Autor Tópico: Dicionário da crenteologia!  (Lida 3131 vezes)

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DIG

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Dicionário da crenteologia!
« Online: 13 de Outubro de 2006, 12:36:51 »
Aproveitando o dicionário esquerdista, lá vai o dos crentes :ok: :


DICIONARIO DE CRENTOLOGIA
Postei fragmentos desse dicionario na TDC e algumas almas "mais sensíveis" sentiram-se ofendidas com a postagem.

Pois bem, posto o mesmo na íntegra aqui e digo que é um abstrarismo, nada com fins de denegrir a imagem de igreja A, B ou C, embora tenha uma similaridade enorme com o que acontece dentro de alguns "Templos".

Como identifico inicilamente, a criação nào é minha, então se não gostou do que leu, não venha me encher o saco, e se acreditar que a carapuça serviu, vai se queixar com o pastor.

Ah, e se sentir magoado com o que está escrito, saiba que meu botão FODA-SE está ligado para sua mágoa.

Pequeno dicionário de “Crentologia”

Retirado de
http://www.orkut.com/CommMsgs.aspx?cmm=149746&tid=14929264
Créditos de Pedro de Lara ( Não aquele da TV)

Um pequeno dicionário, sem qualquer ordem ou organização:

Crente: analfabeto funcional crédulo o bastante para acreditar em tudo o que o pastor diz que é verdade.

Pastor: indivíduo afeito à arte de viver sem trabalhar. Diferente dos vagabundos em geral, quer ter um padrão de vida elevado, desse modo assemelhando-se a criminosos comuns. Contudo, o pastor não tem o pendor para a violência e a capacidade de planejamento de um assaltante de banco. Também carece de inteligência suficiente para um bom golpe como os que são dados no INSS. Desta maneira, concentra-se no estelionato miúdo, tendo como vítimas os crentes. Usa como instrumento de trabalho sua cara de pau e uma bíblia.

Bíblia: Plural de biblos, é um conjunto de livros em uma única encadernação (ao contrário de O Senhor dos Anéis, outro livro de fantasia que em algumas edições foi repartido em três volumes). Os livros da bíblia são compostos basicamente de:
1) crônicas de um povo (hebreu ), escritos da maneira que interessava à classe dominante de então;
2) mitos de criação grosseiramente copiados de povos que tiveram contato com os hebreus;
3) profecias escritas em uma linguagem que lembra jogador de futebol dando entrevista;
4) um poema onde rola uma sacanagem legal.
Há mais de uma versão da bíblia. As mais comuns são a católica e a protestante. Esta se diferencia da primeira por três características principais:
1) sete livros a menos, por obra da vontade pessoal de Martinho Lutero;
2) tradução menos exata do tetragram místico JHVH, novamente por obra de Lutero;
3) a mais importante: esta versão tem propriedades desodorantes, visto que é extremamente comum sob as axilas dos Crentes

Igreja Católica: organização comercial mais antiga do Ocidente, é controlada por uma hierarquia rígida. Apenas uma pequena parte da organização possui cargos de chefia (sacerdotes). Destes, apenas uma minoria (cardeais) pode eleger o presidente da companhia (papa). O cargo de presidente da companhia é vitalício. Atualmente, é ocupado pelo Imperador Palpatine )Bento XVI).

Protestantismo: organização comercial rival à anterior, fundada por um de seus ex-chefes intermediários. Apesar de ser uma companhia mais nova e ter tido dificuldades em penetrar em um mercado já consolidado em seus primeiros anos de existência, essa companhia tem algumas vantagens sobre a concorrente: uma hierarquia mais flexível, vantagens aos ocupantes de cargos de chefia (pastores podem casar. Pensando bem, isso é vantagem?) e uma política de marketing extremamente agressiva, com uso da mídia (falada, impressa, televisiva e digital) e marketing de rede (pregação), inclusive com técnicas de lavagem cerebral

Deus: mercadoria vendida e nunca entregue por ambas as companhias. Curiosamente, todas as companhias afirmam ter o monopólio dessa mercadoria.

Diabo: acionista das empresas citadas. Sem ele, o mercado não se justifica. Mais ou menos como polícia e bandido. É comum cada uma das companhias chamar a mercadoria que a outra vende (os outros deuses) de diabo. Péssimo exemplo de publicidade comparativa (aquela onde há menção direta ao produto ou serviço do concorrente).

Conversão: processo pelo qual uma pessoa passa a ser crente. Consiste basicamente em trocar um problema psicológico/psiquiátrico por outro. É bom lembrar que o público-alvo de uma das companhias não tem acesso a serviços públicos de saúde. Desta maneira, trocar um problema por outro pode parecer "bom" para a sociedade em geral. É como um dependente químico trocar a cocaína por álcool. Ele vai se foder do mesmo jeito, porém o consumo de álcool é tolerado pela sociedade. O convertido costuma ter compulsão em introjetar seu próprio distúrbio psíquico em outras pessoas (pregar). Essa compulsão é provavelmente um efeito colateral da lavagem cerebral a que foi submetido.

Pregação: ato de tentar convencer um consumidor em potencial a adquirir o produto apregoado. Quando exercida por um convertido, é considerada como uma tentativa de contágio. O convertido tem compulsão em disseminar sua patologia psíquica. Por outro lado, a pregação pode ser feita diretamente pelo estelionatário (pastor) com vistas a ampliar sua base de lucros. Nesse caso, a pregação assemelha-se mais a uma iatrogenia (ato de inculcar uma doença em alguém são.).

Crente legal: oxímoro.

Crente mala: pleonasmo. Há contudo uma explicação científica para esse fenômeno. No ser humano, há circuitos cerebrais responsáveis pela satisfação pessoal. Em um organismo sadio, esses circuitos são ativados em situações tais como: uma boa transa, a conquista de um campeonato por seu time, foder um filha da puta no trabalho, e coisas do tipo. Um cérebro anormal, que tenha sido submetido à lavagem cerebral (crentes, Amway, Herbalife, Polishop e outros) tem esses circuitos normais corrompidos. A única coisa que dá prazer a um indivíduo com tal patologia é falar exaustivamente de sua patologia. Ao tentar insistentemente contagiar alguém com sua própria insanidade, o crente acha que presta um grande serviço ao ouvinte.

Satanista: nada a ver com discípulos de Crowley e outros mais. Nesse contexto, qualquer pessoa que pense ligeiramente diferente do crente é satanista. Vide os tópicos deus e diabo.

Igreja: local sem estacionamento e com péssima acústica onde se realiza o culto. Quem mora perto de uma sabe como é gostoso.

Culto: sessão onde se consuma o estelionato. Em meio a muita gritaria e músicas desafinadas, com letras primárias e de péssimo gosto tocadas num volume ensurdecedor, o estelionatário (pastor) pede o dízimo.

Dízimo: ato de fazer com que a vítima entregue o dinheiro ao pastor. O clímax do culto. A razão de ser de toda a encenação. O dinheiro amealhado nessas sessões será utilizado em boas obras. Obras de reforma da chácara do pastor, obras de construção de piscina na casa dele, obra de comprar um carro de luxo zero quilômetro...

Abençoado: diz-se da pessoa que obteve sucesso financeiro. Ou seja, o juiz Nicolau é um sujeito abençoado :olheira:.

Pecado: aquilo que só os outros cometem :smartass:.

Salvação pela fé: conceito aparentemente obscuro, mas fácil de entender. Basicamente, não importa o que você faça, desde que seja crente. Ou seja, seja um tremendo filha da puta, mas diga sempre "Aleluia!" e pague o dízimo em dia.

adesivos: pequena tira plástica ou de papel, tendo uma substância adesiva em uma das faces e imagens e palavras ou frases escritas na outra. Servem para advertir, sinalizar ou expressar idéias. Por exemplo, um típico adesivo crente faz as três coisas: adverte (cuidado: mala sem alça a bordo); sinaliza (vou fazer merda em breve e bater no seu carro. Não tenho seguro, dinheiro ou a mínima intenção de pagar o prejuízo que causarei daqui a pouco); e expressar idéias (de jerico).

frases de efeito: recurso muito usado quando a criatividade é escassa. Como os crentes não primam pela criatividade, usam o recurso de repetir frases e sentenças inteiras ditas por outrem. Por incrível que pareça, os crentes acham que estão "abafando". Mais ou menos como convidar a Ana Paula Padrão para conhecer sua coleção de selos, tarde da noite, no apartamento onde você mora só.

higiene pessoal: o corpo é o templo de Deus, dizem os crentes. Contudo, para usar uma metáfora botânica, eis que o jardim anda um tanto descuidado, com uma "grama" que nunca é aparada. Desodorante vencido, cabelos pela altura dos glúteos (será que não se molham no vaso sanitário?) e axilas femininas mais parecidas com árvores de cemitério (cheias de barba-de-bode penduradas) completam o triste quadro. Considerando-se que suas igrejas são um primor do mau-gosto arquitetônico, até que a analogia corpo/templo faz sentido.

retiro espiritual: evento criado para que os jovens crentes sofram uma lavagem cerebral mais eficaz. Serve também para que o crente do sexo masculino se acasale com a crente do sexo feminino.

louvações: ritual de histeria coletiva destinada a perturbar o sossego dos moradores vizinhos à igreja. Serve ainda como preparação para o momento máximo do estelionato, o dízimo

Milagre: evento improvável e/ou que desafie as leis da natureza. Qualquer fenômeno que não tenha causa imediata vísivel pode assim ser rotulado, dependendo-se do grau de perspicácia do observador.

Como exemplo, você chutar uma bola do meio de campo, encobrir o goleiro e enfiar a bola na gaveta pode ser considerado um milagre. Contudo, improvável não é impossível. Pelé tentou isso na Copa de 1970 e não conseguiu. Quase, mas não. É o único não-gol da carreira dele que ainda hoje é facilmente lembrado. Jogadores de categoria infinitamente menor que Pelé conseguiram o feito, contudo. Alguns até de trás do meio de campo. Por quê? Porque tentaram. Se você erra, ninguém vai se lembrar, a não ser que você se chame Edson Arantes de Nascimento e esteja no meio de uma partida válida pela Copa do Mundo. Agora, se você conseguir....
Nota-se que a capacidade de declarar um evento como miraculoso é inversamente proporcional à capacidade de calcular probabilidades e à de buscar explicações naturais e científicas. Por outro lado, quanto mais crédulo, mais fácil gritar: "milagre!" Aleluia!

Ateu: a encarnação do Mal. Perigoso, por pensar por si. Incoveniente, por questionar a lavagem cerebral a que o crente foi submetido. Ateísmo tem cura: chama-se lobotomia :histeria:.

Agnóstico: diferente do ateu, mas o crente é burro demais para perceber. De qualquer modo, não faz diferença. Todos os que não fizerem parte de sua igreja vão mesmo para o inferno.

Inferno: lugar para onde vão as pessoas más, ou seja, quem não é crente. Lá, o presidente é o Maluf, o ministro da Economia é a Zélia, a animação fica por conta do Beto Barbosa e o técnico da Seleção Brasileira é o Lazarone. Um lugar filha da puta, mas tem uma vantagem: não tem crente

Juízo Final: evento situado depois dos fins dos tempos, onde haverá um julgamento. Ao que tudo indica, no estilo stalinista. Então os justos (crentes) irão viver junto a Deus, enquanto que os réprobos (os ateus, agnósticos e os que pertencem a outras igrejas) irão para as profundas do inferno. Note que nem mesmos todos os crentes serão salvos. Cada corporação comercial (igreja) afirma que detém o monopólio sobre a locação do Paraíso |(.

Paraíso: não, não se trata de uma estação de metrô paulistano. Paraíso é mais que um lugar físico, um estado de espírito de total beatitude. Um momento em que você pensa "se melhorar estraga". Para um reles ateu ou não-crente, pode ser uma boa trepada com alguém muito desejado, pode ser ver seu time campeão enquanto que o arquirival é rebaixado (se o Colorado fosse campeão ano passado, muitos colegas gaúchos se sentiriam no Paraíso, já que o Grêmio se fodeu). Já para um crente o Paraíso é um lugar onde só tem crente. Nesse lugar, as escolas não ensinam evolução; a televisão está permanentemente sintonizada em Edir Macedo; as rádios só tocam música gospel; não haverá uma única mulher depilada; nenhum homem terá constestada pela mulher sua autoridade; ninguém mais terá de comprar terno em brechó; todo chefe de família (homem, claro) possuirá um Monza de quatro portas; o único livro existente será a bíblia;o Presidente da República é o Waldemar da Costa Neto e o vice é o Bispo Rodrigues. Como se vê, a idéia de Paraíso dos crentes se aproxima por demais da idéia de inferno dos ateus e demais infiéis :erm:. E vice-versa. Por isso, ninguém se importa muito para onde vai depois de morto.

To be Continued :histeria: ...

DIG

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Re: Dicionário da crenteologia!
« Resposta #1 Online: 13 de Outubro de 2006, 12:57:28 »
Denominação Religiosa: como toda corporação mercantil, é necessário um bom nome comercial (marca). Tem de ser fácil de lembrar e incomum o bastante para se dissociar de termos comuns. Veja por exemplo Coca-Cola, Skol, 51, Ford, Zorba e coisas do tipo. Em um mercado saturado é comum haver marcas com nomes estranhos: guaraná Jesus, Toblerone, Chocolate Garoto, Macarrão Renata (e eu comi muito essa Renata! Como até hoje.) e outras estranhezas do tipo. No caso de nomes estranhos, estes devem sugerir algum tipo de associação:
Quadrangular: vem de quatro evangelhos canônicos;
Bola de Neve: existe a lenda que uma pequena bola de neve lançada a uma encosta nevada rola e aumenta de tamanho até atingir proporções colossais. É uma imagem um tanto errônea, mas perfeitamente adequada a quem não conhece a expressão "crescimento exponencial".

Ovelhas: imagem muito comum, quando se fala de um estelionatário (pastor) extorquindo suas vítimas (crentes). Ovelhas são mamíferos ungulados, da ordem dos artiodátilos, família dos bovídeos. São animais dóceis, facilmente conduzidos e que têm exigências nutricionais relativamente modestas (analogamente, crentes são facilmente manipuláveis e pouco exigentes em termos de conforto material). Outra impressionante semelhança entre ovelhas e crentes é que ambos são periodicamente tosquiados. Ovelhas fornecem lã, que tem de ser cardada, fiada e às vezes tingida antes de se transformar em dinheiro. Já os crentes eliminam as etapas intermediárias e dão logo o seu suado dinheirinho (dízimo).

Jesus: o maior laranja desse crime de estelionato (religião). De acordo com a própria bíblia, sua biografia é a seguinte:

1) origem humilde;
2) grande conhecimento de leis religiosas e textos sagrados (aos 12 anos foi encontrado a discutir com os doutores em leis);
3) subversivo ao extremo:
a) pregava igualdade entre sexos, etnias, classes sociais e tudo o mais que sirva para dividir as pessoas;
b) fazia questão de andar entre os marginalizados da época: prostitutas, coletores de impostos e pessoas do tipo;
c) pregava a inutilidade do status quo em uma sociedade altamente estratificada;
4) foi condenado à pena de morte. Acusação: subversão contra Roma (outra sociedade altamente estratificada);
5) após sua morte, sua mensagem foi distorcida o bastante para se adequar a uma ordem social emergente, com os mesmos defeitos da anterior (aqui se consumou o estelionato propriamente dito);
6) é representado ora como um caga-regras, ora como uma mariquinhas;
7) serve de pretexto para as piores atrocidades.

Umbandistas, Macumbeiros, Budistas, Espiritas Kardecistas e demais religiões/seitas/filosofias: adoradores do Diabo. O crente acredita que possui o monopólio sobre Deus e que portanto só ele se salvará. Note que há a expressão conhecida como Blasfêmia de Javé: "eu sou o único Deus, os outros deuses são demônios".

Espirito: o único cuja existência é cientificamente comprovada é o espírito de porco. Muito comum entre crentes que picham muros com supostas mensagens bíblicas.

Alma: entidade espiritual de existência duvidosa. O objetivo do crente é salvar a alma porque o corpo já foi pro saco, devido à sua vida pregressa.


Encosto: nome que se dá às manifestações de doenças psicossomática ou problemas de ordem diversa. Faliu? Foi encosto. Seu time se fodeu? Foi encosto. Sua mulher te corneia? Foi encosto. Foi despedido? Foi encosto. Foi parar na cadeia? Foi encosto. Note que as manifestações mais comuns da presença de encosto, segundo os crentes são: cefaléia, visão de vultos, audição de "vozes", desejo de suicídio. Pergunto ao Dr. Juliano: isso é coisa do além ou algum estágio psicótico puro e simples?

Irmão: designação genérica pelo qual um crente chama outro crente, ou quando um crente tenta convencer um infiel a se converter. Vários motivos têm sido apontados para o uso desse nome. Sem dúvida, o fato de todos serem filhos da puta e portanto de paternidade desconhecida é uma das hipóteses mais plausíveis. Outra, não menos apoiada em indícios e evidências, é o fato de ser comum em nossa cultura socorrer-se da família quando em apuros. Pra quem você pede dinheiro emprestado antes de se foder com bancos e financeiras? Pra quem você pede socorro quando o valentão da classe quer te esmurrar? Quem você usa como comparsa quando precisa de um álibi para dar uma boa escapada extraconjugal?
O ideal seria perguntar isso a um crente, porém o crente repete coisas sem saber o porquê, e sequer sabe o significado da maioria delas.


DIG

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Re: Dicionário da crenteologia!
« Resposta #2 Online: 13 de Outubro de 2006, 13:07:40 »
Harry Potter: uma grande ameaça. Qualquer um vai ver que há mais coerência no texto de qualquer volume da série que em toda bíblia. O que fazer para que os crentes não tenham contato com esse perigo de falência? Simples, é só dizer que o livro é satânico, que é para adoradores do diabo e que quem ler vai para o inferno


Sexo: para a grande maioria dos crentes, deveria ser apenas um quadradinho a ser preenchido em fichas cadastrais. É óbvio que a realidade é outra, para desespero dessas criaturas. Sexo é uma coisa muito boa de se fazer (até mesmo sozinho) mas que é terminantemente proibido para alguns e estritamente regulamentado para outros.
Para se entender melhor o que sexo significa para um crente, temos de entender a lógica do estelionato do qual o crente é vítima: pecado gera culpa, culpa gera remorso, e remorso faz com que você aceite qualquer coisa como forma de compensação. Agora fica fácil entender: quanto mais remorso, mais dízimo, pregação e coisas do tipo. Quanto mais coisas forem consideradas pecaminosas, maior o controle exercido pelo estelionatário (pastor).
O que fazer então? Simples. É só declarar que as ações mais comuns ao ser humano sõ pecado. Quais seriam elas?
1) comer e beber: essas não dá para proibir, senão o crente morre e não paga mais dízimo. Mas dá para restringir o prazer;
2) cagar: também não dá para proibir, porque é fisiologicamente impossível;
3) trepar: agora sim! Atividade extremamente prazerosa, potencialmente muito comum (a menos que você seja feio como o Pedro de Lara) e que não é imprescindível à sobrevivência. Quer dizer, você pode não viver, mas também não morre.
Proibir ou regulamentar pesadamente o sexo tem ainda outra vantagem: influi também nos prazeres relacionados a comer (melhor dizendo, chupar) e cagar ("sodomia" é condenada!).
Sexo somente para reprodução? Claro, assim o número de crentes aumenta bem mais rápido. Um mercado onde os otários são disputados a tapa tem de inventar mecanismos para criar uma espécie de "reserva".

Célula: a menor unidade dos seres vivos. Por extensão, o menor núcleo possível de crentes ou terroristas (no caso da Videira, tanto faz. Eu até preferiria que fosse da Al-Qaeda). Uma célula é composta de um débil mental e um número variado de debilóides ainda mais retardados. Sua função: atos terroristas como tocar campainhas em dias de descanso, fazer barulho na hora da novela e encher o saco quando não são chamados. Nada que um morteiro de 13 tiros não resolva.

Líder de Célula: lembram-se das famosas "pirâmides"? Sim, aquela história onde uma meia dúzia de safados ficava com a grana e um monte de mané chupava o dedo? O líder de célula é como o "piloto" da pirâmide. Ele fica com a grana do dízimo até que um otário da base da pirâmide ache um número suficiente de idiotas para formar sua própria pirâmide, perdão, célula.

Obreiro: é o puxa saco do pastor. Um aprendiz de estelionatário que não se importa de ajudar um bandido mais experiente a fim de subir na hierarquia criminosa. Obreiro vem de "obrar". "Obrar" é um termo mais comum no Nordeste brasileiro, e significa "fazer um download", "passar um fax", "botar o castor para nadar", e outras

Yoga e Artes Marciais: atividades que têm por objetivo manter o corpo e a mente saudáveis. Um perigo para o estelionatário (pastor), pois isso pode fazer com que o crente não fique o dia todo no templo, e o pior: conheça outras pessoas, que não foram submetidas à lavagem cerebral. Lembre-se: não basta conseguir novas vítimas, as antigas têm que continuar a cair no golpe :ok:.

Adivinhos e Ciganos: uma boa maneira de gastar algum dinheiro à toa, visto que estes nada adivinham. Apenas falam coisas vagas o bastante para se adaptar a qualquer consulente. Pessoas de mente fraca como crentes em potencial podem achar que existe algum poder superior em dizer que "você é uma pessoa especial, mas incompreendida" para um adolescente. Portanto, o estelionatário (pastor) mais que depressa condena: é coisa do capeta.
Halloween, Festa Junina: segundo os crentes, são perigosas armadilhas onde se louva o diabo, mesmo sem saber :stunned:.


Buda, Confúcio, Zoroastro, Maomé, Alan Kardec e outros fundadores de religiões (excluindo Cristo): Todo aquele que possa evitar o estelionato recebe o mesmo nome: falso profeta ou anticristo. O nome varia de acordo com a ameaça aos lucros.


Maçonaria: uma sociedade secreta, onde você só entra por convite (mais ou menos como no orkut, só que mais na moita). Um prato cheio para o pastor dizer que é coisa do capeta. Afinal, o medo é o combustível do estelionato (dízimo). Qualquer besteira que não puder ser imediatamente desmentida assume ares de verdade, quando dita pelo pastor aos crentes. Aí, fica fácil. Só os crentes vão para o paraíso. O resto é tudo satanista e vai queimar no inferno ::).

« Última modificação: 13 de Outubro de 2006, 13:13:01 por DIG »

Offline Alenônimo

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Re: Dicionário da crenteologia!
« Resposta #3 Online: 13 de Outubro de 2006, 15:23:46 »
Irônico falarem mal da Maçonaria, pois ela somente admite pessoas que acreditam em Deus (seja qual for).
“A ciência não explica tudo. A religião não explica nada.”

DIG

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Re: Dicionário da crenteologia!
« Resposta #4 Online: 13 de Outubro de 2006, 18:45:32 »
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Irônico falarem mal da Maçonaria, pois ela somente admite pessoas que acreditam em Deus (seja qual for).

Esse é o problema:
"Seja qual for"-não precisa ser o deles!

Offline Eremita

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Re: Dicionário da crenteologia!
« Resposta #5 Online: 16 de Outubro de 2006, 00:52:50 »
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Em um mercado saturado é comum haver marcas com nomes estranhos: guaraná Jesus, Toblerone, Chocolate Garoto, Macarrão Renata (e eu comi muito essa Renata! Como até hoje.) e outras estranhezas do tipo.
Claaaaaro... vide a igreja Bola de Neve. Até hoje não entendi o que um bando de surfistas tem a ver com neve, mas tudo bem.

Maçonaria é bem ligada com movimentos Nova Era, e tudo... se forem como os rosacruzes (outro clubinho do tipo), a maioria é panteísta. E, os panteístas podem ter toda a viagem na maionese deles, mas não enchem o saco com teologia do cagaço. E têm todos aqueles símbolos, estudo de mitologias... portanto, são do demo! :P

Agora, uma contribuiçãozinha... rsrsrs.

A leitura séria dos dez mandamentos indica aos crentes:
1)Ame ao deus que eu acredito, ou você vai pro inferno;
2)Se você questionar o meu deus, vai pro inferno;
3)Use o sábado pra encher o saco de não-crentes, ou vai pro inferno junto com eles;
4)Pais crentes: qualquer besteira deles é verdade. Não crentes: encha o saco deles, pra não irem pro inferno;
5)Não matará crentes. Inquisição, chacinas de Lutero, e 42 crianças sendo estraçalhadas por chamarem um careca de careca são permitidas (@ 2Reis 2:24), porque os não-crentes iam pro inferno mesmo;
6)Sexo no casamento faz mais crentes. Fora dele é só diversão, manda as pessoas pro inferno;
7)Só roube se for estelionato na forma de dízimo;
8)As únicas mentiras permitidas são as da bíblia, e se você não concorda com elas você vai pro inferno;
10)Você deve ser pobre e não questionar quando seu vizinho tem uma Ferrari e você não. Ele vai pro inferno.
Latebra optima insania est.

Offline chicanjos

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Re: Dicionário da crenteologia!
« Resposta #6 Online: 27 de Julho de 2007, 20:49:27 »
cara, parabéns, que humor ferino. Só que, no tocante à maçonaria, eles só convidam quem tem religiao. O maçom geralmente abomina os que são ateus.

 

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