(Se provarmos que a Bíblia é verdadeira, Deus existe!)
Um dos primeiros escritores a mencionar Jesus foi Thallus. Seus escritos históricos não sobreviveram até nossos dias, mas alguns dos primeiros pais da igreja citaram Thallus em vários pontos, preservando, assim, o pouco que se sabe dele (MuC.FH 517ss). Júlio, o Africano, escrevendo cerca de 221 a.D., afirma com respeito à escuridão durante a crucificação de Jesus: "Thallus, no terceiro livro das suas histórias, explica essa escuridão como um eclipse do sol - sem justificativa, em minha opinião(1)". Sem justificativa para o Africano era por ser ocasião de lua cheia, justamente a época que Cristo morreu(2)".
Thallus não busca justificar a existência e a crucificação de Jesus, mas apresenta um evento histórico e definido. O Africano afirma que Thallus datou esse evento no décimo quinto ano de reinado de César Tibério, em torno de 29 a.D.(RiHA.TS 34:113)(3). Na Bíblia, em Lucas 3.1 diz que esse foi o ano que João Batista começou o seu ministério, colocando a crucificação entre três e três anos e meio mais tarde. Na verdade Thallus estava procurando qualquer explicação naturalista para explicar o eclipse no período da crucificação.
Semelhante a Thallus, temos as Chronicles de Phlegon, escritas cerca de 140 a.D. mas sem cópias encontradas atualmente. O Africano diz que Phlegon cita o eclipse quando "ele registrou que nos dias de César Tibério, por ocasião da lua cheia, houve um eclipse total do sol desde a sexta até a hora nona(4)".
Orígenes, erudito do século III, menciona Phlegon várias vezes em Against Celsus. Em 2.23 está escrito: "Com relação ao eclipse nos dias de César Tibério, em cujo reino parece que Jesus foi crucificado, e ao grande terremoto que teve então lugar, Phlegon também, penso eu, escreveu no décimo terceiro ou décimo quarto livro de suas Crônicas(5)".
Sobre o terremoto, Orígenes diz em 2.59: "Com respeito a eles, fizemos nossa defesa nas páginas precedentes, conforme nossa possibilidade, aduzindo o testemunho de Phlegon, que relata que esse eventos tiveram lugar na ocasião em que nossos Salvador sofre(6)".
Um escritor do século VI, Philopon, afirma: "E sobre estas trevas... Phlegon as recorda nas Olympiads". Phlegon, assim como Thallus, são referências significativas por causa de um fato importante: eles nunca insinuaram que a existência de Jesus fosse uma lenda. Esse episódios são aceitos como fatos históricos genuínos.
Referências:
a.D.: ano dômini, ou depois de Cristo (nascimento de Cristo)
1 - Júlio, o Africano, Chronography 18.1, em RoA.ANF
2 - Ibid
3 - Chronological Aspects of Life of Christ, de Harold W. Hoehner
4 - Júlio, o Africano, Chronography 18.1, em RoA.ANF
5 - Orígenes, Against Celsus 2.33, em RoA.ANF
6 - Ibid, 2.59
MuC.FH - Muller, C. Fragmenta Historizum Graezorum III
RiHA.TS - Rigg, Horace A., Jr. "Thallus: The Samaritan?" Harvard Theological Review 34 (1941)
RoA.ANF - Roberts, Alexander e Donaldson, James. The Ante-Nicene Fathers (1885, reimpressão em 1973), The Twelve Caesars (1979) e The Annals fo Imperial Rome (1971)