um exemplo comum é a abominação que os usuários do Gerinoil sentem pelos homossexuais, mesmo quando se deparam com os que têm uma longa, e amorosa, relação.

Como outras drogas conhecidas, o Gerinoil refinado em doses pequenas é largamente considerado não prejudicial, e serve como fator de coesão em ocasiões como casamentos, funerais e cerimônias de estado. Especialistas diferem quanto ao uso social da droga, que embora inofensivo em si mesmo, possa ser um fator de risco dando azo a dosagens cada vez maiores e, por fim, o vício.

Doses medianas de Gerinoil, embora não sejam perigosas exatamente, podem distorcer a percepção de realidade. Crenças que não estão baseadas em fatos podem acabar imunizadas de evidências do mundo real pelo efeito direto da droga no sistema nervoso.

Ageriados podem ser vistos falando com as paredes ou murmurando consigo mesmos, aparentemente crentes que seus desejos particulares, assim expressos, se tornarão realidade, mesmo com o custo do bem estar do próximo e branda violação das leis da Física. Esta desordem auto-locutória é frequentemente acompanhada por tiques estranhos e gestos com a mão, estereótipos insanos tais como menear a cabeça na frente de muros, ou Síndrome da Orientação Compulsiva Obsessiva (SOCO: se virar para o leste, cinco vezes por dia).

Gerinoil em altas doses pode ser alucinogênico. Usuários crônicos podem ouvir vozes em suas mentes, ou ter visões que parecem, aos viciados, tão reais que frequentemente acaba por persuadi-los de sua tangibilidade. Um indivíduo que se mantêm, sempre, sobre o pico de alucinações pode ser venerado como líder de discípulos que se consideram menos equipados. Tal subseqüente patologia pode ser levada adiante mesmo que o líder venha a falecer, e pode se propagar na forma de bizarra psicodelia, tal como a fantasia canibalística de “beber o sangue e comer a carne” do líder.

O uso continuado de Gerinoil pode acarretar “viagens ruins”; nas quais o usuário pode sofrer de ilusões mórbidas e pavores, medo de sofrer torturas principalmente, não no mundo real, mas em um mundo “post mortem” de fantasia. “Viagens ruins” deste tipo são ligadas a uma cultura de punição na qual é característica da droga é a o temor obsessivo da sexualidade, já apresentado aqui. A Cultura da punição, incrementada pelo Gerinoil vai desde o “ósculo”, passando pelo “flagelo” até a “pedra”, (utilizada especialmente contra adúlteras e mulheres violadas), a “desmanificação” (amputação de uma das mãos), e culmina em uma sinistra fantasia induzida pela droga que “allo-punição” ou” resgate pelo sacrifício do puro”: a execução de um indivíduo pelos pecados de outros.

Você poderia pensar que dado o potencial da droga, para a dependência e periculosidade, ela deveria estar no topo da lista de tóxicos proscritos, com sentenças exemplares para quem a traficasse. Mas não, é facilmente obtida em qualquer lugar do mundo e nem de receita se precisa. Traficantes profissionais são em grande número, e se organizam em cartéis, comercializando abertamente nas esquinas e lugares erigidos com este fim. Alguns destes cartéis são adeptos de “tosquiar” pessoas pobres e desesperadas para satisfazer seus costumes. Seus chefes ocupam altos postos, onde exercem grande influência, e são ouvidos por reis, presidentes e primeiros ministros. Governos não apenas são permissivos com eles, mas, ainda lhes garantem isenção de impostos. Pior, os governos subsidiam suas escolas, fundadas com a intenção específica das crianças saírem de lá já viciadas.

Eu me propus escrever este artigo por causa de uma face sorridente de um homem feliz em Bali. Ele estava aceitando, com entusiasmo, sua sentença de morte pelo brutal assassinato de inocentes veranistas, com quem nunca tinha encontrado, e contra quem não trazia queixa pessoal alguma. Algumas pessoas da corte estavam chocadas com esta falta de arrependimento. Longe de ter remorsos, sua reação era de claro excitamento. Ele dava socos no ar, delirava com alegria porque seria “martirizado”, para usar o jargão de seu grupo de ataque. Não se deixe enganar sobre isto, este sorriso beatífico, olhando de frente, traduzindo puro prazer e resolução, seus executores, é o olhar de um dependente total. Aqui temos o arquétipo do viciado pesado, dopado pesadamente com o natural, puro e eficiente Gerinoil.

Qualquer que seja sua idéia de vingança e de teorias de dissuasão da pena capital, deveria ser óbvio que este caso é especial. O sacrifício é uma vingança estranha contra aqueles que suplicam por ele, e, longe de fazê-los parar, sempre se recrutarão mais mártires dos que os que foram executados. O detalhe importante é que o problema não cresceria tanto se, em primeiro lugar, crianças fossem protegidas do contato com a droga, evitando sua adição em um problema que traz péssimos resultados quando tornarem-se adultas.

Offline Eleitor de Mário Oliveira

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Re: Opiate of the Masses ou Gerin Oil, Por Richard Dawkins
« Resposta #1 Online: 31 de Julho de 2006, 03:07:03 »
Opiate of the Masses ou Gerin Oil

Gerin Oil (or Geriniol, to give it its scientific name) is a powerful drug that acts directly on the central nervous system to produce a range of symptoms, often of an antisocial or self-damaging nature. It can permanently modify the child brain to produce adult disorders, including dangerous delusions that are hard to treat. The four doomed flights of September 11, 2001, were Gerin Oil trips: all nineteen of the hijackers were high on the drug at the time. Historically, Geriniolism was responsible for atrocities such as the Salem witch hunts and the massacres of native South Americans by Conquistadores. Gerin Oil fuelled most of the wars of the European Middle Ages and, in more recent times, the carnage that attended the partitioning of the Indian subcontinent and of Ireland.

Gerin Oil intoxication can drive previously sane individuals to run away from a normally fulfilled human life and retreat to closed communities of confirmed addicts. These communities are usually limited to one sex only, and they vigorously, often obsessively, forbid sexual activity. Indeed, a tendency towards agonized sexual prohibition emerges as a drably recurring theme amid all the colorful variations of Gerin Oil symptomatology. Gerin Oil does not seem to reduce the libido per se, but it frequently leads to a preoccupation with reducing the sexual pleasure of others. A current example is the prurience with which many habitual "Oilers" condemn homosexuality.

As with other drugs, refined Gerin Oil in low doses is largely harmless, and can serve as a lubricant on social occasions such as marriages, funerals, and state ceremonies. Experts differ over whether such social tripping, though harmless in itself, is a risk factor for upgrading to harder and more addictive forms of the drug.

Medium doses of Gerin Oil, though not in themselves dangerous, can distort perceptions of reality. Beliefs that have no basis in fact are immunized, by the drug's direct effects on the nervous system, against evidence from the real world. Oilheads can be heard talking to thin air or muttering to themselves, apparently in the belief that private wishes so expressed will come true, even at the cost of other people's welfare and mild violation of the laws of physics. This autolocutory disorder is often accompanied by weird tics and hand gestures, manic stereoptypies such as rhythmic headnodding toward a wall, or Obsessive Compulsive Orientation Syndrome (OCOS: facing towards the east five times a day).

Gerin Oil in strong doses is hallucinogenic. Hardcore mainliners may hear voices in the head, or experience visual illusions that seem to the sufferers so real that they often succeed in persuading others of their realitiy. An individual who convincingly reports high-grade hallucinations may be venerated, and even followed as some kind of leader, by others who regard themselves as less fortunate. Such follower-pathology can long postdate the original leader's death, and may expand into bizarre psychedelia such as the cannibalistic fantasy of "drinking the blood and eating the flesh" of the leader.

Chronic abuse of Geriniol can lead to "bad trips", in which the user suffers terrifying delusions, including fears of being tortured, not in the real world but in a postmortem fantasy world. Bad trips of this kind are bound up with a morbid punishment-lore that is as characterstic of this drug as the obsessive fear of sexuality already noted. The punishment-culture fostered by Gerin Oil ranges from "smack" through "lash" to getting "stoned" (especiallly adulteresses and rape victims), and "demanifestation" (amputation of one hand), up to the sinister fantasy of allo-punishment or "cross-topping", the execution of one individual for the sins of others.

You might think that such a potentially dangerous and addictive drug would head the list of proscribed intoxicants, with exemplary sentences handed out for pushing it. But no, it is readily obtainable anywhere in the world and you don't even need a prescription. Professional traffickers are numerous, and organized in hierarchical cartels, openly trading on street corners and in purpose-made buildings. Some of these cartels are adept at fleecing poor people desperate to feed their habit. "Godfathers" occupy influential poisitions in high places, and they have the ear of royalty, of presidents and of prime ministers. Governments don't just turn a blind eye to the trade, they grant it tax-exempt status. Worse, they subsidize schools founded with the specific intention of getting children hooked.

I was prompted to write this article by the smiling face of a happy man in Bali. He was ecstatically greeting his death sentence for the brutal murder of large numbers of innocent holiday-makers whom he had never met, and against whom he bore no personal grudge. Some people in the court were shocked at his lack of remorse. Far from remorse, his response was one of obvious exhilaration. He punched the air , delirious with joy that he was to be "martyred", to use the jargon of his group of abusers. Make no mistake about it, this beatific smile, looking forward with unalloyed pleasure to the firming squad, is the smile of a junkie. Here we have the archetypal mainliner, doped up with hard, unrefined,unadulterated, high-octane Gerin Oil.

Whatever your view of the vengeance and deterrence theories of capital punishment, it should be obvious that his case is special. Martydom is a strange revenge against those who crave it, and, far from deterrring, it always recruits more martyrs than it kills. The important point is that the problem would not arise in the first place if children were protected from getting hooked on a drug with such a bad prognosis for their adult minds.


http://www.bmc.uu.se/~danl/Gerin%20Oil.html

Offline Luis Dantas

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Re: Opiate of the Masses ou Gerin Oil, Por Richard Dawkins
« Resposta #2 Online: 31 de Julho de 2006, 09:00:31 »
É um bom texto de alerta.  Mas ao mesmo tempo não deixa de cometer a Falácia do Espantalho.
Wiki experimental | http://luisdantas.zip.net
The stanza uttered by a teacher is reborn in the scholar who repeats the word

Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Offline Hrrr

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Gerin Oil
« Resposta #3 Online: 27 de Setembro de 2006, 20:57:45 »
"Opiate of the Masses" (Gerin Oil)

Por Richard Dawkins.

Professor de popularização da Ciência em Oxford, e um ateísta engajado. Este artigo foi anteriormente publicado pela revista “Free Inquiry”.

 
O Gerin Oil (ou Óleo de Gerin/Geriniol para dar o seu nome científico) é uma droga poderosa que age diretamente no sistema nervoso central e produz uma variedade de sintomas, frequentemente do tipo anti-social ou auto-destrutivo. Se administrada por longos períodos na infância, o óleo de Géria pode, permanentemente, afetar o cérebro e produzir enfermidades no adulto, incluindo arriscadas ilusões, que se provaram muito difíceis de tratar. Os quatros aviões condenados do dia 11 de setembro foram, em realidade, êxtases produzidos pelo óleo de Géria: todos os 19 seqüestradores estavam sob a ação deste estupefaciente. Historicamente, a intoxicação deste agente foi responsável por atrocidades como a caça às bruxas de Salém e os massacres de índios sul-americanos pelos conquistadores. O óleo de Géria estimulou a maioria das guerras na Idade Média européia e, em tempos mais recentes, a carnificina que se seguiu com a  divisão do subcontinente indiano e , em menor escala, do território irlandês.

A dependência ao Gerin Oil pode levar, anteriormente, indivíduos sãos a escapar da normalidade da vida humana e se recolher em comunidades fechadas em que todos as outras pessoas, que não comungam a droga, estão excluídas. Estas comunidades são quase que limitadas a apenas um gênero sexual, com freqüência obsessiva, proíbem a atividade sexual. De fato, a tendência ao sexo torturantemente proibitivo emerge tristemente como um tema recorrente da sintomatologia variegada do Gerin Oil. Ele não parece reduzir a libido “per se”, mas, frequentemente leva a um lascivo desejo de interferir, e preferencialmente reduzir, no desejo sexual dos outros. Um exemplo comum é a abominação que os usuários do Gerin Oil sentem pelos homossexuais, mesmo quando se deparam com os que têm uma longa, e amorosa, relação.

Como outras drogas conhecidas, o Gerin Oil refinado em doses pequenas é largamente considerado não prejudicial, e serve como fator de coesão em ocasiões como casamentos, funerais e cerimônias de estado. Especialistas diferem quanto ao uso social da droga, que embora inofensivo em si mesmo, possa ser um fator de risco dando azo a dosagens cada vez maiores e, por fim, o vício.

Doses medianas de Gerin Oil, embora não sejam perigosas exatamente, podem distorcer a percepção de realidade. Crenças que não estão baseadas em fatos podem acabar imunizadas de evidências do mundo real pelo efeito direto da droga no sistema nervoso.

Agerinados podem ser vistos falando com as paredes ou murmurando consigo mesmos, aparentemente crentes que seus desejos particulares, assim expressos, se tornarão realidade, mesmo com o custo do bem estar do próximo e branda violação das leis da Física. Esta desordem auto-locutória é frequentemente acompanhada por tiques estranhos e gestos com a mão, estereótipos insanos tais como menear a cabeça na frente de muros, ou Síndrome da Orientação Compulsiva Obsessiva (SOCO: se virar para o leste, cinco vezes por dia).

Gerin Oil em altas doses pode ser alucinogênico. Usuários crônicos podem ouvir vozes em suas mentes, ou ter visões que parecem, aos viciados, tão reais que frequentemente acaba por persuadi-los de sua tangibilidade. Um indivíduo que se mantêm, sempre, sobre o pico de alucinações pode ser venerado como líder de discípulos que se consideram menos equipados. Tal subseqüente patologia pode ser levada adiante mesmo que o líder venha a falecer, e pode se propagar na forma de bizarra psicodelia, tal como a fantasia canibalística de “beber o sangue e comer a carne” do líder.

O uso continuado de Gerin Oil pode acarretar “viagens ruins”; nas quais o usuário pode sofrer de ilusões mórbidas e  pavores, medo de sofrer torturas principalmente, não no mundo real, mas em um mundo “post mortem” de fantasia.  “Viagens ruins” deste tipo são ligadas a uma cultura de punição na qual é característica da droga é a o temor obsessivo da sexualidade, já apresentado aqui. A Cultura da punição, incrementada pelo Gerin Oil vai desde o “ósculo”, passando pelo “flagelo” até a “pedra”, (utilizada especialmente contra adúlteras e mulheres violadas), a “desmanificação” (amputação de uma das mãos), e culmina em uma sinistra fantasia induzida pela droga que “allo-punição” ou” resgate pelo sacrifício do puro”: a execução de um indivíduo pelos pecados de outros.

Você poderia pensar que dado o potencial da droga, para a dependência e periculosidade, ela deveria estar no topo da lista de tóxicos proscritos, com sentenças exemplares para quem a traficasse. Mas não, é facilmente obtida em qualquer lugar do mundo e nem de receita se precisa. Traficantes profissionais são em grande número, e se organizam em cartéis, comercializando abertamente nas esquinas e lugares erigidos com este fim. Alguns destes cartéis são adeptos de “tosquiar” pessoas pobres e desesperadas para satisfazer seus costumes. Seus chefes ocupam  altos postos, onde exercem grande influência, e são ouvidos por reis, presidentes e primeiros ministros. Governos não apenas são permissivos com eles, mas, ainda lhes garantem isenção de impostos. Pior, os governos subsidiam suas escolas, fundadas com a intenção específica das crianças saírem de lá já viciadas.

Eu me propus escrever este artigo por causa de uma face sorridente de um homem feliz em Bali. Ele estava aceitando, com entusiasmo, sua sentença de morte pelo brutal assassinato de inocentes veranistas, com quem nunca tinha encontrado, e contra quem não trazia queixa pessoal alguma. Algumas pessoas da corte estavam chocadas com esta falta de arrependimento. Longe de ter remorsos, sua reação era de claro excitamento. Ele dava socos no ar, delirava com alegria porque seria “martirizado”, para usar o jargão de seu grupo de ataque. Não se deixe enganar sobre isto, este sorriso beatífico, olhando de frente, traduzindo puro prazer e resolução, seus executores, é o olhar de um dependente total. Aqui temos o arquétipo do viciado pesado, dopado pesadamente com o natural, puro e eficiente Gerin Oil.

Qualquer que seja sua idéia de vingança e de teorias de dissuasão da pena capital, deveria ser óbvio que este caso é especial. O sacrifício é uma vingança estranha contra aqueles que suplicam por ele, e, longe de fazê-los parar, sempre se recrutarão mais mártires dos que os que foram executados. O detalhe importante é que o problema não cresceria tanto se, em primeiro lugar, crianças fossem protegidas do contato com a droga, evitando seu vício em um problema que traz péssimos resultados quando tornarem-se adultas.

fonte: blog Assassinato do 2º grau

tem o artigo em ingles aqui: http://www.bmc.uu.se/~danl/Gerin%20Oil.html
« Última modificação: 27 de Setembro de 2006, 21:00:32 por Hrrr »
so num te dou outra pq

Offline N3RD

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Re: Gerin Oil
« Resposta #4 Online: 27 de Setembro de 2006, 21:48:43 »
Acho que aquele "Oil man" que tem aqui em Curitiba usa esse óleo ai em.

Ele anda só de sunga cheio de óleo no corpo de bicicleta
Não deseje.

Offline Hrrr

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Re: Opiate of the Masses ou Gerin Oil, Por Richard Dawkins
« Resposta #5 Online: 29 de Setembro de 2006, 21:26:01 »
mas nao eh oleo religioso
so num te dou outra pq

rizk

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Re: Opiate of the Masses ou Gerin Oil, Por Richard Dawkins
« Resposta #6 Online: 30 de Setembro de 2006, 09:48:32 »
Serviço de utilidade pública. TRADUZAM GERINIOL por GELIRIÃO ou algo nessa linha, senão perde-se o anagrama e perde-se a piada. Vlw.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: Opiate of the Masses ou Gerin Oil, Por Richard Dawkins
« Resposta #7 Online: 30 de Setembro de 2006, 09:55:40 »
você só sugere isso porque seu classismo burguês vê a brasileirada como burra a ponto de não saber que religion é religião.

E os outros só não fizeram o sugerido porque são burgueses elitistas que acham que é muito cool manter termos originais em inglês mesmo quando há palavras perfeitamente cabíveis em português, sem nenhuma nuance idiomática perdida - o que esperam que a classe trabalhadora não se dê conta, mas que apenas fique encantada com a sabedoria dos doutores.

Além de é claro, tentar disfarçar pífiamente que Dawkins plagiou Marx descaradamente; a elite sempre rouba aquilo que é do povo, até em nível cultural.

 

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