Destaquei esse texto, pois isso me parece o mais assustador e sintomático.
Em 2003, o Sistema Nacional de Avaliação do Ensino Básico identificou que 55% dos alunos matriculados na 4o série do ensino fundamental eram praticamente analfabetos e mal sabiam calcular. Na 8a série, menos de 10% dos estudantes haviam adquirido competência para elaborar textos mais complexos. Como conseqüência, cerca de 75% dos adultos têm alguma deficiência para escrever, ler e fazer contas, o que acarreta um efeito devas tador sobre sua capacidade de se expressar. "O que está acontecendo nas nossas escolas é estarrecedor", diz Paulo Cunha, presidente do grupo Ultra.
Tenho uma amiga historiadora que leciona no 2º grau aqui em Minas, tanto na rede pública quanto na particular.
Ela diz que esse fenômeno é praticamente idêntico em ambas.
E mais: ela entrou recentemente num quadro depressivo grave, e o profissional que a atendeu detectou como causa preponderante o fato de ela não conseguir obter resultados palpáveis em sua atividade profissional.
Também, não é para menos: ensinar História sem que os alunos sejam pelo menos capazes de ler...